OS ESPINHOS DA VIDA E A GRAÇA DE DEUS


 

OS ESPINHOS DA VIDA E A GRAÇA DE DEUS

 


O apóstolo Paulo sofreu a severidade de um espinho na carne, é um mistério desvendar o que necessariamente eram essas agressões feitas por um mensageiro de satanás. Quando Paulo ora três vezes pedindo ao Senhor que esse problema tão horrível seja resolvido, o Senhor responde: A minha graça te basta (II Corintios 12:9) eu quero me concentrar nessa resposta negativa, Deus responde com um "não" para alguém com um nível espiritual muito elevado, e ainda por cima coloca a Sua graça como suficiente e não o alivio das agressões. Como essa resposta é profunda: "A minha graça te basta" Todavia, o que vimos hoje em nosso meio. senão milhões de pessoas que não encontram a suficiência na vontade de Deus e não estão dispostas a seguir o próprio Getsemani e dizer ao Senhor: "Se possível afasta de mim esse cálice, todavia seja feita a Tua vontade e não a minha". A espinha dorsal do corpo teológico das Escrituras é a Soberania de Deus, se Ele não for Soberano e absolutamente Todo Poderoso, de que modo subsistirá a sua graça e a sua misericórdia? Aqui não há espaço para um teísmo aberto, não há sustento para um Criador impessoal, Paulo está ali, sofre as dores de um espinho, a agressão das bofetadas, esse é o caminho de entrada da provação de Jó, não chegou ao ápice, mas sentiu os rasgos da violência da dor humana, nas carnes do homem exterior. E ali, o que ele recebeu senão uma resposta negativa, seus clamores não foram atendidos,a resposta parece um tanto fraca, aos moldes da religião utilitarista moderna: "A minha graça te basta". Caro amigo, isso é relevante hoje, o estar contente com a vontade de Deus? deixar que o nosso ego de barro seja tratado pelas mãos do oleiro, isso é bom? A essência da espiritualidade é pura na sua fonte quando as mãos do Mestre sustentam e controlam a vida de um homem regenerado. A matriz divina do cristianismo está na graça de Deus, Paulo bebe direto da fonte, e se os espinhos cortam a carne, movem-se como as laminas do arado, rasgando o orgulho, as formalidades, o conforto e os interesses pessoais de Paulo, a semente da graça cai lá no fundo do sulco, e o poder espiritual germina. Nada de materialismo, nada de fama, nada de aplausos, muito menos glamour, nada de prosperidade e riquezas temporais, nada de conforto, mas "A minha graça te basta". Desconfio que se Deus chamar pessoalmente todos esses que enchem os templos, para responderem seus anseios com uma resposta dessas, a maioria, senão quase todos sairão pestanejando e negando a fé, por sentir a inutilidade dessa resposta divina: "A minha graça te basta" pelo simples fato dessa resposta não corresponder aos seus interesses pessoais.

(Clavio J. Jacinto)

 

 

 

 

0 comentários:

Postar um comentário