Jesus era um Extraterrestre? Uma Refutação Bíblica e Racional à Teoria Ufológica
Embora essa ideia pareça extrema à primeira vista, a hipótese de que Jesus seria um extraterrestre tem sido defendida por diversas seitas e religiões ufológicas nas últimas décadas. Com a expansão das crenças da Nova Era, essa noção ganhou popularidade entre grupos alternativos e místicos, que reinterpretam os eventos bíblicos à luz da ficção científica e dos fenômenos de objetos voadores não identificados (OVNIs).
Neste artigo, apresentamos a origem e os defensores dessa teoria, bem como uma análise crítica e fundamentada, que demonstra por que essa ideia não se sustenta nem biblicamente, nem historicamente, nem logicamente.
1. Origem da Ideia de um “Cristo Extraterrestre”
A ideia de que Jesus seria um ser alienígena foi popularizada por:
- Erich Von Däniken, autor do famoso livro “Eram os Deuses Astronautas?”, que sugeria que divindades antigas eram na verdade visitantes espaciais;
- J. J. Benítez, escritor espanhol da série Operação Cavalo de Troia, que mistura ficção e misticismo para defender teorias semelhantes;
- Dom Fernando Pugliese, do movimento da Igreja Católica Brasileira, que chegou a declarar publicamente essa crença;
- Alfredo Nahas (ufólogo brasileiro) e Claude Vorilhon (Rael), fundador do movimento Raeliano, uma religião ufológica que defende a criação da humanidade por extraterrestres.
2. Incompatibilidades com os Fatos Históricos e Bíblicos
Todas essas afirmações estão em total desacordo com os dados históricos, tanto bíblicos quanto seculares. A Bíblia apresenta Jesus como:
- Um homem real, com genealogia humana, nascido de uma mulher (Maria), embora concebido sobrenaturalmente pelo Espírito Santo;
- Alguém que cresceu, viveu e morreu entre os homens, passando por todas as experiências humanas, como fome, sede, tristeza e sofrimento;
- Um ser divino e humano, o “Deus-homem” (João 1:14), e não um ser de outro planeta.
Nada em Seus ensinamentos, milagres ou declarações sugere origem extraterrestre ou qualquer referência a civilizações espaciais.
3. A Relação das Religiões Ufológicas com o Ocultismo
A teologia dos grupos ufológicos e da Nova Era se apoia em práticas e crenças que são explicitamente condenadas nas Escrituras, tais como:
- Canalização espiritual, mediunidade, escrita automática, telepatia, teletransporte e levitação;
- Atividades ocultistas descritas em Êxodo 22:18, Levítico 19:31, e Deuteronômio 18:10-12, todas contrárias à fé judaico-cristã.
Jesus, pelo contrário, se opôs frontalmente ao ocultismo, e Seu ministério foi baseado na autoridade das Escrituras e no poder do Espírito de Deus — jamais em práticas esotéricas ou espiritualistas.
4. As Falhas das Interpretações Ufológicas da Bíblia
Esses grupos reinterpretam as Escrituras de forma subjetiva, esotérica e fantasiosa, utilizando textos fora de contexto, ignorando princípios básicos de:
- Exegese (interpretação correta com base no contexto histórico, linguístico e teológico);
- Hermenêutica (ciência da interpretação bíblica).
Ou seja, submetem a Bíblia à lente dos OVNIs, quando deveriam, no mínimo, fazer o contrário — e mesmo assim, jamais encontrariam respaldo bíblico legítimo.
5. A Hipótese de Discos Voadores Reais e Suas Contradições
A teoria de que discos voadores sejam naves físicas de origem extraterrestre sofre com sérios problemas científicos, filosóficos e empíricos. Faltam:
- Evidências concretas e verificáveis;
- Explicações coerentes para as supostas visitas constantes à Terra;
- Provas de que tais seres possuam intenções messiânicas ou redentoras.
A ideia de que tais entidades seriam os verdadeiros “anjos” ou “deuses” que inspiraram o cristianismo é, além de absurda, insultuosa à inteligência e à fé histórica da igreja.
O mais provável é que sejam fenômenos paranormais envolvendo engano demoníaco.
6. Jesus: Criador do Universo, Não Criatura de Outro Mundo
A Bíblia é clara ao afirmar que Jesus não é uma criação, muito menos de outro planeta. Ele é o próprio Criador de todas as coisas:
- “No princípio era o Verbo... e o Verbo era Deus... todas as coisas foram feitas por Ele...” (João 1:1-3);
- “Havendo Deus, antigamente, falado muitas vezes... nestes últimos dias nos falou pelo Filho... por quem também fez o mundo...” (Hebreus 1:1-3).
Desde os tempos antigos, os cristãos reconheceram Jesus como o “Cosmocrator”, o Senhor que governa o cosmos, aquele que está acima de todas as galáxias e dimensões.
Conclusão: Jesus Não Era um Extraterrestre — Ele É o Senhor do Universo
A teoria de que Jesus era um extraterrestre não é intelectualmente respeitável, nem biblicamente aceitável. Trata-se de uma invenção moderna que:
- Carece de fundamento histórico;
- Desrespeita os registros apostólicos e os primeiros testemunhos cristãos;
- Usa de interpretações ocultistas e fantasiosas;
- É promovida por movimentos anti-bíblicos com intenções sincretistas e heréticas.
Jesus não veio de outro planeta. Ele é o Deus encarnado, o Criador dos planetas, o Senhor de todas as coisas visíveis e invisíveis. Reduzi-Lo a uma figura alienígena é negar Sua divindade, Sua missão redentora e Sua identidade como Filho do Deus vivo.
C. J. Jacinto
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