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Qualquer um cristão que tenha um pouco de discernimento sabe
que a nossa sociedade está imersa no relativismo, no humanismo e aderiu com ênfase
doentia a visão do politicamente correto. Isso se dá por causa da rejeição aos
preceitos bíblicos e seus absolutos. Embora muita gente se declare cristã, a fé
do qual professam não passa de outro evangelho (Gálatas 1:8) isso porque a
cultura secular invadiu a igreja, e essa invasão contaminou toda a cristandade, de modo que agora as
pessoas cultuam outro Jesus, eliminaram a noção de inferno eterno, riscaram o
termo “pecado” do vocabulário, aderiram a novas formas de tratar com o problema
espiritual do homem, tais usam um neologismo, a frase mágica “deus é amor” serve para justificar que essa
divindade é todo inclusiva e isso apenas serve pra prognosticar teologicamente
que ele não condena ninguém e aceita a todos, não importa o estilo de vida que
estejam levando. Outros aderiram às teorias psicológicas, removendo o conceito
de pecado substituindo por “problemas” ou “doenças” aquilo que a bíblia chama
claramente de pecado. Essa é a substituição da verdade pelo erro, e é uma
mentira descarada. A tolerância dos tolerantes é intolerante. Quando alguém discorda de algo que defendem,
se sentem ofendidos, nota-se que acusam esses de “destilar ódio” contra
pessoas, mas quando protestam contra a ofensa, destilam um ódio terrível, ou
seja dois pessoas e duas medidas, usam dos mesmos artifícios que acusam remetem
para todos os termos verbais e jargões, apresentando claramente que possuem
ainda mais ódio do que o pressuposto do oponente. É uma mera hipocrisia, um
sinal de que a maturação para a catástrofe social se acelera, essa sociedade ímpia
não é capaz de ver que estão a um passo do abismo, estão sendo treinados a não
suportar nada que seja verdadeiro (II Timóteo 4:3) não conhecem e nem aceitam o
Deus das Escrituras, que tem bondade e também severidade (Romanos 11:22).
Pregadores modernos que não falam sobre o juízo de Deus, que omitem a falar
sobre o inferno eterno, fortalecem mais a corrente de impiedade dessa sociedade
que cada vez mais se relativiza. Sei que chegará o tempo em que poucos
suportarão a sã doutrina e da mesma forma, quase todos aceitarão a forma como
um “novo” mundo emerge da natureza orgulhosa e rebelde do homem. Deus irá
abandonar essa sociedade aos prazeres pecaminosos que ela tanto idolatra
(Romanos 1:26). Em tempos de relativismo moral, se troca a verdade pelo erro, a
mentira é mais conveniente e agradável á natureza pecaminosa do homem, as
fabulas são idolatradas e o conceito de juízo eterno é apagado da consciência
humana. Veja bem, Jeremias foi aquele pregador que foi rejeitado, porque as
pessoas queriam somente ouvir coisas agradáveis (Jeremias 42:5 e 6) até mesmo
dentro das igrejas notamos a ênfase sobre um Deus que abençoa mas nunca pune, toda
ênfase é dada sobre o que Deus faz de bom ao homem (E de fato ele faz, pois
está escrito que a Sua misericórdia é a causa de não sermos consumidos em Lamentações
3;22) quase todo o discurso moderno está centrado nas coisas boas que Deus faz,
o materialismo tem sido a oferta principal, e como no caso da tentação, jamais
podemos confundir a falsa da verdadeira divindade, porque a falsa mostra o
reino e as glórias mundanas e diz “Tudo isso te darei se prostrado me adorares”
(Mateus 4:9) mas o Verdadeiro Deus diz: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie
a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24). Agora o que desejo
proclamar é que devemos ser sensíveis quanto a isso. Enquanto não surgir um
remanescente que proclame com coragem e estejam firmes na defesa e proclamação
dos absolutos e não se inclinem ao relativismo, a proliferação da apostasia nas
igrejas da cristandade continuará em ritmo acelerado. Lembre-se da igreja de
Laodiceia (Apocalipse 3:14 a 22) ela não tinha mártires, ela estava
completamente secularizada Charles Spurgeon certa vez advertiu: “Muitas igrejas
caíram em um estado de indiferença, e, quando isso acontece, elas geralmente se
tornam refugio para mestres mundanos, refugio para pessoas que desejam uma
religião fácil que lhes permita desfrutar os prazeres do pecado e as virtudes
da piedade ao mesmo tempo; onde as coisas são licitas e fáceis, onde não se
espera que se faça muito, ou se dê muito, ou se ore muito, ou se seja muito
fervoroso; onde o ministro não é tão meticuloso como os antigos teólogos acadêmicos,
sendo mais liberal, de idéias arejadas, com liberdade para pensar e agir, onde
há plena tolerância ao pecado e nenhuma exigência de genuína piedade. Essas
igrejas aplaudem a inteligência do um pregador, sua doutrina, que é de pouca importância,
e seu amor por Cristo e zelo pelas almas são coisas secundarias. Basta que seja
um homem inteligente e consiga se expressar bem. Esse estilo de conduta é
bastante comum; contudo, espera-se que fechemos a boca, pois as pessoas são
muito respeitáveis. Que o Senhor permita que fiquemos afastados de tal
respeitabilidade!”. Ora, assim entendemos que não é fácil manter o status de
fidelidade, nesse mundo tão acelerado para a impiedade, cuja força da
correnteza tenta arrastar a todos e a tudo o que encontra pela frente,. Quantos
de fato estão firmes como cristãos diante desse tempo? É hora a verificarmos a
nossa armadura espiritual, é hora de orações mais intensas, é uma hora em que o
caminho é quase solitário, é tempo de vigilância.
CLAVIO J. JACINTO
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