As Influencias Milenaristas do Nazismo/Marxismo


 

 



 

Durante o período da segunda guerra mundial (1939-1945) dois movimentos emergentes dominaram a Europa, o nazismo e o marxismo. Analisando suas doutrinas ideológicas, ambos eram absolutamente anticristãos, quando comparados com o cristianismo bíblico; o marxismo que teve seu representante maior, o império soviético (antiga URSS) e o nazismo que também chegou a formar um bloco de países aderentes ao centro do movimento: A Alemanha. Ambos defendiam a posição de serem científicos, o nazismo se envolveu com a Eugenia e adotou uma visão esotérica teosofista da superioridade da raça ariana, o outro, o marxismo, seria um novo humanismo político seguida da crença secular evolucionista e a restauração de uma utopia paradisíaca, tal como era no começo da raça humana, e então começaram a chamar isso de socialismo. Ambos eram ideologias com forte influencia religiosa, embora o marxismo pendesse para uma secularização e uma oposição ferrenha contra a religião, na verdade isso se deu contra o cristianismo. O marxismo foi muito influenciado pela religião cristã, embora fosse contra ela, pregava a restauração do paraíso, o retorno ou a instauração de um modelo de mundo novo, isso seria a salvação da humanidade, um mundo livre do capitalismo, livre de escravos, livre da propriedade privada, um céu terreno, e o Marx seria o seu profeta maior, o comunismo seria um céu sem a necessidade do Deus judaico cristão, mas assim mesmo, o modo como a crença era defendida, o fanatismo mórbido como foi exposto e a idolatria aos lideres do movimento, não deixam duvidas quanto comparar o marxismo á uma religião humanista com suas divindades encarregadas de trazer um paraíso milenar ao mundo. Só para não ficar apenas na minha observação pessoal, (ela é baseada em pesquisas) basta observar o livro “A Batalha de Moscou” de Andrew Nagorski para descobrir na narrativa o quanto era idolatrada o cadáver de Lênin na época da invasão alemã da Rússia. Além disso, podemos ver o quanto o livro de Daniel (Marx era judeu) influenciou a cosmovisão socialista marxista. O fato de combater o capitalismo opressor e mostrar a libertação do homem pela via socialista coloca o marxismo como um movimento de tendências políticas religiosas, a única diferença era que o totalitarismo que defendia não dava espaço para outra religião concorrente, então o humanismo predomina, um humanismo secular extremo que abraça o darwinismo e coloca a “origem das Espécies” como modelo de (anti) evangelho. Observamos um pesquisador concluir:

Os marxistas têm sua própria visão da história, que é apocalíptica no sentido secular. E nessa história há desenvolvimentos que acontecem. E você pode ler a história da mesma forma que o faz com o apocalipse religioso. E ao ler a história, eles precisaram desde o início de uma figura que representasse as pessoas comuns. E na Reforma, visto que Martinho Lutero era visto como a pessoa que liderava a burguesia, Thomas Muentzer era visto como a pessoa que liderava o proletariado. E assim, para os marxistas, em sua leitura da história, Thomas Muentzer é central como parte desse movimento mais longo em direção ao eventual estado proletário.”(1)

 

A inspiração em Muntzer como o modelo revolucionário para impor uma reforma social apenas tornou-se mais abrangente, essa reforma deveria ser mundial, Marx seria o novo profeta.

 

O nazismo segue o mesmo caminho, o terceiro Reich, seria a consumação histórica do triunfo humanista, Carlos Magno através do império romano implantou o primeiro Reich, os Kaisers alemães o segundo Reich e então Adolf Hitler inauguraria o terceiro, uma utopia milenar, um reino de mil anos de “bênçãos” para um povo: a raça ariana.(Em “Mein Kampf” Hitler se considera como um enviado para realizar a vontade de Deus) A Alemanha e o seu povo seriam o centro, “A Nova Jerusalém” administrativa desse milênio que seria inaugurado por Hitler (Até hoje Adolf Hitler é considerado por simpatizantes do nazismo, como um Avatar) e seus profetas, depois de vencerem todas as batalhas e conquistarem o mundo, a Alemanha seria a sede do Paraíso chamado terceiro Reich. Por trás dessa cosmovisão está a influencia de Apocalipse 20, formatado pela ideologia nazista para alcançar seus propósitos, já que a bagagem doutrinaria inclui a idolatria aos povos nórdicos (arianismo) bem como uma simpatia a mitologia, esoterismo e paganismo, pois tudo isso é observável no próprio símbolo do nazismo; a suástica que era um símbolo sagrado nas religiões pagãs do hinduísmo.

Tanto soviéticos quanto alemães caíram na armadilha quando foram doutrinados de forma livre ou arbitraria, recebendo uma enxurrada de propagandas e métodos de sedução que era comum nos discursos inflamados de seus profetas. É perigoso, a historia é um alerta, mostra que a política misturada com elementos religiosos pode esconder um perigo latente, esperando apenas o momento certo para pisotear e esmagar seus oponentes. Tanto no Marxismo quanto do Nazismo, o Estado ganhou o status de divindade pelo qual cada cidadão fiel aos princípios ideológicos deveria idolatrar, mostrar respeito e obediência cega. Da mesma forma, as doutrinas utópicas, acabaram por promover segregação, racismo, eugenia, experiências genéticas arbitrarias. Ambas as ideologias eram pautadas por discursos científicos, que fazia prevalecer um requinte de engano ainda mais sofisticado, doutores e cientistas tornaram-se arautos da defesa da ideologia de estado totalitário, e as conseqüências foram desastrosas.

Para o cristão, a vigilância deve ser dobrada nesses dias de confusão, a Bíblia nos ensina que nossa pátria está nos céus (Filipenses 3:20) e Jesus nosso Senhor e Salvador afirmou que o seu Reino não é deste mundo ( João 18:36)

 

 

(1)           https://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/apocalypse/explanation/muentzer.html

 

 

Autor: Clavio J. Jacinto

 

 

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