Acredito que uma das metas do cristão é o progresso continuo e o aperfeiçoamento
espiritual de modo a adquirir uma sabedoria e uma firme perene diante de um
mundo que se corrompe cada vez mais. O grego bíblico, fala sobre uma sabedoria
que nos conduz a prudência, ela é chamada de “phronesis”. Agora vamos fazer uma Analise de Romanos 12.12)
a primeira parte do versículo diz “Alegrai-vos na esperança” a partir da prática
de uma sabedoria espiritual, sabemos que nem sempre é possível manter uma a
chama fervorosa da esperança inflamada no coração quando estamos passando por
momentos difíceis na vida. Devemos encarar a realidade, a vida nos dá duros
golpes, e certo sábio escreveu algo marcante que deve ser tomado como medida de
avaliação para cada um de nós “A vida é uma pedra de moer, se ela vai desgastar
você ou transformá-lo em algo mais lapidado, depende apenas do material que
você é feito” (Jacob Braude) A esperança pelo qual nos remete o evangelho,
tem as promessas de Cristo além das advertências sobre os perigos espirituais
da peregrinação, Jesus fala sobre a turbação do Espírito em João 14, mais
adiante ele fala sobre as aflições do mundo, elas estariam presentes (João 16.33)
então essa esperança cristã, é capaz de trazer grande conforto celestial
quando estamos passando por apuros e duras provações nesse mundo. A medida em
que essa esperança é alimentada dentro de nós, isso vai fortalecer mais e
mais a nossas convicções. Acho que isso é muito evidente na igreja primitiva,
quando passavam por duras perseguições, ainda assim, conseguiam manter a fé,
porque tinha uma firmeza espiritual muito maior do que as provações do presente
século. A chama da esperança era bem alimentada e o vento das perseguições não
conseguia apagá-la. Mas nem sempre foi assim, o autor aos Hebreus, está
escrevendo para um grupo de cristãos que parecem abandonar o arado e voltar
atrás por causa das perseguições, então o autor, que creio ter sido Paulo,
escreveu a epístola aos Hebreus e especialmente o capitulo 11, onde lemos sobre
a galeria dos heróis da fé, e ali vimos que eles venceram, porque eram firmes e
constantes. Assim, somos chamados a nos alegrarmos na esperança, ainda que o
mundo só nos ofereça desespero. Temos uma fonte do qual bebemos das mais
preciosas promessas do Evangelho “Na esperança de que também a mesma criatura
será libertada da servidão da corrupção, pata a liberdade da glória dos filhos
de Deus” (Romanos 8.21). Seguirei na segunda parte do versículo “Sede pacientes
na tribulação”. Ora, a mais difícil das lições na vida cristã é a paciência.
Digo isso porque estamos vivendo em um mundo imediatista e niilista, e isso tem
influenciado muito nossas vidas, somos afetados por esse imediatismo e nossa paciência
é muito curta, correr com paciência a carreira que está proposta parece um
paradoxo, porque na corrida precisa de um elemento básico a pressa. Todavia,
nessa figura de linguagem, apenas denota o autor aos Hebreus, a longanimidade,
que faz parte do fruto do Espírito. Significa supera os obstáculos e não
desistir, ainda que as nevoas da era presente pareçam nublar muitas glorias
celestiais, isso ainda deve ser levado pela constância, pois que precisamos
reiterar a firme confissão da nossa esperança nos momentos de desânimos e
aparentes fracassos, coisas que todos os verdadeiros cristão enfrentam e devem suportar aqui nesse mundo. “Na vossa paciência
possuí as vossas almas”(Lucas 21.19) por ultimo, vem a parte mais necessária “Perseverai
em oração” a oração deve ser constante na nossa vida, deve ser o palpitar da
vida espiritual, devemos nutrir um anelo por uma vida de comunhão e oração com
o Senhor. Mas uma vez temos que lidar com um tema difícil porque o presente século
tem o afã de sugar todo o nosso tempo disponível. Há na sociedade uma força
centrifuga cujo propósito é engolir todos os segundos da nossa vida, nos deixar
sem tempo para orar e isso é terrível! Mas olhe atentamente para a ordem do Espírito Santo “Perseverai na oração” em outra
parte ouvimos voz do Espírito Santo que proclama “Orai sem cessar” (I
Tessalonicenses 5.7). Constitui-se um desafio enorme manter como padrão uma
vida de oração em nossos dias. Não estamos habituados a isso, queremos as
coisas do modo mais confortável possível, queremos que tudo na vida espiritual seja
facilitado, não estamos aptos ao sacrifício de permanecer muito tempo de
joelhos num lugar secreto. É mais fácil seguirmos uma agenda cheia de musicas
motivacionais, preferimos ouvir um sermão de auto-ajuda do que dobrar os
joelhos e gemer chorando pelas almas que se perdem, a vida egoísta é
pavimentada pelos meus interesses pessoais, mas a vida piedosa está centrada no
bem estar do próximo, ser egoísta é agradável ao velho homem, mas ser pobre de espírito
é uma afronta ao nosso orgulho.
CLAVIO J. JACINTO
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