Dietrich Bonhoeffer é uma figura amplamente respeitada no cristianismo moderno, Aqui no Brasil, vários livros foram publicados católicas, ele é reconhecido principalmente por sua coragem em resistir ao regime nazista. No entanto, apesar de sua bravura pessoal, (louvável e digna de imitação) sua teologia apresenta graves desvios doutrinários que não podem ser ignorados. Este artigo examina cinco problemas centrais em seu pensamento: liberalismo teológico, relativismo moral, pluralismo religioso, negação da ressurreição literal e pecateísmo.
Quase sempre, a desonestidade de quem promove seus escritos, é lamentável, tendo em vista que ele andava pelo lamaçal do liberalismo teológico, o que compromete a sua teologia, deveriam pelo menos alertar os leitores sobre esses aspectos heréticos dele. Infelizmente isso não é feito.
1. Liberalismo Teológico: A Negação da Infalibilidade das Escrituras
O liberalismo teológico rejeita a inerrância bíblica, afirmando que a Bíblia contém erros históricos e científicos. Bonhoeffer adotou essa perspectiva, como visto em suas obras:
"A Bíblia continua sendo um livro como os outros. É preciso estar pronto para aceitar a ocultação dentro da história e, portanto, deixar a crítica histórica seguir seu curso." (Cristo, o Centro, p. 73)
Ele também questionou o relato da criação em Gênesis:
"Aqui temos diante de nós a antiga imagem do mundo em toda a sua ingenuidade científica... Os céus e os mares não foram formados da maneira como ele diz." (Criação e Tentação, p. 27)
Se a Bíblia erra em questões históricas e científicas, como podemos confiar em suas afirmações teológicas? O próprio Jesus afirmou a autoridade das Escrituras (João 10:35; Mateus 5:18), e Paulo ensinou que "toda a Escritura é inspirada por Deus" (2 Timóteo 3:16).
Vimos assim, que na medida que se questiona fatos históricos, como a queda, toda a teologia fica comprometida, não há como começar a fazer teologia de forma errada e chegar a definiçoes ortodoxas, um abismo teológico chama outro abuismo teológico.
2. Relativismo Moral: A Subjetividade do Bem e do Mal
A lei moral de Deus é absoluta e imutável, refletindo Seu caráter santo. No entanto, Bonhoeffer defendeu uma visão subjetiva da moralidade:
"O próprio cristão cria seus padrões de bem e mal para si mesmo." (No Rusty Sword, p. 143)
Isso se aproxima do antinomianismo (a rejeição da lei moral) e contradiz passagens como Romanos 2:14-15, que afirma que a lei de Deus está gravada no coração humano. Se cada pessoa define seu próprio padrão moral, não há base para condenar o mal — incluindo os horrores do nazismo que Bonhoeffer combateu.
É admirável que Bonhoeffer imerso num caos de crimes e imoralidades, sugerisse o relativismo como uma forma de ver o mundo. A tensão e a pressão maligna conseqüente das nefastas doutrinas nazistas, que eram praticadas com rigor e muito zelo, viesse a induzir alguém ao relativismo moral, mas isso ocorreu, bem como ocorre hoje em dia. O espírito do erro opera de maneira a cegar as pessoas, a teologia ortodoxa será sempre um divisor de águas e um meio pelo qual veremos o mundo e a realidade com mais sabedoria prudência e coerência.
3. Pluralismo Religioso: Muitos Caminhos para Deus?
Bonhoeffer minimizou a singularidade de Cristo ao equiparar o cristianismo a outras religiões:
"A religião cristã, como religião, não é de Deus. É, antes, mais um exemplo de um caminho humano para Deus, como o budista e outros também." (Testamento para a Liberdade, p. 53)
Isso nega João 14:6 ("Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim") e Atos 4:12 ("Não há salvação em nenhum outro nome"). Se todas as religiões são igualmente válidas, então a fé cristã perde seu fundamento exclusivo.
É claro que do relativismo sai o “pão” que alimenta o ecumenismo global, o relativismo é a pauta mais poderosa no movimento ecumênico, verdades precisam ser sacrificadas para que a unidade na diversidade vença, e isso é um erro fatal.
4. Negação da Ressurreição Literal
A ressurreição de Cristo é o cerne do Evangelho (1 Coríntios 15:14). No entanto, Bonhoeffer tratou-a como um mito:
"Essa mitologia (ressurreição etc.) é a coisa em si." (Cartas e Documentos da Prisão, p. 329)
Se a ressurreição não é um evento histórico, então, como Paulo alerta, "a nossa pregação é vã, e a vossa fé também é vã" (1 Coríntios 15:14).
Pontos cruciais são abandonados, a fé cristã bíblica, crê na encarnação do verbo, isso se deu de forma pessoal, física e visivel, assim também a morte de Cristo, foi pessoal, física e visivel, também sua ressurreção foi pessoal, física e visivel, bem como será também seu retorno triunfante!
5. Pecateísmo: A Impecabilidade de Jesus em Questão
A doutrina da impecabilidade de Cristo é essencial para a expiação. Se Jesus tivesse pecado, Seu sacrifício seria inválido. No entanto, Bonhoeffer afirmou:
"A impecabilidade de Jesus falha se for baseada nos atos observáveis de Jesus... Eles não são isentos de pecado, mas ambíguos." (Cristo, o Centro, p. 109)
Isso contradiz Hebreus 4:15 ("Ele foi tentado em todas as coisas, mas sem pecado") e 1 Pedro 2:22 ("Ele não cometeu pecado").
É impossível alguém caminha pelo liberalismo teológico sem comprometer, cedo ou tarde a cristologia, mais cedo ou mais tarde, chegará em pontos cada vez mais centrais da fé cristã sendo negados. a Pessoa, a natureza e a obra de Cristo não fica salva dessa decadência teológica.
Conclusão: Um Herói Corajoso, Mas um Teólogo Perigoso
Embora Bonhoeffer tenha sido um mártir corajoso, sua teologia contém graves erros que minam os fundamentos da fé cristã. Sua rejeição da inerrância bíblica, relativismo moral, pluralismo religioso, negação da ressurreição e questionamento da impecabilidade de Cristo o colocam fora da ortodoxia cristã histórica.
Devemos honrar sua resistência ao mal, mas rejeitar firmemente seus ensinos heterodoxos. Como diz 1 Tessalonicenses 5:21, "Examinai tudo, retende o que é bom." Bonhoeffer acertou na ética, mas errou na doutrina — e isso faz toda a diferença.
E que isso sirva de lição para os cristãos de hoje, o discernimento espiritual será amplamente aguçado quando aplicamos um principio espiritual que Paulo mesmo ensinou em uma de suas epistolas, devemos evitar os hereges (Tito 3:10)
Este artigo serve como um alerta para que os cristãos "batalhem pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Judas 1:3).
Fonte consultada e pesquisada para escrever esse artigo:
https://pulpitandpen.org/2017/01/05/why-not-to-promote-dietrich-bonhoeffer/
C. J. Jacinto
Leia Tambem:
https://heresiolandia.blogspot.com/2019/06/potestades-das-trevas-o-que-e-e-como.html
https://heresiolandia.blogspot.com/2024/04/a-transfiguracao-do-espirito-do-erro.html
0 comentários:
Postar um comentário