A Falácia do “Mito de Jesus”



A Falácia do “Mito de Jesus”: Uma Refutação Histórica e Racional

Por que a ideia de que Jesus não reivindicou ser Deus é intelectualmente insustentável

Ao longo das últimas décadas, ganhou força nos círculos acadêmicos liberais e populares a teoria de que a divindade de Jesus Cristo não foi afirmada por Ele próprio, mas atribuída posteriormente por seus seguidores. Segundo essa tese, o Jesus histórico teria sido apenas um mestre moral judeu, e a ideia de Sua divindade seria o produto de uma tradição mitológica que se desenvolveu ao longo de gerações. Mas será que tal hipótese resiste a um exame sério dos dados históricos disponíveis?

A resposta é um retumbante não — e as razões para isso são tanto históricas quanto lógicas.

1. O Tempo é Inimigo do Mito

Uma condição básica para que mitos se formem é o tempo. Para que tradições lendárias substituam fatos históricos, é necessário um intervalo considerável entre os eventos reais e os seus registros escritos. No entanto, isso não ocorreu com os relatos sobre Jesus Cristo.

O renomado historiador clássico A.N. Sherwin-White, da Universidade de Oxford, especialista em história grega e romana, demonstrou que duas gerações não são suficientes para que mitos e lendas substituam dados históricos confiáveis. Em seu estudo Roman Society and Roman Law in the New Testament (1978), ele mostrou que, mesmo nos contextos mais férteis para o surgimento de lendas, os fatos continuam reconhecíveis e distinguíveis.

Ora, os Evangelhos foram escritos dentro de uma geração após a morte de Cristo (por volta de 30 d.C.), sendo que Marcos, o mais antigo, provavelmente foi redigido entre 50 e 60 d.C., e as epístolas de Paulo — como Gálatas e 1 Tessalonicenses — já circulavam entre os anos 40 e 50. Isso significa que não houve tempo hábil para o surgimento e consolidação de mitologias.

2. As Testemunhas Ainda Estavam Vivas

Um segundo ponto crucial: os contemporâneos de Jesus ainda estavam vivos quando os relatos sobre Ele começaram a ser amplamente divulgados. Isso inclui tanto os seus seguidores quanto os seus opositores. Se os primeiros cristãos tivessem atribuído falsamente a divindade a Jesus, tais alegações teriam sido prontamente desmascaradas pelas testemunhas oculares.

A ausência de qualquer refutação histórica contemporânea consistente a essas alegações — em meio a um ambiente cultural hostil — é uma forte evidência a favor da autenticidade dos relatos evangélicos.

3. Testemunhos Oculares e Compromisso com a Verdade

Os próprios autores bíblicos fazem questão de afirmar que são testemunhas oculares dos fatos ou estão registrando os relatos diretos de quem foi. Textos como Lucas 1:1–4, João 19:35, 1 João 1:1–2 e 2 Pedro 1:16 são claros nesse ponto.

Além disso, os autores sabiam distinguir entre fato histórico e invenção. O apóstolo Paulo, por exemplo, afirma em 1 Coríntios 15:3–8 que o Cristo ressuscitado foi visto por mais de 500 pessoas, muitas das quais ainda estavam vivas quando ele escreveu a carta — um convite direto à verificação.

4. Nenhuma Vantagem, Muito Custo

Outro argumento poderoso contra a teoria do mito é que os seguidores de Jesus não teriam nenhum motivo plausível para inventar Sua divindade. No contexto do judaísmo estritamente monoteísta do primeiro século, a proclamação de que um homem era Deus não apenas era herética, mas punível com a morte.

Os apóstolos não lucraram com essa mensagem; pelo contrário, foram perseguidos, presos, espancados, exilados e mortos por ela. Seria irracional acreditar que tantas pessoas estariam dispostas a morrer por algo que sabiam ser uma invenção.

5. O Messias que Ninguém Esperava

Além disso, se os discípulos tivessem fabricado uma figura messiânica, eles teriam criado alguém que se encaixasse nas expectativas populares de um libertador político e militar. Mas Jesus é retratado como um servo sofredor, manso, que morre na cruz pelos pecadores — algo que contrariava frontalmente as expectativas judaicas da época. A única explicação coerente para esse retrato é que ele corresponde ao que realmente aconteceu.

6. Corroboração Histórica Externa

Finalmente, há fontes extra-bíblicas e seculares — como os escritos de Flávio Josefo, Tácito, Suetônio, Plínio, o Jovem e outros — que confirmam elementos centrais da vida e morte de Jesus, bem como a crença de seus seguidores em Sua divindade desde os primeiros anos do cristianismo. Esses testemunhos independentes desmentem a ideia de que a divinização de Jesus foi um processo tardio e lendário.


Conclusão: Uma Teoria Sem Base

A hipótese de que a divindade de Jesus foi uma construção mítica posterior não se sustenta diante das evidências históricas. Ela nasce não da pesquisa honesta, mas de pressupostos filosóficos anti-sobrenaturais, que rejeitam a possibilidade de milagres e da revelação divina a priori.

Mas a verdade permanece: Jesus Cristo foi reconhecido como divino desde os primórdios do cristianismo — não por invenção ou conveniência, mas porque Ele mesmo o afirmou, e porque Suas palavras e obras não deixaram outra opção.

Negar essa realidade não é apenas rejeitar a fé cristã, mas também ignorar a integridade da história.

O texto deste artigo foi esboçado por C. J. Jacinto, a organização do texto, a correção ortográfica foi feita através de Inteligência artificial.

 

 

0 comentários:

Postar um comentário