Com Poder Espiritual e Sem Salvação






“Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vos que praticais a iniqüidade” (Mateus 7:23) Essas palavras de Cristo, são dirigidas a uma multidão de “super-religiosos” que ostentavam um grande poder carismático.(Leia Mateus 7:15 a 21) A força sobrenatural que funciona em suas crenças os faziam crer serem uma elite espiritual mais avançada e superior. Olhavam para os resultados, criam que Deus era com eles, porque a exposição clara dos poderes espirituais eram mui evidente e uma prova irrefutável de que havia uma poderosa “unção” sobre suas vidas, mas era um engano!  Embora pareça invocarem ao Senhor (Mateus 7:21) a declaração de Cristo é: “nunca vos conheci” e então conclui que tais eram praticantes de iniqüidades. No grego “anomian” significa “sem lei” ou “sem princípios.” Um significado claro: eram desobedientes á verdade do evangelho. Não amavam a santidade, mas viviam dentro daquilo que Judas denunciava “A transformação da graça De Deus em dissolução (Judas 4). O contexto das Palavras de Cristo em Mateus 7 é a obediência, a pratica do Evangelho.(Mateus 7:24 a 27 com Tiago 1:22) Há um principio espiritual que deve ser relevante na vida de um cristão: Todo o conhecimento bíblico precisa ter uma finalidade pratica.Nas palavras de Jonathan Edwards: “Tudo o que confessares será inútil, se não tiver a confirmação de vossas ações” Há uma intima relação entre a verdade das Escrituras e a pessoa de Cristo, viver a fé cristã é viver Cristo e obedecer a Deus, isso é inseparável.(Hebreus 5:9 e Efésios 4:24) A maior parte da cristandade atual é arrastada pela correnteza do mundo e suas vãs filosofias,(Colossenses 2:8) mas parece que se orgulham disso, porque de forma pragmática, eles estão seguros de que possuem muitas experiências espirituais e isso lhe dá uma garantia, como se fosse um selo divino de aprovação de que sinais e maravilhas e experiências profundas e agradáveis não seria em hipótese alguma, permitida aos réprobos.(II Tessalonicenses 2:9 a 12)  Aliás, sejamos coerentes, a forma mais simples e mais difícil da jornada cristã é viver por fé e estar completamente desapegado desse mundo, por estar inteiramente ciente de o mundo não é digno dos que são verdadeiramente santos.(I João 2:5 e Tiago 4:4) A bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6) todavia queremos também a experiência para selar nossas convicções. Êxtases e sentimentos espirituais maravilhosos não são os quesitos fundamentais para viver a vida cristã, as vezes é o oposto, andar por fé não é andar por sentimentos “Porque andamos por fé e não por vista”(II Coríntios 5:7) nesse caso não por percepção de algo que podemos ver ou sentir, mas por confiança na providencia e soberania de Deus. O cristão verdadeiro almeja estar com o Senhor porque é bem melhor, cumpre aqui nesse mundo os restos das aflições de Cristo, (Filipenses 1:23 e Colossenses 1:24) e o mundo não quer os santos, a sociedade é uma  “Jerusalém” expandida que mata e persegue os profetas do Senhor.(Mateus 23:37) Não há afetos espirituais mútuos entre cristãos verdadeiros e mundo dos perdidos. Mas de alguma forma, essa não é a crença popular da cristandade.  Se Paulo encontrou em Atenas um altar ao “Deus desconhecido” é bem certo crer que na cristandade erguem-se muitos altares a deuses estranhos, feito na medida dos anseios mentais para satisfação dos instintos da natureza mundana, em que tais corações estão apaixonadamente enraizados. (Tito 3:5)  Essa idolatria sofisticada, idealizada nas crenças populares de um cristianismo antibiblico é o que funciona hoje e atrai muitos seguidores.(Gálatas 1:8) A começar pelo fato de que a crença comum num Cristo totalmente amoroso é apenas uma caricatura religiosa inventada para esconder a imagem de outro Cristo, pelo qual o Verdadeiro não é invocado, e daí a  explicação da “contradição” entre os que clamam “Senhor, Senhor” e o Senhor Jesus Cristo que diz “Não vos conheço” porque estavam invocando e seguindo “outro cristo”. (Romanos 11:22) Esse outro cristo que não condena pecados e pecadores, não reage contra o pecado, aceita o fogo estranho, a extravagância esotérica e o culto sensual, um Deus tolerante que compactua com todas as formas de heresias e mentiras doutrinarias e experiências sobrenaturais derivadas do paganismo não é em hipótese alguma o verdadeiro Senhor mas um falso Cristo. (Mateus 24:24 e Marcos 13:22) Essa é a divindade de muitos ditos cristãos modernos. “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo, aparte-se de toda a iniqüidade”(II Timóteo 2:20).  Assim, prestemos ao Senhor a santa obediência, pois essa é a marca distintiva do cristão que aguarda Cristo (Hebreus 5:9) e sejamos sóbrios vigiando e orando até o grande Dia do Senhor (I Pedro 4:7)


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