Discernimento Espiritual e Fidelidade à Palavra de Deus na Igreja


 

Discernimento Espiritual e Fidelidade à Palavra de Deus na Igreja

Introdução

 

“Ler os sinais por trás das aparências das coisas” (Jean Claude Burroau)

Em tempos de crescente confusão doutrinária e influências espirituais enganosas, a Igreja de Cristo deve permanecer firme na verdade das Escrituras. A Bíblia nos exorta a "provar os espíritos" (1 João 4:1) e a "reter o que é bom" (1 Tessalonicenses 5:21), rejeitando todo ensino que não esteja alinhado com a revelação divina. Este artigo aborda a urgência do discernimento espiritual, a centralidade da Palavra de Deus e a responsabilidade dos líderes e crentes em guardar a sã doutrina.

O discernimento espiritual é uma necessidade vital para nossos dias, devemos nos apegar a revelação escrita, a bíblia é autoridade final em questões doutrinarias e em experiências espirituais, a Biblia é nossa salvaguarda, uma luz da verdade que brilha nas trevas da confusão.


1. O Chamado ao Discernimento Espiritual (1 João 4:1-3; 1 Tessalonicenses 5:21)

O apóstolo João adverte: "Não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus". Isso significa que nem toda experiência espiritual, visão ou profecia deve ser aceita sem exame. O discernimento é essencial porque:

  • Falsos mestres e enganadores operam no meio da Igreja (Mateus 7:15).
  • Sinais e maravilhas nem sempre vêm de Deus (Mateus 24:24).
  • A prova final é a conformidade com Cristo (1 João 4:2-3).

Aplicação: Os cristãos devem examinar tudo à luz das Escrituras, nunca pela emoção ou tradição humana.

“A vida espiritual autentica não pode ser medida por sentimento e emoções, mas numa confiança solida nas promessas do evangelho, ainda que as circunstâncias sejam difíceis e as aflições estejam presentes


2. A Autoridade Suprema da Palavra de Deus (Provérbios 3:5-7; 2 Timóteo 3:16-17; Jeremias 23:28)

A Bíblia é o único fundamento inerrante para a fé e a prática cristã. Confiar em visões, experiências ou interpretações pessoais sem o crivo das Escrituras leva ao erro.

  • "Toda a Escritura é inspirada por Deus" (2 Timóteo 3:16) – não há revelação nova fora dela.
  • "A palavra dos profetas" deve ser julgada (Jeremias 23:28), pois muitos falam "da sua própria mente".
  • O perigo da auto-suficiência: "Não se apoie no seu próprio entendimento" (Provérbios 3:5).

Aplicação: A verdadeira espiritualidade não busca novidades, mas obediência à Palavra já revelada.

Deus fala através de um pregador que prega a bíblia com eficiência e sabedoria não através de experiências místicas de locuções interiores, intuições psíquicas e coisas desse gênero.


3. A Responsabilidade dos Líderes em Proteger o Rebanho (1 Pedro 5:2; Atos 20:28; Hebreus 13:17)

Pastores e mestres prestarão contas a Deus pelo cuidado das almas sob sua liderança (Hebreus 13:17). Os exemplos bíblicos mostram:

  • Os falsos pastores de Jeremias 23 alimentavam o povo com ilusões.
  • Paulo adverte os anciãos de Éfeso sobre "lobos cruéis" (Atos 20:29).
  • A negligência espiritual traz juízo (Ezequiel 34).

Aplicação: Líderes devem corrigir, exortar e ensinar com fidelidade, mesmo que isso seja impopular.


4. A Rejeição aos Falsos Profetas e Seus Ensinamentos (2 João 10; Tito 3:10-11; Efésios 5:11)

A Igreja não deve ser tolerante com o erro. A Bíblia ordena:

  • Não receber falsos mestres (2 João 10).
  • Repreender divisivos depois de duas advertências (Tito 3:10).
  • Expor as obras das trevas (Efésios 5:11).

Aplicação: O amor bíblico não é conivente – a verdade exige separação do engano.


5. O Surgimento de Verdadeiros Guias Espirituais (Judas 3; Efésios 5:11)

Em meio à apostasia, Deus levanta homens e mulheres fiéis para:

  • Batalhar pela fé (Judas 3).
  • Ensinar com integridade (2 Timóteo 2:2).
  • Viver como exemplos (1 Timóteo 4:12).

Aplicação: A Igreja precisa de corajosos, não de conciliadores do erro.


6. A Necessidade de Intercessores Fiéis (Efésios 6:18; 1 Pedro 5:8; 1 João 5:16)

A oração é a arma contra o engano:

  • Vigiar em oração (1 Pedro 5:8).
  • Interceder pelos santos (Efésios 6:18).
  • Orar por discernimento (1 João 5:16).

Aplicação: A vitória espiritual começa no lugar secreto da oração.


Conclusão

A Igreja enfrenta tempos de engano, mas a Palavra de Deus permanece como bússola infalível. Cabe a cada crente:
✅ Julgá-lo pela Escritura – não por experiências.
✅ Obedecer aos líderes fiéis – mas rejeitar os falsos.
✅ Orar por discernimento – pois a batalha é espiritual.

Que sejamos como os bereanos (Atos 17:11), que examinavam tudo à luz da verdade!


"Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." (João 17:17)

 

C. J. Jacinto

 

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