Aristotelismo e a Heresia Gnostica




Um dos maiores filósofos e sem dúvida de grande influencia ao pensamento moderno, os grandes teólogos do passado repousaram sobre o pensamento aristotélico, embora o platonismo e posteriormente o neoplatonismo tenham se inclinado para um "Racionalismo místico" e mergulhado numa metafísica do sobrenatural, enquanto que o aristotelismo curvou-se perante um racionalismo mais rígido, a verdade é que tanto o platonismo quanto o aristotelismo tinham na essência, uma base gnostica, Manly Hall por exemplo percebeu que os filósofos gregos beberam do cálice do misticismo pagão egípcio e seus mistérios.  Uma visão gnóstica parece permear a visão de Aristóteles quanto ao universo:


Aristóteles acreditava que matéria e forma sempre existiram juntas. Portanto, para ele, o ser humano não tinha apenas um corpo material, mas também uma alma na qual habita uma centelha divina que a alma compartilha com Deus. "Esta centelha de divindade na natureza humana é um elemento do Logos divino - o poder espiritual moldador e a essência de Deus - é eterno e impessoal." (David Fideler, JESUS ​​CHRIST SON OF GOD: ANTIENT COSMOLOGY AND EARLY CHRISTIAN SYMBOLISM, Quest Books, 1993, p 20.)


Com certeza Paulo conhecia esses fatos, e parece que não flertava muito com aquilo que chamava no seu todo de vãs filosofias (Colossenses 2:8) o apóstolo João escreveu suas cartas com o intuito de combater a visão gnóstica do homem, os escritores do Novo Testamento sabiam que a cosmovisão gnóstica repetia o engano da serpente no Eden,(A teoria de que existe uma centelha divina em cada alma) além de discordarem da teoria de uma matéria má, pois uma das doutrinas centrais da fé cristã é a ressurreição dos mortos e os novos céus e a nova terra onde habitará a justiça e a equidade.


C. J. Jacinto


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