O Sobrenatural na Era do Ceticismo



O Sobrenatural na Era do Ceticismo

Nem sempre o conhecimento nos leva para um avanço ético, alguns escritores contemporâneos como Aldous Huxley, George Orwell, William Golding apenas refletem exatamente as ponderações do psicólogo Phillip Zimbardo em “O Efeito Lúcifer” e as pesquisas realizadas sobre o comportamento humano de Stanley Milgram.  Há de fato uma natureza maligna no homem, embora muitas vezes ela esteja latente, todavia já existem provas irrefutáveis de que elas podem ser despertadas e emergem das profundezas do homem. é aqui que entro com a questão principal, pois no fundo a palavra iniqüidade tem uma conexão com a anomalia, que por sua vez traz na terminologia, a natureza anti-lei divina. A iniqüidades, esse “anomolos” é uma força “anti” ou melhor, contra a justiça e a santidade dos decretos divinos. Agora que temos uma percepção dessa realidade no homem, a raça humana em si, não vive pelas demandas de instintos complexos, temos uma consciência mais avançada do que os animais, porque fomos no princípio criado a imagem do Criador. Apenas uma queda histórica, seguida de uma alteração sobrenatural na consciência profunda, nos remete para uma compreensão da realidade da natureza maligna imposta por conseqüência dessa queda, nas profundezas do coração humano.
Acontece que não há explicações mais coerentes para explicar a natureza maligna imposta no coração humano depois da queda. é lógico, que a maioria dos filósofos, psicólogos, irão rejeitar isso, pois antes, já rejeitam os fatos bíblicos relacionados a isso. Mas de certa forma, a bíblia é muito precisa em demonstrar a malignidade do homem, tanto as latentes, quanto as ativas. Pela experiência metódica da vida pelos caminhos da história do homem, entendemos esse fator importantíssimo, e a partir dele, a nossa concepção sobre o sobrenatural ganha sentido. Então sobre esse fato, repousa as mais extraordinárias sentenças bíblicas e advertências severas sobre o assunto em pauta nesse estudo. Induzindo o homem a iniqüidade, o diabo conseguiu um caminho de acesso ao coração humano, e interage com os homens através desse acesso. Quase sempre, a interação do diabo no mundo procede por essa via, a ferramenta mais acessível ao diabo é um coração dominado pela iniqüidade. Quase sempre o diabo também precisa de um agente, um meio pelo qual deseja disseminar o pecado e toda espécie de devassidão. Assim, o agente precisa de um escravo, e o meio pelo qual ele alcança seus intentos, é antes de tudo, destruir toda a percepção espiritual do homem. Constitui-se um grande triunfo satânico, convencer primeiro o homem sobre a inexistência dele, para em seguida usar o cético como instrumento pelo qual deseja alcançar os fins. Não é ofensa ao diabo lidar com alguém que não crê nele, porque a descrença nesse sentido, é uma armadilha usada pelo próprio diabo, para que os seus fins malignos sejam alcançados.
Ora, temos algumas passagens nas Escrituras que ensinam claramente que o diabo é um agente sobrenatural que age na medida em que encontra um espaço adequado para agir mediante suas insinuações (Veja Efésios 4;27 com I Pedro 5:18) em seguida nos é ensinado que desde a antiguidade ele vem sendo um agente nocivo que age de forma sutil para destruir os homens (Apocalipse 12:9) e quase sempre se apodera de agentes secundários que usa como ferramentas a fim de alcançar seus propósitos, para disseminar toda espécie de erros, ideologias, heresias, mentiras e engano espiritual (I Timóteo 4:1)
Sua grande jogada é usar formas de neologismo, é lamentável que o diabo tenha usado a capacidade intelectual do homem para alcançar seus fins e produzir toda espécie de anomalias. Assim, até aqueles termos carregados de seriedades acabam sendo diluídos de forma que perdem a força do significado original. Temos um exemplo, a questão o pecado, isso tem sido uma tragédia cujas conseqüências podem ser observadas pelo declínio moral da nossa sociedade. Ao dar um novo significado para o termo, o pecado passa a ser visto como um problema psicológico ou como uma doença. Algo que é conseqüência da sociedade e não da natureza pecaminosa. Assim segue o exemplo, de que o ladrão está contaminado pela propaganda do capitalismo materialista, e isso tão somente serve como um paliativo, a justificativa porque ele rouba, não porque seja isso uma conseqüência de sua natureza pecaminosa, mas apenas uma contaminação social que o impulsiona a fazer isso como uma necessidade pessoal.
O cristão olha para o  mundo de forma diferente, apesar de que em nossos dias, o pensar biblicamente trará cada vez mais implicações sérias ao meio em que convive e entre os problemas que isso acarreta, o ser taxado de fundamentalista será uma das acusações que trará mais devastação na igreja no futuro. Devido ao fato, do termo “fundamentalista” possuir um sobrecarregamento de idéias negativas quando associada à religião cristã. O que ocorre, no entanto, devido ao ceticismo ganhar força em nossos dias, é que as agências do diabo ficam mais livres para trabalhar e alcançar seus intentos. Aqui temos uma jogada de mestre, perceba as implicações que isso acarreta em longo prazo, pois o relativismo ganhou muita força na medida em que a secularização e o ceticismo criaram raízes mais profundas na sociedade atual. Assim satanás criou um ambiente onde ele pode atuar mais a vontade, sem encontrar oposição social, exceto á igreja que ainda segue padrões estritamente bíblicos. (Atos 16:18)
Em que consiste o trabalho de satanás? ora ele trabalha e atua desde o coração humano (João 13:2) isso não é observável de forma empírica, as formas de análise da influência espiritual do diabo não pode ser vista a partir de um laboratório. O contingente dessas evidencias não são físicas, sem antes não forem testadas como espirituais. Há evidencias de sobra sobre a existência dos poderes das trevas atuando nesse mundo e na vida de muitas pessoas. A negação disso simplesmente é dar atestado de inocência a um agente que está destruindo a humanidade, mas se nega o fato pela incredulidade, lançando mão de outras explicações alternativas e por isso mesmo, cheias elasticidade ao ponto de negar a própria natureza do mal, pior ainda, negar a personalidade da essência de toda a malignidade. Mas os fenômenos sociais atestam que essas coisas existem, um dos principais pensadores da humanidade assim atesta: Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (II Coríntios 2:11). Esse deveria ser o princípio que permeia toda a resolução tomada com relação a natureza e ação do diabo: Não ignorar. Porém é certo que as coisas estarão mais complicadas no futuro, e e então os céticos de alguma forma atestam de forma equivocada, uma espécie de paranormalidade que se adéqüe aos padrões dos mais céticos, e não é de admirar que isso venha ocorrendo de forma a muitos começarem a flertar as crenças espiritualistas orientais, que levam para mais próxima da mentira universal elaborada pelo diabo e ao mesmo tempo, e com desdém, acabam por afetar a distância entre o coração humano e o evangelho, tornando assim a distancia maior entre o cético e a verdade das Escrituras, e por fim, satanás terá alcançado seus objetivos.

CLAVIO J. JACINTO

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