Naturalismo







O naturalismo é o movimento filosófico que mais cresce atualmente, é o ceticismo sofisticado, a historia é pródiga em ensinar que sabedoria sem Deus ou leva o homem para a mais terrível idolatria ou para a mais devastadora incredulidade. Seus maiores profetas hoje em dia são os agnósticos, ateus e existencialistas. Para esses profetas do acaso, nada mais há do que um universo material e fechado composto de espaço, tempo, energia e matéria.  Crêem num modelo unidimensional e fechado, não há nada, além disso, e as formas organizadas acontecem através de forças cegas que de modo aleatório dão formas complexas a tudo o que existe. O matrimonio da complexidade com a causalidade gera seu filho primogênito: a incredulidade materialista. Esse filho da incredulidade atua como um ídolo, um verdadeiro anticristo que tem assentamento garantido no altar da razão humana. Partindo dos pressupostos desses profetas, não há verdades absolutas nem morais e nem espirituais. Deus não existe, a moralidade é um produto cultural social  e  sempre estará vigente (ou não) de acordo com as normas instituídas por cada cultura. Encher-se de informações racionais nada mais é do que entulhar a alma de coisas fúteis, assim, o naturalismo pavimenta o caminho do nada, a abissal perspectiva de uma existência sem sentido. Pois se não há uma realidade que transcende as coisas criadas, então a vida está limitada a sorte do acaso, o que acumula um amontoado de incertezas na medida em que a vida se desgasta. O erro do naturalismo é simplesmente mudar o foco da crença do homem, do transcendentalismo para o materialismo e nem mesmo podemos afirmar que seja especificamente um materialismo no sentido literal, sendo que o conjunto dos pensamentos é nada mais do que um arrazoamento de múltiplas idéias filosóficas baseadas numa cosmovisão de origem humanista e incrédula. Na essência dessa reação contra a divindade, está a luta do homem em usurpar a posição do Criador, pois quando o homem tenta tomara razão como autoridade para determinar o significado das coisas, acaba apenas por perder o sentido de tudo.
“Sendo assim, do ponto de vista intelectual, seria um absurdo exercício de nostalgia relembrar os primórdios da ciência moderna, quando cientistas como Bacon, Galileu, Newton e Clerk Maxwell, por exemplo, acreditavam num Deus criador inteligente, de cujo cérebro nascera o cosmos. A ciência avançou afastando-se desse pensamento primitivo, assim nos dizem. Deus foi posto de lado, morto e depois sepultado pelas onipresentes explicações científicas. Deus não se mostrou mais substancial do que o sorriso de um gato de Cheshire cósmico. Ao contrário do gato de Schrödinger, Deus não é nenhuma superposição espectral do morto e vivo — ele sem dúvida está morto. Além disso, todo o processo de sua morte mostra que qualquer tentativa de reintroduzir Deus vai provavelmente atrapalhar o progresso da ciência. Podemos agora ver com mais clareza do que nunca que o naturalismo — a concepção de que a natureza é tudo o que existe, de que não há nenhuma transcendência — reina soberano.(Porque a Ciência não Consegue Enterra Deus. John Lenoxx. Mundo Cristao)



Clavio J. Jacinto

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