A TRÁGICA influência GNÓSTICA NO CULTO E NO SISTEMA HERMENÊUTICO CRISTÃO.




 

 

Em 200 d.C., Clemente de Alexandria escreveu sua obra

Stromata , ele escreveu:

 

 “Os mistérios da fé não devem ser divulgados a todos. É necessário… ocultar em mistério a sabedoria falada, que o Filho de Deus ensinou.” — Clemente de Alexandria,

Stromata , cap. 12 (cerca 200 d.C.)

 

Nessa declaração, Clemente foi claramente influenciado pelas tendências gnósticas e esotéricas de Alexandria. Ao fazer essa declaração, vimos a tendência de entender as Escrituras como um livro cheio de símbolos, que não deve ser lido nem interpretado de forma literal, o que tira do leitor a possibilidade de entender o texto de forma simples colocando a autoridade da interpretação num grupo de iniciados que possuem o entendimento supostamente correto da Bíblia. A ideia de clemente vai influenciar todo o sistema eclesiástico (católico e protestante) de alegorização das Escrituras como método hermenêutico correto. Além disso, vimos na declaração de Clemente, a influência inicial para a ideia do culto sofisticado envolvendo mistérios e não simplicidade, a simplicidade do culto cristão (pessoas se reunindo de forma simples em casa para o serviço de adoração e edificação e o partir do pão, para formas complexas, com gesticulações, dogmatismo, ritos intricados e complicados, são evidencias obvias da influência gnóstica e dos cultos de mistérios). A ideia de um magistério, um grupo elitizado de sábios religiosos, com uma função exclusiva de interpretar o texto sagrado supostamente de forma correta para os “leigos” surgiu dessas influências do gnosticismo alexandrino. Tudo isso é evidente, a influência gnóstica e esotérica de Alexandria infectou a cristandade, que abandonou o pensamento hebraico e da exegese simples, bíblia interpretando a bíblia, da verdade fundamental de que o evangelho foi escrito em grego Koine justamente para que as pessoas mais simples pudessem entender os fundamentos da fé, foi gradualmente rejeitado. A elitização dos exegetas, (um magistério) e a alegorização sistemática do método hermenêutico foi trágico para a igreja de Cristo.

 

 C. J. Jacinto

 

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