Ecumenismo e o Sentimento de Confraternização Universal com o espírito erro




 

O Ecumenismo, como afirmava o saudoso pastor Aníbal Pereira Reis, é uma tática política antiga, remonta a era dos césares romanos, que tinham o objetivo de unificar o reino político sob a universalização de uma religião sincretista, representada no sistema universalista do Pantheon, a união de todas as crenças e deuses.

Isso significa uma tolerância com todas as heresias e desvios, não significa evitar os hereges, mas a consolidação de uma comunhão de opostos, uma aberração travestida de unidade para a paz, mas, na verdade o que está por trás é o oposto, é a argumentação de massacrar e assassinar todos os opositores. Cristãos cegos, simpatizantes da causa não entendem sobre essa armadilha. (E já vimos isso de forma descarada no comportamento de muitos evangélicos na ocasião da morte do Papa)

Aníbal Pereira Reis ainda explica: “Em 325, Constantino, convocou e presidiu o concílio de Niceia, o primeiro concílio ecumênico. Durante a sua celebração efetivou-se oficialmente a instalação do catolicismo quando o imperador atribuiu o nome católico (N. A. Universal no sentido ecumênico, a sucção de todos os elementos da cristandade da época num único caldeirão sob a liderança de um pontificado) ao grande grupo dos cristãos nominais, adesistas da sua política ecumênica” (Consolidação do ideal veio mais tarde no Cânone Vicentino no século V)

A universalização da cristandade foi impulsionada por sistema rígido de domínio, perseguição e intolerância contra todos os outros grupos que não aderiram ao sistema imperialista que vai se consolidar posteriormente como um “sacro” império romano. (N. A. Judeus, valdenses, cátaros, etc.) Muitos reis europeus na era dos navegadores tinham em mente expandir o “reino de Deus” estabelecido na terra pela igreja católica, a universalização da cristandade, Nigel Cliff, no seu magnífico livro “Guerra Santa, Como as Viagens de Vasco da Gama Transformaram o mundo”(Globo Livros) mostra de maneira magistral e bem documentado, como essas explorações marítimas para a expansão do suposto “reino de Deus” provocou extermínios e o genocídio de comunidades muçulmanas, o termo “guerra santa” provavelmente se origina nessa cristandade apostata, não entre os militantes Islâmicos atuais.

O adjetivo católico foi uma ideia constantiniana, no Novo Testamento o termo nunca é aplicado a igreja, somente as epístolas que foram escritas para serem lidas em todas as assembleias locais.

Assim como o ecumenismo não é uma ideia estabelecida no Novo Testamento, Paulo apelou mais para a separação dos hereges do que uma unidade com eles.

 

As igrejas eram locais, nunca foram chamadas de católicas e universais, Das 73 vezes que é mencionada no Novo Testamento, nunca está associada ao adjetivo mencionado, mas a cidade onde está localizada

 

“A Igreja de Deus que está em Corinto” (I Coríntios 1:2)

 

“A igreja que está em sua casa” (Colossenses 4:15 veja também Filemon 1:2)

 

“Igreja dos Tessalonicenses em Deus” (II Tessalonicenses 1:1)

 

“A igreja em Esmirna” (Apocalipse 2:8)

 

“A igreja que está em Pérgamo” (Apocalipse 2:12)

 

“A Igreja que está em Tiara” (Apocalipse 2:18)

 

“A Igreja que está em Sardes” (Apocalipse 3:1)

 

“A Igreja que está em Efeso” (Apocalipse2:1)

 

“A igreja que está em Filadélfia” (Apocalipse 3:7)

 

“a igreja que está em Laodiceia” (Apocalipse 3:14)

 

Mas o leitor pode perguntar, mas o autor aos Hebreus não menciona a universal assembleia dos santos? (Hebreus 12:23 ACF) O contexto é claro que não se trata de organização institucionalizada, não é um tratamento ecumênico, mas uma abrangência total de todos os salvos nos registros celestiais, e futuramente em uma unidade de redimido de todos os tempos. Portanto, devemos entender que o contexto de Hebreus é outro, a ideia é de uma assembleia solene onde reúne todos os salvos num evento singular.

 

“Igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (I Timoteo 3:15)

O movimento ecumênico ganhou força a partir do concílio Vaticano II, protestantes também tomaram iniciativas de uma unidade, na verdade, um retorno. H. L. Heijkoop no seu Livro “O Porvir” na página 51, após discorrer acerca do fim dos tempos, fala acerca da possibilidade do retorno de protestantes ao seio do catolicismo (Mais uma vez, um dispensacionalista vendo o futuro com acerto!)

Veja a Sua declaração: “Que a grande prostituta representa o cristianismo nominal é um fato suficientemente claro. Roma terá a direção. Será possível o regresso do protestantismo ao seio da igreja madre?” (O Porvir. H L. Heijkoop Deposito de Literatura Cristã. Lisboa. 1981 Pagina 51)

Não é admirável que o progressismo, a teologia da libertação, o marxismo cultural, ganhe cada vez mais aceitação dentro do neoevangelicalismo?

Há todo um processo de envernização do engano, como foi na época de Constantino, atualmente esta sedução vem em forma de “justiça social”, em “Ecumenismo O Retorno para Babel” (Actual Edições), Michael Urban, afirma: “O que o movimento ecumênico busca a proteção da natureza e a justiça para todos. Seu sonho é ver as pessoas juntas em harmonia, estabelecendo a união entre o cristianismo e as demais religiões” (Pagina 78) É obvio! Perseguindo como inimigos de “Estado” desse tão “elevado” ideal, aqueles que discordam da pauta política/ecumênica! Como a resistência antinazista alemã foi perseguida por ir contra os ideais “elevados” da implantação de uma era áurea milenar defendida pelo III Reich.

Os ministros de Satanás se transfiguram em ministros de justiça, essa é a grande jogada de satanás para os últimos tempos, e todos os cegos espirituais serão seduzidos por esse discurso dourado que enganação generalizada.

Hoje vimos como sociedades biblicas produzem bíblias oriundas do texto critico, tendo ampla aceitação do catolicismo, como uma forma de crenças compartilhadas e unidade religiosa. E essa aceitação ocorre de forma descarada por cristãos que se dizem conservadores, a unidade de versões bíblicas de aceitação universal é um passo gigante para estabelecer um movimento ecumênico.

 

 

C. J. Jacinto

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