Nosso Dever Esquecido: O Clamor de Deus por Israel


Nosso Dever Esquecido: O Clamor de Deus por Israel

Um apelo profético baseado no sermão de Robert Murray M’Cheyne

A igreja moderna, tão ocupada com métodos, estratégias e debates internos, tem ignorado um chamado vital, negligenciado por gerações: o nosso dever com o povo judeu. Em 1839, o jovem pregador escocês Robert Murray M’Cheyne, retornando de uma missão de investigação entre os judeus, pregou um sermão histórico com base em Romanos 1:16:

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, e também do grego.”

Hoje, quase dois séculos depois, sua mensagem ecoa com ainda mais urgência.


1. Porque o Juízo Começará com Eles

M’Cheyne recorda com temor que, segundo Romanos 2:6-10, o julgamento de Deus será “primeiro sobre o judeu”. Isso não é coincidência, mas justiça divina. O povo de Israel recebeu mais luz do que qualquer outra nação:

  • Os profetas lhes foram enviados;
  • A Torá lhes foi entregue;
  • O próprio Messias veio a eles primeiro;
  • A aliança, os milagres, o templo, a promessa — tudo lhes pertenceu.

E, ainda assim, a maioria permaneceu em incredulidade. A condenação dos que rejeitam a revelação é ainda mais severa. Como o médico que corre primeiro ao paciente mais grave, devemos correr até Israel, pois sua necessidade é urgente, espiritual e profética.


2. Porque É Como Deus Age

M’Cheyne nos lembra: ser como Deus é o maior chamado do cristão. Não apenas ser perdoado, mas ter os mesmos afetos de Deus. E o que vemos na Palavra? Um Deus com amor excepcional e insistente por Israel:

“Eu os amei... porque os amei.” (Deuteronômio 7:7–8)
“Ainda são os amados da minha alma.” (Jeremias 12:7)
“Ainda os recordo com ternura.” (Jeremias 31:20)
“Eu me alegrarei em fazê-los bem.” (Jeremias 32:41)

Negar isso é recusar-se a refletir o coração do Pai. Amar Israel é imitar Deus. Rejeitar essa afeição é alinhar-se com o mundo que despreza a eleição e o propósito divino.


3. Porque as Portas Estão Abertas

Em seu tempo, M’Cheyne observou um fato impressionante: em muitos países, os judeus eram o único grupo acessível ao evangelho. Em meio à hostilidade religiosa dos católicos romanos e muçulmanos, os judeus, muitas vezes abandonados por todos, eram os mais receptivos e disponíveis para ouvir.

Isso continua válido hoje. Em muitos contextos, a evangelização de judeus é mais legalmente viável e espiritualmente frutífera do que se imagina. Onde a maioria das portas se fecha, a de Israel permanece entreaberta — esperando apenas cristãos com coragem e compaixão para entrar.


4. Porque Eles Darão Vida ao Mundo

Israel não é apenas um povo a ser alcançado — é um instrumento estratégico de avivamento global.

“Assim como foram maldição entre as nações... assim vos salvarei, e sereis bênção.” (Zacarias 8:13)
“O remanescente de Jacó será como o orvalho do Senhor.” (Miqueias 5:7)
“Dez homens de todas as nações pegarão na orla do judeu, dizendo: Iremos contigo, pois Deus está contigo.” (Zacarias 8:23)

O povo que hoje rejeita o Messias será amanhã missionário do Messias. Quando Israel for restaurado espiritualmente, vida será liberada sobre as nações. Essa é a promessa das Escrituras, o plano irrevogável de Deus (Romanos 11:29).

Portanto, quem evangeliza Israel não apenas resgata almas, mas apressa o despertamento do mundo.


5. Porque Deus Promete Recompensa

“Abençoarei os que te abençoarem.” (Gênesis 12:3)
“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam.” (Salmo 122:6)

M’Cheyne testemunha que sua viagem missionária foi cheia de perigos — mares agitados, doenças, perseguições — mas também foi uma jornada milagrosamente protegida e espiritualmente rica. Ele reconhece:

“Em guardar os mandamentos do Senhor, há grande recompensa.”

A igreja que ama, evangeliza e intercede por Israel anda na bênção de Deus. E a alma que se importa com o destino de Jerusalém floresce espiritualmente, tornando-se um jardim bem regado (Isaías 58:11).


Conclusão: Comece em Jerusalém!

A missão da igreja é para todas as nações — mas começa com Israel.

“E que em seu nome se pregasse arrependimento e perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.” (Lucas 24:47)

M’Cheyne clama por um retorno da igreja à fidelidade evangelística, mas com ênfase bíblica: ao judeu primeiro. Ele não defende o abandono das missões aos gentios, mas a recuperação da prioridade divina: o amor evangelizador por Israel.

A pergunta que ele nos faz ecoa até hoje:

“Se Deus tem esse amor especial por Israel, e se o evangelho é para eles em primeiro lugar — como podemos nós, cheios do Espírito de Deus, não amar como Ele ama?!”


Seja a geração que ouve esse chamado!

A história da igreja é marcada por omissões vergonhosas em relação a Israel. Chegou o tempo de corrigir essa negligência. Que nossa geração:

  • Interceda por Israel com fervor;
  • Envie missionários ao povo judeu;
  • Proclame o evangelho do Messias, Jesus, ao povo que o rejeitou;
  • Faça tudo isso com lágrimas, amor e fidelidade às Escrituras.

“Ao judeu primeiro... e também ao grego.” (Romanos 1:16)

 

Se desejar o sermão Robert Murray M’Cheyne em pdf, entre em contato:

claviojj@gmail.com

(48) 999616582

 


 

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