Absinto


Absinto


Que amargas névoas tens oh vida depois de revestida com as tunicas de Adão

Desde então manchadas com o suor azedo da desobediência, o cuspe da aspide.

Agora nessa chávena de absinto bebe toda alma maltrapilha

Se revestindo de todas as dores que cobrem o desespero humano

Quem das trevas desse sinistro vale pode acender uma centelha de expectação do próprio amor?

Bendito seja o Cordeiro de Deus que sorveu o calix de todas as miserias humanas

E de uma fonte de sangue que jorrou no horror, deu ao homem abatido, a chance de voltar ao Paraíso sem aflições

Clavio J Jacinto

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