Eugenia

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Eugenia

O termo eugenia vem do grego “eugenes” e significa “uma boa espécie”.  O pai da eugenia moderna foi o primo de Charles Darwin, Francis Galton, foi ele quem cunhou o termo, e conjecturou que a raça anglo-saxonica deveria predominar e dominar o mundo, essa idéia. A eugenia está intimamente ligada a limpeza étnica quando associada a um viés ideológico. A suma eugênica é ancorada nos postulados do evolucionismo que de forma explicita tenta provar que a evolução sempre ocorre com a vitoria dos mais aptos. Os adeptos do eugenismo sempre aderiram a praticas controversas como a esterilização humana, devido ao conceito de que evitariam a proliferam de vícios e defeitos genéticos nos homens, criando uma sociedade mais “justa”. Nos tempos modernos essa ideologia controversa surgiu na Inglaterra e depois foi para os EUA e predominou até 1976 na Suécia.  Durante a segunda guerra mundial foi abertamente defendida pelos seguidores de Adolf Hitler. O nazismo foi um movimento político esotérico com profundas influencias do gnosticismo hiperbóreo.  A idéia de uma raça superior ariana foi fundamental para aplicar a eugenia durante a era nazista, as tendências desse conceito começara a surgir a partir de 1939. O nazismo exaltava a raça ariana, Hitler e seus comparsas acreditavam que o ariano (caracterizado por olhos azuis e cabelos loiros) era a raça primordialmente divina, superior as demais (negros, eslavos, ciganos e judeus eram considerados como semi-humanos, os judeus eram classificados como o produto do demiurgo). Assim como ocorreu nos EUA e Inglaterra, na Alemanha o conceito estava ligado a tipos de raças que seriam mais elevadas intelectualmente em detrimento de outras com falhas genéticas por causa da mistura, ou pelo simples fato de não serem puramente humanas. A fim de criar uma raça pura e estabelecer uma sociedade ideal, deveria existir um processo de higienização racial. Assim as raças inferiores, pessoas com anomalias genéticas, deficientes mentais, e posteriormente portadores de enfermidades irreversíveis e idosos, além de tudo o que era considerado como contrario aos ideais de uma raça pura e superior foram alvos de programas de exterminação na era nazista, onde essa ideologia se estabeleceu de forma definitiva predominava a cultura nefasta da morte  sob a forte influencia do ideal eugênico. É verdade que na era Stalinista soviética, a eugenia também ganhou força como ideologia, assim i conceito de raça superior tinha uma ampla diversidade de ponto de vistas raciais, porem é na Alemanha e sob o regime nazista que os frutos da Eugenia mais mostraram a devassidão.  Sob um viés ocultista e esotérico, tendência comum a muitos lideres nazistas, a eugenia ganhou proporções assombrosas e deixou um legado de cultura de morte,  sombrio e demoníaco, sobre a Europa dominada pelo terceiro Reich. É claro que o processo de implantação da eugenia na Alemanha contou com argumentos científicos, e sob uma forte influência também do evolucionismo. A batalha pela sobrevivência do mais apto seria uma maneira pelo qual o processo para erguer uma “super raça” o “super homem” de Nietsche, o “divino homem ariano” do gnosticismo hiperbóreo seria usado como argumento valido para implantar essa cultura de morte que processaria um programa de extermínio a fim de eliminar problemas genéticos e hereditários na sociedade. Assim surgiu a política de extermínio nazista, maquina da morte do terceiro Reich que colocaria a raça ariana num patamar superior e predominante para  inaugurar um milênio paradisíaco na terra. A política de extermínio ganha proporções gigantescas e daí surgem os campos de concentrações, tudo gira em torno de limpeza étnica, doentes mentais, idosos, enfermos terminais, mendigos, homossexuais, etc, todos estão incluídos nessa cultura da morte para fazer erguer dessa “higienização racial” o ariano superior para dominar o mundo.  A eugenia assim prevaleceu como ideologia dentro do movimento nazista e influencia de certa forma também os japoneses que lutarão ao lado dos alemães na segunda guerra mundial.  A teoria das classes raciais não tem respaldo no Novo Testamento, a começar pela analise do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, onde o evangelho é proclamado para a humanidade na sua diversidade de línguas ou idiomas nacionais. Partindo desse ângulo, vimos como a declaração de Cristo em João 3:16 se encaixa com I Timóteo 2:4. O evangelho é uma mensagem que coloca todos os homens num mesmo patamar, por isso o racismo é incompatível com a fé cristã bíblica. O Espírito Santo declara em Atos 17:26 que Deus criou todas as raças de um só sangue. O  propósito final do evangelho é alcançar todas as tribos línguas e nações (Apocalipse 7:9).  A eugenia é uma ideologia evolucionista e antibiblica, é o orgulho humano na sua forma mas depravada, pois além de fomentar disputas ideológicas e raciais, tende a divinizar uma raça superior e pura, quando na verdade essa suposta raça pura é uma falácia teológica, pois todos estão caídos e destituídos da gloria de Deus, contaminados pelo pecado, assim não há “raça pura” no conceito étnico nos padrões das Escrituras. Aqueles que seguem usando mesmo a bíblia para promover supremacia racial está contra a voz do Espírito Santo e contra os ideais elevados do evangelho e da redenção efetuada por Cristo na cruz. Quando Cristo faz o convite de ir até Ele, é uma extensão a toda a humanidade e não a uma raça, mas a todos os homens (Mateus 11:28) não a lógica no racismo, partindo de um estudo bíblico contextualizado do Novo Testamento. Há porem essa tendência humana secular, as noções depravadas de Caim lhe impuseram o direito demoníaco de exterminar seu irmão, nesse caso a sobrevivência do mais apto é uma falácia destituída de qualquer senso moral. Nem precisamos ter um conhecimento profunda das Escrituras para chegar a conclusão de que a eugenia é humanista no seu cerne, contaminada com o evolucionismo na sua essência e diabólico na sua natureza.




Clavio J. Jacinto

As Silenciosas Conquistas de Deus

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As Silenciosas Conquistas de Deus


Autor desconhecido, publicado na revista "A Witness and A Testimony", 1937
Não por força, nem por violência mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor. "(Zacarias 4:6)
As operações silenciosas de Deus são como Ele mesmo, são profundas e silenciosas, e parecem ser lentas, tortuosas e precisam ser pesquisadas para serem apreciadas.
Quando ficamos na margem de um rio veloz, muitas vezes acontece que existem redemoinhos rodopiantes perto da costa, onde a água corre de volta pelo riacho, que parece como se o rio estivesse indo na direção errada, mas quando olhamos para dentro no canal, encontramos a corrente correndo em direção ao oceano. Esta é uma figura da maneira como Deus trabalha. Em muitas coisas na igreja, na sociedade e na experiência religiosa, parece que Deus estava sendo derrotado e que os movimentos de Sua graça e providência estavam fracassando e que todos os Seus propósitos estavam seguindo na direção errada. Somente quando levantamos os olhos e nos afastamos da margem do momento presente e levamos em consideração toda a corrente do governo de Deus entre os homens - é que vemos. Ele está constantemente obtendo a vitória, por assim dizer, por estratégia, e de maneira silenciosa, secreta e imperceptível aos olhos comuns.
Ele trabalha de maneira oculta, como se estivesse com mãos enluvadas, sob o que chamamos de segunda causa, e por forças espirituais e não mecânicas. Suas grandes operações na graça, subjugando a alma, são realizadas pelo poder invisível e quase irreconhecível dos pensamentos sérios, anseios gentis do coração, atrações celestiais na oração, apreensões secretas de grande perigo ou aberturas repentinas na mente da esperança, e brilhantes possibilidades, ou pelas alternâncias de um sentimento de total desamparo, por um lado, e depois de grande coragem e determinação, por outro.
Você já reparou que grandes pecadores velhos e impenitentes são geralmente capturados e conquistados das maneiras mais inesperadas e por alguma circunstância patética cheia de gentileza silenciosa, exatamente o oposto do que achamos essencial para produzir tais resultados? Os infiéis não são convertidos por grandes sermões, mas mais freqüentemente pela confiança silenciosa de algum pobre santo velho ou pela sussurrada oração de uma criança pequena. Tudo o que é feito por Satanás ou pela carne é com grande demonstração, barulho e evidências externas; e você pensaria que eles estavam perturbando o universo a todo momento. As igrejas carnais funcionam da mesma maneira que o mundo, e quando planejam um reavivamento, deve haver uma grande combinação de igrejas, multidões de pessoas, um coro gigantesco, com trombetas e tambores, e um exército de pregadores elitizados e eloquentes, e uma grande alarde de águia e, quando o barulho e o chocalho terminarem, é quase impossível encontrar almas verdadeiramente convertidas a Deus. Ao mesmo tempo, um humilde santo em um beco ou em um milharal está silenciosamente chorando e orando pela salvação de uma criança, que se tornará um grande profeta, ou reformador, no poder do Espírito Santo. e valem dez mil vezes mais em resultados de longo alcance do que o trovão eclesiástico do enorme falso reavivamento controlado pelo poder do homem.
Deus trabalha através de pessoas, almas individuais, em vez de comitês, grupos federados ou grandes organizações. A força espiritual mais forte da terra é a alma individual. Deus conquista o coração de alguém, e através dele ele derrama Seus propósitos como um rio poderoso.
Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais valorizamos a alma individual. Quando os homens se afastam do Senhor, o homem individual conta pouco, e a confiança é depositada em grandes maiorias e exércitos pesados, instituições para-eclesiasticas e sistemas conjecturados na confiança da força humana. A torre de Babel foi construída por um comitê nacional que disse: "Vamos construir uma cidade e uma torre".
Mas Deus escolheu um homem, Abraão, e o chamou para ser um peregrino e fundador de uma raça, daqueles que tinham fé. O rei da Síria organizou um exército para capturar o profeta Eliseu, mas esse profeta solitário rezou, e o exército ficou cego, e ele os levou para Samaria. Esta é uma amostra da história universal.
Os homens dependem para sempre de exércitos, comitês e uma demonstração de força: e da maneira mais silenciosa, simples e inesperada, Deus inspira gentil e secretamente uma alma que ultrapassa os sábios e os potencialmente fortes e realiza os propósitos de Deus de maneira que não imaginamos ser possível.
O Senhor sustenta Seu argumento e realiza Suas conquistas, mantendo Seus santos em uma condição desamparada de várias maneiras, de modo a fazê-los viver pela fé e depender somente de Deus.
Se o Senhor desse ao Seu povo o que os homens chamam de sucesso, como muito dinheiro e prosperidade pessoal, isso seria um fracasso total do ponto de vista de Deus. Deus consegue fazer o homem falhar. Para ler a Bíblia e depois olhar para a vida humana, parece que Deus está sendo derrotado. O que parece ser um fracasso aos nossos olhos é um sucesso com o Senhor. O Todo-Poderoso não está trabalhando de acordo com os planos humanos; nem de acordo com as potencias estratégicas da sabedoria terrena. As pessoas que o mundo chama de bem-sucedidas são, na realidade, são perfeitamente falhas na perspectiva espiritual.
Aqueles que são vistos como inúteis desamparados ou extremamente fracos, muitas vezes são bem-sucedidos no caminho de Deus.
Homens de grande fé nunca podem ir além de ter sua fé provada. O plano de Deus é: não haverá nada do Eu e tudo de Cristo. As mesmas pessoas que estão fazendo mais por Deus na salvação de almas, no trabalho missionário, no cuidado de órfãos, são aquelas que estão trabalhando em escassos suprimentos de força, dinheiro, talentos, vantagens e são mantidas em uma posição de vivendo pela fé e tirando de Deus, dia após dia, suprimentos físicos e espirituais. É assim que Deus consegue dar preciosas conquistas  para Seu próprio povo, e sobre a incredulidade daqueles que olham para Suas providências.
Nossa verdadeira conquista é formar uma aliança secreta com Deus e tomar o seu lado contra nós mesmos. Conseguimos concordar em ser o que outras pessoas chamariam de um fracasso miserável. Obtemos tesouros ao deixá-los desaparecer de vista nas mãos de Deus.
Conquistamos nossos inimigos amando-os e deixando silenciosamente o Senhor controlá-los, recebendo seu tratamento como parte da vontade de Deus para nós. Deus sempre sai na frente e está sempre no ápice da historia. Ele parece dar a Satanás e aos pecadores e ao velho Eu toda a vantagem, e então Ele mesmo fere o escolhido de modo a expressar uma fraqueza, uma limitação, e como Jacó, anda com uma perna coxa e caminha enquanto todo o mundo, como Esaú, monta a cavalo e faz um grande show, mas no final, como Jacó coxo, Deus conquista e sustenta seu argumento de maneira tão silenciosa que parece não estar fazendo nada; contudo, o tempo todo,  está moldando as circunstancias, ele está fazendo milagres fora da vista dos homens comuns e seculares, porém suas maravilhas podem ser percebidas pelo coração consagrado que acredita no poder Soberano e providencial do Senhor.
“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra, aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Filipenses 1:6)

Notas finais:

O autor desse magnífico texto é desconhecido,ele foi publicado muitos anos atrás,  eu fiz adaptações para responder aos anseios do tempo presente, porém a primazia do texto deve ser dada ao autor anônimo.
Extraido de: 
A tradução foi feita pelo Google, a correção e adaptações feitas por

C. J. Jacinto

Sobre Manipulação Psico-social

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De que maneira o mundo afeta a sua vida? Você está recebendo informações corretas para ter um senso e uma percepção exata da realidade a nossa volta? Paulo ensina que não devemos nos conformar com esse seculo (Romanos 12:1 e 2) e adverte sobre cãs filosofias (Colossenses 2:2) de certa forma vimos hoje na era da desinformação de desconstrói os padrões bíblicos. A inversão de polos, que agravam a confusão e contribuem para fortalecer a retorica do absurdo são forças vigentes em nossos dias. São ventos de doutrinas provocando tsunamis de apostasias. As estruturas da sociedade estão ruindo, há mover invisível que é extremamente rebelde contra os valores espirituais e morais das Escrituras. A sociedade ocidental pós-moderna foi contaminada por essa virulência ideológica espiritual que resultará no aparecimento de uma ditadura global anticristã, algo muito parecido com os escritos distópicos de George Orwell e Adous Huxley e das tendencias politicas de H. G. Wells e Bertand Russell. A gestão de nossa intelectualidade é que ela pode ser influenciada por esses tentáculos midiáticos invisíveis que são mentirosos, que escondem fatos e promovem mentiras.  Agora é a hora do fortalecimento de nossas convicções, é o momento de sermos mais bíblicos, agora é a hora de mantermos vigilantes e não deixar que as ferramentas do deus desse seculo venha manipular nossas opiniões e decisões, muito menos que qualquer tipo de viés ideológico de cunho globalista e anticristão venham encontrar alojamento na nossa vida e na nossa família biológica e espiritual. Aqui está o grande fato, a mídia e o sistema é anticristão (I João 5:19 II Corintios 11:14) e cada vez mais o sistema encontra menos resistência entre os cristãos, então o enfraquecimento de algo tende sempre a fortalecer o oposto, de modo que o enfraquecimento de convicções fundamentais da fé cristã, por exemplo, irão contribuir para a proliferação de apostasia, enfraquecimento da moralidade judaico cristã irá contribuir para o fortalecimento e multiplicação da iniquidade.  A morte do discernimento é a morte da intelectualidade cristã evangélica, e a cegueira espiritual acaba destruindo a verdadeira espiritualidade. Conformados com o sistema, as vitimas será levados por suas fortes correntezas.
“A grande massa recebeu o novo modo de pensar através dos meios de comunicação sem analisá-lo. E tanto pior para eles, porque foram atingidos diretamente, porquanto o cinema, a televisão, os livros que leram a imprensa, as revistas, foram todos infiltrados pelas novas formas de pensamento sem que houvesse análise ou crítica. Interposta como que num bolsão entre os intelectuais e a classe operária encontra-se a classe média superior. Sem dúvida, uma das dificuldades é que a maioria de nossas igrejas se enquadra nesta faixa de classe média superior e, daí, a razão porque os cristãos não estão entendendo os próprios filhos é que estes estão sendo educados em função do outros modo de pensar. Não é simplesmente que pensam coisas diferentes. Pensam de maneira diferente. É que sua maneira de pensar sofreu mudança de tal ordem que, se lhes dizemos que o Cristianismo é verdadeiro, a sentença não significa para eles o mesmo que para nós. ( A Morte da Razão. Francis Schaeffer.Pagina 21)


Clavio J. Jacinto

A Distinção Entre Criador e Criatura

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O livro de Gênesis atesta a criação como uma obra de Deus, não como expansão de sua própria pessoa. A questão em si é verdadeira, é uma criação distinta de seu Criador. É importante que isso seja uma verdade absoluta devido as tendencias atuais em divinizar a criação. Embora o Criador seja distinto da sua criação, ele porém mantem o sustento, o gereciamento total de todas as esferas implícitas nela, visiteis e invisíveis. Os dois lados da criação, o espiritual e o físico, estão entrelaçados nesse mesmo princípio de gereciamento total.(Hebreus 1:3 João 1:1   ) A vinda de Cristo na plenitude dos tempos (Galatas 4:4) une essa realidade com a verdade de modo a entendermos isso de forma mais concreta.  A distinção da encarnação está no fato de que o processo se dá por transição. O Verbo se fez. Não está implícito de que outra carne seria divina. Ela é uma exclusividade do mistério divino que se faz carne (II Timóteo 3:16) uma carne, mas não toda a carne. Essa distinção confere o fato de que só há um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem (I Timóteo 2;5) aqui temos a noção da peculiaridade de Cristo, pois há uma graça no ato da encarnação (João 3:16) e dessa forma o processo está delineado na força da natureza expressa na condição imposta para que a encarnação seja consumada. A distinção é clara, a encarnação do Verbo, revela que a criação não é uma extensão do Criador, mas um resultado da sua vontade operadora e de seu poder absoluto. A parte, não devemos confundir criação e Criador, porque são completamente distintos. O criador rege e a criação se submete, o Criador criou e o universo apareceu, um é matriz das coisas e a outra é as coisas que surgem distintas de uma matriz. Da forma como vimos no Verbo e a Sua atuação dentro do mundo criado, distinto do Pai que está nos céus. De modo como Cristo lida com a matéria criada e sujeição de toda  natureza de acordo com os propósitos da sua autoridade sobre os átomos na transformação da água no vinho, na força da natureza quando apazígua a tempestade, na autoridade sobre a massa atômica quando multiplica pães, no domínio em todo o âmbito espiritual quando expulsa demônios, e no controle absoluto sobre a vida quando oferece vida eterna e ressuscita os mortos. No conceito cristão, no âmbito da sã doutrina, o Senhor tem domínio sobre a matéria, o Verbo mantem a estrutura de seu corpo ressurreto, mas nem todo o corpo ressurreto será divino, da mesma forma que se encarnou, mas a matéria total não é uma expressão tipica dessa encarnação, a matéria é o produto do poder de Deus, mas ela não é divina em hipótese alguma. Cristo continua sendo distinto, como a matéria era matéria antes da encarnação, continua essa distinção depois da ressurreição.. Devemos manter esse status doutrinário como uma verdade absoluta, pois ela conserva a noção da soberania, integridade, santidade e pessoalidade do Criador. A criação submissa, sob a autoridade do UM que a rege, do DEUS Bíblico, TRIUNO e Todo Poderoso que amantem no seu curso, ainda que seja difícil de entende essa compatibilidade da perfeição sob o caos que está atuando pelo efeito do pecado sobre as coisas criadas. Teremos um dia respostas mais elevadas, na consumação final do proposito divino.
“Não importa o que pensa o homem, ele tem de se haver com o fato e o problema de que há algo que realmente existe. O cristianismo oferece uma explicação do porque desta existência objetiva. Em contraste com o pensamento oriental, a tradição hebraico-cristã afirma que Deus criou um universo real fora de Si mesmo. Não estou atribuindo à expressão “fora de si mesmo” uma aceção espacial; quero apenas dizer que o universo não é uma extensão da essência de Deus , não é simplesmente um sonho de Deus algo existe realmente, para se pensar, com que se tratar e investigar, revestido de uma realidade objetiva. O cristianismo outorga  certeza da realidade objetiva e de causa e efeito, certeza suficientemente sólida para que sobre ela se assente o fundamento do saber. Destarte, existem realmente o objeto, e a história, e a causa e o efeito.” (A Morte da Razão. Francis Schaeffer. Pagina 14)

Clavio J. Jacinto



A Via Sacra da Perfeição

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A Via Sacra da Perfeição


“Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:48) as exigências bíblicas muitas vezes nos parecem impossíveis, devido ao fato de não compreendermos certos aspectos da Palavra de Deus. Mas é necessário que tenhamos uma boa compreensão.  Essa perfeição exigida por Deus, de forma clara é apontada para o cristão. De certa forma, não é somente impossível como extremamente difícil que alguém tente alcançar essa perfeição exigida. Então só há uma maneira: através de Cristo. Ele é perfeito (Hebreus 7:28) e todo homem é perfeito em Jesus Cristo (Colossenses 1:18 e 2:10, Filipenses 3:15) nisso consiste que a perfeição imputada tem dois aspectos distintos, primeiro que somos  justificados pelo seu sangue e isso produz a regeneração (II Coríntios 5:17) e então passamos ser nova criatura feita em verdadeira justiça e santidade (Efésios 4;24) a Palavra traduzida por “perfeito” é “Telos” e entendo segundo a definição dada pelos melhores léxicos, como o processo da disposição intima de ser parecido com cristo em todas as esferas da vida” também entendo que seja o desejo de Deus atribuído ao propósito de que devemos alcançar o objetivo pelo qual fomos criados”. Assim a palavra Telos denota  “um objetivo final de um anseio existencial como nova criatura em Cristo Jesus”. As implicações são claras, deixar que vida de Cristo e o poder de suas virtudes lapidem nossa vida e caráter (Veja Romanos 8:29). Toda a nossa vida deve ser marcada pelo anseio profundo de consagração e santidade, de comunhão intima com Deus e progresso espiritual, da escuridão da ignorância para uma visão da glória do evangelho cada  vez mais perfeita, crescendo na graça e no conhecimento das coisas verdadeiras em todos os seus aspectos práticos e doutrinários, como denota Provérbios 4:18, na metáfora que compara a vereda do justo  como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito, é notável atribuir a esses aspectos espirituais um sinal de que realmente a pessoa de fato é regenerado, se não somente aspira, mas está dando os passos rumo a esses objetivos e permite que o Senhor faça as lapidações e podas necessárias para que a frutificação espiritual seja algo cada mais evidente.


Clavio Juvenal Jacinto

Como Adquirir Discernimento Espiritual

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“Todo tipo de verdade liberta; as mentiras, entretanto, aprisionam em cadeias. A ignorância também aprisiona, porque cede terreno a Satanás. A ignorância do homem é condição primária e essencial para o engano por espíritos malignos.” (Jessie Penn-Lewis em Guerra Contra os Santos Volume I) Desde o princípio satanás engana usando agentes para alcançar seus intentos malignos, foi assim que ele conseguiu seduzir Eva, mas devemos perceber que a serpente não foi a fonte do mal, apenas o agente, o instrumento usado pelo diabo (Gênesis 3 e Apocalipse 12:9)Em uma publicação espiritualista li essa máxima magnífica: “A dimensão espiritual transcende a pura racionalidade de modo a liderar a mente para novas áreas de realidade”. Isso é certo, mas quando se toma a direção certa, não há certezas no campo minado do relativismo, isso é verdadeiro no campo da moralidade, das idéias e mais ainda no campo da espiritualidade. O engano espiritual é um terreno fértil de sutilidades sofisticadas, pois até mesmo mentes inteligentes ficam alheias as manipulações falsas produzidas pelo espírito do erro. Assim, o zelo devoto por uma idéia errada é algo peculiar a quase todo tipo de devoção espiritualista, mas isso não é garantia de verdade no seu sentido absoluto. Assim o Espírito Santo diz “Não é bom ter zelo sem conhecimento” (Provérbios 19:2) por isso a sinceridade nunca deve ser um parâmetro sobre qual colocamos a garantia de que alguém não deva estar sendo enganado.  Muito zelo no foco errado, apenas alicerça a convicção no erro. Jay Adams disse “O discernimento espiritual é a capacidade de distinguir os pensamentos e os caminhos de Deus de todos os outros”.  Então demos o passo para a direção correta, mas é dever prosseguir. David Hemke consolida essa direção: “Sem uma solida compreensão de nossos fundamentos doutrinários, nossa capacidade de discernir a verdade do erro é severamente limitada. É por isso que tantos ventos de doutrinas atravessam a igreja e levam as pessoas ao erro e ao cativeiro”.  O espirito do erro está associado com o espirito do anticristo, ele atua numa performance radicalmente contraria ao conceito normal que o homem atribui ao mal. Vimos isso em dois exemplos clássicos, o primeiro, o caso de Balaão. Balaão profetizou corretamente (Mateus 24:17 e 2:1 com números 24:14) mas tarde, de forma sigilosa ele muda de direção, ele inverteu o pólo da esfera espiritual que atuava, levou os filhos de Deus cometer sacrilégio e idolatria. De modo que alcançou seu objetivo final (Apocalipse 2:14)  Há uma duplicidade nessas ações, de modo que a intenção e a natureza maligna fica escondida por trás de um elemento aparentemente piedoso. O engano emerge somente quando existe um momento propicio a isso, de modo a não deixar outra coisa senão da segurança da origem espiritual injetado na vitima, como se fosse de procedência santa, ou melhor, primeiro, ganha a confiança para depois lançar o golpe. Agora, vamos para outra passagem; II Coríntios 11:14, aqui vimos como Paulo ensina que satanás se transfigura em anjo de luz e seus ministros em ministros de justiça. Essa transfiguração é uma tática de enorme eficácia quando aplicada ao homem biblicamente ignorante. Satanás ganha enorme controle sobre cada alma através de realidades subjetivas sob o manto espiritual da falsa identidade. A seguir temos as advertências de Jesus sobre os falsos profetas em Mateus 7:15 a 23. A profissão de fé em Cristo seguida de milagres não evidencia a natureza espiritual de quem as confessa. Vestidos de ovelhas não definem se o coração é de ovelha, da mesma forma que disfarce de anjo de luz não confere natureza celestial a nenhum demônio. A confissão de outro Cristo lhes darão muita aceitação entre a cristandade superficial, e não se enganem, se com um disfarce bem arrojado de ser iluminado e radiante, desce o espírito do erro, professando outro evangelho, a impressão da sua imagem convence mais do que a sua mensagem. O engano se estabelece pela experiência e não pela mensagem. Mas ainda assim, vimos nas Escrituras que as confissões demoníacas estão bem equipadas de palavras eficazes para convencer os incautos (Tiago 2:19) aqui temos exemplos claros desses seres embusteiros com palavras meramente formais para esconder intentos mais sinistros:
“Tu és o filho de Deus”(disse o espírito imundo em Marcos 5:7) “Prostravam-se diante dele, e clamavam dizendo: Tu és o Filho de Deus” (Reação dos espíritos imundos perante Cristo em Marcos 3:11) “Tu és o Filho do Deus altíssimo” (Declaração do espírito imundo em Lucas 4:41) “Tu és o Cristo o Filho de Deus” (Confissão de muitos demônios em Lucas 4:34) “Esses homens são servos do Deus altíssimo” (Lisonjas e galanteios dirigidos a Paulo se seus companheiros por um espírito de engano e manipulação em Atos 16:16 a 19) parece que tais seres são dotados de uma boa confissão, e isso apenas como uma forma de esconder seus mais tenebrosos intentos sob as mascaras das palavras. Assim, o engano é muito sofisticado, de modo que me espanta, as palavras de homens dotados de um discernimento mais acurado, Horatius Bonar dizia: “A falta de sensibilidade para ver a diferença entre verdade e erro é uma das características mais malignas do protestantismo moderno”.  Temo que seja verdade.
O discernimento deve ser uma prioridade hoje em dia, andar pelo mundo atual sem discernimento é como fazer passeio em campo minado. James Gibeens afirmou “Como tudo aquilo que é valioso, a verdade também é falsificada” Arthur Pink também advertiu “Cristo tem um evangelho, satanás também tem um evangelho. O evangelho do diabo é uma imitação. Uma imitação tão próxima ao verdadeiro, que multidões de não salvos são enganados por ele” Max Younce também advertiu “Um espírito demoníaco que induz a atividade religiosa favorita está fazendo as pessoas sentirem-se espirituais e isso ocorre pela incompreensão da Palavra de Deus” Assim procede que as Palavras de Cliff Boll ganham relevância “Temos que conhecer o conselho completo das Escrituras, conhecerem a Deus, seu propósito e sua natureza santa, para não sermos vulneráveis ao espírito do engano que está aumentando em todo o mundo” Watcham Nee também advertiu: “Caso o cristão negligencie o ensino das Escrituras, deixando de vigiar e orar, mesmo que confie no motivo puro de não querer ser enganado, ele ainda assim vai ser enganado” Um escritor conhecido entre carismáticos assegura “agora quero vos dizer algo importante sobre sinais e maravilhas. Eles não determinam a verdade e é essencial compreender isso. Os sinais e maravilhas não determinam a verdade, a verdade já está determinada e estabelecida e é a palavra de Deus” Todavia, o movimento carismático introduziu o ocultismo na cristandade, e assim solapa a autoridade das Escrituras, colocando a experiência mística no lugar dela, usurpando o lugar de autoridade doutrinaria que pertence somente pela suficiência das Escrituras. Andrew Strom assegura “Em vez de arrependimento, as pessoas estão recebendo toda sorte de experiências espirituais falsificadas, parece que não existe mais nenhum tipo de discernimento na cristandade”. Ao perceber o dilema da confusão do engano espiritual Paul Benson escreveu: “Parece que muitos perderam o poder de pensar por si mesmos ou se envolverem na pratica vital do raciocínio critico. Cresce cada vez mais a evidencia que um espírito de confusão tem controlado a sociedade e também grande parte da igreja. Vejo isso como um verdadeiro sinal de que estamos no fim dos tempos.” Então é conclusivo que há necessidade urgente de discernimento em nossos dias, pois essa geração é suficientemente superficial para sustentar o próprio engano que os demônios promovem. Além disso segue o fato de que a maior armadilha do diabo é usar homens dispostos a pacificar consciência a respeito do problema do engano espiritual, e isso é feito de maneira a promover total ignorância das Escrituras e a deturpação da sã doutrina, evocando a infabilidade da experiência espiritual subjetiva. Embora seja verdade que não se justifica heresias por meios de experiências religiosas, antes deve ser combatida com as Escrituras, a falsa experiência é um caminho para o erro, porém é aceita como uma receita imediata e correta para se alcançar um nível mais elevado de verdade, isso nada mais é do gnosticismo. O homem que tem discernimento, antes tem clareza em assuntos espirituais, precisão em assuntos doutrinários e convicção firma nas verdades absolutas das Escrituras bem como a crença inegociável de que a Biblia é autoridade final absoluta em questões de fé e pratica.
Então por onde começamos a exercer nosso discernimento? A entrega dedicada a leitura e estudo das Escrituras é a primeira ordem (Atos 17:11) Pois as Escrituras é a “espada do Espírito” (Efésios 6:17) além disso em Hebreus 4:12 temos a eficácia da Palavra, (Nessa passagem, discernir no grego é kritikos, e está relacionado ao julgamento adequado e qualificado para conhecer a verdadeira natureza espiritual de um fenômeno) Note que uma das características principais dos falsos pregadores é que eles deturpam as escrituras (II Pedro 3:16 no grego deturpam é streblousin que significa torturar algo por perversão, torcer a natureza de algo reto para deformá-lo) no entanto a igreja cujo pregadores estão comprometidos com a ortodoxia e a sã doutrina, também serão zelosos pregadores da palavra de Deus, pois é através dela que vem o alimento solido que capacita o cristão bíblico para discernir o bem e o mal (Hebreus 5:13 e 14) em seguida é que não devemos crer em qualquer voz que assuma se identificar pelo Espírito Santo. Sandy Simpson aconselha: “Testar os espíritos é essencial para a assegurar que estamos em comunhão com aqueles que verdadeiramente tem o espírito da verdade” ela também conclui: “Há espíritos que atua por trás de falsos mestres” (Veja I Timóteo 3:1) Outro principio que deve ser levado em conta, Peter Jones assegura que no espiritualismo “a verdade é experimentada e não processada pela mente” ou seja, o sentimento, o êxtase e as experiências subjetivas que podem ser logradas com muita eficácia pelo espírito do erro, é aceito como verdade em detrimento da rejeição da autoridade das Escrituras. Isso soa muito próximo do pragmatismo, onde uma verdade é atestada por sua funcionalidade e não porque é bíblica. No livro desmascarando as Seduções, Gary L. Greenwald afirma: “Há manifestações variadas de feitiçaria operando em todas as igrejas do mundo, especielamente nas carismáticas”.  Aqui temos uma declaração que não é conclusão de especulações mais atribui-se a vivencia de um carismático que observou a onda do engano que surgiu nas ultimas décadas na cristandade. Uma das táticas mais comuns hoje em dia, pelo qual o espírito do erro toma o controle das pessoas é através do esvaziamento da mente e o desligamento da razão (II Timóteo 3:8) por isso, a passividade é o terreno ideal para o engano operar com toda astucia, esse é o campo de atuação constante de espíritos enganadores “De qualquer forma, o espírito estranho pode alimentar uma mente que conquistou usando-a como instrumento, e conseqüentemente suas vitimas escutam vozes, tem visões etc. Isto também cresce de modo surpreendente na literatura cristã. Visões, revelações celestiais, aparições de anjos e de Jesus e outros fenômenos semelhantes surgem com freqüência cada vez maior. Não pretendemos limitar o livre agir de Deus. Ele realmente pode chamar alguém de modo audível em casos especiais. Mas esses acontecimentos são a exceção e não a regra” (Alexander Seibel A Sutil Sedução da Igreja. Pagina 49)
Em suma, o espírito do erro está associado ao espírito do anticristo (I João 4:1 a 6) desde a época de João já atuava no mundo, seu instrumento inicial foi o cérebro gnóstico, mas esse foi apenas o modo pelo qual se expandiu mundo afora. Esses espíritos enganadores estão atuando de forma acentuada em nossos dias (Efésios 6:10 a 18) Há três negações implícitas nesse espíritos enganadores: A negação que Jesus é o Cristo (I João 2:22) e de certa forma, a percepção quês e tem hoje em dia, é que Jesus como Cristo (único Cristo, pois é singular) mas muitos cristos, fala-se de consciência cristica, ou que cada ser humano é uma divindade adormecida. Nega o Pai e o Filho (I João 2:22) não importa o quanto um movimento cristão tente defender sua ortodoxia, se não consegue fazer a distinção real entre Pai e Filho, a estrutura doutrinaria está comprometida. Não confessa que Jesus veio em carne (I João 4:3) nessa ultima negação está envolvida a obra completa de Cristo e seus efeitos posteriores a encarnação. Tendo em vista que o Verbo se fez carne, morreu pelos pecados dos homens, em seguida ressuscitou literalmente com corpo humano glorificado e em seguida ascendeu ao céu e está a destra de Deus como mediador entre Deus e os homens Cristo Jesus homem, portanto Ele ainda continua sendo humano sem deixar de ser divino. (João 1;14, Hebreus 1:1 Filipenses 2:9 I Timóteo 2:5 I João 2:1 etc.) G. H. Pember afirma: Toda energia humana é levantada e dirigida por influencias espirituais. Sobre os filhos de Deus, vem o Espírito de Deus e os capacita para fazer Sua vontade, tornando-se negligentes na oração, ficam sujeitos a serem capturados e mal dirigidos pelos espíritos malignos” Creio que Pember pensou sobre isso lendo passagens como João 14:16 e Efésios 2:1. A voz do inimigo sempre estará ativa quando é negada a singularidade de Cristo, a suficiência total das Escrituras, a encarnação do Verbo, a morte vicária e substitutiva perfeita e completamente consumada, a ressurreição corporal de Cristo, seu assentamento á direita de Deus e seu retorno físico literal no espaço e no tempo. Mas a aceitação dos fatos mais profundos da cristologia bíblica nos remete para dentro de uma segurança espiritual bem como o crer com convicções firmes na total suficiência das Escrituras nos dá uma posição fundamental em na fé cristã. Com relação a Cristo nos é dito: “E este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo, não só por água, mas por água e sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade” (I João 5;6) note que esse é o testemunho do Espírito Santo verdadeiro, O Espírito da verdade revela a obra de Cristo com precisão e não com omissões, o Consolador sempre revelará todo o caráter redentor da obra consumada e perfeita de Cristo na cruz efetuada pelo sangue imaculado (João 14:16 e 17, 15:26 e 16:13 com I Pedro 1:18 a 20) qualquer espírito do erro, que tente se passar pelo Espírito Santo estará invertendo esse fatos: a encarnação do Verbo, a singularidade de ser o Cristo (Único) de ser também o caminho que leva ao Pai (único) ou seja; único salvador que procede de Deus (João 3;16 João 14:6 Atos 4:12). Rafael Gasson ex-espiritualista explicou que o espiritualismo dá ênfase a redenção de Cristo, não por meio do sangue que é uma oferta necessária para a expiação vicaria e substitutiva, mas aborda a oferta de amor no sacrifício ou exemplo de martírio (A Fraude Cativante Pagina 28) assim a abordagem é sobre o amor de Cristo, não o sangue de Cristo. Constitui-se um grande desvio, o cerne da apostasia, comprometer a verdade bíblica por causa do amor. O agente da decepção espiritual tira o verdadeiro Cristo do foco e apresenta uma imitação, reduz a dimensão do Verdadeiro Cristo e aumenta a dimensão do homem falido, promovendo o sentimentalismo e o experiencialismo como norma de fé onde o eu gira em torno de si mesmo ou do engano que prevalece. O espírito de Cristo (Romanos 8:9) nos leva para verdades absolutas e objetivas, o espírito do erro para as crenças relativas e ambíguas. Não devemos nunca negar o fato de agentes do engano, chamados na bíblia de espíritos imundos, estejam atuando sob a direção do diabo, esse espíritos imundos (Grego: Akathantos pneuma, Marcos 1;22 a 24 Atos 16:6 a 17)) estão demonizando pessoas, pregadores hereges e falsos profetas, para assegurarem um engano em escala mundial A grande jogada portanto é usar meios ilícitos de deturpação, hoje vimos como certos jargões são usados como dispositivos psicológicos para ludibriar as almas que buscam ouvir apenas o que o ego deseja. Ambientes saturados de manifestações psicoemocionais provocados por “mantras” e truques verbais que provocam estados alterados de consciência, êxtases em almas desprovidas de discernimento espiritual, tais coisas apenas abrem portas para espíritos enganadores demonizarem o coração de suas vitimas. A grande manipulação do engano é apresentar outro cristo, para promover o cenário do aparecimento do anticristo (Anti: grego; contra; I João 2:18 I João 2:22 I João 4:3 II João 7) assim, uma das artimanhas mais comuns serão fraudes (Efésios 4:14) Vãs filosofias (Colossenses 2:8) plataformas de discursos cheio de palavras suaves com lisonjas ao ego e a exaltação do homem (Salmos 55:21 Romanos 16:18) além de falsas transfigurações (II Corintios 11:14) seguidas de encenações de efeito numinoso e aparições angélicas ou de espíritos de luz apresentando mensagens do além (Gálatas 1:8 e 9) A multiplicação da iniqüidade acelera muito a operação do espírito do erro. Deus permitiu que espíritos enganadores enchessem a boca dos falsos profetas para acelerar o processo da crise espiritual para que se completasse a medida da iniqüidade e viesse o juízo sobre os impenitentes no antigo testamento (Veja I Reis 22:15 a 23) posso afirmar que o reducionismo dos princípios bíblicos, emocionalismo subjetivo e superficial, pragmatismo, relativismo, autoridade das experiências, novas revelações que chegam do além através de estados alterados de consciência, são todos inimigos do discernimento. Mas há também o condicionamento cultural, ela obstrui a visão espiritual, por isso somos convocados a não se conformar com o presente século (Romanos 12:1 e 2) pois o condicionamento e a manipulação provoca miopia espiritual, quem tem pouca visão espiritual promovem fogo estranho acreditando ser brilho celestial
Finalmente posso concluir que a operação do erro tem penetrado dentro da cristandade, pois isso já foi profetizado (I Coríntios 2:11 II Pedro 2:1 I Timóteo 4:1 a 4  Mateus 7:21 etc.) as Escrituras nos concedem luz espiritual suficiente para discernirmos as coisas espirituais  (I Coríntios 2:15 e 16) elas nos dão luz para a compreensão das coisas que operam por trás do véu da escuridão do engano (Salmos 119:105 Efésios 1:18 II Timóteo 3:15 e 16 etc.) Assim é verdadeira a afirmação de Salomão “Os justos se libertam pelo conhecimento” (Provérbios 11:9) devemos assim, inclinar o nosso coração ao entendimento (Provérbios 2:2 veja também Apocalipse 3:18)) e os prudentes são coroados de conhecimento (Provérbios 14:18). Paulo ensina que não devemos ser meninos no entendimento, mas adultos nesse estado mais avançado de vida espiritual (I Coríntios 14:20) da mesma forma Cristo exige percepção espiritual de seus seguidores (Lucas 12:40) Meu objetivo torna-se obvio, no fim desse trabalho, acredito que devemos nos achegar a Cristo, pedra viva, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Santo, que com seu próprio sangue nos comprou, nessa comunhão intima com Ele, possamos também receber a graça que tiveram aqueles que estavam junto a Ele no caminho de Emaus pois ali mesmo o Senhor abriu a mente dos discípulos para que pudessem compreender as Escrituras (Lucas 24:24)




Clavio Juvenal Jacinto

Sincretismo

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Jesus elogiou a igreja de Éfeso por reprovar os falsos apóstolos (Apocalipse 2:2) afirmou que não irá conhecer muitos milagreiros que atuaram usando o Seu nome mas eram religiosos praticantes de iniquidade (Mateus 7:23)Paulo denunciou Demas que se desviou, amando o mundo secular (I Timóteo 5:15) Ele entregou Himeneu e Alexandre a satanás, por serem blasfemos (I Timóteo 1:19) Paulo também adverte que os ministros do diabo se transformam em ministros de justiça (II Coríntios 11:5) e denunciou os obreiros fraudulentos e os falsos obreiros (II Coríntios 11:13) o brado do Novo Testamento não é pregar amor mas sã doutrina (Tito 2:1) não o relativismo mas os absolutos verdadeiros (II Timóteo 3:15 e 26 João 17:17 e 8:32)  A unidade que quer prevalecer pelo amor e não pela verdade, não é nada mais do que sincretismo. 

Clavio J. Jacinto

Sociedade Perversa

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A nossa sociedade, cheia de avanços tecnológicos, tornou-se um campo de divindades, onde o homem se prostra servindo parafernálias tecnológicas, como se fossem deuses. Desde o surgimento da televisão, pais queimam seus filhos no brilho do pecado promovido pela violência e pelo ocultismo promovidos por filmes e desenhos televisivos, agora mais do que nunca, através de outros dispositivos mais avançados, a família perdeu a unidade, a comunicação e o espírito fraterno. Estamos vivendo os últimos tempos, e para reforçar um governo mundial tirano, o golpe final na sociedade é enfraquecer a família tradicional, e com muito emprenho, o sistema diabólico vem conseguindo alcançar esse objetivo.


Clavio J. Jacinto

Fé ou Visualização?

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Fé ou Visualização?

Um dos principais motivos que dos falsos mestres terem êxito em nossos dias é a falta de conhecimento bíblico que atesta a vida espiritual superficial de muitos cristãos professos.(Apocalipse 3:1) Não há uma ênfase no estudo das Escrituras hoje em dia, e por esse motivo não há uma disposição de testar os espíritos e nem mesmo confrontar o que se ouve com a Palavra de Deus.(Atos 17:11 João 17:17 Provérbios 4:18)   Raramente você encontra alguém que confere com as escrituras para saber se realmente as coisas são verdadeiras ou não. (II Timoteo 3:15) Exemplos podem ser expostas aqui, novas praticas espirituais tem sido introduzidas dentro da cristandade, de forma completamente aceitável, leia as declarações de John Wimber a seguir: “Imagine que você está em um lugar bonito, nas montanhas. Você pode ver a grama verde, as flores amarelas? ... Você pode ver Jesus, andando na floresta ... Só você e Jesus, e há uma brisa morna quando Jesus se aproxima de você ... Agora veja Jesus derramando sangue em você. Na sua cabeça, nos seus ombros, cobrindo-o completamente da cabeça aos pés. Você pode sentir a paz fluindo da sua cabeça aos seus pés? Sinta o perdão dos seus pecados. Eu te digo em nome de Jesus, seus pecados estão perdoados!(1). Alguém consegue perceber que se trata de visualização mística esotérica? Em um site da nova era encontramos essas informações: “visualização é a técnica de focalizar sua imaginação em comportamentos ou eventos que gostaria de ter em sua vida. Os defensores sugerem criar um esquema detalhado do que se deseja e, em seguida, visualizá-lo várias vezes, usando todos os seus sentidos. O que você vê? O que você sente? O que você ouve? O que cheira c? A prática é baseada na idéia de que seu corpo e sua mente estão conectados ao divino subjetivo. Ao fornecer imagens positivas, imagens criativas e auto-sugestão, a visualização pode mudar emoções que subsequentemente têm um efeito físico no corpo, dizem os proponentes. (2). Em nenhuma parte do Novo Testamento somos ensinados a usarmos técnicas como essa para recebermos cura ou bênçãos, no entanto, a literatura mística da nova era é repleta desse tipo de ensinos.  Ao introduzir de forma furtiva tais ensinamentos, sem rejeição alguma daqueles envolvidos nesse tipo de ensino, tais pessoas revelam apenas o quanto são suscetíveis ao engano, mesmo declarando serem cristãs. E tudo isso por uma falta de conhecimento bíblico e uma disposição sincera em buscar procurar verificar se realmente a bíblia ensina e apóia o que os pregadores andam ensinando.  Lamentável isso (Veja Atos 17:11, II Pedro 2:1 a 4 e Judas 3). Infelizmente hoje muitos ditos lideres evangélicos estão introduzindo na igreja todo o tipo de praticas misticas perigosas promovidas pelo catolicismo que pr sua fez sofreu influencia do budismo e do hinduísmo, praticas como a oração contemplativa e a "lectio divina" estão sendo promovidos abertamente. Ha experiencia tem sido a autoridade que está usurpando a autoridade das Escrituras nas questões teológicas doutrinarias.


(1)     John Goodwin, "Testing the Fruit of the Vineyard."
(2)     https://www.gaiam.com/blogs/discover/how-to-use-visualization-to-heal-physically-or-emotionally





Clavio J. Jacinto

Conflito de Vontades

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Conflito de Vontades


A oração modelo do Senhor Jesus tem uma espinha dorsal, ela é a base da vida regenerada, a vida transformada pelo Espirito Santo através do novo nascimento tem um foco central “Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu” (Mateus 6;10) Em Jonas 1:1 a 4 temos uma chamada divina, mas a vontade divina entra em conflito ao chamado divino.  A lição de Jonas é “Sirvo a Deus do meu jeito”. Esse foi o meio pelo qual ele interpretou a ordem “levanta e vai a Nínive” ele foi a Tarsis. Há um conflito de vontades aqui, e Jonas apenas quer servir a Deus do seu jeito.  Assim, a intervenção corretiva de Deus lança Jonas em situações dramáticas. O Cristão deve discernir a vontade de Deus, e não tomar a direção oposta, nisso consiste o conflito dentro de nós. Veja a cena em Gênesis 39:7 a 10, Jose está em um conflito, ele precisa tomar uma decisão, e então corre do pecado, nesse caso foi a vontade do Senhor que prevaleceu na vida de José. Em Gênesis 22, Deis ordena que Abraão sacrifique Isaque, essa é uma grande escolha, entre o que Deus quer e o que o homem quer, então Abraão leva o seu filho para oferecê-lo em holocausto ao Senhor. Que grande conflito deve ter surgido no coração daquele pai, porém ele seguiu a ordem, contra a própria vontade, com certeza. Agora chegamos em I Samuel  11, Davi contempla uma mulher, ela é casada, seu marido está na guerra, e Davi não vence a sua vontade, seus instintos pecaminosos prevalecem e tomam as rédeas da sua vontade e ordena que Davi coabite com Betseba. Desastre moral, eis o que pode ser dito sobre tal coisa! Mas quando chegamos a Daniel 3:8 a 4 vimos como os três amigos de Daniel não se curvaram diante da estatua erguida no campo de Dura. Não importa os riscos, o forno da cremação estava aceso, as chamas estavam famintas, por isso a decisão estava moldada por um princípio: arriscar a própria vida para fazer a vontade de Deus ou a vontade própria para a segurança pessoal. A escolha dos três jovens foi fazer a vontade de Deus. Assim chegamos ao Novo Testamento, a  vida de João Batista em Mateus 14:1 a 12. Ele tem a frente uma escolha, defender o pecado por conveniência ou a vontade de Deus ao risco da própria vida.  Ao invés de olhar para a sua vontade, o Batista olhou para a vontade de Deus. Não há conflitos de vontade na vida de um homem santo. Ele sabe que perdoar é a ordem divina, sabe que orar estudar as Escrituras, ser justo, bondoso, piedoso, prudente, vigilante denota fazer a vontade de Deus. Mas o velho homem com seus instintos tem desejos santos, o que importa para o ego é  a própria vontade, nosso clamor porém é “Deleito-me em fazer a tua vontade” (Salmos 40:8)

Clavio J. Jacinto

A Missão Sagrada de Deixar um Legado

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A Missão Sagrada de Deixar um Legado


Eu gosto muito da passagem de I Pedro 2:21, porque nela acho uma direção para vida, Cristo deixou o exemplo para que sigamos as suas pisadas. Esse não é um caminho comum, você não encontra pessoas seguindo as ousadas de Cristo hoje em dia. Porque a primeira decisão do homem que decide seguir a Cristo é negar-se a si mesmo (Lucas 9:23 Marcos 8:34). A seguir, a vida de um homem que segue a Cristo deixa um legado. Ele tem que lutar para isso. O legado é o fruto de um labor santo. O sangue de Abel ainda fala, porque suas ações foram aprovadas por Deus, o seu legado é de piedade pura. As riquezas de um homem santo não estão nesse mundo, então ele não se importa em viver muito tempo aqui. (Hebreus 11:4) a regra do legado é viver completamente para a glória de Deus e a pratica da justiça para a promoção do evangelho. O âmago da obra de Cristo foi trazer a justificação pela redenção. Não podemos nunca tirar esse elemento da vida de Cristo, seu lema principal é justiça aos pecadores, mesmo que seja imputada, mas foi uma justiça da parte de Cristo. Debaixo da graça e da misericórdia de Deus, mas foi! Agora leiam Efesios 4:24, nos é dito que o homem novo, a nova criação que surge do novo nascimento é feita em verdadeira justiça e santidade. Assim, a lógica teológica nos remete para a mais evidente marca de um cristão, deixar um legado por causa da vida nova que Cristo deu a ele por preço da própria vida divina. (Atos 20:28 com Levitico 17:11). De que consiste o legado? São aquelas ações que produzem impacto permanente na vida das pessoas. Olhe a agulha de Dorcas, era apenas uma agulha, mas era a ferramenta que teceu as vestes reais de seu legado (Lucas 9:36 a 42) Depois de morta ainda falava pelas túnicas que eram apresentadas.  Quando você partir desse mundo, seu legado é que importa, o legado é o selo do testemunho do homem regenerado. As ações santas de um homem correspondem ao seu caráter cristão, não se engane, isso está no cerne do Novo Testamento. Os grandes homens que se foram deixaram marcas permanentes no mundo por onde passaram, esse é o legado deles. É preciso que você desperta para a importância da construção do seu legado, reajustar os passos e colocá-los justamente pela senda de Cristo. Isso é uma escolha pessoal, uma mudança pessoal, fruto de uma entrega incondicional ao Senhor Jesus.  Há muito tempo eu guardei um texto que considero muito precioso pelo seu conteúdo, ele se encaixa perfeitamente nesse assunto, note a profundidade das palavras:  “As coisas não mudam, nós é que mudamos. O inicio de um habito é como um fio invisível, mas cada vez que o repetimos, nosso ato reforça o fio e acrescenta-lhe outro filamento. Sempre que agimos, construímos alguma corda. Precisamos acostumar-nos a pensar e agir, conscientemente e com coragem, para que nossas cordas sejam mais resistentes e não se rompam pelo peso das pressões que fazem sobre nós” (José C.  Andrade) Deixar um legado, significa mudar o rumo da nossa vida, a começar pelos hábitos. Se A entrega ao Senhor for verdadeira a transformação será evidente, e se aperfeiçoará cada vez mais, o selo da vida espiritual de um regenerado é o impacto que é transmitido aos outros, através de seu testemunho.

Clavio J. Jacinto

Provai os Espiritos

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Provai is Espiritos

Por D. M. Panton



A Igreja hoje confronta-se com uma inundação de manifestações sobrenaturais. Movimentos espirituais tremendos estão surgindo em todas as partes do mundo. Repentinamente o discípulo pode individualmente, confrontar-se com o sobrenatural. Consequentemente é impossível evitar um grave dilema: Se assumimos que tudo quanto é sobre-humano é Divino ou pelo menos bom, corremos o risco de cair no abraço do Anticristo. A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira...” (2 Tessalonicenses 2:9). Se por outro lado rejeitamos o sobrenatural por considerá-lo necessariamente mal, corremos o risco de condenar como satânicos, milagres que verdadeiramente procedem de Deus. Envolvidos como estamos, queiramos ou não, nos últimos conflitos entre céu e inferno, a descoberta de um critério que permita distinguir o milagre Divino do satânico, torna-se de importância suprema.

Ser Sincero é Suficiente?


Além disso é certo que a graça sozinha não é critério suficiente. Apesar da reconhecida devoção, sinceridade e oração, Deus não tem evitado que crentes caiam em erros graves no campo da doutrina; por que devemos esperar que Ele torne impossível errarmos no tocante aos dons miraculosos, pelo fato de termos a devoção, a sinceridade e a oração como fundamento? Pois, se essa expectativa for verdadeira como Dean Goode observa com precisão, "ela, de uma vez, descristianiza todos, exceto aqueles que recebem os 'dons'. Ora, se Deus não permite que nenhum cristão verdadeiro seja confundido nessa questão, então segue-se que, se esses são realmente os 'dons extraordinários do Espírito', aqueles que não receberam não podem ser cristãos verdadeiros"
(Modern Claims to the Gifts of the Spirit, pg. 250). A Escritura não apresenta em lugar algum a santidade de vida ou a sinceridade de coração, como substitutos para testes verbais claros ou como sendo, em si mesmos, testes para o sobrenatural.

Pois a história tem demonstrado o perigo. Provavelmente nenhum filho de Deus jamais acolheu um espírito enganador, sem primeiro submetê-lo a algum teste. Mesmo assim, às margens da história estão espalhados os destroços da sedução  sobrenatural.  Repetidamente  os  discípulos  têm,  em   vão,  confiado naquilo que não constitui teste: sua posição, sua santidade, experiência, invocação do Sangue, entre outros, ao invés de confiar no único critério dado por Deus: a aplicação daquela parte da Sua Palavra, que se relaciona com um visitante do mundo invisível. Espíritos e mais espíritos têm escapado dos testes concebidos por aqueles a quem eles têm subjugado com as mais monstruosas alegações.

Exemplos de Engano


Esta foi a queda do Montanismo: "Não sou anjo nem embaixador" disse o espírito que enganou Montanus o fundador do Montanismo "mas EU, o Senhor Deus, o Pai, estou presente" (Dean Goode's Modern Claims to the Gifts of the Spirit, pg. 109). Esta foi a queda do Irvinganismo: "Nada pode distinguir os espíritos, exceto um coração bom e sincero que discerne entre o bem e o mal", disse Edward Irving (Life of Edward Irving, Mrs. Oliphant)."Ninguém jamais testou o espírito que estava em mim", disse o Sr. Baxter, profeta do Irvinganismo, após ter sido liberto do Enganador (Narrative of Facts, pg 131). Esta foi a queda dos espiritualistas. Para Stainton Moses, um ex-clérigo, eis o que diziam os seus familiares com os quais ele se confraternizou (em seções mediúnicas) por mais de trinta anos: "pregamos um evangelho mais nobre, revelando um deus muito mais divino que você havia concebido antes" (Spirit Teaching, pg. 207). Sobre o Dr. Monk, um médium famoso, que havia sido no passado um pastor Batista caiu um espírito com poder sobrenatural enquanto ele pregava. Esta foi a queda dos Mórmons: "Eu sou Jesus Cristo o Pai e o Filho", disse o espírito que escreveu o livro de Mormom. Esta foi a queda do Príncipe de Agapemone, que fora no passado um clérigo evangélico ardoroso e dedicado. Ele declarou sobre a direção do espírito que o controlava, e a quem erroneamente tomou pelo Espírito Santo: "em mim vocês veem Cristo em carne; por mim e em mim Deus redimiu toda carne da morte" (Hepworth Dixson, Spiritual Wives, vol. 1, pg. 272). Esta tem sido também a queda de muitos líderes cristãos modernos. Declarou o Dr. Parker: "Oro à minha esposa todos os dias. Nunca venho para o trabalho sem pedir a ela que venha comigo; e ela realmente vem. Nunca venho a este lugar sem que ela venha comigo" (Review of Reviews, Janeiro, 1902). Mais grave ainda é a declaração feita pelo Dr. R. J. Campbell: "Estou consciente da presença de alguém no invisível misterioso, neste momento. Quem é? Sempre acreditei que fosse Jesus. Não é uma abstração vaga, mas um ser definido, vivo e pessoal. Trabalho sobre suas ordens. Estou errado em acreditar que seja Jesus? Se assim for, terei sido iludido a fazer muitas coisas as quais nunca teria tentado de outra forma. Alguém do mundo espiritual está me direcionando. Se não é Jesus, quem será? Para mim é uma coisa incrível, impossível de se aceitar, que possa ser outra pessoa" (Christian Commonwealth, 30 Nov. 1910).

O Dom de Discernir os Espíritos


Nenhuma escravidão que se possa imaginar, pode ser mais horrível do que a aceitação de um espírito maligno, tomando-o pelo Espírito de Deus. Talvez nenhum perigo seja mais temível nos últimos dias do que Mateus 24:24 que diz: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”, e, provavelmente nenhum filho de Deus já tenha acolhido algum espírito enganador, sem tê-lo submetido a testes; mas estes eram seus próprios testes e não os testes de Deus. Nem mesmo nós nos encontramos na posição de possuidores de algum poder infalível de discernimento dentro de nós. Um único fato é suficiente para desacreditar decisivamente qualquer poder de discernimento nato em um discípulo: entre os nove dons do Espírito Santo aparece o dom de "discernimento de espírito" de acordo com 1 Coríntios 12:10: “e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas”. Isso quer dizer que nem mesmo os mais agraciados com dons na Igreja, na época dos Apóstolos, podiam infalivelmente distinguir um espírito de  outro,  a  menos  que  possuíssem  este  dom especial. Assim sendo, muito menos o podemos nós, destituídos como estamos de todo milagre e inspiração. Na proteção clara e inspirada da Escritura deve estar nossa única segurança possível; e, duvidar, desconsiderar ou negar tal proteção Divina, uma vez descobertas, enquanto apoiamos em nossos próprios poderes para desmascarar o mais sutil inimigo dos seres humanos, é lançar fora a espada e lutar usando a bainha. Porque o Espírito Santo pode vir sobre um ímpio, como aconteceu a Balaão e um espírito maligno pode vir sobre um homem santo, pois os profetas, agraciados com o dom de discernir os espíritos, eram instruídos a se assentar lado a lado e fazer a distinção (I Co 14:29: e falem dois ou três profetas, e os outros julguem”).

Os Três Testes


É verdade que existem dois testes gerais, ambos doutrinários, a saber:


Outro evangelho


“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”. (Gálatas 1:8)

Jesus veio em carne


“Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo”. (2 João 1:7)

Um encontro repentino com um espírito exige um teste decisivo, e este é conclusivamente fornecido em I Jo 4:1-3.

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo”. (1 João 4:1-3)

Estes testes substituem aqueles dados através da Lei: Dt 13:1-3 e Jr 28:9.


“Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma”. (Deuteronômio 13:1-3)

“O profeta que profetizar de paz, quando se cumprir a palavra desse profeta, será conhecido como aquele a quem o Senhor na verdade enviou”. (Jeremias 28:9)

Os testes nos Evangelhos e Gálatas são peculiarmente precisos onde houver suspeita de espíritos malignos, ainda que não haja manifestações sobrenaturais). Aqui está a nossa proteção definitiva. (Vou acrescentar algumas inferências óbvias entre parênteses, sobre o texto de I Jo 4:1-3):

Amados (os únicos qualificados a fazer o teste, Lc 10:19 (eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum”), não creiam em todos os espíritos (pois a fé em um espírito pode ser mortal), mas provem os espíritos (porque espíritos tanto do céu quanto do inferno podem se manifestar a qualquer momento), se eles são de Deus. Porque muitos falsos profetas (homens realmente inspirados, porém, pelos demônios, os quais são na verdade médiuns) estão no mundo. Por meio disso (como critério, dado pelo Senhor) conheçam o Espírito de Deus (de modo que os outros "espíritos" mencionados são também seres pessoais): Todo espírito (a quem se deve dirigir diretamente, deixando de lado a pessoa do profeta – Atos 16:16, “e aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores”) que confesse (em resposta ao desafio) que Jesus Cristo veio em carne (teste este nunca antes dado, e, por isso, nunca antes utilizado) é de Deus verdade que durante a Sua vida terrena, os demônios confessaram que nosso Senhor era o Santo de Deus, mas (1) isso não aconteceu como resposta ao teste, ao passo que Deus agora ordena a colocação de um desafio direto para cada espírito que se comunicar;
(2) É Jesus como MESSIAS, o Cristo humano, não somente como Filho de Deus, que os poderes invisíveis são chamados a confessar; (3) Isso ocorreu antes que estes testes tivessem sido dado à igreja, e, desta forma, presumidamente, antes que uma proibição à evasão tivesse sido estabelecida sobre o mundo invisível; e (4) Seja por coação ou sagacidade, é fato comprovado que os espíritos imundos, deste modo, infalivelmente se revelam desde a ressurreição de nosso Senhor); e todo espírito que não confesse Jesus (silenciar-se ou esquivar-se habilmente é tão fatal quanto a negação) não é de Deus natural que uma alma sincera evite submeter a teste o que possa ser provas de ser o Próprio Espírito Santo. Mas, a passagem ordena isso e verdadeiramente nos revela o Espírito depois dEle  ter  sido  testado.  "Por  meio  disso  (depois  de  aplicado  o  teste) conheçam o Espírito de Deus).

A Segurança do Teste


A importância deste teste é impossível de se exagerar. A Palavra de Deus aqui se responsabiliza pessoalmente pelo resultado: Se evasão ou dissimulação por parte dos demônios fosse possível, não somente uma resposta do espírito provaria não ser critério, mas a passagem toda se tornaria uma cerca apodrecida às bordas de um precipício, tornando-se mais perigosa para alguém que se debruçasse sobre ela, do que se não estivesse lá. É critério infalível. Mas várias condições subentendidas no contexto necessitam observação mais cuidadosa.
(1) A Escritura não oferece base, tanto que eu esteja informado, para a suposição de que este teste seja eficaz nas mãos de não convertidos. O teste , assim como a invocação do nome do Senhor (Mc 9:39, Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim”), não é um encantamento mágico que possa ser usado por qualquer um (At 19:13-16, “e alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a   Jesus,   e   bem    sei    quem    é    Paulo;    mas    vós    quem    sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando- se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa”), mas uma incumbência solene confiada ao povo de Deus, para proteção do Seu rebanho. (2) É um teste para o espírito, e não para o profeta. Assim sendo, nunca deve ser aplicado, a menos que o sobrenatural esteja obviamente presente; e o espírito deve ser compelido a responder e não o profeta. Estamos lidando com um adversário sutil e inescrupuloso (assim, em nossos dias, todos os que declaram ter dons sobrenaturais vindos de Deus, deveriam responder a duas perguntas: (1) O espírito foi isolado primeiro entre vocês depois um "sim" ou "não" foi exigido à pergunta "Jesus Cristo veio em carne? (2) Se a resposta for positiva, como foi que vocês isolaram o espírito de forma efetiva, de modo a estarem certos e capazes de assegurar a outros, que a resposta veio do espírito e não da pessoa que ele possuía naquele momento? Sem que estas perguntas sejam apresentadas, (perguntas estas nunca respondidas satisfatoriamente entre as seitas espíritas dos nossos dias), qualquer um que consinta entrar no invisível, entra de olhos vendados no domínio das potestades que ele não sabe discernir. Mais ainda: você que possui o dom, sempre que pronuncia as palavras "Jesus é Senhor" (estas palavras exatamente e não outras, I Co 12:3, “portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”) pela capacidade sobrenatural de expressão, elas são pronunciadas em condições que deixam dúvidas de que ela falou (isto é, a capacidade sobrenatural) e não você? Nenhum caso autêntico de resposta a estes testes, com testemunhos públicos e provas foi até agora dado à igreja de Cristo; nenhum caso sem exame pormenorizado também; nada além do que tem ocorrido no pseudo-espiritismo ao longo das eras, rumores não comprovados.
(3) O sistema doutrinário e espontâneo de um espírito (como em Atos 16:17, “esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo”) não é critério; um espírito pode ser tão ortodoxo na confissão geral quanto um humano hipócrita. Somente uma confissão em resposta a um desafio direto pode trazer à tona sua real origem. João não diz: "creiam em todos os espíritos", como se todo o sobrenatural fosse sempre Divino; nem disse também: não creiam em espírito nenhum", como se comunicações miraculosas de Deus agora fossem impossíveis; mas, "não creiam em todos os espíritos", porque um espírito, maligno ou não, pode se manifestar a qualquer momento.

Demônios Falam em Línguas


Além disso, o teste comprovadamente funciona. Línguas sobrenaturais irromperam há oitenta anos atrás na família de um clérigo em Gloucestershire; uma emissão de sons sobre-humanos, através de um menino de sete anos, que governava a casa como se fosse a voz de Deus. Finalmente surgiu uma suspeita na mente daquele pastor e o seu superior lhe sugeriu que aplicasse o teste. Naquele momento o menino gritou: "Não teste os espíritos! Não teste os espíritos"! De modo solene, o espírito cujo protesto foi sabiamente ignorado, foi indagado se Jesus Cristo veio em carne, o que ele prontamente negou. Depois de ser silenciado pelo pastor, o espírito partiu e nunca mais retornou.

Espíritos Familiares


Outro caso concreto pode ser mencionado. Há alguns anos atrás, em Norwick, um jovem informou a um conhecido meu, muito dedicado ao Senhor, que durante uma sessão espírita ele havia se comunicado com sua avó. "Sua avó, a quem eu conheci muito  bem,  tinha  um  caráter  adorável  e  era  uma  mulher santa," respondeu o velho. "Meu conselho é que você volte e pergunte a ela: 'Jesus Cristo veio em carne?'" Poucos dias depois, o jovem, terrivelmente abalado, retornou dizendo: "A resposta imediata do espírito foi 'NÃO', seguindo- se de uma torrente de blasfêmias. É um espírito do inferno!"
A Experiência do Autor


Posso acrescentar minha própria experiência. Há mais ou menos vinte anos atrás, eu, juntamente com alguém que hoje é Cônego Anglicano e outro que é missionário no interior da China e vários formados, aplicamos o teste em meu alojamento em Cambridge. Foi perguntado ao espírito, depois de se ter certeza de que um espírito estava realmente presente e dele ter sido totalmente isolado: "Você está disposto a se comunicar conosco a respeito da encarnação de Jesus Cristo?" Ele respondeu com um enfático "sim". Perguntamos então a ele: "Jesus Cristo veio em carne?" A resposta foi um NÃO ainda mais enfático. A emoção tremenda que senti frente àquela terrível descoberta, nunca sairá da minha memória. Portanto, não a necessidade de um bebê em Cristo ser mais enganado do que um crente maduro na fé, caso ele faça uma aplicação honesta do teste. Porque o poder revelador reside, não no grau de santidade do inquiridor, mas na infalibilidade da Palavra! "Amados" (de qualquer idade, maturidade ou circunstância), "provem os espíritos."

Jesus é Senhor ou Anátema?


O segundo teste supremo para o sobrenatural aparece no início do tratado de Paulo, sobre os dons miraculosos. (Vou acrescentar algumas inferências óbvias entre parênteses, ao texto de I Co 12:1-3):

"A respeito dos dons espirituais (ou, os inspirados: a maior parte dos críticos modernos decide a favor do sentido 'homens inspirados' – Godet. O versículo 3 também determina isso. Além do mais, "os testes dados não se aplicarão a todos os casos de dom espiritual, como por exemplo o dom de cura, e outros que eram dons de ação, mas apenas aos dons de palavra inspirada" – Govett), não quero, irmãos, que sejais ignorantes (pois tal ignorância é perigosa). Sabeis que outrora, quando éreis gentios, vos deixastes conduzir (seduzidos por frenesis demoníacos e pelo engano, "perseguidos por um flagelo de demônios malignos"–Justin) aos  ídolos  mudos  (para  os  quais  os  demônios conduzem) conforme (pois inspirações pitônicas (espíritos adivinhadores)
tomam formas variadas) éreis conduzidos. Portanto, dou a vocês (como uma revelação especial) a compreender (de maneira a diferenciar sem risco de erro entre o que recebe dom de Deus e o que recebe dom do diabo) que ninguém que fala pelo Espírito de Deus (isto é, nenhum homem inspirado) afirma: Anátema Jesus! Por outro lado, ninguém (isto é, nenhum homem inspirado) pode dizer: Jesus é Senhor! Senão pelo Espírito Santo (não 'Cristo' apenas; aqui Paulo diz Jesus e não Cristo. Sua preocupação é com a Pessoa histórica que viveu na Terra sob o nome de Jesus. É com Ele que toda a inspiração verdadeira está inseparavelmente ligada. É dEle que toda a inspiração carnal e diabólica se afasta. Os Gnósticos tinham por habito mandar que aqueles que entravam em suas igrejas amaldiçoassem a Jesus (Godet). A ausência do termo "Senhor" antes de "Jesus", marca tão evidente na literatura das Línguas Estranhas, e creio eu, invariável em suas articulações "inspiradas", é muito significativa. "Àquele que me usou", diz numa carta um conhecido meu que possui o dom  de línguas, "eu consciente e voluntariamente me submeti à sua utilização, e ele me revelou Jesus, Filho de Deus, que veio em carne, o Espírito fala com força dentro de mim na língua (estranha), louvando a Jesus, Filho de Deus, que veio em carne." Aqui está uma pessoa escrevendo sob o poder de um espírito; todavia, embora nosso Senhor seja frequentemente mencionado, nunca o é como Senhor, e o  louvor dado ao Senhor pelo ser  – espírito  é totalmente distinto  da confissão requerida, ficando longe também de ser uma resposta a um desafio direto – I Co 12:1-3).

O Teste é para o Espírito não para o Profeta

Nenhum dom é mais imitado por Satanás, ou tem sido mais imitado através dos tempos, do que o mais elementar de todos os dons (I Co 14:19): o dom de Línguas. Somente quando a articulação for evidentemente sobrenatural, é que o teste pode ser aplicado de forma correta e eficaz; mas ele é inconfundível e decisivo. Os órgãos da articulação de sons, em um homem inspirado, passaram em parte do seu controle para o espírito controlador (mas, nos casos Divinos, apenas parcialmente; isto é, enquanto o Espírito Santo era responsável pelo conteúdo, o profeta era responsável pela ocasião e duração da declaração, pois "os espíritos dos profetas ESTÃO SUJEITOS aos profetas" I Co 14:32. Um profeta devia parar, e podia parar, caso uma revelação repentina fosse dada a outro profeta (I Co 14:30). A impossibilidade de se verificar o que diz o profeta é sempre um sintoma da inspiração satânica). Portanto, nenhum homem (esta é a revelação de Deus), desde que um poder sobrenatural esteja operando por meio dele, controlando seus órgãos de expressão, pode dizer "Jesus é anátema", se for um espírito bom; nem pode dizer "Jesus é Senhor" se for um espírito maligno. Repetindo: o espírito é que deve ser testado e não o homem. Mas, um problema prático, infinitamente importante, permanece. O que faremos se o sobrenatural nos vier em uma forma que não possa ser testado, como por exemplo, uma "língua" que terá o cuidado de não responder em nossa própria língua? "O teste de I João 4", alguém que fala línguas me escreveu, "nunca poderia ser aplicado a mim, pois quando o poder sobrenatural está sobre mim, as expressões sempre são uma língua estranha; e isso é uma experiência constante." Um coração devotado à Palavra de Deus só pode ter uma resposta: Nenhum cristão tem qualquer direito de receber o sobrenatural ou um espírito de outro mundo, se não fizer a aplicação destes testes de Deus, de modo solene e eficaz. O perigo crítico jaz aqui: um espírito enganador se apresenta num disfarce que não pode ser testado, e, desse modo, persuade o recipiente a aceitar esse arranjo e fazer a suposição horrivelmente tenebrosa, de que o espírito é o Espírito Santo. Mas o Próprio Espírito nos deu os testes; assim sendo, Ele não Se ofenderá com sua aplicação respeitosa. É ordem dEle que tais testes sejam aplicados. Quando Ele vem, ou então um espírito bom ou anjo com Sua permissão vem, Ele indicará Seus próprios testes. Por isso, um espírito que evitá-los, procede do Abismo. Um espírito não testado deve ser afastado e banido a qualquer custo.

O Pecado Imperdoável


"É de suma importância," nas palavras do Sr. G. H. Pember, "que o pleno significado dessa declaração (I Co 12:1-3) seja entendido pelos crentes dos nossos dias. Porque novamente as manifestações demoníacas estão se multiplicando entre nós, e isso com uma sutileza suficiente para enganar qualquer um que negligencie a aplicação dos testes prescritos". A falha ou a recusa obstinada em usar os testes de forma cuidadosa e solene, pode, em si mesma, ser nada mais do que um ardil, um ataque maligno do Príncipe das Trevas. A recusa em fazê-lo aparece já no início do Segundo Século: "E a todo profeta que fala no Espírito," diz o Didaque, "não deveis testar ou provar; pois todo pecado será perdoado, mas este não será perdoado." Exatamente do mesmo modo, mil e oitocentos anos mais tarde, foi declarado pela Sra. Woodworth Etter: "Constitui pecado imperdoável, atribuir deliberadamente qualquer umas das obras maravilhosas do Espírito Santo ao diabo. Nunca houve, desde o tempo das igrejas primitivas, tanto perigo das pessoas cometerem o pecado imperdoável como há hoje, desde que o fogo Pentecostal envolveu a Terra" (Signs and Wonders, pg. 138). Confundir os milagres de Deus, realizados através do ser humano em qualquer época ou nação, com milagres de satanás, seria verdadeiramente uma tragédia; mas imaginar que este fosse o pecado para qual não haverá perdão é totalmente errôneo, e, (usado como a Sra. Woodworth Etter o faz), é uma coação da pior espécie. Porque atribuir a satanás os milagres operados do nosso Senhor, e por Ele somente, evidenciados por seu caráter imaculado e Sua vida perfeita, é o que constitui a blasfêmia imperdoável: "Porque eles disseram: Ele tem um espírito imundo" (Mc 3:30). Não há provas, tanto quanto eu conheça, de que blasfêmia imperdoável tenha sido cometida, desde que nosso Senhor a expôs nos lábios dos Fariseus daquela época.

"Eu louvo a Deus", diz um líder do Movimento de Línguas (Estranhas–Tradutor) na Inglaterra, "porque o Espírito que habita em nós não necessita ser isolado nem questionado para evidenciar aquele fato (que Jesus veio em carne)." Esta é uma negação macabra! Um manifesto coletivo de um grupo de pastores na Alemanha, declarou o seguinte em 1908: "Declaramos o grave fato de que no recente movimento de Línguas em Cassel e outros lugares, cristãos conhecidos receberam dom de profecia e línguas e não eram do Espírito Santo. Devemos confessar que falhamos numa medida altamente deplorável, porque não fizemos uso do teste "provai os espíritos," conforme o mandamento da Palavra de Deus. Aceitamos sobre nós a culpa e a censura por causa dessa deficiência,  como  também  nas  esferas  mais  amplas  da   Igreja   Cristã." Por causa dessa culpável, inexplicável e única negligência, surgiram o Montanismo, os Camisards, o Irvinganismo, o Espiritualismo e o moderno Movimento das Línguas. Dessa mesma negligência deverá surgir a grande apostasia!


"O Espírito diz expressamente que em tempos vindouros alguns deverão abandonar a sua fé, dando ouvidos a espíritos enganadores" (I Tm 4:1)

"Amados, provem os espíritos" (I Jo 4:1)


"Não desprezeis as profecias; testai todas as coisas" (I Ts 5:20)

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Autor: D. M. Panton Traduzido por Delcio Meireles
Preciosa Semente