A EXISTENCIA DE UM DEUS SANTO: UM FATO!
C. J. Jacinto
Em diversas passagens do Antigo Testamento, o juízo divino é retratado de maneira marcante, freqüentemente gerando debates devido à severidade com que Deus lida com a iniquidade, tanto em sociedades quanto em indivíduos. Esse juízo, manifestado tanto de forma coletiva quanto pessoal, é ilustrado em vários trechos bíblicos. No livro de Gênesis, capítulo 19, narra-se a destruição de Sodoma e Gomorra. Em Segundo Livro dos Reis, capítulo 2, versículos 23 e 24, relata-se o episódio em que crianças foram mortas por ursos. No livro de Êxodo, capítulo 12, versículo 29, descreve-se a morte dos primogênitos no Egito como um exemplo do juízo divino. Estes exemplos demonstram o juízo de Deus sobre indivíduos, crianças e cidades. Adicionalmente, a narrativa do dilúvio, encontrada em outros trechos do Antigo Testamento, apresenta um evento de grande magnitude, no qual, possivelmente, milhões de pessoas pereceram, abrangendo diversas classes sociais.
Ao longo da história da humanidade, o
comportamento humano e sua evolução têm sido marcados por guerras, homicídios e
diversas formas de criminalidade e perversidade. De fato, sem a existência de
leis, muitas delas severas, que visam conter os impulsos humanos, a humanidade
provavelmente teria sido extinta há muito tempo. As leis ainda conseguem, em
alguma medida, controlar certos aspectos da conduta humana. Contudo, observa-se
um crescente descontrole, evidenciado pelo elevado índice de criminalidade
praticada em todo o mundo.
A questão transcende a esfera filosófica, possuindo uma natureza espiritual. Muitos daqueles que se opõem às escrituras o fazem, em grande medida, por se chocarem com os juízos nelas expressos, justamente por não compreenderem essa dimensão espiritual. Conseqüentemente, apresentam uma visão distorcida dos assuntos divinos.
Nessa perspectiva, as Escrituras Sagradas, como o livro de Levítico, no capítulo 18, versículos 19 e 25, já alertavam sobre práticas consideradas iníquas e a associação com entidades demoníacas. A conexão entre sacrifícios idólatras e o satanismo também é evidente. Em consonância com as advertências de Moisés em Levítico, o apóstolo Paulo, em 1ª Coríntios, capítulo 10, versículo 14, e capítulo 10, versículo 20, aborda essa questão. A ligação, direta ou indireta, com demônios, espíritos e o satanismo tem sido, conforme a Bíblia, motivo para o juízo divino sobre nações, cidades e indivíduos.
A justiça divina, manifestação da santidade de Deus, Criador de todas as coisas e administrador do universo, é inerente à Sua natureza. Compete a Ele, portanto, corrigir e julgar todo espírito rebelde, seja no plano espiritual ou no físico. Em razão de Sua soberania, criação e santidade, os atributos divinos de justiça são aplicados sobre os espíritos rebeldes, sobre a iniquidade e sobre tudo que ofende e perturba a ordem estabelecida por Ele com bondade e perfeição.
Consequentemente, aquele que professa a fé em Deus sem reconhecer Sua justiça e santidade, crê em uma divindade deturpada. Da mesma forma, aqueles que negam a existência de Deus, justificando-se na alegação de que Ele seria irascível ou vingativo, adotam uma filosofia equivocada. Essa perspectiva demonstra desconhecimento da natureza da realidade, pois a própria sociedade humana, em sua estrutura, aplica a justiça sobre aqueles que cometem atos de desordem e crimes.
Embora Deus seja justo e santo, é imperativo considerar também o aspecto da Sua infinita misericórdia. A Bíblia apresenta essa característica como um atributo divino essencial. No livro de Tiago, capítulo 3, versículo 11, encontramos a afirmação de que o Senhor é misericordioso e compassivo. De maneira similar, a misericórdia de Deus é exaltada em Salmos, capítulo 111, versículo 4, e no capítulo 103, versículo 8.
Ademais, no livro de Exodo, capítulo 22,
versículo 27, o próprio Senhor declara: "Sou misericordioso". Em
Neemias, capítulo 9, versículo 27, Deus é descrito como clemente e
misericordioso. Essa perspectiva se repete em diversas passagens, como em
Êxodo, capítulo 16, versículos 13 e 14, em 1º Reis, capítulo 17, versículos 6 e
16, em Jonas, capítulo 1, em Gênesis, capítulo 12, versículo 1, e em 2º Reis,
capítulo 4, versículo 4, entre outras.
Essa é, portanto, uma verdade
fundamental: mesmo diante das ofensas e blasfêmias que lhe são dirigidas
diariamente, o Senhor continua a aguardar com paciência o arrependimento da
humanidade. Ironico é que as pessoas que remetem criticas quanto a justiça de
Deus, por serem incrédulas, seriam elas as mais poupadas do juízo divino. A critério, criticam a severidade de Deus
enquanto são alvo da misericórdia e paciência dEle e por esse motivo, continuam
vivas para justificarem suas duvidas, acusações, blasfêmias e incredulidade.
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