A Graça de Deus e Não Nossos Méritos



É um grande descanso para a alma, saber que a graça de Deus e não nossos méritos contam para a salvação. “Não pelas obras da justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação no Espírito Santo” (Tito 3:5 veja também Efésios 2:8 e 9) as obras não fortalecem a graça, não podemos depender das obras para firmar a graça,  não é méritos salvíficos em nossas boas ações embora de certa forma, eles possam ser evidencias de que a graça opera em nós “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10) perceba na declaração de Paulo que as boas obras que fizemos foram preparadas pela vontade de Deus e não pela nossa vontade. Assim a glória das boas ações dos santos é o operar do Espírito de Deus no espírito do homem regenerado. Deus preparou, não o homem, por isso a graça nos possibilita o agir de Deus de modo soberano após a salvação, assim como é pelo poder soberano da graça divina que somos salvos. Nós precisamos de uma ressurreição espiritual (Efésios 2:1) É o Senhor que nos fortalece na graça (I Timóteo 1:12) e assim, nessa bendita condição, o poder de Deus (Efésios 6:10) nos capacita a dizer juntamente com Paulo:  “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Filipenses 4:13) mais uma vez, entenda que é Cristo quem nos fortalece. Não há como vencer espiritualmente pelos nossos méritos pessoais, a graça é uma continuidade operacional no homem convertido até o fim da jornada cristã nesse mundo. (I Coríntios 9:8) ele vence o mundo, permanece salvo, porque o Senhor o guarda. Isso pode ser um insulto para o coração religiosamente orgulhoso. Mas é um fato, devemos crer nisso “E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre amém” (II Timóteo 4:18) por isso, devemos nos fortalecer, não na confiança nas nossas boas obras, não devemos sustentar uma esperança espiritual em nossos próprios méritos, devemos sim, nos fortalecer na graça que há em Cristo Jesus (I Timóteo 2:1) A graça é uma doutrina eficaz contra o orgulho humano, e nossa salvação é sustentada única e exclusivamente pela graça divina (Tito 2:11 a 15)

“A graça divina é o soberano e salvador favor de Deus exercido na dádiva de bênçãos a pessoas que não têm em si mérito nenhum, e pelas quais não se exige delas nenhuma compensação. Não apenas isso, é ainda mais; é o favor de Deus demonstrado a pessoas que, não só não possuem merecimentos próprios, mas são totalmente merecedoras do inferno. É completamente imerecida, não é procurada de modo nenhum e não é atraída por nada que haja nos objetos aos quais é dada, por nada que deles provenha, e tampouco pelos próprios objetos. A graça não pode ser comprada, nem obtida, nem conquistada pela criatura. Se pudesse, deixaria de ser graça. Quando dizemos que uma coisa é "de graça", queremos dizer que seu recebedor não tem direitos sobre ela, que de maneira nenhuma ela lhe era devida. Chega-lhe como pura caridade e, a princípio, não solicitada nem desejada.”(Os Atributos de Deus. A. W. Pink Pagina 50)

Conclusão: O paganismo e os apostatas confiam em seus méritos,  a obra consumada e perfeita de Cristo para eles não é suficiente. Há certas heresias predominantes na cristandade que são verdadeiros insultos a graça de Deus, ou melhor, trata-se de outros evangelhos. A salvação não depende de dízimos e ofertas alçadas, não depende de seus sacrifícios devocionais, não depende de suas boas intenções, nem da reforma do seu caráter, não depende da sua caridade, a salvação é uma obra exclusiva da graça de Deus, só ela é eficiente, porque está alicerçada na redenção de efetuada na cruz, quando Cristo morreu e ressuscitou literalmente para nos conceder o perdão dos pecados mediante a satisfação da justiça divina.

Autor: Clavio J. Jacinto

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