O Homem Magnânimo
Numa sociedade moralmente doente,
não é popular falar sobre virtudes como magnanimidade e equidade. Esses
conceitos morais estão completamente fora de moda, e diga-se de passagem, nem
sequer são incentivadas e ensinadas hoje em dia nos púlpitos, razão porque a
maior parte dos pregadores encontrariam grandes dificuldades em apresentar a prática
do que irão pregar. Assim como a equidade remete o homem para a pratica de uma
justiça imparcial, exclui dessa virtude qualquer tipo de conveniências. Assim,
o homem magnânimo é aquele que enfrenta todos os riscos e perigos, tomando
decisões sem interesse pessoal, por intenções objetivas de promover a causa do próximo.
Seu ideal é uma generosidade elevada desprendida de interesses puramente
pessoais, seu sacrifício gira em torno da promoção do próximo, a alegria e a
satisfação dele estão no alcance desse objetivo. Nada 00é centralizado em
interesses pessoais. O homem magnânimo não sente riscos, ele não se entristece
quando alguém se destaca mais do que Ele e nem mesmo se entristece quando alguém
é promovido, pois a base pelo qual se sustenta o padrão moral de suas virtudes é
magnanimidade. É notável que o sistema mundano seja piramidal, ficando algumas
pessoas no topo influenciando e controlando as demais que ficam abaixo delas.
Uma analise da vida de Cristo e vimos
que Jesus era um homem magnânimo, sua missão desde o principio é elevar pobres
pecadores a santos, filhos de Adão a filhos de Deus, perdidos em salvos,
condenados em justificados, idolatras em sacerdotes reais, e como Cristo
alcance isso? Pela sua morte! A cruz foi a via pelo qual muitos homens banidos
da presença de Deus podem ter acesso pelo vivo caminho consagrado pela redenção
de Cristo. A adoção é a doutrina que é sustentada pelo fato da cruz ter sido
uma obra consumada e perfeita realizada pelo nosso Bendito Salvador na cruz do Calvário. Toda a vida de Cristo está permeada de todas
as virtudes mais elevadas, ele é o homem por excelência Deus feito carne de
forma mais humilhante. Percebem esses paradoxos, o Senhor desce os degraus da
mais baixa servidão lavando os pés dos discípulos e sobre o altar da cruz
expondo-se a mais extrema vergonha, mas porque ele o Senhor fez isso? Para dar
os pobres e miseráveis mortais pecadores a dignidade da justificação pela fé, o
perdão dos pecados, o resgate da maldição eterna, e remoção da penalidade que
foi imposta a cada filho de Adão. Isso é ser um homem magnânimo na sua forma existencial mais completa e nEle temos o
exemplo de um ideal de vida cristã. Se realmente aquelas pessoas que professam
a fé em Cristo vivessem de acordo com os princípios que Ele ensinou aos seus
seguidores, não teríamos tantos problemas na igreja atual, pois o numero de egocêntricos
seriam reduzidos a quase nada, esses poucos egocêntricos seriam expostos pela própria
conduta sinalizando que seriam meros carnais buscando satisfação para o ego. É
maravilhoso perceber como Cristo tinha essas marcas distintas, os valores de
suas ações refletiam o modo como ele viveu e morreu por causa dos pecadores.
Completamente desprendido de interesses pessoais, não era conivente com
qualquer tipo de erro, não aderiu a qualquer tipo de conveniências, era reto em
seus propósito e puro em suas intenções. “nos fez reis e sacerdotes”
(Apocalipse 1:6) mas isso teve o preço da sua completa humilhação e a condição
de esvaziamento, a graça teve um custo,
o dom gratuito de Deus teve um preço incalculável, precisamos ver a
graça pelo ângulo da redenção efetuada por Cristo na cruz. Sem ser magnânimo Cristo
nuca poderia ter inaugurado o sacerdócio real de todos os santos. Por essa
perspectiva vamos entender o quanto é importante que a magnanimidade seja
pregada, porque ela é um distintivo espiritual no verdadeiro cristão, é uma
prova de que tem o espírito de Cristo (Romanos 8:9). Que o Senhor possa abrir
os nossos olhos para essas tão preciosas verdades
“Se você se intitula cristão, você
deve mostrar isso em seus modos e comportamentos “ (J. C. Ryle)
Clavio J. Jacinto
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