APOLO 11- 1969 A Odisséia
O homem foi a lua, que coisa!
Voou como Ícaro metálico, se foi
Mergulho na noite escura do
espaço
Navegando no jardim das estrelas
Epopéia, a saga de um velho sonho
O homem foi a luz, que aventura!
Flutuando como anjo em asas de
ferro
Fecundando o desejo da conquista
Penetra no infinito, na
poeira cósmica
Épico, a vasta face de uma
sentinela
O homem pousou os dedos na lua
Numa cidade furada, sem dó e sem
rua
Num satélite morto sem água e sem
vida
O pó andante na areia da praia tranqüila
O vão triunfo, a conquista de
que?
Aqui embaixo, a fome assombra as crianças
O medo invade o quarto do fraco
ancião
A miséria arrasta as almas á
tortura
O mal predomina verdade nua e
crua
E os astronautas não trouxeram a
solução da lua...
Clavio J. Jacinto
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