O MISTÉRIO DA RESSURREIÇÃO




 

C. J. Jacinto

 

 

A ressurreição, conforme a promessa bíblica registrada em Daniel, capítulo 12, versículo 13, é um evento de grande significado. Na concepção, o indivíduo recebe a totalidade de seus atributos pessoais, bem como a herança genética de seus antepassados. A complexidade do ser e sua estrutura espiritual são manifestações da experiência terrena.


A morte reconduz o corpo ao pó, conforme descrito em Gênesis, capítulo 3, versículo 19. O pó representa a matéria constituinte do corpo físico. A alma, presumivelmente, preserva as informações genéticas que definem a individualidade do ser. Ela se integra ao espírito, porém, distingue-se dele, como se depreende de Hebreus, capítulo 4, versículo 12. Todos os seres humanos pertencem a Deus. Na morte, ocorre a separação do corpo, da alma e do espírito. De acordo com Lucas, capítulo 23, versículo 46, as almas dos que não alcançaram a salvação destinam-se ao Hades, enquanto as dos redimidos vão para o paraíso. Essa distinção é ilustrada em Lucas, capítulo 16, versículo 25, e em Lucas, capítulo 23, versículo 40. Todas as almas pertencem a Cristo, em quem residem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Colossenses, capítulo 2, versículo 3). Ele conhece cada indivíduo, abrangendo o passado, o presente e o futuro, e detém a posse da alma, com todas as informações pessoais de cada ser.


Cada indivíduo que já viveu preserva, em sua essência, a totalidade de sua informação genética e de personalidade. A alma, sendo imortal, retém essas informações, e Cristo detém posse delas. O Senhor as utilizará para ressuscitar tanto os que foram salvos quanto os que se perderam. Os salvos ressurgirão com corpos glorificados; quanto aos perdidos, a Escritura não especifica a natureza de seus corpos ressurretos. A ressurreição de Cristo é a garantia de uma ressurreição universal, como lemos em Apocalipse, capítulo 20, versículo 6. A cruz e o trono branco representam os juízos divinos, nos quais uns serão condenados e outros justificados, com base na aceitação ou rejeição da mensagem do Evangelho.

Portanto, depreende-se que os justificados alcançarão a vida eterna, conforme a promessa de Jesus em João 3:36. Aqueles que rejeitaram o Evangelho, não crendo na obra redentora e completa de Jesus Cristo na cruz e não confiando nele, experimentarão a segunda morte, conforme descrito e advertido em Apocalipse 2:11. A recompensa dos justos ocorrerá na segunda vinda de Jesus. A bênção da segunda vinda de Cristo será concedida aos justos, enquanto a segunda morte será o destino daqueles que rejeitaram a Cristo, e a condenação será proferida no Juízo Final, diante do trono branco. A segunda vinda de Jesus trará a bênção, e o Juízo Final, para aqueles que rejeitaram o Senhor Jesus como Salvador, trará a condenação.


 A vida é uma dádiva divina, e a formação da personalidade, uma obra do Senhor. O desenvolvimento do caráter, por sua vez, é uma responsabilidade humana, conforme se observa em Provérbios 22:6, e também uma ação do Espírito Santo. A existência não é um mistério, mas um milagre, uma manifestação divina. A morte é uma consequência inevitável, resultante do pecado e da queda. A ressurreição de cada indivíduo que já viveu é um evento certo, uma verdade fundamental estabelecida pela palavra de Deus e confirmada pela ressurreição de Jesus Cristo, após Ele ter triunfado sobre a morte e consumado a obra de expiação e redenção na cruz do Calvário, em benefício de todos aqueles que, ao ouvirem o Evangelho, se arrependerem de seus pecados e crerem em Jesus Cristo. Essa é a mensagem central do Evangelho. A ressurreição de cada pessoa falecida é uma verdade que proporcionará esperança a alguns e poderá gerar desespero em outros.

 

 

 

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