Contra a Heresia do Relativismo

0 comentários


 

Contra a Heresia do orgulho Humanista

0 comentários


A Cristo foi dada a radical e extrema experiência de sofrer a condenação pelos nosso pecados na cruz do Calvário, através de uma obra completa e perfeita, para satisfazer plenamente a justiça de Deus Pai. Aos redimidos, cabe repousar com verdadeira confiança na obra de Cristo, tão somente pela fé, pois a fé é tudo o que Deus exige para alcançarmos os benefícios de uma vida transformada pela expiação de Cristo na cruz. Digo mais: a fé completa leva todo o regenerado a conforma-se com a vontade de Deus.



C. J. Jacinto

Matrimonio: Um Jardim Selado

0 comentários

 

Um Jardim Selado

 

 

Discernimento Aplicado a Vida Conjugal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um Jardim Selado (Cantares 4:12)

 

“Aparecem às flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra” (Cantares 2:12)

 

 Durante muitos anos venho me deparando com problemas nas famílias modernas de um modo geral também nas famílias cristãs.  A vida conjugal muitas das vezes torna-se uma batalha, claro que pela lógica do evangelho, ambos, esposo e esposa devem lutar juntos contra os ataques do diabo, mas de tal maneira o inimigo luta com destreza e astúcia que consegue fazer com que a família se torne um campo de batalha onde os cônjuges lutam um contra o outro. Muitas das vezes a batalha torna-se mais acirrada e acaba jogando também pais contra filhos e vice e versa. É um fato irrefutável de que o casamento e a família sofrem duras pressões e ataques malignos em nossos dias.(Leia I Timóteo 4:1 e 2 por exemplo)

Preste atenção na parábola que vou apresentar aqui, pois creio que através dela, podemos sim diagnosticar a origem dos problemas que ocorrem nas famílias e no casamento, de certo modo, agir com sabedoria para remediar o problema da melhor forma possível. Muitos casamentos se encontram da maneira com descrito no livro de provérbios 24:31 “Eis que estava toda cheia de cardos, e a sua superfície coberta de urtiga, e o seu muro de pedras estava derrubado”

Eu quero deixar aqui uma alegoria de como o Diabo trabalha e consegue se infiltrar ou alcançar suas malignas intenções no seio de uma família, e creio que isso ajudará cada casal a olhar para dentro da própria família com mais cuidado e fazer periodicamente uma análise para detectar a ação do inimigo e perceber a presença de sementes malignas que querem germinar dentro do jardim familiar. (Veja o amado leitor que em Genesis 3:1 a 24, o primeiro relacionamento matrimonial e familiar foi comprometido e arruinado pela invasão do Diabo na privacidade relacional de Adão e Eva, ambos descuidaram-se e ignoraram os princípios bíblicos de proteção e foram expulsos do jardim e também foram responsáveis pela queda da humanidade e todas as conseqüências relacionadas a ela)

 

 Satanás joga pequenas sementes no jardim do casamento, seu objetivo é corromper uma boa cultura “E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo, boa semente? por que tem então, joio? E ele lhes disse: um inimigo é quem fez isso” (Mateus 13:27 e 28) no jardim bendito de um casamento sagrado, há as flores do carinho, da compreensão, da ajuda mútua, da oração, do respeito, da sinceridade, da lealdade, da afeição legítima, ali estão cultivadas, desabrocham e frutificam os frutos e as flores das doçuras de uma vida familiar harmoniosa e abençoada, essas divinas plantas devem ser cuidadas e regadas sempre. Porém as sementes infernais são  invasoras, elas vêm de modo sutil e se infiltram no terreno sagrado do casamento e da família. Esta é a obra do Diabo, poluir e intoxicar o ambiente sagrado da família. Tal semente tem só uma função, germinar e crescer, como as ervas daninhas e o joio que atrapalham e produzem muito veneno. Se sua presença não for percebida, elas depois que se alojam, começam a germinar e expandir-se até a forma de grandes arvores malignas. As raízes se alastram e aos poucos elas vão matando as flores do jardim da família e do casamento. Elas crescem, porém elas precisam de esterco, muito esterco para crescerem e se desenvolverem dentro do jardim do casamento. Então, o que é esse esterco que serve como fertilizante para essas arvores e plantas alienígenas e malignas que surgem por intrusão dentro da família? Há vários tipos de estercos, há o esterco da indiferença, da discussão, das brigas, há o esterco das ofensas, dos insultos e da falta de compreensão e perdão, da infidelidade, da mentira, da avareza, da carnalidade e do orgulho. Há uma série de estercos que dão fertilidade a essas arvores malignas, coisas ruins que servem de fertilizantes para essas sementes malignas podem ser geradas dentro da família. Elas crescem mais na medida em que segue o desentendimento, disputas, ofensas, dissensões, invejas e outras coisas nocivas.  A falta de compreensão, a falta de perdão e toda espécie de conflitos, dissensões, desrespeito, brigas e contendas dentro da família repito, geram fertilizantes para ajudar na germinação das sementes do Diabo e na disseminação posterior dos frutos malignos que essas sementes irão produzir no futuro, quando germinam no centro funcional da família. Toda essa carga de esterco dá um poder de crescimento imenso para essas sementes germinarem e essas ervas daninhas e árvores do inferno crescerem dentro de nossas famílias. As árvores irão, quando alcançar certa estatura, dar os frutos venenosos que irão destruir e matar tudo a sua volta relacionada ao casamento.

 Frutificando essas plantas nocivas, depois de tomar a controle total do jardim da família, aparecerão os frutos mortíferos dessas malditas arvores e outras plantas do reino das trevas. Então num estagio avançado, surgirão às conseqüências dessa frutificação abominavel: Violência verbal e física, divorcio, depressão, amarguras, filhos rebeldes, depressão, e por fim morte e ruina. O Diabo então consegue alcançar seus mais tenebrosos objetivos, suas sementes se alojam no seio familiar, germinam e se não houve resistência por parte dos integrantes, elas sufocam tudo, produzem cipós, sujeiras, sombras, veneno tóxico emocional e espiritual, e obstruem toda a luz que procede do céu. Não havendo uma percepção de que plantas dessa natureza estavam crescendo por estágios e se alimentando do esterco produzido pelos próprios membros da família, agora as árvores e outras plantas nocivas produzem um ambiente sombrio, venenoso, indisciplinado, caótico, seus ramos servem de abrigo para espíritos demoníacos e produzem os frutos venenosos que irão matar cada membro da família, irá matar o amor e o afeto, o respeito, a compreensão, todas as virtudes serão devoradas, até que tudo esteja completamente destruído e uma família e um casamento fiquem completamente arruinados. Essas plantas malditas produzem abundancia de espinhos que disseminam chagas e perfurações no tecido do amor conjugal e filial, de modo que conseguem devastar tudo a sua volta. Produzem lugares sombríos que tornam-se esconderijos de lobos vorazes e de bichos iracundos que rugem como leões que andam buscando vitimas para tragá-las, essas vítimas serão teus próprios filhos e seu cônjuge e tudo o mais que possa ser devorado . O que devemos fazer, quando se percebe que sementes do inferno são jogadas ou que essas plantas malignas se encontram crescendo dentro da nossa família e do nosso casamento? Que atitude devemos tomar,  quando encontramos elas dentro do jardim do nosso relacionamento conjugal e familiar?  “E também agora está posto o machado á raiz das árvores; toda a árvore que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo” (Mateus 3:10) Essas plantas precisam ser cortadas e destruídas, devem ser completamente extirpadas e eliminadas . Arrancadas pela raiz. Aqui é um caso de vida ou morte. Ou você destrói essas plantas abissais do jardim de seu casamento ou o seu casamento vai ser destruído e devorado por essas plantas demoníacas. É você e sua família quem correm o risco, portanto elas devem ser banidas de imediato. Você deve se juntar ao seu cônjuge, ler esse estudo novamente e juntos acenderem uma lâmpada espiritual e procurar com diligência essas plantas malditas, esses verdadeiros anátemas que causam destruição das famílias e dos lares, devem trabalhar juntos para arrancar cada uma delas. Pare de dar esterco a essas arvores e outras plantas daninhas que já podem ser encontradas presente dentro do seu casamento e no centro dos relacionamentos da sua família, pare de nutrir os intentos do diabo, arranque essas plantas malditas, expulse essas sementes que o inimigo coloca na seara bendita do casamento e da família! Queimem elas, destrua todas as plantas e sementes malignas!  De outra maneira elas irão sufocar, enfermar e destruir seu casamento, sua família e seus filhos, elas irão envenená-lo e matá-lo.

“O fator que determina uma vida não é a inteligência mas o caráter” (Elisabeth Huguenin)

 

Esse artigo é um sermão condensado de: Clavio J. Jacinto

Comunhão Biblica Bereiana

Paulo Lopes SC

(48) 999947392

claviojj@gmail.com

 


 

 

 


 

 

Sementes de Discernimento X

0 comentários



















 

Contra a Heresia da Insensibilidade Ateista

0 comentários

 


Contra a Heresia da Falsa Segurança Eterna

0 comentários

 


 

Em Jeremias 8:20 o profeta chorão brada um lamento que  a sega tinha passado e o verão findando e “Nós não estamos salvos”. Essa percepção espiritual arguta veio de um profeta que tinha intimidade com Deus, e sabia que a apostasia do povo de Deus era uma realidade pouco perceptível para a maioria senão quase todos os seus contemporâneos. A história do ministério de Jeremias se caracteriza por essa percepção profunda da realidade espiritual, mas o povo não estava inclinado a ouvir uma mensagem de juízo e advertência. O povo estava propenso a ouvir coisas mais brandas, e os falsos profetas ofereciam esse produto no mercado religioso. Essa é a grande diferença para nossos dias também, aliás sempre deve haver aquela disponibilidade de ouvir o que Deus quer falar e não procurar nunca, pregadores que ofereçam mensagens empacotadas de acordo com os interesses do nosso egoísmo.

Em Jeremias 29, encontramos uma carta de consolação enviada aos cativos da babilônia, no livro de lamentações encontramos o choro abundante sobre as ruínas de Jerusalém. A        questão crucial para nosso tempo é ouvir com disposição o que Deus deseja falar, e já é tempo de despertarmos do nosso colossal e profundo, pois os dias de dificuldades chegaram violentamente sobre nossas vidas, e nos faltam profetas do quilate de Jeremias. A percepção “Não estamos salvos” é um confronto, não um confronto ideológico e materialista, mas decisivamente espiritual, séculos separam-nos de Jeremias, mas o seu brado é atual. Precisamos emitir um parecer correto sobre a nossa própria condição “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” (I Timóteo 4:16) e em outra parte ainda lemos: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos, ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”( II Coríntios 13:5)

A percepção do profeta é identificativa, ele está inserido no contexto da apostasia, uma crise moral e espiritual se abatia sobre o povo de Deus e Jeremias estava ali no meio dessa crise de identidade e afastamento dos caminhos do Senhor. O perceber tarde de mais pode ser uma grande tragédia, não foi uma ruína completa para o Profeta porque mesmo diante de toda a extensão da ruína espiritual do seu povo, ele era um salvo. Mas a sua identificação com a realidade era severa, de tal modo que ele mesmo sofre as conseqüências da tragédia na dimensão física. Jeremias vê Jerusalém em ruínas! e ele diz que não estavam salvos. Paz e segurança eram os emblemas proféticos dos falsos profetas, no brasão do estandarte dessa estirpe de ministros da mentira, havia o símbolo da paz e da prosperidade, essa era a mensagem aceitável, tão estimada eram as vozes desses algozes da verdade, que conseguiram arrancar o dobro de aplausos no que tange a medida de perseguição que sofreu o profeta verdadeiro: Jeremias.

Ora, também temos nós sérias advertências sobre uma vida alienada pelos falsos discursos, a comichão  nos ouvidos nos impele a buscar falsos doutores que com palavras palatáveis, assumam o controle de nossos ouvidos e ofereçam satisfação e o prazer de abrandar a coceira dos ouvidos.

Em I Tessalonicenses 5:4 Paulo fala da necessidade de estarmos na luz para não cairmos na armadilha da surpresa relacionada ao dia do Senhor. O fator surpresa é puramente mundano, ao cristão bíblico, a posição espiritual  é de um soldado no exercício da militância, é estar preparado para a vinda de Cristo. No entanto, encontramos alguns exemplos nobres nos evangelhos que nos remetem para o confronto, a saber, que devemos ter percepção espiritual aguçada para que não tenhamos a indigna noção de perceber uma verdade fundamental fora do seu tempo adequado, ou seja: percebê-la pelo meio mais trágico; tarde demais.

 

E assim, abrindo as paginas do Novo Testamento, encontramos a história daquele fazendeiro rico em Lucas 12, que teve um grande êxito no seu empreendedorismo, ao ser muito bem sucedido na cultura e sega, colheu de tal modo grãos e frutos, que os víveres para a sustentação da vida estavam garantidos por muitos anos. Mas o que não percebia o pobre fazendeiro insensato, é que a vida do homem não pertence ao homem. Enquanto ele se regalava numa frieza moral, indispostos a pensar na célebre declaração de Salomão de que há o tempo de nascer e há o tempo de morrer, naquela noite fatídica seria a sua vez de ser chamado a eternidade. Deus declara do seu trono enquanto aquele homem se ufanava de  ter muitos bens para viver tranqüilo o resto da vida, mas o que ele não percebia que o resto da sua vida eram apenas mais algumas horas e nada mais, pois Deus bradou de cima: “Louco esta noite te pedirão a tua alma ; e o que tens preparado para quem será?” (Lucas 12:20) não percebia aquele homem a brevidade da vida, um vapor que aparece e logo desaparece. E era então suas últimas horas no mundo, breve seria recolhido á eternidade, mas ele não percebia isso. Findou a vida, deixou este mundo e não estava salvo. Seria também esta a condição do dileto leitor?

 

Então prosseguimos nas páginas do Santo evangelho de Lucas, o medico amado, e lá no capítulo 16 encontramos outra historia, do rico e do Lazaro. Ambos morrem, são meros mortais, vapores humanos que chegaram ao mundo e não podem permanecer senão alguns anos sobre ele. Aconteceu que Lazaro morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão e o rico também morreu e quando deu-se por si mesmo estava atormentado nas chamas do Hades. “E no inferno ergueu os olhos, estando em tormentos...” (Lucas 16:23) estava ali um homem que acreditava na morte dos outros, talvez você também siga a mesma filosofia de vida. Ele sabia que a morte existia, Vimos que o primeiro a morrer foi Lazaro, e o rico viu a morte ceifando a vida do mendigo que jazia a porta de sua casa com fome. A morte estava diante de seus olhos, foi testemunha ocular da brevidade da vida, mas não percebeu que ele seria o próximo. Quando se dá conta da sai situação precária e arruinada é tarde demais, lembrou-se de sues irmãos, e descobriu que mortal algum merece aquele lugar de horror e tomento. Ficaram para trás sua riquezas e posses, aquele que bebia o melhor vinho agora está mendigando um pingo de água.  Que tragédia! Sua percepção agora estava aguçada, ele via as profundezas de sua própria alma, a vida para ele estava desnuda, os pecados expostos, note que ele não pede para sair dali, por mais pungente que seja cada minuto de tormentos, esse era um lugar adequado para um homem que permaneceu debaixo da impiedade durante toda a vida, o lugar sombrio é o lar adequado para um coração sinistro, ele não deseja sair de lá, mas ao mesmo tempo não quer que seus irmãos tenham o mesmo destino de pavor. E assim, percebe tarde demais que a condição de sua alma era de ruína e nunca quis se arrepender de seus pecados, e ao rico podemos também concluir: Findou a vida e deixou este mundo, mas não estava salvo.

Há outra passagem muito interessante, agora no livro de Mateus, capitulo 24, acerca do sermão profético proferido por Cristo, nos versículos 37 a 39, nosso santo Salvador faz um paralelo entre os dias de Noé e os dias da Sua vinda. Nosso bendito Salvador explica que assim como foi nos dias de Noé, também será por ocasião da Sua vinda, comiam e bebiam, casavam-se de davam-se em casamento e não perceberam, até que veio o dilúvio e levou a todos os impenitentes e insensíveis. Os dias eram terríveis, pois havia uma sensação de conforto, prazeres e prosperidade que escondiam os perigos por trás de uma sociedade de decadência moral excessiva. Não importa o quanto isso tudo a anestesie uma geração pervertida, mas a verdade é que o fato de não perceberem a raiz da iniqüidade que findou no colapso total da civilização ante-diluviana foi a corrupção moral extrema que havia naquela época entre os povos. Note que também eles estavam como que embriagados, pois tornaram-se insensíveis diante do conforto materialista e os prazeres da carne que estabeleciam a civilização contemporânea de Noé. Então esses prazeres e luxúrias impediram as pessoas de perceberem com antecedência que o que semeia na carne colherá a corrupção e era isso que estava acontecendo naqueles dias. Mesmo sendo Noé um pregador na função de tábuas, na construção do navio e depois também pregador profético, anunciando a chegada de um cataclismo universal, o povo se encontrava em profundo torpor. Mas o dilúvio veio e levou a todos. Quando perceberam, era tarde demais. As mesas fartas foram levadas pelas águas, o materialismo e as riquezas foram levados pelas águas, os adúlteros e os bêbados foram se afogaram nas águas, orgulhosos, idólatras e avarentos, todos se afogaram nas águas torrenciais daquela catástrofe. Todos esses exemplos que citei são provas do quanto o homem é propenso à insensibilidade e dureza do coração. Que trágico saber que aquele povo tinha testemunhas, Enoque e Noé eram luzes que brilhavam em meio a escuridão, profetas que mantinham acesa a mensagem profética da advertência divina, mas ninguém estava interessado em ouvi-los, e quando perceberam que a mensagem era verdadeira, era tarde demais, assim o vapor da vida se dissipou, a hora do juízo chegou, para aqueles homens, a vida se findou e todos deixaram o mundo, e só perceberam o fato quando era tarde demais. Temo que grandes partes das pessoas que lêem essa pregação estejam na mesma situação.

 

“Por isso estai vós apercebidos também” (Mateus 24;44)

                          UM GRITO NO CALVARIO

 

                                                    I

Há um rio além das montanhas escuras

Um jardim distante das estrelas

O mel do orvalho frio e duro

O muro da madrugada fortalecida

II

Há um calabouço no coração humano

Uma blindagem na alma faminta

Um antro cavado na turfa negra

Os musgos aglomerados na consciência

III

Há um carvão amolecido na praia

O espaço líquido das lágrimas em cubos

O homem e a espada se beijam ali

Ferindo-se nas batalhas consigo mesmo

IV

Que será do pobre homem sem luz?

Lavado pelos açoites das ondas da vida?

Ferido pelos grilhões das suas próprias ações

Viajando pelos vagões da insana soberba

V

Ainda que a esperança despontasse no tempo

Há no Calvário uma luz que brilha mais forte

Mas o homem perdido em seus caminhos

Ainda insiste em buscar a eterna morte...

 

 

 

Livreto Gratis: Um Jardim selado

0 comentários

 

https://drive.google.com/file/d/1JfzImY0SPKeU9j4eUpWzf88gww1Y8FQ9/view?usp=sharing

Livreto Grátis: Renovando o Vosso Entendimento

0 comentários


 https://drive.google.com/file/d/1n2C_ITXXD1gljbGCdWnz2vqEsf5LUi-o/view?usp=sharing

(Trinta e Três Anos Depois do Primeiro Natal)

0 comentários




 (Trinta e Três Anos Depois do Primeiro Natal)

----


Erguei-vos do vosso monturo
Dessa sepultura tão (fria)
Oh! Pobres almas desconsoladas
Todos os dias (choram) carentes
ampliando a vida amargamente
A perda de uma parte
(De vós mesmas) na real sanidade
Porque a vós renasce a saudade
Ela Não tem o poder de
Ressuscitar (os mortos)?
Olhai o crivo do canto colossal
A Vaia do pântano tão sepulcral
Os uivos de lobos famintos
A terra voraz devora os corpos
As libélulas cavam as dores
Tenros carbúnculos e odores
Moídos no tempo tal pedra de Mó
Que tritura os sonhos passados
Ate virar pó
As estrelas de ternuras findas
Numa cavalgadura e marcha possante
Que do placido grito agonizante
Entre flores e espinhos de fanais
A lâmina da coroa tão sagaz
Que ceifa cardumes de corpos inertes
O que acontece?
A morte que mais assustadora parece
Ali longe da tardia e tosca luz
Onde o ser se consome totalmente na cruz
E nos calamos e ciprestes das suturas
Coágulos de sangue na terra mais dura
As sôfregas de lâminas pertinazes
No alto do Calvário em pêsames cruéis
João e Maria os poucos fiéis
Vendo aos prantos o Filho de Deus padecer
E ali mesmo no ato consumado
Num corpo retorcido e todo chagado
Nas tenazes clausulas o fio tecendo
Estava Jesus morrendo
Depois do brado da pura consumação
Quando aberta as feridas de suas mãos
Com os olhos ao monte fechados
A morte retorce a lâmina do arado
Recolhem o corpo e levam ao rochedo
Buraco emprestado à santa semeadura
Das bordas noturnas um evento e clarão
As luzes natalinas de uma grande benção
E Cristo venceu a morte na ressurreição
Da manjedoura ao madeiro
Cristo deu-se por inteiro
E dando a Sua vida nos deu eterna salvação
---
(Clavio J. Jacinto)



Sementes de Discernimento IX

0 comentários