Viver no presente século no exercício da justiça.
Viver de forma justa (Grego diskaios) não a justiça própria,
mas a justiça de Cristo, a justiça imputada de Cristo, isso nos leva para a
verdadeira experiência da graça divina que não conduz o homem a dissolução, mas
a renuncia do pecado, essa verdade deve ser a primeira, pois ela tem uma
importância preliminar na abordagem do assunto. O homem de Deus deve ser íntegro porque é cheio do Espírito Santo, é cristão, pois apresenta o caráter
de Cristo, nele se destaca a equidade, porque o homem transformado e gerado
para ser santo “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em
verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24) aqui temos o trabalhar divino no
coração do homem lapidando o caráter do homem regenerado. O salvo é santo,
porque a santidade é a característica de um homem santo, é não há santidade
onde não há justiça. Isso não significa que somos salvos por boas obras, Tito
3:15 é muito claro sobre o assunto, não são obras de justiça que são realizadas
na esfera do homem caído, não é as boas obras realizadas na força da carne
adâmica ou do velho homem, mas do homem que está em Cristo, que é nova criatura
(II Coríntios 5:170 essa justiça é a expressão da vida espiritual que está no
salvo. Ele é bondoso, ama o próximo, é justo e não se conforma com esse mundo
imerso num lamaçal de iniqüidades e injustiças. Ele que crê no dever de ser um
homem pelo qual Deus é glorificado em todas as coisas que faz e fala, suas
decisões não são de acordo com os padrões do mundo e das falsas religiões, seus
padrões são elevados pois são todos oriundos do Trono da graça, sua vida segue
as normas dos conselhos divinos, a expressão da vida de Cristo permeia as ações
do homem santo. Por isso ele é justo, vive a justiça. Seu padrão segue o sim,
sim, não. Não há junção de tese e antítese na sua conduta. Ele segue o padrão
de Cristo como meio e fim, causas justas e fins justos, e sempre faz com que
Deus seja glorificado através da decisões que toma, sempre será essa a direção
do justo, a glória de Deus e não o escândalo para o evangelho. “Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16) Entenda isso, as
vestes do homem santo são linho fino “E foi-lhe que vestissem linho fino, puro
e resplandecente, porque o linho fino são as justiças dos santos” (Apocalipse
19:8) assim a expressão da justiça leva o homem redimido a nível de justo, e da
mesma forma leva o injusto a ser ainda mais injusto (Apocalipse 22:11) a obra
perfeita da cruz introduziu um novo nascimento no homem que creu no Evangelho,
e a esfera desse novo nascimento é a esfera da justiça, da integridade.
Qualquer cristão que seja injusto na sua expressão de vida diária, sofre de uma
anomalia espiritual,é falso cristão é um pseudo convertido. Pode ter sido
introduzido dentro de uma organização religiosa ou uma instituição
denominacional dentro do sistema para-eclesiastico, mas tal não corresponde a
natureza de um verdadeiro filho de Deus, pois a imagem de Cristo não
resplandece nele (Romanos 8:29) Sabemos que do trono de Deus procede equidade,
o cetro do Senhor é um cetro de equidade, tudo o que nasce do alto, nasce da
natureza do alto, essa é a natureza do novo nascimento, as raízes dessa vida
estão lá, os frutos espirituais do redimido nascem aqui. Na peregrinação
terrena, assim como o povo tinha fome na antiga aliança e recolhia o maná, o
peregrino na Nova Aliança que foi resgatado por Cristo para fora da tirania do
pecado e de satanás, tal homem resgatado tem fome e sede de justiça (Mateus 5:6) e busca em Deus
saciar essa fome e essa sede.
Clavio J. Jacinto
0 comentários:
Postar um comentário