A Arte : Elevação e Decadencia.


Desde cedo o homem foi inclinado a contemplar o belo, a beleza é a janela por onde a sensibilidade ganha forma, por causa disso, nasceu a arte. Você nunca encontrará animais contemplando o belo, por isso não podem escrever poemas, nem compor musica, nem pintar um quadro com uma bela paisagem. A contemplação do belo pode ser vista na plenitude de um sentimento de gratidão, a convicção da existência de Deus (Leia Salmos 19:1 a 6) na chamada vocacional dos homens na construção do tabernáculo (Êxodo 31) na arte do petica de Davi escrevendo seus Salmos, nos máximas proverbiais de Salomão na doçura que verte do amor matrimonial de Cantares, na profundidade com que Jó aborda a teodiceia na maneira lúdica e revolucionaria das palavras de Cristo no sermão da Montanha (Mateus 5 a 7). Um senso de beleza ecoa desde o momento em que contemplamos o que nos causa admiração. A arte é o indicador da sensibilidade humana, é a manifestação do coração iluminado pela sensibilidade. A arte nos remete para o sentido da dignidade elevada, aspirações mais profundas de sabedoria, promove a maturidade espiritual, lapida a inteligencia e reflete a semelhança divina no homem. A arte é o caminho do progresso para o mais sagrado e não a ladeira que faz escorregar a humanidade para o abismo.
Lucas van Valckenborch 1535 - 1597 A torre de Babel (1595)


Nosso tempo está sinalizado pela morte do belo, é o assombro, o sinistro, as trevas morais que distorcem o sagrado e conduz a sociedade pela arte do pecado, já não é mais arte, é desastre. As pessoas nuas na rua, expondo suas vergonhas, isso não é arte, é o manifesto da decadência moral, é sinal de uma sociedade enferma. Homens expondo a nudez perante os olhos de crianças inocentes, isso não é arte, é crime visual seguido de atentado ao pudor. A arte sofre o ataque, ao invés de estrelas brilhando no palco da vida, o que vimos são relâmpagos que saem da boca dos morteiros que matam a sensibilidade e a destreza da humanidade. O marxismo cultural tem sido um desses tentáculos diabólico, que não ergue plataformas de beleza, mas de aberrações, o relativismo tem sido outra mão que nos tira a liberdade para nos colocar dentro de um labirinto. Se Davi olha para as estrelas e encontra plenitude da alma, o homem moderno contempla a lama e encontra alimento para a própria concupiscência. A decadência da arte é a decadência do mundo.

Van Gogh Semeador no Campo

Em Romanos 1;20 Paulo expressa a criação como o ponto focal onde se inicia a crença em Deus, a beleza das flores, os regatos e as praias, as nuvens que destilam a chuva, a criação é um testemunho sublime da inteligencia de Deus. A simetria que nossos olhos percebem, acende a nossa capacidade de meditar e é a ignição necessária para que nossa cognição desabroche em admiração e espanto. Assim como o cético espera o fim do fogo para estudar as cinzas, o homem piedoso toma posse da luz do fogo para compreender a verdade pelo caminho da luz do conhecimento intelectual puro. A criação nos conduz a essa experiencia sublime. Mas a arte, quando toma o caminho da depravação conduz o homem para os antros do próprio instinto, porque não há emancipação pelo pecado, senão atrofiamento.  A decadência da arte sinaliza a decadência da própria civilização.


Clavio J. Jacinto

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Website com pinturas de grandes pintores que no atravessar dos seculos foram inspirados pelas Escrituras Sagradas, deixando um legado artístico de valor incalculável para a humanidade.
                                              https://www.artbible.info/art/large/622.html

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