A Chamada Divina para Abandonarmos a Idolatria


 





 



Em Gênesis, capítulo 12, versículo 1, encontramos o relato da chamada de Abraão. O Senhor o convoca, em um chamado individual e singular. O texto bíblico nos apresenta as seguintes palavras: "Ora, o Senhor disse a Abraão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção". (Gênesis 12:1-2).


Neste trecho, a chamada a um homem é evidente. Abraão recebe um chamado específico, retirado do contexto idólatra de Ur dos Caldeus. A convocação divina, em primeiro lugar, é um convite à fé e ao seguimento. Implica o abandono da idolatria, pois não há compatibilidade entre a fidelidade a Deus e a prática da idolatria. A tentativa de conciliar ambos, como se observou em certos momentos da história de Israel, como no período de Acabe e Jezabel, resultando em sincretismo religioso, onde o culto a Deus coexistia com a adoração a Baal, resultando em apostasia e prostituição espiritual.

 Reconhecemos que o convite divino, na perspectiva do abandono da idolatria, representa um desafio considerável. Observando a trajetória de Abraão, percebemos que Deus dirige a ele um chamado singular, pois toda convocação divina possui um caráter particular. Deus seleciona os seus, e essa escolha é sempre acompanhada de uma particularidade divina na convocação individual. Contudo, constatamos que, ao convocar Abraão, o Senhor se dirige exclusivamente a ele. Toda sua parentela permanece para trás, assim como a casa de seu pai, os ídolos, a religião e seus cultos. O Senhor tem um chamado, e sempre que convoca alguém, o faz com o objetivo de que essa convocação seja correspondida por uma fidelidade extrema e radical. Abraão precisa partir, e, ao fazê-lo, enfrentará desafios, pois sua parentela, seus amigos, seus pais e a multidão que reside em Ur dos Caldeus, dentro dos limites da cidade, serão deixados para trás, assim como muitas vantagens pessoais. Abraão, contudo, seguirá a voz do Senhor e enfrentará esses desafios. Ele partirá sozinho, ouvindo a voz de Deus. Trata-se de uma profunda conversão, de uma radical transformação de vida e de perspectiva, e, igualmente, de uma completa mudança de religião. Pois, até então, Abraão, conforme as informações disponíveis sobre sua pessoa e a cultura em que vivia, pertencia a uma cultura religiosa inteiramente voltada para os ídolos e os cultos idólatras. Abraão abandona tudo isso. Todo aquele que realmente ouve a voz de Deus e a segue, abandona integralmente a idolatria.

 A vocação de Abraão representou um chamado transformador. Desejo enfatizar a natureza radical desse chamado, pois Abraão habitava em uma região onde templos, ídolos e múltiplas divindades eram comuns. Contudo, o Deus de Israel convocou Abraão, e essa convocação implicava em separação. As divindades concebidas pela imaginação humana, os falsos deuses e a teologia equivocada deveriam ser deixados para trás. Restava apenas um princípio a ser seguido: a obediência à voz de Deus. Esse único princípio deveria ser o ponto central. Pois, a partir do momento em que um indivíduo decide seguir a Deus com sinceridade, todos os seus ídolos precisam ser abandonados. Sejam eles ídolos internos, cultivados no coração, ou aqueles venerados em sua religião, tudo deve ser completamente rejeitado, para que se possa seguir a Deus com fidelidade e pureza. Não é possível buscar a pureza espiritual sem renunciar aos ídolos que usurpam a glória que pertence exclusivamente a Deus.

 Conforme a palavra do Senhor, conforme consta no capítulo 12, versículo 8, Abraão partiu daquele lugar e dirigiu-se à região montanhosa a leste de Betel. Armou sua tenda, com Betel a oeste e Ai a leste. Ali, edificou um altar ao Senhor e invocou o nome do Senhor.

 Observa-se que, após a partida, houve uma sensação de libertação. A saída de Abraão de Ur dos Caldeus representa um êxodo pessoal, uma libertação, assemelhando-se a uma Páscoa particular. Ali, no altar erguido ao Senhor, Abraão começou a invocar o nome do Senhor, o que, no contexto, sugere a realização de um sacrifício. Este ato de louvor e culto, aparentemente, visava a agradar a Deus e tão somente á Ele.

Diante dessa nova realidade, não havia mais lugar para ídolos, pois Abraão, após ouvir a voz do Senhor, abandonou os cultos idólatras e a idolatria. Sua ação imediata foi erguer um altar, onde iniciou o culto e a adoração a Deus, o único Deus que o chamara pessoalmente para deixar a terra dos ídolos e servir ao verdadeiro Deus.

 No versículo 10 do capítulo 12, relata-se a existência de fome naquela terra, o que levou Abraão a descer ao Egito. Diante dessa necessidade, Abraão buscou refúgio no Egito, retornando a uma terra marcada pela idolatria, característica marcante daquela cultura. Contudo, Abrão, já liberto, não se deixou contaminar. Embora em contato com uma sociedade idólatra, sua fé no Deus verdadeiro o protegia, permitindo-lhe discernir a futilidade da idolatria. A saída de Abrão do Egito representou, portanto, uma permanência em pureza espiritual, livre da influência pagã, possuidor de uma percepção espiritual que o distanciava das falsas representações. Assim, mesmo em meio a uma civilização profundamente idólatra, Abrão manteve sua integridade espiritual, permanecendo fiel ao único e verdadeiro Deus.

Essa característica também se observa em outros homens de Deus, como Daniel, que, afastado de sua pátria e família, foi conduzido à Babilônia, terra igualmente idólatra. A despeito disso, a Escritura nos informa que, pela manhã, ao meio-dia e ao entardecer, ele se prostrava para adorar ao Deus de Israel. Esse é o efeito transformador da graça divina sobre aqueles que verdadeiramente se convertem ao Evangelho, impedindo-os de sucumbir à idolatria e direcionando sua adoração ao Deus Celestial.
 Semelhante a Abraão, Moisés, instruído em toda a sabedoria egípcia, foi escolhido por Deus. Em resposta a esse chamado singular, Moisés, apesar de viver em um ambiente de idolatria, permaneceu fiel. Em toda a sua vida, ele não se curvou a ídolos nem venerou divindades egípcias. Essa é a questão central: durante toda a sua trajetória, Moisés jamais incorreu nesse pecado. Um homem que recebe um verdadeiro chamado de Deus, correspondendo a ele e sendo iluminado pelo Espírito Santo, discernirá o que deve e o que não deve fazer. Por conseguinte, ele segue radicalmente o preceito de servir unicamente a Deus.

Diferentemente, Aarão, no capítulo 32, versículo 4, é descrito como tendo recolhido o ouro do povo, moldando-o com um buril e fundindo-o em um bezerro. Ele então o declarou como o Deus de Israel, aquele que os havia libertado do Egito. Aarão fez um culto sincrético, moldou uma nova teologia onde a influencia do deus Ápis Egípcio foi um molde espiritual para dar imagem ao Deus que se revelava a Moisés no Monte Sinai, Aarão fez uma representação, seu motivo talvez fosse bom mas a sua pratica foi um erro que custou a vida de outros, uma catástrofe.

 Percebe-se, assim, que Moisés, que mantinha uma relação íntima com Deus, manteve-se livre da idolatria, ao contrário daqueles que estavam distantes dessa proximidade com o Senhor. Aarão, que não havia subido ao Monte Sinai para receber as instruções divinas diretamente, possuía uma espiritualidade menos profunda. Em tempos de crise espiritual, essa diferença se manifestou, levando Arão a ceder à tentação e a fazer um bezerro de ouro para induzir o povo a um culto idólatra, ato este que acarretou graves consequências.

 Analisando o episódio de Êxodo 32, observamos como um povo distante de um relacionamento com Deus pode sucumbir à idolatria. Essa ocorrência é lamentável, especialmente considerando que Moisés já havia estabelecido e proclamado a fé monoteísta. A situação contrasta com a jornada de Abraão. Ao deixar Ur, Abraão abandonou os princípios espirituais daquela civilização. A ruptura com a religião de Ur permitiu-lhe uma liberdade espiritual para seguir, relacionar-se e servir ao Deus verdadeiro que a ele se revelou. Diferentemente, o povo, logo após o Êxodo, no episódio do Bezerro de Ouro, em Êxodo 32, caiu facilmente na idolatria. Agravando a situação, houve um sincretismo religioso, pois o Bezerro de Ouro assemelhava-se à divindade egípcia Ápis, um boi venerado no Egito, onde animais eram cultuados como deuses. Ao criarem o Bezerro de Ouro e chamá-lo de "Deus de Israel", que os havia libertado do Egito, demonstraram uma profunda falta de compreensão e discernimento espiritual, o que os levou a praticar um ato abominável e condenado pelas Escrituras. Trata-se de uma tragédia espiritual de grande proporções, argumentar com base em retórica religiosa de boas intenções, o sincretismo e as comparações pagãs e seus modelos idolatras decaídos como uma forma de prestar serviço verdadeiro ao Deus onipotente, usando uma boa intenção, digamos “Aarônica” para justificar o uso de imagens como representações.

 Essa é a tendência natural do homem natural, inclinar-se à idolatria. Vemos que isso pode ocorrer de diversas formas e temos ali no Antigo Testamento diversos exemplos. Por exemplo, lá no capítulo 21 do livro de Números, quando o povo desobedeceu, o senhor trouxe juízo sobre os impenitentes e então, para que pudesse trazer a cura para aquele povo que foi desobediente e foi castigado por picadas de serpente, o Senhor mandou que Moisés fizesse uma serpente de metal e colocasse sobre uma haste e todas aquelas pessoas que olhassem, vale bem, que olhassem e não venerassem ou adorassem, apenas olhassem, um olhar de fé para que aquela serpente seria imediatamente curada do efeito mortal do veneno das serpentes. Assim, vimos que nem Moisés não se prostrou diante daquela serpente de metal, mesmo que ela simbolizasse Jesus Cristo, o Messias futuro Salvador. Ele não se prostrou, não venerou aquela imagem, não adorou aquela imagem e nem reuniu o povo para fazer um culto em torno da serpente de metal. Isso vai acontecer posteriormente quando o povo cai em uma idolatria tremenda e faz daquela serpente de metal uma deusa chamando até mesmo pelo nome de Neustan. (Veja II Reis 18:4) Essa é a tendência natural do homem, do homem distante de Deus. Por que a chamaram de Neustan e qual foi a condição espiritual para que o povo caísse nessa idolatria? Longe da palavra de Deus, longe de um relacionamento com Deus, longe dos mandamentos do Senhor. Longe das Escrituras, longe da Torá, longe de todas as coisas verdadeiras, submergem, do fundo do nosso coração, as coisas falsas. E assim o povo caiu em uma idolatria terrível, adorando a antiga serpente de metal. Mas não foi assim com Moisés. Moisés, assim com Abraão, eles estavam libertos, seguindo em pureza espiritual ao verdadeiro Deus. Moisés tinha percepção de que aquela serpente, quando foi confeccionada, não tinha o objetivo de ser um objeto de culto, nem de veneração, nem de adoração. Era um símbolo que apontava para Cristo, aquele que perdoa e aquele que purifica os nossos pecados. Esse foi o meio pelo qual Deus, naquela época, deu livramento e cura os desobedientes. Essa era a função da serpente de metal, colocar a fé em ação daqueles que olhavam para ela e nada mais. Além disso, era um contexto imediato só para aquela época. Não deveria, todas as vezes, que uma pessoa ser picada por uma serpente se construir uma serpente de metal para olhar para a serpente de metal e receber a cura. Aquilo era só local para aquela época, dentro daquele contexto. Não se repetiu em outros episódios na vida e no Ministério de Moisés.

 A inclinação à idolatria é inerente à natureza humana. Observamos essa propensão manifestar-se de diversas maneiras, como ilustrado em exemplos do Antigo Testamento.

 

Moisés, no entanto, e isso gostaria de repetir, como um princípio didático, não se prostrou diante da serpente de metal, mesmo que ela simbolizasse Cristo. Ele não a venerou, nem a adorou, nem liderou um culto em torno dela.

  Devemos lembrar com muita atenção, o povo, posteriormente então, adorou a antiga serpente de metal, mas não como Moisés. Ele nunca fez isso. Este, assim como Abraão, mantinha-se liberto, seguindo em pureza espiritual ao Deus verdadeiro. Ele compreendia que a serpente, ao ser confeccionada, não tinha o objetivo de ser objeto de culto, litúrgico, não era objeto de veneração ou adoração, mas sim um símbolo que apontava para Cristo, Aquele que perdoa e purifica os pecados.

E, exatamente- como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário ser levantado o Filho do homem,  Para que todo aquele [homem] que está crendo para dentro dEle não se faça perecer, mas tenha a vida eterna. (João 3;14 e 15 LTT)

 A serpente de metal foi a forma que Deus utilizou, naquele momento, para conceder livramento e cura aos arrependidos. A função da serpente era colocar a fé em ação naqueles que a contemplavam, e nada mais. Além disso, essa ação era limitada ao contexto específico daquele tempo. Não era um ritual a ser repetido em outras ocasiões, nem a solução para picadas de serpente em outros episódios da vida de Moisés ou de qualquer outro momento da historia do povo de Deus, tomar o texto bíblico de uma descrição para usa-la como prescrição é a grande tragédia de muitos, é errar por não conhecer as Escrituras.



 Contudo, observamos que o chamado de Abraão representa um convite à pureza espiritual. Ele foi convocado a renunciar integralmente à prática idólatra, abandonando a veneração de imagens e ídolos em suas diversas formas. Essa purificação é a consequência de um chamado genuíno, no qual Deus estabelece seus princípios e normas. Assim, encontraremos esse ensinamento em toda a Escritura, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Ao analisarmos os passos de Paulo, Pedro, dos demais apóstolos e do Senhor Jesus Cristo, percebemos essa pureza espiritual. Eles não se curvavam diante de imagens esculpidas, seja por representação, veneração ou adoração. Esse é o caminho de Deus, o caminho ao qual Deus chama. O caminho de Abraão, o caminho de Moisés, o caminho de Jesus e o caminho de Paulo, presentes em Gênesis até Apocalipse, A vida cristã autentica pautada no chamado poderoso do Evangelho representa um convite a um relacionamento íntimo com Deus.

 Quanto mais conhecemos a natureza divina, Seus atributos, virtudes e santidade, mais nos afastaremos de qualquer forma de idolatria, seja ela externa ou interna. Devemos estar completamente livres de todas as formas de ídolos.

 A narrativa bíblica oferece inúmeros exemplos dos quais podemos extrair valiosas lições espirituais. Consideremos o episódio de Balaão, o falso profeta que conduziu o povo à idolatria. Este, por meio da sedução, induziu o povo à prática da idolatria. Conforme descrito em Números, capítulo 25, os primeiros versículos relatam como as mulheres moabitas, pagãs, instigaram o povo de Deus a se prostituir espiritualmente, adorando ídolos e cometendo pecados que desagradaram a Deus.

 Igualmente relevante é a história de Raquel, relatada em Gênesis, capítulo 31. Ao fugir com Jacó, Raquel, filha de Labão, furtou os ídolos de seu pai, ocultando-os. Essa atitude contrasta com a de Abraão, que, ao partir de Ur, não levou consigo nenhum objeto de culto, nenhum ídolo. Ele abandonou as práticas idólatras, deixando para trás todos os deuses e suas representações liturgicas, partindo com as mãos vazias e um coração repleto de fé no Senhor, confiando plenamente em sua providência. Raquel, por outro lado, escondeu os ídolos, simbolizando a dificuldade de alguns em abandonar completamente a idolatria. Muitos desejam romper com a idolatria, mas resistem em abandonar os ídolos, guardando-os em seus corações, sem excluí-los de suas práticas devocionais.  

 Encontram justificativas para aquilo que a Bíblia condena, repetindo o erro do povo de Israel, influenciado por Balaão. Este, embora se apresentasse como profeta do Senhor, ostentando uma fachada de ortodoxia, com mensagens e ministério que aparentavam pureza espiritual, no íntimo procurava justificar e induzir o povo ao erro. Esse comportamento representa um perigo significativo, quando indivíduos que exercem autoridade religiosa tentam, em nome de Deus, legitimar a prática da idolatria, trilhando o mesmo caminho de Balaão.


 Agora, veja bem, quando chegamos na epístola universal de Judas e ali no versículo 3 do primeiro capítulo, o apostolo Judas diz: “amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligências acerca da salvação comum, tive por necessidade de escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que, uma vez, foi entregue aos santos.” Aquela fé que foi entregue a Abraão, aquela fé que foi entregue a Moisés, aquela fé que foi entregue a Paulo, aquela fé que foi entregue a Pedro, aquela fé que foi entregue a Tiago, aquela fé que foi entregue para os apóstolos, aquela fé que foi entregue para a igreja primitiva. E Judas, no versículo 11, ele faz duras advertências contra a apostasia e contra aqueles que se afastam dessa fé santíssima que, uma vez, foi entregue aos santos e fala acerca deles. Aí deles, porque entraram pelo caminho de Caim e foram levados. Pelo engano do prêmio de Balão. E que Balão fez? O que Balão fez? Balão induziu a idolatria e é argumentando que seria algo proveniente de um princípio, de uma doutrina do Senhor quando na verdade era um erro que induzia a apostasia e a prática de coisas abomináveis que Deus ele condenava.



Se No versículo 11, Judas adverte severamente contra a apostasia e aqueles que se desviam dessa fé santíssima que foi entregue aos santos, dizendo: "Ai deles! Porque foram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré." Porque não devemos atentar para tão grande advertência? Refere-se, portanto, o texto de Judas, à conduta de Balaão, que induziu à idolatria, apresentando-a como um meio de justificar usando sua posição de profeta, quando, na realidade, era um erro que levava à apostasia e à prática de ações condenadas por Deus.

 Concluímos com a epístola de Paulo aos Gálatas. No capítulo 3, versículo 7, lemos: "Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão." Observamos, assim, um vínculo na chamada, tanto na antiguidade quanto na Nova Aliança, no Novo Testamento, demonstrando a unidade do caminho. Somos chamados a abandonar a idolatria. Possuímos, igualmente, uma "Ur" religiosa da qual devemos sair. Recebemos o chamado de Deus, uma convocação pessoal do Senhor, para que saiamos em pureza espiritual, com o único foco em Jesus Cristo, que morreu por nossos pecados, o Cristo ressurreto. No mesmo capítulo, versículo 29, está escrito: "E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa". Estabelecendo, então, um elo entre Gálatas, capítulo 3, e Gênesis, capítulo 12, com a chamada de Abraão, um chamado para sair da idolatria, para abandonar os ídolos e servir ao Deus vivo e verdadeiro, para ter uma fé pura, neotestamentária, bíblica, servindo ao nosso Deus de todo o nosso coração, como disse o Senhor Jesus: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento." Esta é a fé, o mesmo chamado, o mesmo Deus que chamou Abraão. O mesmo Deus que chamou Abraão no Antigo Testamento para que saísse de Ur dos Caldeus, abandonando os ídolos e a religião de Ur dos Caldeus, para seguir o Deus vivo, a Suprema Majestade, o Deus Santo e Único, aquele Deus que devemos seguir em pureza, reverência e temor, ao Deus Trino: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, em unidade substancial, a fim de que nossa alma e nosso coração não sirvam mais como nicho de ídolos, mas sim como santuário onde adoramos ao nosso Deus Trino. Deus abençoe. Amém.

 

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