Não Devemos Julgar os que Promovem Falsas Doutrinas?





Já ouvi muita gente dizer que não podemos julgar, quando o assunto são questões polemicas e falsos ensinos.  Há sempre  aquele grupo de pessoas que defendem com unhas e dentes, que um cristão não pode julgar ou criticar erros alheios, a base bíblica que usam é Mateus 7:1. Porém somos chamados a pregar a sã doutrina (Tito 2:1) e manter o padrão das sãs palavras (II Timóteo 1;13)
Ao bem do evangelho devo dar uma resposta com base bíblia e lógica sobre o assunto. Encontramos pessoas que vociferam que não podemos fazer criticas e que não podemos julgar aqueles que tomam rumos nada ortodoxos com relação à fé cristã. Argumentam que pregadores, pastores, “apóstolos” são “ungidos de Deus”, não podem ser expostos, reprovados, denunciados, rejeitados e suas heresias devem ser estimadas.
Claro que os defensores dessa tese, não levam em conta o que Jesus realmente quis dizer, porque o contexto de Mateus 7, o julgar não é permitido quando feito de forma errada. Não podemos tirar o cisco do olho alheio, se  temos uma trave no nosso olho.  Em João 7:24 Jesus diz que devemos julgar de acordo com a reta justiça, portanto aqui está, julgar corretamente é um mandamento, e julgar de forma errada é um erro. Paulo também ordena “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o” (Tito 3:10) e depois conclui que o tal herege está pervertido (Tito 3:11) O termo grego traduzido por “pervertido, exestraptai, corre só aqui em Tito, e denota alguém que inverte a natureza de algo, uma mudança para a decadência, para a extrema corrupção. Devemos sim tomar cuidado com os hereges, pois eles se disfarçam de ministros de justiça, e enganando os que não possuem discernimento, acabam sendo hereges de estimação de muita gente (II Pedro 2:1)
O texto de João 7;24 já é suficiente para defender a posição correta, mas posso prosseguir pela lógica, pois o próprio Cristo atacou com veemência a hipocrisia dos fariseus, chamado-os de raça de víboras (Mateus 23:33) seria esse um julgamento errado? Mas talvez você ache que Cristo tenha esse direito e nós não, Mas isso é um erro. (II Pedro 2:11) Pessoas que ficam nessa ladainha de dizer que não podemos julgar apostatas e aqueles que torcem as escrituras, são defensores de falsos profetas e nada mais, correm o risco de ir para o mesmo abismo, pois um cego guia outro cego, ambos caem na cova (Mateus 15:14)  Defender apostatas é fazer cumplicidade com eles, e acima disso ainda é um sinal de que esse tal, não ama a verdade.(II João 1:11)
Nas cartas de Paulo encontramos um conteúdo variado, há ensinos, advertências, admoestações e correção. Agiu Paulo errado em corrigir? A igreja de Efeso foi louvada por Cristo, justamente porque em seu meio apareceram enganadores que queriam se passar por apóstolos, mas foram colocados a prova e foram achados falsos apóstolos. Os adeptos do “não julgueis” se estivessem ali, seriam vitimas e fantoches do engodo dos falsos apóstolos da Igreja de Efeso. (Apocalipse 2:2) E com a igreja de Galacia, foi Paulo tolerante quando eles se desviaram do caminho da graça? Nunca, eles foram advertidos que promover outro evangelho recorre em maldição  (Galatas 5:4 e 1:8 e 9) Ser tolerante com a mentira e  com o erro, é opor-se a verdade, é opor-se ao Espírito de Cristo. (I João 4:1 a 6) Aliás Paulo mesmo falou da existência de falsos ministros e falsos irmãos. (II Corintios 11:15)  Como fazer para reconhecê-los  e denuncia-los? Pelos seus frutos! Não dons mas frutos (Mateus 7:15 a 21)
A historia da igreja começa com homens que se tornaram apologetas porque defendia a fé cristã contra os erros correntes na época da igreja primitiva, muitos escritos denunciaram o movimento gnóstico por exemplo. A literatura cristã primitiva é rica em conteúdo apologético, inclusive mostrando o erro e denunciando os apostatas.
Alguns adeptos do “não julgueis” não são nada mais do que frouxos, que não amam a verdade suficiente para defendê-la diante dessa grande apostasia que assola nossa cristandade. Preferem a unidade pelo sacrifício da verdade e a exaltação da apostasia. Querem viver uma unidade, mas ao custo de sacrificar a verdade e tolerar a mentira. (João 8:44) “Quem comunhão tem a justiça com a injustiça e que comunhão tem a luz com as trevas? (II Coríntios 6:14) Cristo nunca agiu assim, os apóstolos nunca agiram assim, nenhum homem verdadeiramente santo em qualquer época da igreja, nunca agiu assim. Porque só agora encontramos uma geração de supostos cristãos que argumentam que não devemos julgar, simplesmente na base do amor tolerante? O verdadeiro amor não sacrifica a verdade pela conveniência, pelo contrario. Renuncia todo o tipo de conveniência para não sacrificar a verdade. Pergunto: um amor que tolera o erro é um amor pela verdade? Nunca! Jamais! Por isso meu amado leitor, a bíblia diz que os santos irão julgar até mesmo os anjos, (I Corintios 6:3) nas antigas assembléias Paulo orientou os cristãos a julgarem os profetas (I Corintios 14:29) e porque isso era necessário? Porque já naquela época, o espírito do erro já estava operando (I João 4:6)

Clavio Juvenal Jacinto

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