Aflições e o Processo da Transformação Interior
Cristo falou sobre as
aflições (João 16;33) Muitas são as aflições dos justos (Salmos 34:19) isto é: Ser
Participante das aflições de Cristo (I Pedro 4:13). Ora meus amados, o processo
do agir divino na alma regenerada é oposto a qualquer perspectiva temporal e egoísta.
As lições processuais das aflições são dinâmicas, elas são cinzéis que o Senhor
usa, os meios da lapidação do coração humano se processam pelas dores e
dificuldades. Abramos nossos olhos e veremos que no atual estagio da vida
espiritual, temos que lidar com o sofrimento como uma causa para um fim.
Comecemos pela senda do
Calvário, pois na dor mais profundo germinou a revolução da misericórdia
divina, ávida derramada de Cristo é um triunfo sobre a condenação dos
pecadores, pois Cristo tomou sobre si, o juízo condenatório que era nossa, pela
dor aguda da morte na cruz, veio vida espiritual e eterna para cada pecador.
Assim como a larva
rastejante e repulsiva se comprime, sob circunstanciais prisionais, numa esfera
comprimida e que dissolve todo o ser dentro de um cárcere chamado casulo, até
que dessa horrenda condição, a borboleta nasce para repousar sobre as mais belas
flores.
Olhamos para a terra
rasgada pelo arado, o pó frio e escuro que suja nossas roupas acolhe a semente
de trigo que adormece na sombria cova, úmida, fria, silenciosa, porém um princípio de vida rasga a semente sepultada na escuridão da terra, e da semente
germinada a vida provoca uma ruptura na escuridão e a planta cresce em direção
a luz do sol e doa ao mundo as mais belas flores e os mais doces frutos.
Olhamos para o carbono
mergulhado no abismo da terra, lá debaixo do peso das rochas que sob as
pressões mais intensas que se possa imaginar, crava no elemento frágil um princípio
de força tal que os átomos se unem para transformar o carbono em um valioso e
duro diamante.
Olhemos para o cume dos
montes, onde as árvores são açoitadas pelos ventos e furacões, chuvas
torrenciais e a neblina espessa das chuvas, árvores solitárias que sob a
pressão das alturas sofrem o rigor do frio do inverno com mais intensidade,
porém é dessas árvores que vinha a madeira mais nobre e resistente que era
usada para construir os cascos dos navios antigos, pois essa madeira calejada
pelas provações das tempestades, eram
duras suficientes para garantir a segurança do navio quando enfrentavam as mais
violentas ondas do mar.
Que grande alegria
quando Deus permite as dificuldades, quando passamos pelos momentos de
sequidão, quando as coisas parecem tão difíceis, quando somos jogados nas
covas, quando peregrinamos no deserto solitário, quando há uma pressão dentro
do nosso coração, fique tranqüilo, esse pode ser um sinal de que a sarça quer
trazer luz, que a estrela da manhã quer surgir na escuridão, a chuva torrencial
que vem com intensidade, pode ser a garantia de que a primavera surgirá em
breve porque os campos a nossa volta já foram irrigados.
Deus te abençoe muito
Soli Deo Glória
Clavio J. Jacinto
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