A CEIA MEMORIAL OU SANTA CEIA?

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 Tenho Visto alguns que professam a fé cristã e que estão negando a realidade da santa ceia, mas estão combatendo a sua natureza sacra e distinta, argumentando que a mesma era uma refeição que todos os cristãos tinham em comum (Chamada Ágape). Com meias verdades, muitos “pós-cristãos” enfim descobriram que a igreja e o cristianismo histórico estavam desviados dos propósitos de Deus, essas novas celebridades, apelam para um revisionismo cristão, uma mudança completa de paradigmas, é a visão de que tudo está errado, e que precisa ser concertado, então nascem os novos profetas para tentar colocar a fé cristã no lugar de onde ela supostamente foi tirada. A santa ceia ou ceia memorial, é descrita de “santa ceia” pelo fato de ser um memorial que nos conduz a ter vivas lembranças do drama da redenção. O fato de ser uma celebração em memória de Cristo (I Coríntios 11:24 e 25) O contexto em que se desenvolve a celebração é a páscoa. A páscoa era uma celebração, e Cristo estava junto aos seus discípulos celebrando esse memorial, chamado de Seder. Isso pode ser verificado em Mateus 26:20 a 30, Marcos 14:12 a 21 e Lucas 22:14 a 23. Em todas essas passagens, Cristo dá uma ênfase sobre o pão e o vinho, esses elementos representariam respectivamente o sangue e o corpo de Cristo, Paulo em I Coríntios 11:17 a 34 deve ser lido e entendido dentro do contexto geral. A páscoa em si, representa uma libertação (Êxodo 12:11) seu centro espiritual era o sangue do cordeiro como sinal de proteção (Êxodo 12:23) então temos na páscoa, a instituição formal da antiga aliança, pelo sangue do cordeiro pascal, assim como a igreja nasce na cruz, e não no pentecostes, a antiga aliança começa no drama do êxodo, dali em diante, haverá um povo separado do Egito, e o processo da formação de Israel. A partir da cruz, inaugura-se formalmente a nova aliança, é a consumação da obra divina da redenção, um novo êxodo, uma realidade implícita na pessoa de Cristo “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). Enquanto que na libertação do povo hebreu do Egito, foi instituído um modelo memorial, o mesmo princípio segue na obra da expiação realizada de forma perfeita na cruz (João 19:30 com Hebreus 5:9 e 12:2)  Em Coríntios 11: 24 há uma ênfase sobre o pão e o vinho, no versículo 25 Paulo ensina que é um memorial: ”Fazei isso em memória de mim”. É lógico que há uma celebração dentro de uma refeição, qualquer leitor cuidadoso entende isso. O centro das Escrituras é a obra consumada e perfeita de Cristo na cruz, realizada com o sangue de Cristo (I Coríntios 10:16 Efésios 2:13 Hebreus 9:14 e I Pedro 1:18 e 19) Também é fato que havia uma continuação de uma refeição comunitária, ou pelo menos entendemos que a celebração se dava em meio ao ágape, isso ocorre talvez para dar continuidade ao contexto da refeição pascal celebrada por Cristo e seus discípulos. Isso pode ser visto claramente no capitulo XIV de um dos documentos mais antigos da igreja primitiva: o Didaquê.  Este documento atesta de forma definitiva, a unanimidade de todos os cristãos de uma época extremamente próxima dos apóstolos sobre esse assunto.  Não há duvida de que o Pão e o vinho foram um destaque dentro da celebração.  Essa percepção levou os primeiros seguidores de Cristo para a realidade de uma celebração contínua, e a história da igreja corrobora isso.(Atos 2:42) Para dar força a visão da ênfase dada sobre os elementos principais que se destacam na ceia, lemos novamente a confirmação de Paulo em I Coríntios 10:5. A igreja e os primeiros cristãos encontraram nesse texto, os fundamentos para a celebração tal como conhecemos como santa ceia, o cristianismo histórico reconhece isso, os teólogos mais consagrados e os mais piedosos homens da igreja entendiam assim. Repito: dentro dos textos bíblicos citados a ênfase ao pão e ao vinho como parte de uma celebração memorial é evidente. Isso é indiscutível. Agora dentro do cenário,  do contexto da ceia, celebrava-se uma refeição onde todos tinham os alimentos em comum, e essa era a outra parte distinta, ao compararmos as coisas espirituais com as espirituais notaremos que essa distinção é importante (I Coríntios 2:13).  Pelo fato dessa celebração e refeição junta ter dado certos problemas, como vimos descritos em I Coríntios 11:17 e 34, posteriormente a santa ceia memorial com os elementos do pão e do vinho tornaram-se um padrão. Notamos que em Atos 2:46 há uma refeição comunitária diária, a igreja cristã nascente tinham as coisas em comum, devido ao contexto em que ela estava se desenvolvendo, muitos irmãos eram expulsos de casa e precisavam ser socorridos pela igreja.  Essa celebração pode ser observada na historia da igreja desde os tempos primitivos, a Didaqué (Cerca de 120 DC) como já foi citado anteriormente, já menciona o memorial da santa ceia com o partir do pão e o cálice como uma celebração dominical.  Dentro desse contexto entendemos o que realmente quis Cristo dizer quanto ao toma o pão e o cálice, Ele institui um memorial, assim como em Êxodo 12, o drama do Êxodo, foi marcado com um memorial, a obra do Calvário também tem seu memorial perpetuo. Para que possamos nos lembrar da obra perfeita e consumada de Cristo na cruz. Nós também somos chamados a lembrarmos de nossa libertação, para a celebração de uma tão grande salvação (Efésios 2:11 Hebreus 10:32 Salmos 20:3)
Ao SENHOR pertence à glória
Amém

Clavio J. Jacinto

Discernindo Para Não Ser Enganado

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Sempre procuro peregrinar por uma igreja quando estou de passeio por uma cidade. Meu desafio é sentar em um banco, ouvir um sermão e não ter a necessidade de levar o coração até o jardim do bom senso, para recolher a flor do discernimento, para em seguida, ouvir o sermão e arrancar as pétalas, dizendo "Isso é evangelho" ou "isso não é evangelho" ainda mais "Isso é bíblico" e "Isso não é bíblico". Por esse motivo, eu vou sempre atras da denominação que tenha uma herança evangélica genuína. Esse foi o cenário do ultimo sermão, baseado na biografia de Josué e sua derrota em Ai. O sermão estava bom, embora um pouco distante da cruz de Cristo, o tema abordou pecado escondido, e algumas perolas, como  "pecado escondido é como uma mina explosiva, ninguém vê, mas quando se coloca o pé encima, ela explode".  O sermão alertou meu coração, a ir correndo em busca da flor do discernimento e arrancar uma pétala. Quando o pregador mencionou o autor de uma frase herética que ecoou pelas redes sociais afirmando que "Deus tem o lápis do destino e o homem a borracha das decisões".  Tive que arrancar a pétala da flor do discernimento.  Mencionar favoravelmente alguém que ataca a vontade soberana de Deus sem fazer uso da advertência, é uma tragedia. Esperava ouvir algo assim "Não concordo com tudo o que o tal ensina, porém ele está certo nessa assunto..." E porque deveria ser assim? porque falar o que convém, a sã doutrina é um dever do pregador (Tito 2:1) com ameaças declaradas das Escrituras que os mestres sofrerão maior julgamento (Tiago 3:1) portanto falar cegamente sobre alguém que não é ortodoxo em todas as posições doutrinarias, demostra fraqueza em conduzir outros por bons caminhos teológicos (Mateus 15:14) eu não posso incentivar alguém a ler um livro ou ouvir uma pregação de quem  não segue o caminho estreito da sã doutrina, a menos que eu tenha a certeza de que quem esteja indicando, tenha um minimo de discernimento espiritual para examinar tudo e reter o bem (I Tessalonicenses 5:21).  Cristãos carecem de discernimento. Um discurso que compromete a sã doutrina pode ser um grave sinal do quilate espiritual de quem prega. Sinais observáveis, devem por nosso coração em estado de alerta. "Se a trombeta der som incerto, quem se prepará para a batalha?"  ( I Corintios 14:8)  Tendo os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal, é um sinal bíblico de maturidade cristã (Hebreus 5:14) "Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido"(I Corintios 2:15). 


C. J. Jacinto

Fé e Amor, Ateísmo e Revolta

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O ateísmo é fenômeno complexo e multifacetado. Especialmente há um tipo de ateu que diz não acreditar em Deus por falta de evidências. O filósofo e matemático W.K. Clifford (1845-1879) formulou a sentença mais robusta desse tipo de ateísmo em seu livro A Ética da Crença: “é sempre errado, em todo lugar e para qualquer um, acreditar em alguma coisa com base em provas insuficientes (crer sem evidências suficiente)”.
Vamos aceitar a provocação e perguntar se realmente é sempre errado acreditar quando nos carece evidências. Pois, se assim for, por consequência lógica e coerência moral, pode-se concluir que este tipo de ateísmo não aceitará manter qualquer relação de amor ou de amizade por ser incapaz de provar e evidenciar seu amor por alguém ou provar e evidenciar o amor ou amizade de alguém por ele. A beleza do amor e da amizade não está justamente na fidelidade?
Quando alguém diz “eu te amo”, a expressão não traz a evidência que garantiria a sua veracidade. Trata-se de um profundo ato de confiança, de uma abertura para o outro. Entre o discurso erótico e o discurso religioso há uma semelhança de natureza. Eles partilham, pelo menos nesse ponto, dos mesmos dilemas humanos. E, cá entre nós, os sérios problemas filosóficos não se reduzem a puros jogos de linguagem. A experiência de amor é das mais concretas experiências humanas.
A expressão “eu te amo”, por exemplo, não tem outra referência a não ser a experiência imediata interna de quem a pronuncia. É tal como a experiência religiosa: não há como comprovar ou verificar a sua veracidade por algum tipo de experiência pública. “Provas de amor” são todas pragmáticas. Noutras termos: só podem ser verificadas pela experiência de conduta e mudanças de hábitos motivados por crenças — não há garantias de veracidade lógica ou científica na expressão “eu te amo”. O grau de incertezas e dúvidas manifesta a fragilidade concreta da vida humana. Amar é correr riscos.
O tipo de “verdade” na expressão “eu te amo” não gera uma referência ao qual possa ser evidenciada e verificada em comunhão direta. Trata-se, pelo contrário, do lastro criado pela relação intersubjetiva, consentida por meio de um ato de fé. O amor se consolida na fé: o assentimento àquilo que é inacessível ao conhecimento teórico, porém consentido naquilo que é necessário pressupor como condição fundamental para atar vínculos maduros entre as pessoas.
O ato crer não depende do estatuto lógico ou empírico das “verdades”. Depende e cresce com a deliberação voluntária diante de dilemas humanos. No amor, partilhamos nossa humanidade.
Ademais, ser ateu não tem nada a ver com “exigências teóricas”, antes tem muito mais a ver com a recusa deliberada e existencial da ordem transcendente, infinita, que fundamenta a nossa finitude. O ateísmo legítimo, que cobra evidências empíricas e lógicas a respeito da existência de Deus, só pode se dar na tomada de consciência e recusa de não aceitar de Deus. Ateu nenhum conseguiu demonstrar que Deus não existe. E o ateu maduro, sério, sabe disso e mesmo assim diz “não” a Deus.
O vivo reconhecimento da hipótese “Há Deus” (ou “Não há Deus”) não diz respeito à propriedade lógica e científica dessa hipótese. Na verdade, diz respeito primeiro à relação que esse reconhecimento mantém com a experiência radical de um homem concreto vivendo (ou em busca de viver) uma vida significativa. Assim como a proposição “eu sou seu amigo” ou “eu te amo”.
Sendo assim, não interessa saber se a proposição “Deus existe” (ou Deus não existe) é racional ou irracional, pois o que está em jogo é o quanto essas hipóteses motivam crenças e, por isso, a disposição da vida de um homem para agir conforme sua concepção mais abrange de mundo. O estatuto da fé acompanha fundamentalmente o estatuto da liberdade e de quanto estamos dispostos a lidar com um grau generoso de incertezas. Amar é o ato mais puro de liberdade na incerteza com relação ao outro. Um ato que se resolve completamente em si mesmo e sabe de tudo o que está em jogo.
A tomada de consciência que nos permite afirmar ou negar Deus determina a concepção que teremos de nós mesmos. Quem diz acreditar em Deus mesmo sem “evidências” científicas, é porque reconhece seu status de criatura, de um ser que é dependente do Amor misericordioso de Deus para existir. Quem se recusa acreditar em Deus, pelo contrário, é porque recusa a se ver como criatura. Portanto, vê a si mesmo como um ser autossuficiente. Nesses termos, o ateísmo mais sério diz respeito a uma “revolta”: a revolta contra a própria condição humana.
Francisco Razzo

Das Tragedias do Existencialismo...

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Sempre apreciei os clássicos da literatura universal, e minha mais recente leitura foi a obra de Franz Kafka “A Metamorfose”. Kafka narra a fabula de Gregor Samsa, num cenário chuvoso, o vendedor que vive perambulando mundo afora, e que num daqueles momentos preciosos de retorno para casa, após deitar no seu leito de descanso, acorda no outro dia e descobre que sofreu uma mutação biológica completa. O infeliz amanhece metamorfoseado em um inseto asqueroso. Essa é a narrativa de Kafka. Durante décadas, os que apreciam a literatura de Kafka, tem se debruçado nas favelas da imaginação, tentando descobrir o estado de transformação de Gregor Samsa. Acho que Kafka deu ao mundo, seu sentimento da melancolia de uma vida sem muito sentido existencial, quando escreveu “A Metamorfose”.  Que destino terrível, e que cenário diatópico negativo, surge de um homem fadado por viagens, que no período mais apreciado da vida, sofre uma “penalidade” do destino para ser transformado em uma “barata”, é como se o escritor jogasse a vida do “Sr Samsa” no despenhadeiro de uma vida sem qualquer sentido lógico.
Vamos correr ao jardim do bom senso, e colher a rosa do discernimento, e tentar entender o cenário de um homem que se transforma em um inseto, e agora precisa viver carregando o fardo dessa mutação em contrassenso com a existência humana. Nesse novo período da vida, uma decadência do ser e as causas dessa desgraça envolvem “A Metamorfose” num conto misterioso, uma fabula de desgraça, a vida perde o sentido, quando Samsa parecia viver uma vida nem um pouco bucólica, enfiando as linhas existenciais num cenário tristonho de uma vida erguida sobre as ruínas de um quase anonimato, um vendedor ambulante, que entra e sai das ruas da vida, e não encontra um destino para o repouso da alma. Então Kafka, torna-se um profeta que remete “A Metamorfose” como um modelo niilista para um mundo que já vinha sofrendo com o desamparo darwinista, que numa antítese, em “A Origem Das Espécies” inverte o cenário da fabula de Kafka, mas coloca o mesmo viés ideológico, como o pano de fundo para todo esse teatro da fatalidade casuística. Assim a comunidade intelectual aplaude as descobertas cientificas de Darwin, e promove também a mutação do réptil, dos seres primordiais e primitivos, numa escola evolutiva chegando ao homo sapiens.  De repente havia micro vidas que evoluíram em peixes, depois se tornaram repteis e então evoluíram para homens. Kafka foi mais imediatista, mas o impacto para o sentido existencial da teoria da evolução tem um impacto maior, porque enquanto que Franz Kafka apresenta “A metamorfose” ao mundo como uma fabula. A Teoria da evolução apresenta o milagre misterioso do mistério das mutações de repteis aos homens, como uma obra prima do acaso que capricha nos mecanismos da complexidade, mas enterra a esperança humana no niilismo, e nessa metamorfose evolucionista, repousa todo o descaso do acaso que oferece um desamparo ultimo para um homem que é mero produto do acidentes desse mero acaso de escoa pelo tempo.
A humanidade durante muito tempo viveu sob a égide vespertina de uma idade utópica, mas acorda no século do ceticismo, como o produto de uma mutação, sem mágica, sem formulas, simples obra do acaso, e agora? Como viver a selva da evolução, quando os cientistas quebram todas as tendências que remetem o homem para uma esperança de imortalidade. Teilhard de Chardin, bem que intentou formular o “Ponto Omega” mediante o casamento da ciência com a fé cristã. Mas em vão ecoa suas fabulas! A evolução é uma força cega que forja o maravilhoso sem enxergar a luz do sagrado, então conduz o homem para o lugar nenhum, transforma o homem pela antítese de “A Metamorfose” de Franz Kafka, para uma vida sem sentido, sem esperança futura, sem um caminho prolongado, a evolução, por sua vez gerou o transhumanismo, a tentativa de construir uma ponte entre a fatalidade e a ascensão metafísica do homem, e sua conquista á imortalidade. Por fim, a vida sem Deus é um cenário de chuvas nostálgicas, onde o homem olha para as nevoas das montanhas e as flores no jardim, e não consegue transcender além do acidente existencialista. O teatro do acaso seguiria como condutor de todos os acidentes, por fim cada vida que se vai, seria a perpetuação da tragédia, e nesse caso, só resta um mergulho no sono do descaso, um riso mediante a indiferença da vida e o choro perene, não é admirável que Nietzsche conclua o teatro da sua filosofia, abraçando um cavalo e chorando copiosamente, quando descobre a sua metamorfose da esperança para a tragédia...
A existência de Deus pode ser nublada pela desgraça, pode ser ofuscada pelo brilho fátuo da dor, incompreensível pelo enigma da teodiceia,  pode ser mal compreendida na noite do pecado, por fim chegará a aurora, todas as dificuldades de compreensão eram mecanismo humanos da incredulidade Aquele que fez todas as coisas terá uma resposta para todas as perguntas, então o tempo, como uma pagina de um livro, o livro da existência, apenas mostrará que o destino de todas as coisas estava sendo escrito por mãos sabias. A história da vida não poderia ter sido escrita pelas mãos do acaso, porque o acaso não tem mãos...


Clavio J. Jacinto

O NAUFRAGIO DA IGREJA EMERGENTE

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uma tendência em nossos dias de ruir com os fundamentos da fé desde dentro da cristandade, e não fora dela. A tática mais eficaz de satanás, não é outra senão “Introduzir encobertamente heresias de perdição” (II Pedro 2:1) de forma que, com palavras suaves (Romanos 16:18) e vãs filosofias (Colossenses 2:8) possam promover uma falsa piedade sem poder de transformação espiritual (II Timóteo 3:5) devemos escapar desse perigo “Por isso tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverencia e piedade”(Hebreus 1:28)
Ora, enquanto que uma das marcas da igreja de Atos dos apóstolos era uma perseverança na doutrina dos apóstolos (Atos 2:42) surge em nossos dias um princípio de negação das doutrinas históricas da fé cristã. Assim como no Éden, o diabo atacou a palavra de Deus negando a autoridade dela, hoje a igreja cristã está sob ataque, desde dentro. Assim como o ataque contra a palavra de Deus foi dentro do reino teocrático do Éden, agora novamente a estratégia é exatamente a mesma.  Se outrora, os modernistas atacaram a fé, os apostatas surgiram no cenário da igreja, promovendo bíblias com textos corrompidos, a igreja emergente, com seus falsos profetas assumem a condição representantes da nova onda de apostasia que assola a cristandade.  Os portas vozes principais são bem conhecidos: Brian McLaren, Rick Warren, Tony Campolo, Leonard Sweet etc.  McLaren e Warren com livros editados no Brasil. Uma vez que muitos lêem seus livros, acabam disseminando suas idéias dos púlpitos de suas igrejas. Lamentável, mas um meio eficaz de promover falsas doutrinas é através do trabalho da falsa pena dos escribas (Jeremias 8:8) e dos que não tem discernimento e acabam induzindo outros ao erro (Mateus 15:14)
Brian McLaren é autor do livro “Ortodoxia Generosa”, é o principal promotor das doutrinas emergentes, que chamarei de neoliberalismo teológico. A igreja emergente advoga um principio de negação, abraçando as teorias filosóficas de Jacques Derrida, que introduziu uma nova forma de exegese, o pressuposto de que nenhum leitor pode saber qual era a intenção do autor de um texto, portanto segue que deve interpretá-lo a luz da sua opinião. De certa forma, essa é uma eisegese, porém ela torna-se a principal marca do movimento, o que leva seus promotores para um mundo de subjetivismo obscuro sem precedentes na historia do protestantismo.   Assim a chave hermenêutica para estudar as escrituras é a idéia de Derrida, e com isso segue a negação da bíblia como autoridade espiritual, nega a vontade de Deus e nega a inspiração objetiva das Escrituras. A opinião humana como chave hermenêutica para interpretar as escrituras é um erro fatal, porque retira do Espírito Santo a autoridade espiritual e coloca nas mãos de homens falíveis
Assim a igreja emergente com seu neoliberalismo teológico passa a promover o desconstrucionismo, entronizando o pensamento humano, promovendo a incerteza como um modelo de vida para justificar o erro. Derrida impulsionou o ceticismo universal com seu método de interpretação, e qualquer que siga esse modelo segue o desastre do cego guiando outro cego.  Tomar as escrituras com uma analise critica e aberta, rejeitando o que o autor quis dizer no texto e tomar a razão como a luz para dar o sentido correto, é cair no desastre das mais obscuras ambigüidades. Aplicar tal método as Escrituras é descer a ladeira da apostasia.
Assim, vimos emergir desse movimento pós cristão um Jesus progressivo e o universalismo. Como se não bastasse a introdução de elementos místicos medievais de origem católica na igreja contemporânea (Promovidos no Brasil em ampla escala por escritores como Richard Foster) McLaren foi mais longe, e introduziu a idéia de que a base correlacional da igreja não é a teologia e sã doutrina (II Timóteo 1:13 com Tito 2;1) mas o dialogo informal e a interpretação do texto bíblico sob a autoridade da opinião humana, assim esvaziar a Palavra de Deus de seu sentido concreto e aplicar um sentido racional abstrato e ambíguo, é um erro colossal . Essa desconstrução do texto sagrado, pela idéia de que a bíblia está aberta a uma múltipla seqüência de símbolos que devem ser interpretados de acordo com a opinião particular do home fere a base intencional pelo qual o texto bíblico foi produzido. “Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação” (II Pedro 1:20). Assim dessa forma, a igreja emergente torna-se o útero onde é gerado um outro evangelho (Gálatas 1:8 e 9) e carrega em si, a mesma tese satânica de interpretar as Escrituras de acordo com a conveniência sórdida do coração humano (Mateus 4:1 a 11) Essa tática diabólica foi usada no Jardim e também na tentação de Cristo, e um método pseudo-intelectual, uma abertura ao subjetivismo, desprezo a doutrina, abandono dos absolutos, um ataque aos pressupostos estabelecidos e rompimento com os fundamentos do cristianismo histórico.

Nancy parcey afirma :   “A verdade moral objetiva é importante para a saúde da sociedade” (1) e esse fato segue a verdade de que todo o cristão precisa crescer no conhecimento da verdade pratica do evangelho (Tiago 1;22 com II Pedro 3:18) Pois Deus dá conselhos objetivos, pela sua santa palavra (Atos 20:27 e 26:2) além disso, sabemos que haverá sempre conseqüências terríveis para aqueles que não obedecem a Palavra de Deus (II João 9-11) devemos tomar cuidado daqueles que escondem intentos malignos por trás de uma sinceridade corrompida pelo erro (Atos 20:29 com Mateus 7:13) Que a Palavra de Deus é viva e eficaz não há duvida nenhuma (Hebreus 4:12) e que é totalmente útil e inspirada (II Timóteo 3:16 r 17) e suficiente e de valor espiritual fundamental para a fé (I Pedro 1:20 e 21, II Samuel 23:1 a 2 e I Tessalonicenses 2:3) Cristo atestou que as escrituras não podem falhar(João 16:13 e 14) e que a Palavra de Deus é a Verdade (João 17:17) elas não podem ser anuladas (João 10:35) pois sua revelação total é a fé que uma vez foi dada aos santos (Judas 1:3)
Paulo ensinou “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas” (II Coríntios 10:4) as Escrituras iluminam o nosso entendimento (Salmos 119:05) e bom entendimento tem os que cumprem a sua vontade (Salmos 111:10) “A entrada das tuas palavras dá luz e entendimento aos símplices” (Salmos 119:130)”Tendo iluminado os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”(Efésios 1:18) Concordo plenamente com John Theodore Mueller, em sua Dogmática afirma: “ A razão quando iluminada pelo Espírito Santo mediante a Palavra, jamais tem a presunção de julgar as Escrituras, mas concorda com a Palavra de Deus e em todas as coisas e se ufana dos seus ensinamentos sagrados” (2)

(1)    Verdade Absoluta Nancy Pearcey CPAD Pagina 25
(2)     Dogmatica Cristã John Theodore Mueller. Editora Concordia.Pagina 107

Não Devemos Julgar os que Promovem Falsas Doutrinas?

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Já ouvi muita gente dizer que não podemos julgar, quando o assunto são questões polemicas e falsos ensinos.  Há sempre  aquele grupo de pessoas que defendem com unhas e dentes, que um cristão não pode julgar ou criticar erros alheios, a base bíblica que usam é Mateus 7:1. Porém somos chamados a pregar a sã doutrina (Tito 2:1) e manter o padrão das sãs palavras (II Timóteo 1;13)
Ao bem do evangelho devo dar uma resposta com base bíblia e lógica sobre o assunto. Encontramos pessoas que vociferam que não podemos fazer criticas e que não podemos julgar aqueles que tomam rumos nada ortodoxos com relação à fé cristã. Argumentam que pregadores, pastores, “apóstolos” são “ungidos de Deus”, não podem ser expostos, reprovados, denunciados, rejeitados e suas heresias devem ser estimadas.
Claro que os defensores dessa tese, não levam em conta o que Jesus realmente quis dizer, porque o contexto de Mateus 7, o julgar não é permitido quando feito de forma errada. Não podemos tirar o cisco do olho alheio, se  temos uma trave no nosso olho.  Em João 7:24 Jesus diz que devemos julgar de acordo com a reta justiça, portanto aqui está, julgar corretamente é um mandamento, e julgar de forma errada é um erro. Paulo também ordena “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o” (Tito 3:10) e depois conclui que o tal herege está pervertido (Tito 3:11) O termo grego traduzido por “pervertido, exestraptai, corre só aqui em Tito, e denota alguém que inverte a natureza de algo, uma mudança para a decadência, para a extrema corrupção. Devemos sim tomar cuidado com os hereges, pois eles se disfarçam de ministros de justiça, e enganando os que não possuem discernimento, acabam sendo hereges de estimação de muita gente (II Pedro 2:1)
O texto de João 7;24 já é suficiente para defender a posição correta, mas posso prosseguir pela lógica, pois o próprio Cristo atacou com veemência a hipocrisia dos fariseus, chamado-os de raça de víboras (Mateus 23:33) seria esse um julgamento errado? Mas talvez você ache que Cristo tenha esse direito e nós não, Mas isso é um erro. (II Pedro 2:11) Pessoas que ficam nessa ladainha de dizer que não podemos julgar apostatas e aqueles que torcem as escrituras, são defensores de falsos profetas e nada mais, correm o risco de ir para o mesmo abismo, pois um cego guia outro cego, ambos caem na cova (Mateus 15:14)  Defender apostatas é fazer cumplicidade com eles, e acima disso ainda é um sinal de que esse tal, não ama a verdade.(II João 1:11)
Nas cartas de Paulo encontramos um conteúdo variado, há ensinos, advertências, admoestações e correção. Agiu Paulo errado em corrigir? A igreja de Efeso foi louvada por Cristo, justamente porque em seu meio apareceram enganadores que queriam se passar por apóstolos, mas foram colocados a prova e foram achados falsos apóstolos. Os adeptos do “não julgueis” se estivessem ali, seriam vitimas e fantoches do engodo dos falsos apóstolos da Igreja de Efeso. (Apocalipse 2:2) E com a igreja de Galacia, foi Paulo tolerante quando eles se desviaram do caminho da graça? Nunca, eles foram advertidos que promover outro evangelho recorre em maldição  (Galatas 5:4 e 1:8 e 9) Ser tolerante com a mentira e  com o erro, é opor-se a verdade, é opor-se ao Espírito de Cristo. (I João 4:1 a 6) Aliás Paulo mesmo falou da existência de falsos ministros e falsos irmãos. (II Corintios 11:15)  Como fazer para reconhecê-los  e denuncia-los? Pelos seus frutos! Não dons mas frutos (Mateus 7:15 a 21)
A historia da igreja começa com homens que se tornaram apologetas porque defendia a fé cristã contra os erros correntes na época da igreja primitiva, muitos escritos denunciaram o movimento gnóstico por exemplo. A literatura cristã primitiva é rica em conteúdo apologético, inclusive mostrando o erro e denunciando os apostatas.
Alguns adeptos do “não julgueis” não são nada mais do que frouxos, que não amam a verdade suficiente para defendê-la diante dessa grande apostasia que assola nossa cristandade. Preferem a unidade pelo sacrifício da verdade e a exaltação da apostasia. Querem viver uma unidade, mas ao custo de sacrificar a verdade e tolerar a mentira. (João 8:44) “Quem comunhão tem a justiça com a injustiça e que comunhão tem a luz com as trevas? (II Coríntios 6:14) Cristo nunca agiu assim, os apóstolos nunca agiram assim, nenhum homem verdadeiramente santo em qualquer época da igreja, nunca agiu assim. Porque só agora encontramos uma geração de supostos cristãos que argumentam que não devemos julgar, simplesmente na base do amor tolerante? O verdadeiro amor não sacrifica a verdade pela conveniência, pelo contrario. Renuncia todo o tipo de conveniência para não sacrificar a verdade. Pergunto: um amor que tolera o erro é um amor pela verdade? Nunca! Jamais! Por isso meu amado leitor, a bíblia diz que os santos irão julgar até mesmo os anjos, (I Corintios 6:3) nas antigas assembléias Paulo orientou os cristãos a julgarem os profetas (I Corintios 14:29) e porque isso era necessário? Porque já naquela época, o espírito do erro já estava operando (I João 4:6)

Clavio Juvenal Jacinto

A Natureza do Pecado, A Condição do Pecador e a Proclamação do Evangelho

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Hoje em dia, poucos pregadores estão dispostos a falar sobre a natureza maligna do pecado. (Tito 2:1) É um tema muito desagradável num mundo religioso cheio de atrativos psicológicos que promovem o  egocentrismo. (Romanos 16:18 com Provérbios 7:21) No Novo Testamento há quanto palavras gregas, traduzidas como pecado: Harmatia, paraptoma, parabasis e anomia. Num contexto geral e a soma dos significados, dá uma ideia de alguém que erra o foco, fora do caminho, vivendo numa esfera existencial sem princípios, na direção da ruína, na contramão da vontade de Deus, na ofensiva contra a vontade de Deus  e que receberá uma resposta tenebrosa (Judas 1:15) “Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:23) Isso é muito sério! O diagnostico do Espírito Santo é: Morto em delitos e ofensas (Efésios 2:1 e 2 com  I Pedro 2:24)) por isso um pecador é um pobre cego espiritual, que durante todo o percurso da vida faz um cortejo fúnebre de si mesmo. (Apocalipse 21:8) A não ser que a luz do evangelho brilhe sobre seu coração e se converta a Cristo (II Coríntios 4:4 com 5:17) ele é vitima de um truque psicológico, sente segurança por andar com os perdidos no  caminho largo, (Mateus 7:13 e 14) estar no meio da multidão condenada, lhe da um senso de segurança. (Provérbios 14:12) O caminho do pecador é divertido, é como uma vara de fogo de artifício que dá uma explosão de alegria, luzes coloridas, mas no fim a vara jaz queimada na escuridão ou como o jardim que floresce com muitas tonalidades de cores, mas que no outro dia tudo parece murchar, ou ainda como a neblina que dá todo um espetáculo quando se encontra com a luz da aurora, mas dissipa-se com o fulgor intenso do dia. A brevidade da vida se encaixa muito bem nessas ilustrações, Tiago diz: "Que é a vossa vida? é um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece" (Tiago 4:14). Mesmo assim, a natureza do pecado é pegajosa, ela tem um poder imenso de fazer com que o coração do homem fique endurecido (Hebreus 3:13) e apegue-se completamente a vida de vaidades. (Jeremias 14:22 e Eclesiastes 1:2) Dessas vaidades enganosas, o miserável pecador precisa se converter ao Deus vivo (Salmos 31:6 com Atos 14:15) Os prazeres do pecado são drogas espirituais que entorpecem os sentidos da consciência e produzem sonhos carnais, verdadeiras ilusões utópicas e maravilhosas que fazem o homem se apaixonar pela vida de pecado. O pecado é uma anomalia que adoça o ato e esconde as  conseqüências  (I João 3:4 e 5:17) é o aguilhão da morte (I Corintios 15:56) A devastação do pecado no homem é intensa, seus efeitos perdurarão por toda a eternidade: "Todo aquele que não foi achado escrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo, essa é a segunda morte" (Apocalipse 20:15). A gravidade do pecado pode ser vista desde a obra de Cristo na cruz, a maldição da morte na cruz, desnuda a verdadeira natureza do pecado. É um chamado para sair das trevas e entrar na luz gloriosa do evangelho (I Pedro 2:9) De fato, o pecado é o material que reveste o portão  do inferno,  é a fome voraz do abismo sem fundo, a ofensa contra o Criador Soberano é uma gravidade de proporções infinitas. (Apocalipse 20:10) Todos nascem no caminho que Adão nos colocou. Quando Jesus disse ser o Caminho (João 14:6) e convidou o homem a ir até Ele (Mateus 11:28) significa mudar o rumo, desviar-se da destruição. Arrependimento e conversão á Cristo é uma obra divina no coração humano, é uma ressurreição espiritual, é um passar da morte eterna para a vida eterna. Se andarmos na luz do evangelho, o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado (I João 1:7)  Precisamos resgatar a essência do evangelho, na sua causa fundamental, que é Cristo como cordeiro imaculado morrendo por causa pecador, e através de uma chamada urgente ao arrependimento (Atos 2:38 e 3:19) pois de outra forma, o que não se arrepende de seus pecados, perecerá por causa de  seus pecados  (Lucas 13:3 e 5)

Clavio J. Jacinto.