A Diferença entre Fé Relacional e Crença Subjetiva
C. J. Jacinto
Existe uma distinção fundamental
entre o conhecimento conceitual de uma divindade, obtido através da mera
compreensão intelectual, e o conhecimento espiritual, derivado de um
relacionamento íntimo com o Deus revelado nas Escrituras. Este último é
consequência do amor incondicional a Ele, manifestado por meio da obra
redentora e perfeita de Jesus Cristo na cruz. Nas Escrituras, Jesus Cristo é
apresentado como o único mediador pelo qual podemos conhecer e nos relacionar
com Deus. Em Oseias, capítulo 6, versículo 3, o profeta exorta:
"Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor". Em João, capítulo
17, versículo 3, a vida eterna é definida como o conhecimento de Deus, o único
Deus verdadeiro, e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Portanto, o conhecimento
espiritual, em sua essência, implica em um relacionamento com Deus,
estabelecido e mantido de acordo com os princípios revelados nas Escrituras,
que nos capacitam a compreender a natureza profunda e dinâmica dessa conexão
espiritual com o Deus revelado.
Atualmente, o conhecimento sobre a fé
religiosa é limitado, e a crença em Deus, em muitos casos, é superficial,
frequentemente motivada por interesses pessoais. A cristandade, em certa
medida, desenvolveu uma visão utilitarista da divindade. Na maioria das igrejas
contemporâneas, com raras exceções, os fiéis buscam um deus que lhes sirva. A
motivação principal não é servir um Deus soberano, mas sim obter bênçãos e
satisfazer interesses pessoais, materiais e egoístas. A adoração e o serviço a
um Deus soberano e majestoso, por si só, parecem não ser o foco principal.
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