A Estratégia da Serpente: A Desinformação Como Arma Contra a Verdade


 

A Estratégia da Serpente: A Desinformação Como Arma Contra a Verdade

 

 


 

Por C. J. Jacinto

 

“O uso da desonestidade como um meio ilícito para validar um argumento para defender um ponto de vista, manipulando informações para defender uma mentira é uma característica própria da antiga serpente e é também de todos os seus seguidores.”

 

Vivemos em dias sombrios, em que a mentira, a manipulação e o uso indevido de informações se tornaram ferramentas comuns — e até sofisticadas — nas mãos daqueles que se opõem à verdade. O uso da desonestidade como meio ilícito para validar argumentos e defender pontos de vista distorcidos não é uma prática nova. Na verdade, é a marca registrada da antiga serpente — Satanás — e de todos os que seguem seus passos.

A Mentira Como Ferramenta Espiritual

Quando uma pessoa deliberadamente manipula dados, seleciona fatos parciais ou distorce informações para sustentar uma ideia, ela está se colocando ao lado do Pai da Mentira (João 8:44). É exatamente esse o cenário que se observa hoje, especialmente com o uso indiscriminado das redes sociais. O ambiente digital, que poderia ser uma plataforma de edificação e evangelização, tem se transformado em um campo fértil para a promiscuidade intelectual.

Como Naamã, que tentou adquirir benefícios omitindo a verdade, muitos hoje usam artifícios parecidos. A tragédia está em que essas manipulações não apenas causam desinformação, mas também afundam multidões em ignorância, tal como os habitantes de Nínive nos dias do profeta Jonas — que, segundo o próprio Deus, “não sabiam distinguir a mão direita da esquerda” (Jonas 4:11).

Falsos Mestres e a Doutrina de Demônios

O apóstolo Paulo advertiu severamente sobre o surgimento de falsos mestres e da apostasia que dominaria os últimos dias:

"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." (1 Timóteo 4:1)

Hoje, vemos essa profecia cumprida diante de nossos olhos. Há quem se apresente como doutor, teólogo ou pensador cristão nas redes sociais, mas que na prática se comporta como um agente da serpente, manipulando conceitos teológicos, distorcendo a Escritura, criando falácias e sustentando heresias — tudo isso para justificar sua ideologia ou posição.

A Igreja e o Surto de Desinformação

Desde seus primeiros séculos, a Igreja enfrentou um verdadeiro surto de agentes da desinformação. Foram os evangelhos apócrifos, os escritos gnósticos, os documentos míticos e tantas outras fontes falsas que tentavam semear dúvida no coração dos fiéis. O inimigo sempre teve essa tática: infiltrar-se com aparência de sabedoria, mas recheado de engano.

Hoje, essa estratégia se atualizou. Os meios mudaram, mas o espírito é o mesmo. É comum encontrar argumentos refinados, acompanhados de linguagem rebuscada, gráficos, estatísticas e citações — tudo para sustentar meias-verdades. Esses “intelectuais” são muitas vezes lobos em pele de eruditos, e suas palavras são como veneno doce aos ouvidos espiritualmente adormecidos.

Um Vácuo de Conhecimento Bíblico

O que agrava ainda mais a situação é o vácuo doutrinário presente em grande parte das igrejas. A superficialidade dos sermões, a negligência no ensino sistemático das Escrituras e a apatia dos próprios cristãos em buscar o conhecimento de Deus têm criado um terreno fértil para o engano.

A exposição bíblica correta, o ensino temático equilibrado e a pregação textual profunda são cada vez mais raros. Em seu lugar, predominam mensagens rasas, emocionalistas ou até humanistas, deixando o povo vulnerável à tempestade da apostasia.

A Urgência de Ser Remanescente

Frente a esse cenário, a responsabilidade recai sobre os verdadeiros remanescentes — aqueles que, mesmo em minoria, permanecem fiéis à verdade revelada. A liberdade que hoje os falsos profetas têm para disseminar o erro é também consequência da omissão dos crentes fiéis. O silêncio dos que deveriam se opor tem alimentado a expansão do engano.

Se você, amado leitor, não se posicionar, será inevitavelmente arrastado pela correnteza infernal da desinformação, das heresias e da apostasia. A resistência ao erro é um dever cristão. Somos chamados a combater o bom combate (2 Timóteo 4:7), a contender pela fé que uma vez foi dada aos santos (Judas 1:3), a não nos conformar com este século, mas sermos transformados pela renovação da mente (Romanos 12:2).

Conclusão: Que o Senhor Abra Teus Olhos

Este é um tempo de guerra espiritual — silenciosa, sutil, mas feroz. Os agentes do erro estão organizados, ativos e estrategicamente posicionados. Cabe a nós, os remanescentes fiéis, nos armar com a verdade da Palavra de Deus, buscar discernimento e nos levantar contra o engano.

Que o Senhor abra teus olhos espirituais. Que você tenha coragem, zelo e fidelidade para não apenas resistir ao espírito do erro, mas também para denunciar, ensinar e restaurar os que ainda podem ser salvos do engano.

 

1 comentários:

J.Matias disse...

Este é o tempo actual a que vivemos. Devemos todos os que nasceram verdadeiramente de novo, permanecer fieis mesmo em face da morte, sabemos que a guerra contra o remanescente, os poucos dos últimos tempos será de abrir os olhos de espanto.

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