Tempos Dificeis
Os tempos em
que vivemos são difíceis, por isso as Escrituras chama de presente século mau (Gálatas
1:4) geração perversa e corrompida (Filipenses 2:5) jamais devemos se conformar
com esse sistema vigente (romanos 12:1 e 2) ele está sob o domínio e influência do maligno (I João 5:19) o Deus deste século (II Coríntios 4:4) imerso em vãs
filosofias (Colossenses 2:8). Os tempos são difíceis porque o a amor se
esfriou, e continuará ainda mais se esfriando. Um sentimento com caráter de cadáver,
frio, sem o fogo da devoção e o amor pelo evangelho, assim, não somente o mundo
perecerá mas a igreja e os cristãos sofrerão as duras conseqüências desse
esfriamento espiritual.
São certas
as palavras de Paulo: “Sabe porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos
trabalhosos” (II Timóteo 3:1) essa é a revelação profética do Espírito Santo
para os últimos dias. Creio que devemos perceber isso, atualmente estamos vivendo
um esfriamento mundial, por conta de vãs filosofias que já predominam na
sociedade e se infiltraram de maneira sorrateira e já se encontra em vigência em
todos os lugares. Gostamos muito de falar de heresias, quando o campo em que
abordamos é a apologética. De certo modo a apologética está ligada
completamente a vida cristã, falamos sobre tempos perigosos com uma apostasia
crescente na cristandade, pouco se importamos em declarar como herética, uma
vida espiritual fria. cadavérica, onde o amor se esfria e congela os sentimentos
e endurece a consciência e o coração.
Primeiramente
quero verificar a palavra grega que a ACF (Almeida Corrigida e Fiel) traduziu
para o português como tempos “trabalhosos”, a palavra grega é “chalepoi” e
segundo vimos no léxico de Strong, se define assim:
5467 xalepós (um adjetivo, derivado de xaleptō ,
"oprimir, irritar", J. Thayer) - propriamente, irritantemente difícil
de suportar ( LS ); ferozmente difícil de
lidar por ser tão severo (até mesmo prejudicial).
Então aqui temos luz espiritual suficiente
para entender as implicações severas desses dias trabalhosos para os cristãos,
e que já estamos vivendo agora. Primeiro são dias de opressão espiritual
tremenda. Estamos sob ataque na linha de front, tanto física quanto espiritual.
Embora seja verdadeiro que não lutamos contra a carne e o sangue, se faz necessário
dizer que o diabo faz uso de seus instrumentos para oprimir a igreja de modo
que ela se enfraqueça contra o combate no reino espiritual. Aqui está uma tática
terrível. A igreja precisa se enfraquecer, os métodos que o inimigo usa é
destruir a convicção, tentar minar com os fundamentos. De certa forma, suas táticas
são as mais sutis, porém elas estão expostas nas Escrituras para nossa
advertência. Temos o caso de Balaão, por exemplo, o diabo usou meios físicos,
usando instrumentos carnais para corromper espiritualmente os israelitas. A
opressão, porém se dá de outras formas também, tendo em vista que as ideologias
prevalecem na sociedade e se enraízam cada vez mais nas instituições, tal fato
leva apenas para uma direção, uma igreja encurralada e oprimida pelas tendências
do nosso século, a pós modernidade é também o tempo da pós-verdade, do relativismo
moral da nova tolerância que não tolera o exclusivismo, mas o relativismo e
estamos nós dentro desse contexto social dos últimos dias. Dias trabalhosos
porque a igreja de Cristo sofre as mais duras sanções e está sendo espremida na
parede das proibições e amarrada com as mordaças do relativismo moral. Assim
esses dias trabalhosos serão dias difíceis de suportar justamente porque os
valores judaicos cristão estão sendo completamente rejeitados e atacados como
sendo de índole intolerante e fundamentalista, no termo mais pejorativo possível,
de modo que se promove um sentimento coletivo de que os cristãos bíblicos são
inimigos da sociedade vigente e do progresso e da paz mundial. A nova ordem que
se aproxima no limiar dessa era de trevas, é uma falsa de luz de esperança que
não permite em hipótese alguma competir com a
luz da glória do evangelho. Num mundo globalizado onde o sistema político
unificado permite um governo mundial, não haverá muito entusiasmo em proteger
os que se consideram inimigos da causa da “paz e do bem estar coletivo mundial” Digo com
pesar que de certa forma, nossa sociedade está sendo treinada a troca toda a
sua liberdade pela sua segurança, e de certo modo torna-se muito perigoso viver
agora no atual momento sem perceber o perigo dessa tendência maligna e estarmos
com a vida espiritual ajustada para nunca trocar nossa liberdade de amar a
Cristo e servir a Ele segundo as Escrituras por uma falsa segurança que o mundo
nos oferece em troca da fidelidade ao espírito do anticristo que já opera em nosso
meio sob as demandas de uma política de intolerância ao exclusivismo e uma
abertura completa ao relativismo moral.
Serão trabalhosos porque trarão
dificuldades, seremos oprimidos, recuados, abordados, perseguidos. Essa época será
distinta por causa do amor, mas não o amor a Deus, senão um amor egoísta, egocêntrico
ao extremo, a sociedade será composta na sua maioria de homens que pregam um amor
doentio, amor a si mesmos, serão amantes de si mesmos, de modo que de tão apostata
aspecto moral, isso se encaixa perfeitamente da redução de uma verdade ao indivíduo. É essa tendência filosófica que está predominando hoje em dia e se
estabelece como regra que define a verdade, a minha verdade é pessoa,, a outra
verdade oposta da outra pessoa deve ser respeitada como também legitima, porque
a verdade nada mais é do que uma expressão local, social, temporal e pessoal.
Não há absolutos em hipótese alguma, de modo que se um indivíduo crer ser uma
arvore, o deixe em paz se comportar como se fosse um vegetal, pois essa é a
verdade a nível pessoal e precisa ser respeitada como norma que estabelece uma
Nova religião mundial. A tese e a antítese devem se harmonizar, assim que se
oferece nada mais é do que o convite a cada cristão bíblico a se prostituir espiritualmente
com a mentira e o engano. Então numa situação tão delicada e extrema, a negação
a essa conjunção de idéias opostas, compromete a nossa segurança e nosso bem
estar no mundo que jaz no maligno.
Esse tempo será muito prejudicial para
nós cristãos, primeiro é que de fato, o pecado está muito próximo de nossos
olhos e mãos, a tecnologia coloca o pecado disponível com muita facilidade á
frente de cada ser humano. Nós estamos inseridos nessa era, a projeção deste presente
século é enorme, uma enorme demanda de iniqüidade que pode ser acessível a
qualquer um. Estamos dispostos a gastar muito tempo em oração de modo a
enfrentar a tentação e correr dela ao invés de correr ao encontro dela? Esse
tem sido o nosso dilema, cada um de nós está dentro do contexto que me refiro
aqui. Somos nós que estamos vivendo a era em que o entretenimento nos consome e
rouba nossa vida de oração e devoção, e estamos fracos porque não temos
reuniões de oração, não temos profundidade na nossa fé, e isso corresponde a
uma igreja fraca, uma espiritualidade fraca, e um cristão que tem uma
espiritualidade fraca não pode vencer tentações fortes. O resultado é uma
devastação espiritual sem precedentes na história, mão temos outra alternativa,
senão comparar o nosso tempo com os dias de Noé tal como advertiu o próprio Salvador
em Mateus 44:37 a 39.
Estamos caminhando para a direção que corresponde exatamente ao que lemos em Apocalipse 12:11: “E eles o venceram pelo
sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho, e não amaram as suas vidas
até a morte” Agora preste atenção, “não amaram as suas vidas até a morte”. Onde
está a coragem cristã que caracterizava os crentes antes de Constantino? onde
está a mesma coragem dos mártires que foi tão bem apresentado por John Fox no
seu livro que narra o martírio dos santos fiéis de todas as épocas da história da igreja? Onde está a coragem de um João Batista, que com a voz de um trovão
bradou contra um casamento ilícito quando a maioria dos cristãos hoje em dia
são favoráveis ao divórcio e ao segundo casamento? Um Batista que não se vende
diante da oportunidade de agradar os políticos quando ele tinha toda a oportunidade
de fazer com que seu ministério fosse levado pelas conveniências e interesses
pessoais, é uma expressão cada vez mais rara em nossos dias. Deus tenha misericórdia
de nós.
São dias trabalhosos por causa da
severidade das coisas malignas que ficam impregnadas na sociedade, é difícil com
relação anos mesmos, pois temos que usar o tempo de forma sabia, vigiar e ter
todo cuidado e prudência com relação a tudo. É difícil por causa da tendência humana
que cede as ideologias decorrentes desse declínio espiritual de multiplicação
de iniqüidade. A iniqüidade é sinalizada
pela adequação de todo mundo ao que é contrário a sensatez e tudo o que corresponde
oposição a vontade de Deus, assim a iniqüidade prevalece por causa do
sentimento de conformismo com as coisas erradas. Assim, inseridos nesse
contexto cultural e social, a dificuldade é tanto a nível pessoal quanto nos
relacionamentos, acredito que quanto mais se acentua a iniqüidade, mas o homem piedoso,
o cristão bíblico, tomará o rumo da solidão. Eu não defendo qualquer tipo de
monasticismo, apenas ressalto que em grandes épocas de crises espirituais
profundas, os santos acabam escolhendo a peregrinação solitária, as Escrituras
apresentam muitos exemplos de santos que tiveram que caminhar sozinho, porque
não se conformaram com as tendências culturais e espirituais de sua época,
Elias e Enoque são dois exemplos no Antigo Testamento que apontam para o
caminho santo da peregrinação solitária como conseqüência de uma escolha: a fidelidade
a Deus, é bem possível que a igreja do final dos tempos seja caracterizada por
uma boa quantidade de homens piedosos que estejam peregrinando por um caminho
estreito e solitário, tal como Jesus mesmo ensinou no Sermão da montanha “E
porque estreita é a porta e apertado o
caminho que conduz que leva a vida, e poucos há que a encontrem”(Mateus 7:14)
Paulo em II Timóteo 3:1 a 5 faz uma
abordagem bem clara sobre o comportamento desses indivíduos ímpios, e então
termina com a admoestação: “destes afasta-te”. O espírito santo clama pelo
afastamento dos santos quando o mundo está potencialmente corrompido, uma afastar-se
da sociedade que é composta na sua maioria por pessoas que evidenciam todos os
comportamentos denunciados por Paulo em II Timóteo 3:1 a 4. Mas não posso terminar aqui, isso pode significar
um afastamento de tudo aquilo que nos liga a essa sociedade, sugere um cuidado
como podemos ver em Salmos 1, há o conselho dos ímpios, o caminho dos pecados e
a roda dos escarnecedores. Isso fala sobre filosofias de vida comportamentos, o
outro fala sobre direção e inclinações e o outro sobre contexto cultural.
Como devemos enfrentar todas essas tendências,
esses dias difíceis que estamos vivendo agora? Ainda buscamos respostas no
contexto do capitulo 3 de II Timóteo, antes é necessário que se apresente a advertência
solene do apóstolo com relação a esses dias e o que eles podem trazer para os
cristãos: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus,
padecerão perseguições” (II Timoteo 3;12) qual a causa dessa oposição aos
santos nos dias difíceis? certamente é pelo fato dos cristãos bíblicos não
cederem as tendências malignas do século mau. Eles não concordaram com toda a
corrupção moral que no seu todo corresponde aos comportamentos demoníacos apresentados
em II Timóteo 3;1 a 4. O cristão não
deve ceder ao relativismo e nenhuma vã filosofia mundana, então segue alguns
conselhos de Paulo em II Timóteo 3 para enfrentarmos os dias difíceis;
Primeiro: II Timóteo 3:14. “Tu porém permanece
naquilo que aprendestes” aqui temos um grande principio, permanecer nos
absolutos divinos. A divindade e Salvação através de Cristo somente, inerrancia,
inspiração verbal e total e autoridade das Escrituras em assuntos espirituais e
teológicos, Salvação pela graça, retorno literal e triunfante de Cristo, morte vicária e ressurreição literal de Cristo e enfim, todas as doutrinas fundamentais da fé cristã.
Segundo: II Timóteo 3:10. “Tu porém tens
seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência”
Aqui temos outro grande conselho: que os santos sejam teu exemplo. Vá para as
Escrituras, olhe Daniel e seus amigos, como eles se comportaram na Babilônia?
Olhe para a vida de Elias, como ele se comportou diante da apostasia que
reinava na sua época? Olhe para Enoque e Noé, veja como era a situação cultural
e espiritual daquela civilização e como eles se comportaram dentro dela, estude
Hebreus 11 e veja cada um daqueles apresentados na galeria dos heróis da fé,
estude a vida de cada um deles e tome para si o exemplo de suas vidas e comportamentos
e devoção, a fidelidade diante de tempos difíceis e cada um deles venceram.
Quando Paulo apresenta esse conselho para Timóteo, que siga o exemplo de Paulo,
vemos no seu todo o exemplo de cada homem santo que enfrenta dias difíceis e
de severidades extremas como o apostolo na época de Nero.
Terceiro: II Timóteo 3:15. “As sagradas
Escrituras, que podem fazer-te sábio para salvação, pela fé que há em Cristo
Jesus” os últimos versículos concluem a importância das Escrituras. Uma igreja
que prega a bíblia de modo correto, que valoriza mais a exposição das
Escrituras do que a musica, o entretenimento etc. Uma igreja que tenha pregadores íntegros e bem formados
teologicamente, são regras fundamentais para se viver debaixo da proteção do Espírito Santo, pois em época de trevas espirituais, as Escrituras nos fornecem
a luz necessária para não tropeçarmos nas heresias que precedem a apostasia.
Sigamos esses três conselhos, pois eles nos fornecem os recursos espirituais necessários
para vivermos no presente século com sobriedade e possamos vencer as tendências
e permanecermos firmes diante dos confrontos que ainda temos que enfrentar.
Amém
0 comentários:
Postar um comentário