As descrições da Grande Babilônia
de Apocalipse 17 e 18 são fantásticas, elas sugerem um sistema que cativa para
enganar. Aqui está uma marca distinta do grande enganador, sendo que a grande Babilônia
tem a sua matriz no próprio satanás e suas profundezas (Apocalipse 2:24), é por
si mesmo um sistema corrupto que não apresenta qualquer perigo visível aos
olhos mundanos, sejam eles de cristãos ou não. Todo o processo de engano mais
perigoso é também mais oculto, é necessário
que se tenha um bom discernimento bíblico para não ser enganado . (II Coríntios
11:14) O livro de Apocalipse apresentam duas
revelações distintas, em suas paginas encontramos a glória e a santidade
de Cristo em sua plenitude, o poder de Deus é apresentado de forma colossal.(I Coríntios
2:10) Por outro lado encontramos também as profundezas de satanás, a malignidade
e o engano em suas expressões mais extremas. A identidade da antiga serpente é
desvelada: O diabo engana todo mundo. (Apocalipse 12:9) Toda a arte do engano
pode ser observada dentro de Apocalipse 17 e 18. Todo o desempenho do engano
pode ser visto nas suas dimensões mais profundas. Há algo terrível do engano
babilônico, ela cativa e cega até mesmo o profundo do coração humano. Assim uma
mistura de coisas certas e erradas, todo o aparato de coisas boas e comercio,
religião e esoterismo estão dentro desse sistema. Ele é um sistema todo
inclusivo, relativista e pragmático, voltado aos prazeres e os resultados da
satisfação humana, além de portar um orgulho muito fenomenal por causa de suas
vantagens e prosperidades. A Babilônia representa tudo àquilo que anela o
coração mundano e oferece tudo o que deseja o coração sem Cristo
A Babilônia de Apocalipse é completamente
anticristã, essa é uma característica básica desse sistema, desde o principio é
assim, era arrogante (Isaias 14:13 e 14)
parecia ser imponente e cheia de cobiça (Isaias 47:1 a 5 e Jeremias 51:13) era
extremamente idolatra (Jeremias 50:38) mas também escondia um espírito aterrador,
cruel e sanguinário (Isaias 47:17 Jeremias 51:25 Habacuque 1:7 a 9) não
significa que ela será oposta à religião ou sistemas que se aderem a ela. Ela
será contra o cristianismo bíblico. Há uma particularidade da Grande babilônia
descrita por Benjamin Newton, descrita no livreto “O Sistema Babilônico - A
supremacia do comercio” que se encaixa perfeitamente na cristandade atual, principalmente
de origem carismático, com o orgulho arrogante e o comercio simônico. Vendas e
comercialização de “dons” o comercio de “indulgencias” promovendo superstições,
idolatrando lideres, promovendo experiências que emergem das profundezas do
gnosticismo, etc.
Em Apocalipse 17:6 João ficou
admirado ao ver esse sistema, a grande Babilônia. A palavra grega traduzida por
admiração aqui é “thauma” e significa uma admiração por espanto. Essa é a
reação do cristão bíblico. (Efésios 5:11 II Pedro 3:17 com Filipenses 1;28) Ele
se espanta com o sistema que surge no cenário mundial. A babilônia antiga era
uma cidade, depois de destruída ela tornou-se um sistema. Assim como Jezabel
era uma mulher maligna e depois se tornou um sistema maligno de falsos profetas
ou ainda como Balaão, o profeta mercenário misterioso que depois se tornou um
sistema doutrinário como observamos em Apocalipse 2:14 e 20. Há um
discernimento no coração do cristão bíblico, e ele olha e vê que o cenário onde
se assenta o sistema babilônico causa espanto admirável. Ele vê as pessoas
hipnotizadas, manipuladas. O cenário é lindo, encantador, as oportunidades e as
riquezas amortecem o senso moral do mundo, a feitiçaria e o engano são
tentáculos invisíveis, as algemas não são vistas pela percepção comum. O que a Babilônia
oferece é um encantamento, e as pessoas, mesmo aquelas que parecem ser tão
piedosas, mas não são essencialmente bíblicas e regeneradas, ficam atônitas e
hipnotizadas por esses encantos maravilhosos. É uma pragmágica (1), ou melhor,
um pragmatismo mágico, que encanta e engana. Tudo parece bonito e agradável,
mas é carnal e diabólico, parece espiritual, mas não é, pois é puramente a mágica
maligna do engano na sua forma mais eficaz (Gálatas 5:20 com I Samuel 15:23) Há
uma série de coisas preciosas com simbologias sacramentais como azeite, vinho,
ungüentos, incensos e ovelhas dentro da babilônia. (Apocalipse 18:13) Uma
cegueira religiosa é bem mais terrível do que a incredulidade, a falta de
discernimento é tão trágica quanto a escuridão espiritual. Os inimigos mais
ferrenhos de Cristo foram pessoas estritamente religiosas. (Mateus 23) Eram zelosos, apegados a letra da lei, porem
foram opostos a mensagem de Cristo. O Salvador bendito denunciou que eles eram
como sepulcros caiados, mantinham uma aparência externa, porem um interior
corrompido. Assim também uma falta de discernimento compromete toda a visão daqueles
que olham para o atual cenário religioso. Muitos presenciam desvios morais e
escândalos, apostasia e as mais devastadoras heresias, sem, contudo reagir com
espanto. Não conseguem ouvir a voz do bom pastor que diz. “Sai dela povo meu,
para que não sejas participante de seus pecados” (Apocalipse 18:4)
Não sabemos se de fato que foi
construída uma Babilônia literal no vale de Sinear, sua origem é babel, e
representa a rebelião contra o governo divino (Genesis 10:8 a 12), porém a Babilônia
espiritual como um sistema é uma realidade hoje. Entendemos que a força propulsora, as mãos
que forjam o sistema babilônico é a avareza, sensualidade, ocultismo, crendices,
superstições e experiências “pragmágicas”. A idolatria pelo dinheiro. (Colossenses
3:4) Que as riquezas e o poder sempre cativaram o coração humano, não há duvida
disso.(Tiago 5:2) Mas que uma ênfase apaixonada pela prosperidade pé a alma do
negocio babilônico, não temos qualquer duvida. Seu centro gira em torno de duas
coisas, a prosperidade e o amor ao dinheiro, a idolatria materialista e o
êxtase místico. Sim, o materialismo místico.
Há uma abundância de delicias que a Babilônia promove (Apocalipse 18:3),
mas também nos é revelado que todas as
nações foram enganadas por suas feitiçarias (Apocalipse 18:23). Uma mistura de
prosperidade promovendo idolatria ao dinheiro, e um misticismo ocultista será comum
na sociedade influenciada por esse sistema vil, mágico e abominável. (Isaias
47:12) É exatamente isso que vimos hoje! Uma promoção de hedonismo do humanismo
e a ênfase a experiências ocultistas e espiritualistas somado a isso, um amor
ao dinheiro o relativismo moral e outras tendências puramente egocêntricas que
causarão a ruína social, pois ao apoiar-se em sistemas mundanos e diabólicos, o
homem entregar-se-á ao pai da mentira
(João 8:44) e a sua própria natureza depravada (Romanos 1:21 com 3:4). Ih, como
vimos hoje essa tendência O tema
recorrente será prosperidade, dinheiro, riquezas, e isso promoverão a vida
regalada, a luxuria, o egoísmo, a simonia etc. Essa característica não somente
é predominante na sociedade secular moderna, como também dentro da
cristandade. Numa sociedade tecnológica
onde a informação corre a velocidade da luz, muitos pregadores usaram da
tecnologia para promoverem um evangelho materialista, usando do comercio
religioso, uma mensagem que mistura cristianismo, metafísica, ocultismo,
espiritualismo. Em pouco tempo toda a cristandade ocidental foi tomada por uma
nova onda de ideais puramente especulativos, terrenos e materialistas,
culminando em novas doutrinas de tendências esotéricas, espiritualistas, cuja influencias
vem do gnosticismo, espiritismo, metafísica do novo pensamento, nova era,
psicologia, e misticismo medieval etc. (Mateus 24:12 Lucas 13:27 II
Tessalonicenses 2:12 I João 5:17)
Hoje, a grande ênfase é sobre o
dinheiro, o amor ao dinheiro, a idolatria ao materialismo infectou a
cristandade atual.(Mateus 24:38) Essa é a cultura do consumismo desenfreado.
Estamos vivendo uma prosperidade no mundo ocidental como nunca. As instituições religiosas cresceram muito e
com esse crescimento a demanda de dinheiro promovem os escândalos e os desvios
morais mais vergonhosos. OO Pedro 2:1 a 3)A religião mercenária é idolatra e o
dinheiro é a divindade de seus ministros. Essa é uma característica distinta da
Babilônia de Apocalipse 17 e 18, e parece ser uma força maior dentro das instituições
da cristandade do que em quaisquer outros setores da sociedade ocidental. Na
mistura do comercio com a falsa piedade, as estruturas se corrompem por dentro.
Uma das coisas mais difíceis de controlar são os instintos pecadores do homem,
avareza, sensualidade, orgulho etc. Tudo isso é promovido por uma sociedade
consumista e idolatra ao dinheiro, hedonista, que amam a si mesma (II Timoteo
3:1 a 5). O sistema babilônio parece agora ganhar corpo, e será uma realidade dominante
em nossa cultura, e a maior parte da cristandade está dentro dela, sorvendo das
suas idéias, tradições, costumes e praticas. O espetáculo religioso promovido é
cativante, essa mistura mística de religião humanista, espiritualismo e
materialismo embriaga, provoca intoxicação espiritual e letargia, contagia o mundo e destrói toda sensibilidade
espiritual. Não é por menos que o clamor aos filhos de Deus, verdadeiramente
redimidos é que saiam dela. Porque esse clamor? Porque a maior parte da igreja
pós-moderna foi engolida e contaminada por esse sistema religioso mercenário.
(1) Pragmágica,
é um termo cunhado pelo autor, para descrever um sistema que una conceitos pragmáticos
e mágicos. Assim, se desenvolve o conceito filosófico de que a experiência
espiritualista enraíza o coração humano no erro, esse é o ápice da religião
humanista. Assim, pela experiência, adota-se o sentido exercitado de que se não
há um resultados, não é verdadeira, se não concede prazer e desfrute terreno,
não procede de algo favorável ao coração humano.
Clavio J. Jacinto
Clavio J. Jacinto
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