O Santo Despertar Espiritual
Inspirado
nos escritos de Pierre du Moulin
"Um
ouvido que ouve a correção da vida habitará entre os sábios." – Provérbios 15:31
"O que despreza a palavra perecerá por ela." – Provérbios 13:13
"Haverá mais rigor para aquela cidade do
que houve para Sodoma e Gomorra." – Mateus 10:15
Vivemos dias em que a alma precisa urgentemente de um despertar
espiritual verdadeiro, profundo e irreversível. A negligência com as coisas eternas, a
confiança tola nas riquezas humanas e o culto ao ego tornaram-se o padrão de
uma geração que, em muitos aspectos, caminha para a ruína. Diante disso,
ouvimos o eco dos escritos de Pierre du Moulin, chamando-nos ao arrependimento
e à sabedoria que vem do alto.
“O que caracteriza
o tempo presente? Uma espiritualidade superficial, essa é uma tendência maligna,
a mensagem da cruz nunca nos induz para a espiritualidade superficial, temo que
a igreja moderna não suporte uma prova de fidelidade se o Senhor assim desejar
que ela novamente padeça por amor a ELE” (C. J. Jacinto)
Despojando-se
da Vaidade
A primeira exigência para
esse despertar é abandonar toda vaidade. Somos chamados a nos
despir daquela confiança maldita e ilusória que depositamos nos braços do
homem, nas estruturas frágeis da economia, no brilho enganoso da fama ou nas
promessas ocas dos prazeres terrenos. É preciso reconhecer que tudo isso é
transitório, e como diz o salmista:
“O homem é feliz no mundo sobre o qual Deus constrói e faz dele sua
fortaleza.”
(Salmo 40)
A verdadeira segurança está
em construir sobre a rocha que é Cristo, e não sobre as areias
movediças da autossuficiência humana. A sabedoria terrena, quando se coloca
contra a vontade de Deus, é loucura. O Espírito de Deus declara malditos
aqueles que são sábios aos seus próprios olhos (Isaías 5:21).
“A intimidade
com Cristo e nossa união com ELE, são fundamentos inegociáveis para um cristão
verdadeiro, perca o mundo e todas as coisas passageiras, mas não perca as
coisas que sustentam a verdadeira esperança a verdadeira felicidade” (C. J.
Jacinto)
Despertar
para o Temor de Deus
É insensato buscar
felicidade nos desejos da carne. Isso é próprio dos animais
irracionais, cujas almas e corpos perecem juntos. O homem, criado à imagem de
Deus, tem um destino eterno, e é no temor
do Senhor
que se encontra a verdadeira bem-aventurança. A concupiscência do mundo passa,
a glória do homem murcha, mas a Palavra de Deus permanece firme para sempre
(Salmo 62; Isaías 40:8).
Por isso, como Davi, devemos
declarar com fé e convicção:
"Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem
a minha salvação."
Esse é o início da vida
espiritual autêntica: submeter a alma à verdade imutável de
Deus.
Redenção e
Esperança
Nosso coração deve se manter
voltado para o que é eterno. A vida presente é breve, como nos recorda a oração
do Salmo 90:
"Ó Senhor, ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos
coração sábio."
Não fomos criados para
desperdiçar os dias com futilidades, mas para aprender a sabedoria divina e
viver em função da eternidade. O tempo presente é uma preparação, uma jornada
em direção à consumação de todas as coisas, quando finalmente desfrutaremos da
plenitude de tudo o que Cristo adquiriu por nós por meio de sua morte e
ressurreição.
“Quando todas
as coisas supérfluas se reduzirem em cinzas pelo tempo, estará seguro aquele
que está alicerçado sobre a rocha eterna, o Senhor Jesus Cristo” (C. J.
Jacinto)
Glorificando
o Único Digno
O fim de todas as reflexões
espirituais deve ser este:
Glorificar
a Deus, edificar os outros e colocar toda a esperança unicamente n’Ele.
Ele é o único sábio, o único
bom, o único poderoso. Ele é infinito, verdadeiro, Criador e Benfeitor. Toda
honra e toda glória pertencem a Ele eternamente, por meio de Jesus Cristo,
nosso único Salvador, que vive e reina com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Amém.
Conclusão: Um Convite ao Despertar
Que esta meditação inspirada
em Pierre du Moulin sirva como um toque de trombeta para a alma que dorme. É
tempo de acordar. É tempo de lançar fora toda confiança humana, todo orgulho
intelectual, toda carnalidade adormecida. É tempo de se voltar ao temor do
Senhor, à dependência da graça, à sabedoria da cruz, à esperança da
ressurreição.