A Igreja Emergente da Nova
Espiritualidade
(Parábola)
M.S. recebeu convite de sua amiga Cris
para irem assistir ao culto dominical numa igreja emergente, a qual aderiu às
práticas da Nova Espiritualidade Contemplativa... E lá se foram as duas,
esperando testemunhar um serviço religioso bastante interessante, pois essa
igreja, como tantas denominações neopentecostais, tem pregado um tipo de
doutrina esdrúxula, que é uma verdadeira salada de Cristianismo, Catolicismo
Romano e Ocultismo, daí o pomposo termo de Nova Espiritualidade
Contemplativa. É nova porque surgiu há poucos anos, através dos
bestsellers americanos de Robert Schüller, Rick Joyner, Rick Warren, Richard
Foster e uma centena de outros gurus da modernidade religiosa imposta pelo novo
Evangelicalismo Ecumenista. É espiritual porque trata de um cristianismo
espiritualista, que nada tem a ver com o Cristianismo Paulino de Romanos
12:1-2. O caso é que, cansados da Teologia da Prosperidade, que já os tornou
“prósperos” demais, e decepcionados com o vazio espiritual de suas vidas, esses
homens rãs do modelo evangelicalista buscaram um modo diferente de se
relacionarem com Deus e foram atrás dos místicos adoradores do Catolicismo
Medieval.
M.S. e Cris se
apresentaram à pastora Érika Kickergard, uma loura com quase dois metros de
altura, a qual se converteu ao “Cristo Cósmico”, depois de ter passado alguns
anos como “missionária” nos USA, quando teria aprendido algumas práticas
religiosas com um famoso guru hinduísta. Érika voltou ao Brasil completamente
embasada nos conceitos da Nova Era.
O culto começou. Foram
cantados alguns corinhos modernos. Um deles (cantado, inclusive, em todas
as igrejas batistas) começa com um tremendo erro de redação, pois diz: “Não
há igual o nome de Cristo”, ou seja, o autor é tão ignorante
que usou o artigo “o” em vez da fusão da preposição “a” com o artigo “o”, isto
é “ao”. No outro cântico o autor
diz que quer ver a majestade de Cristo e que já alcançou a “santidade”,
o que mostra que esse compositor consultou algumas passagens do Velho
Testamento e jogou sua perniciosa anemia bíblica na dispensação atual da Graça.
Depois de alguns outros cânticos seguindo o mesmo padrão de
incompetência bíblica e lingüística, a Pra. Érika entregou o sermão, que
tentaremos repetir em parte:
Meus irmãos, acabei de ler alguns livros maravilhosos [É típico de
pastor incompetente na cultura bíblica, usar o VT e citar autores da moda, a
fim de mostrar erudição às suas pacíficas ovelhas]. Dentre estes vou citar dois
autores que me deixaram fascinada. Um deles é Leonard Sweet, cujo livro
é o “Quantum Spirituality” (Espiritualidade Quantum), e o outro é
Richard Foster, autor do livro “Celebration of Discipline” (Celebração
da Disciplina), os quais recomendo a quem gosta de ler.
Vamos citar um pensamento de Willis Harman sobre o livro de Leonard
Sweet: “Entre aqueles que me ensinaram a receber os calmos ventos da
energia, movendo-se das fontes de novos jatos espirituais, cito Willis
Harman”. E antes que vocês me perguntem quem é Willis Harman, vou
dizer-lhes:
“Nunca houve uma interpretação mais
lúcida da consciência da Nova Era, e do que ela promete para o futuro, do que
aquilo que se lê nas obras de Willis Harman.”
Os novos mentores de Leonard Sweet, o autor que acabei de mencionar, são
exatamente os que me conduzem à “nova luz” de compreensão da Bíblia, dentre
eles: Mathew Fox [um ex-padre católico, expoente do ocultismo], Richard Mouwe,
Walter Bruggmann e outros [todos eles estrelas da Nova Era], os quais me têm
ensinado a encontrar uma nova maneira de entender Cristo, não como aquele judeu
fracassado, morto numa cruz, mas como o “Cristo Cósmico” de Mathew Fox, o
Cristo que vai governar o mundo por mil anos, com todo o poder e glória,
assentado no Trono de Jerusalém, onde será colocado pelos judeus e
gentios iluminados [Todos eles ingleses e americanos riquíssimos], que
estão tratando da reconstrução do Novo Templo.
O novo foco da nossa Teologia é a unificação mundial de todas as
religiões. Porque Deus não se agrada dessa rivalidade que existe entre
elas. Por exemplo, o Deus dos muçulmanos - Alá - é o mesmo Deus dos cristãos
- Jeová, enquanto Jesus Cristo é o seu profeta e representante maior
na terra, tendo sido um ser excepcionalmente cheio do Espírito Santo [Este,
segundo a Nova Era, não é uma Pessoa, mas apenas o Sopro Divino,
conforme aprendi na Ordem Rosa Cruz AMORC, antes de me converter ao
Evangelho do Senhor Jesus Cristo, em 1978], ou seja, aquele através de quem
podemos conhecer melhor o grande e inatingível Deus Cósmico, o qual está
dentro de cada um de nós.
Se vocês lerem as obras de Rick Warren - “Uma Igreja...” e “Uma
Vida Com Propósito”, livros que estão reunindo todas as igrejas do mundo num só
rebanho, através do “propósito” da unificação em uma Espiritualidade Contemplativa
superior, irão entender o que estou pregando aqui [Imaginem Paulo se unindo aos
pagãos de Éfeso, no culto à deusa Diana, a fim de conseguir a unificação dos
cristãos com os pagãos].
Uma coisa tenho de deixar bem clara: Quem não se encaixar nessa nova
visão espiritual será eliminado do seio da Religião Mundial [Eis o princípio
básico da Nova Era] e do nosso meio, pois não suportaremos os fracos [Isso
contraria totalmente o que Paulo ensina na 2 Coríntios 12:5... E ai de quem não
for arrebatado!).
E foi por aí a grande pastora “espiritual”, até concluir sua mensagem
com estas palavras:
Lutero nunca desconsiderou a Virgem Maria, tanto que as maiores igrejas
da Alemanha têm o nome de “Marien Kirche”. Isso quer dizer que devemos
cultuar a Virgem Maria do Catolicismo Romano, pois ela é, de fato, a Mãe do
Jesus histórico e também a Co-Redentora da humanidade, merecendo ser adorada
por todos nós [Uma contradição da pastora: pois se o Cristo é cósmico, para que
precisaríamos nós de uma Co-Redentora? Será que a Maria da Nova Era também é
cósmica?]
A chamada Nova Espiritualidade Contemplativa, fortalecida através
da Oração Contemplativa - usada por Teresa D’Ávila, Inácio de Loyola e
outros gurus da Idade Média - é a ressurgida modalidade de vida espiritual, a
qual conduz os seus seguidores à “Luz Interior” (que seria o casamento do
devoto com o “Cristo Cósmico”). Através dessa “luz” é que os adoradores
entram em êxtase espiritual, rejubilando-se na presença de Jesus... Isto é, do
“outro Jesus”!
A esse tipo de espiritualidade estão se encaminhando os pastores que
aderem aos “Propósitos” de inovarem a igreja com esse novo espiritualismo
medieval que primeiramente foi promovido pelo movimento nova era e mais adiante
sendo introduzido nas igrejas por falsos profetas.
O artigo foi publicado pelo CPR alguns anos atrás, porém é mais
relevante ainda para nossos dias.
Levemente adaptado por C. J. Jacinto
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