A Cegueira de Jerusalém e Seus Habitantes


 

Os Judeus Indiferentes



Um dos maiores protestos de Cristo foi contra Jerusalém, ele bradou em alta voz contra a cidade santa e seus habitantes. “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu, ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, e não quisestes?”(Lucas 13:34)

A indiferença humana contra a obra expiatória de Cristo é fatal, não crer nEle e nem aceita-lo como Salvador pessoal é a maior de todas as fatalidades do gênero humano. Veio para o seu povo, os profetas apontavam para a chegada do Verbo, sinais de identificação seriam apresentados, mas de tal maneira estava a cegueira espiritual prevalecendo que não aceitaram a Cristo nem como messias e muito menos como Salvador. Pode haver maior tragédia do que rejeitar o Verbo de Deus? Agora veja que Jesus faz serias acusação, os judeus que matam os profetas e apedrejam os que a eles são enviados.  Uma fé em Deus, um templo, as Escrituras, uma agenda religiosa completa e uma reação blasfema contra a verdade e contra aqueles que pregam a verdade! Que contradição terrível, que formalismo pavoroso encontramos em uma declaração tão séria quanto esta. Lá estava Cristo, esperando amor de quem odiava os santos, esperando uma reverencia, estima e respeito de quem jogava pedras nos profetas.  A Jerusalém assassina, um povo cheio de rancor, que contradição, afirmavam que tinham a verdade, criam possuí-la e odiavam aqueles que proclamavam ela! Acaso não tem sido assim? há um ódio mortal na cristandade contra aqueles que querem viver um cristianismo sério, os verdadeiros profetas são desprezados, muitas vezes precisam recorrer ao exílio, e muitas vezes, lhes é negado os púlpitos formais, então como João Batista precisa pregar no deserto. O formalismo religioso jamais pode substituir a presença de Deus, não se engane com a pompa dos templos, nem com a sofisticação da retórica dos que ocupam púlpitos mortos, a mensagem da vida só floresce onde Deus está presente. Muita vida religiosa não é o mesmo que muita vida espiritual, pode o homem ser extremamente religioso na sua religião e rejeitar completamente uma verdade preciosa e fundamental das Escrituras.

Não é uma virtude espiritual possuir uma boa agenda cheia de realizações sacramentais e deixar Cristo fora do coração. Não é verdadeira devoção tirar Cristo do centro da vida espiritual, fazer isso é sair do foco da sã doutrina do Novo testamento e desviar-se para outro Evangelho. De nada adianta professar crença e Deus e viver fora da vontade dEle. Deus enviou Seu Filho unigênito para Salvar os homens de seus pecados, mas eles amaram mais as trevas do que a luz, assim ao nascer e vir ao mundo, nosso Senhor se sujeitou as condições precárias da vida humana, e ali nas ruas de Jerusalém proclamou salvação e libertação ao povo cativo. Que contraste! Estavam tão cheios de uma religião que os impedia de ver a Salvação. Quando a crença cega mais do que ilumina, o homem torna-se inapto para enxergar a verdade, e seguindo a própria cegueira, aceita a mentira como se fosse uma verdade.

 






Autor: Clavio J. Jacinto


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