Por que a Pergunta "Quem Criou Deus?" é uma Falácia Lógica



Por que a Pergunta "Quem Criou Deus?" é uma Falácia Lógica

Introdução: O Erro por Trás da Pergunta

Uma das objeções mais comuns levantadas contra o teísmo é a pergunta: "Quem criou Deus?". Popularizada por ateístas como Richard Dawkins, essa questão parece desafiar a lógica da crença em um Criador supremo. No entanto, uma análise mais profunda revela que a própria pergunta é autocontraditória e se baseia em falácias categoriais.

Este artigo examinará por que essa pergunta é logicamente inválida, explorando:

1.     definição de Deus como Ser Necessário.

2.     Os limites da causalidade.

3.     impossibilidade da regressão infinita.

4.     diferença entre contingência e necessidade.

5.     Por que o universo não pode ser eterno.


1. A Falácia Categorial: Confundindo o Criado com o Incriado

A pergunta "Quem criou Deus?" pressupõe que Deus é um ser criado, algo que teve um começo e depende de uma causa anterior. No entanto, essa premissa é falsa. Não poderia ser Deus algo que fosse criado, a pergunta fica sem sentido e na pior das hipóteses é uma pergunta totalmente boba!

  • Deus, na teologia clássica, é definido como um Ser Necessário:
    • Eterno (não teve início).
    • Incriado (não depende de nada para existir).
    • Imutável (não está sujeito ao tempo ou mudança).

Perguntar "Quem criou Deus?" é como perguntar:

  • "Quem é o solteiro casado?"
  • "Quantos lados tem um círculo quadrado?"

A pergunta se autodestrói porque viola a própria definição do que Deus é.

O argumento em si dentro da pergunta elaborada simplesmente é viciada no raciocínio de uma suposta impossibilidade, Deus, quando a alternativa é crer numa impossibilidade absurda, o nada criar alguma coisa. Os que fazem a pergunta sobre quem criou Deus aceitam o fato de uma não existência criar tudo o que existe, e isso quebra a lei da lógica.


2. A Lei da Causalidade Não se Aplica a Tudo

Um princípio fundamental da filosofia é:

"Tudo o que começa a existir tem uma causa."

Mas isso não se aplica a algo que sempre existiu.

  • O universo (segundo evidências cosmológicas) teve um início (Big Bang) → precisa de uma causa.
  • Deus, por definição, não teve um início → não precisa de uma causa.

Analogia:

  • "Quem fez o número 3?"
    • Números são conceitos abstratos e eternos; não foram "feitos".
  • Da mesma forma, Deus não foi "feito" — Ele simplesmente é (Êxodo 3:14).

Criaturas finitas não podem medir o infinito, e pelo fato de não poderem medi-las não prova que o infinito não existe, nenhuma criatura finita pode contar a eternidade, ela jamais pode contá-la, isso não prova que a eternidade não existe, criaturas finitas podem não crer em Um Deus que é auto-existente de eternidade á eternidade, e pelo fato dessa impossibilidade de crença, não prova que um Deus eterno não existe


3. A Regressão Infinita é Impossível

Se insistirmos que "Deus precisa de um criador", então:

  • Quem criou o criador de Deus?
  • E quem criou esse criador?

Isso leva a uma regressão infinita, o que é logicamente absurdo:

  • Se cada causa exigisse outra causa, nada jamais existiria.
  • Deve haver uma Causa Primeira que não depende de nada mais.

Analogia:

  • Imagine uma corda pendurada no vazio.
    • Se não houver um gancho fixo (Deus), a corda (o universo) não teria onde se sustentar.

4. Contingência vs. Necessidade: Por que o Universo Não se Explica por Si Mesmo

  • O universo é contingente:
    • Poderia não existir.
    • Suas leis poderiam ser diferentes.
    • Precisa de uma explicação externa.
  • Deus é necessário:
    • Não poderia não existir.
    • Existe por Sua própria natureza.

Se tudo no universo é contingente, então a explicação final deve estar fora dele — em um Ser Necessário (Deus).


5. O Universo Não Pode Ser Eterno

Alguns propõem: "E se o universo sempre existiu?"
Mas a ciência moderna refuta isso:

  • Big Bang → O universo teve um começo.
  • Segunda Lei da Termodinâmica → Se o universo fosse eterno, já teria esgotado sua energia.

Conclusão:

  • Algo eterno deve existir.
  • Esse algo não é o universo (que teve um começo).
  • Logo, só resta Deus.

Embora eu pessoalmente não creia no modelo de explicação cientifico ateu para a origem do universo, o fato permanece que uma realidade só existe sobreposta sobre outra realidade, como por exemplo, a biogêneses. A ação requer um agente, você nunca verá uma ilusão (o nada) criando um universo, e é isso que os ateus propõem


Conclusão: A Pergunta "Quem Criou Deus?" é Sem Sentido

1.     É uma falácia categorial (confunde Deus com seres criados).

2.     Ignora a natureza da causalidade (só se aplica ao que começa a existir).

3.     Leva a uma regressão infinita impossível.

4.     Falha em distinguir entre contingência e necessidade.

5.     Não explica por que o universo não pode ser eterno.

A resposta final?

"Deus não foi criado. Ele é a Causa Incausada de tudo o mais."


Os insights em vermelho são de autoria de C. J. Jacinto

 

Fonte Consultada:

 Reflexão Final:


"Se algo existe, deve haver algo que sempre existiu. Essa realidade não poderia ter surgido — ela simplesmente é." (Abraham Varghese)

Pense nisso.

 

 

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