Quando o Senhor diz em sua
palavra que nenhum mentira procede da verdade, Ele está associando esse fato
com o testemunho do cristão. Ao ser tocado pela realidade do evangelho, não há
como associar as verdades divinas com as ações do diabo que é o pai da mentira
(João 8:44) essa declaração divina de que o diabo é o pai da mentira soa o
oposto absoluto de que Cristo que é a verdade (João 14:6) pois é corretíssima a
declaração de que da sua boca nunca foi pronunciado qualquer tipo de engano (II
Pedro 2:22) assim dentro dessa visão, encontramos a mais obvia verdade de que o
cristão anda pela luz da verdade, e aqui há sim implicações morais, pois a ética
na sua alma verdadeira repousa a verdade. A natureza espiritual da mentira é na
sua matriz o próprio diabo. Ao atribuir-se paternidade a mentira, vimos como a
fonte da sua procedência e a origem de todas as mentiras é o diabo. Essa norma
se estende como princípio de vida espiritual, pois o homem de Deus não compactua
com a mentira em nenhuma hipótese.
Filhos de Deus são verdadeiros em todas as esferas da vida moral, social
e espiritual. Não pode haver qualquer tolerância com a mentira. Assim com a
verdade vem a sinceridade, a transparência, a
equidade, a justiça que procede do evangelho, ou exigimos isso como
norma de vida, ou de outra forma, o nome de Cristo sofrerá vitupério pelo nosso
testemunho e faremos agravo ao espírito da graça “Entre os pressupostos
fundamentais da vida realmente moral da pessoa, figura também a veracidade. Um
homem insincero, mentiroso, não é apenas portador de uma grade desvalia moral,
como o avarento ou o intemperante; toda a sua personalidade está doente, toda a
sua vida ética, tudo o que nele possa haver de moralmente positivo, está
ameaçado, tudo é problemático. A sua atitude perante o mundo dos valores como
um todo foi atingida no nervo vital” (Dietrich Von Hildbrand em: Atitudes
Éticas Fundamentais)
O caminho da mentira é o caminho
dos falsos profetas, eles seriam muitos nos últimos dias, porque a
multiplicação da iniqüidade é a multiplicação da mentira e toda sorte de anátemas
condenados pelas Escrituras. Agora note como um falso evangelho tende a
estabilizar de forma definitiva na sociedade atual e dentro das igrejas. Onde
reinar o analfabetismo bíblico, o diabo usará a ignorância espiritual como
plataforma para promover a mentira. Seu legado de engano é a oferta de coisas agradáveis
ao homem. Desde o princípio ele tem prometido coisas boas, porém fraudulentas “certamente
não morrerás” “sereis como Deus” “Conhecedores do bem e do mal” assim vimos como essas ofertas atingem as
profundezas do ego humano e exaltam o homem até as alturas do orgulho
humanista. É essa a política de promoção
dos falsos profetas, usam mentiras enrustidas de ofertas que agradam o ego
humano, por isso uma quantidade enorme de cristãos professos mais não regenerados,
insistem em financiá-los, porque estão pagando para ouvir o que desejam ouvir.
D e outra forma, se os falos profetas não tivesse um publico fiel que
financiasse suas falcatruas, jamais poderiam subsistir por conta própria, eles
dependem das pessoas, portanto viciam-nas com o engano, hoje em dia temos uma
enorme multidão de falsos cristãos que dependem do espírito do erro, para
alimentarem as suas fabulas religiosas. Que o Senhor nos ajude a discernir,
pois esse quadro irá piorar nos próximos anos.
“O resultado é que os falsos profetas, que nos profetizam o lazer e o prazer, são tão populares hoje em
dia quanto o eram entre o antigo povo de Israel, e o verdadeiro profeta é tão
desfavorecido hoje em dia quanto o foi Jeremias. Os falsos profetas
mostravam-se otimistas. Jeremias parecia ser um pessimista extremado. Mas, os
eventos subseqüentes mostraram que ele estava com a razão. Visto que toda a
nossa contenda está no fato da própria condição do mundo moderno comprovar que
o diagnóstico bíblico sobre as mazelas do homem é o único diagnóstico veraz e
acurado, não poderíamos fazer algo melhor do que considerar os pontos de vista
da Bíblia no tocante às dificuldades do
homem, nos termos daquela acusação feita por Jeremias contra os falsos
profetas de seus dias. Trata-se de uma
análise perfeita e da condenação de todo o falso otimismo que é tão popular em
nossos próprios dias.” (Martin Lloyd-Jones em: Sincero Mas Errado)
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