O poder
anticristão atua no mundo usando seus instrumentos de disseminação de vãs
filosofias que envenenam a sociedade de modo que corrompe o mundo. Desde cedo
surgiu o debate sobre a questão: é o individuo que corrompe a sociedade ou a
sociedade que corrompe o individuo. Ora, a idéia de que um individuo não é
responsável porque a culpa é da sociedade que o corrompeu, é extremamente
diabólica, pois tira a responsabilidade do individuo e coloca nos outros. Foi
exatamente isso que ocorreu na queda, a culpa é do outro. De modo simples pode ser refutada a idéia
diabólica de que é a sociedade que corrompe o individuo, essa artimanha é um
sofisma, porque na essência toda a sociedade é composta de indivíduos, então a
força motriz da sociedade, o centro e o veiculo pelo qual ela se fundamenta e
um grupo de pessoas, e para que ela seja corrompida, seus integrantes devem
interagir para corrompê-la. Assim a
sociedade é feita de pessoas corrompidas, que a usam como um sistema
operacional para corromper outros indivíduos. Essa é a maneira correta de ver o
mundo, homens corrompidos se unem para elaborar e eguer uma sociedade
corrompida, e então o sistema opera para corromper ainda mais pela ação
decadente. É verdade que vemos uma sociedade bem corrompida na época do dilúvio
(Genesis 6 e Mateus 24:37 a 39) é uma sociedade composta de pessoas, e pela
decadência moral e e spiritual consegue induzir os outros ao erro e a apostasia
social e moral. Em Sodoma e Gomorra, vimos como a sociedade é corrompida e
então deseja que por meio dos indivíduos dos quais ela é composta, interajam
para manter um relacionamento anormal com os visitantes celestes que foram até
a casa de Ló, a sociedade tentando corromper o individuo, essa é a noção
bíblica de ver as coisas como ela de fato são! Não o contrario. As idéias
malignas se prolferam sobre o mundo, ele jaz no maligno, o príncipe da
postestade do ar opera nos filhos da desobediência (Efesios 2;1 e 20 e então o
resultado é uma geração maligna, uma sociedade corrompida. Outra força maligna
que vem ganhando mais e mais força é a tática do pensamento de Maquiavel. Na
essência, a idéia é que os fins justificam os meios, o que de fato é um erro,
um só vesiculo das Escrituras é suficiente para demolir toda a idéia quye
podemos fazer uso de uma coisa errada para se chegar aum fim justo. O apostolo
Paulo em Romanos 3:8 faz uma declaração absolutamente anti-maquiavélica:
Façamos males para que venham
bens? A condenação desses é justa
Sejamos
sensatos, pois jamais podemos fazer uso de meios ilícitos para se chegar ás
coisas licitas. Na moral cristã, a equidade é o meio pelo qual se chega a
conclusão obvia e sensata: fins justos por meios justos somente. O filosofo
italiano impregnou o mundo com suas idéias, algume defende que o contexto que
ele escreveu era um cenário puramente político, e precisava ser assim num
sistema mundano. Aocntece que agora, depois de muitos séculos, as idéias de
Maquiavel se disseminaram e entraram inclusive na cristandade, de modo que sua
política de “os fins justificam os meios’ não somente corrompeu a cristandade
mas ainda permanece como técnica para manter o sistema religioso em
funcionamento, eis a grande e terrível manifestação do poder do anticristo,
pois de fato, essa técnica de fazer política e gerencia a sociedade, estará em
vigor durante a grande tribulação.
A
concepção de Estado, Governo e poder em Maquiavel:
Nicolau
Maquiavel (1469-1527), historiador e filósofo político italiano. Durante sua
carreira como assessor dos governos de Florença, Maquiavel tentou criar um
Estado capaz de enfrentar os ataques estrangeiros, garantindo a soberania. Sua
obra aborda os princípios nos quais o Estado deve se basear bem como os meios
necessários para reforçá-lo e mantê-lo. Seu livro mais famoso, O Príncipe
(escrito em 1513 e publicado em 1532), descreve o método pelo qual o governante
pode adquirir e manter o poder público. O maquiavelismo como doutrina tem sido
utilizado para descrever os princípios do poder público a partir da máxima
"o fim justifica os meios".
Teria lido clássicos italianos e
latinos na infância e adolescência, aprofundando posteriormente esse estudo
para ilustrar as teorias de dominação defendidas em suas obras.
Na idade adulta, o primeiro grande pensador da Idade Moderna gostava dos versos
de Dante e de Petrarca para mergulhar “na leitura de seus amores” e recordar as
próprias paixões. Vez por outra, lia ainda Ovídio e Tíbulo, considerados por
ele “poetas menores”
Estadista, escritor e gênio revolucionário da política, na opinião de uns;
crápula que inspirou atos monstruosos a tiranos na conquista ou na manutenção
do poder, na visão da maioria.
O Príncipe ou Dos
Principados, obra que revolucionou a teoria do Estado e
criou as bases da ciência política moderna: “Gênio da política, Maquiavel
inaugurou a astúcia inescrupulosa como método de governo, por detectar e
sistematizar pioneiramente a amoralidade peculiar à conquista e ao exercício do
poder”.
As repúblicas nascem com o
surgimento das cidades e, assim, constituem três espécies, que são: a
monarquia, aristocracia e despotismo. Três que podem evoluir para o despotismo,
oligarquia e anarquia, respectivamente. É claro, neste ponto, o pessimismo de
como a sociedade é vista por Maquiavel: é a dialética de dois termos, que trata
da sucessão entre ascendência e decadência, a formar um ciclo vicioso.
Maquiavel acredita, ainda, que todos princípios corrompem-se e degeneram-se, a
ser possível ser corrigido somente via acidente externo (fortuna) ou por
sabedoria intrínseca (virtu).
O Estado é, então, definido
como o poder central soberano; é o monopólio do uso legítimo da força, como
diria Weber. As leis são estabelecidas nas práticas virtuosas da sociedade e
com o cuidado de não repetir o que não teve de êxito. Por isso, é dito que não
há nada pior do que a deixar ser desrespeitada. Se isso ocorrer, tornar-se
clara a falha do exercício do poder de quem a corrompe. Em contrapartida, em se
tratando de Estado, tudo é válido, desde a violação de leis e costumes e tudo
mais que for necessário para atingirem-se as conseqüências visadas: os fins
justificam os meios.
Nessa visão de poder do Estado,
é clara a importância da religião, pois em nome dela são feitas valer muitas
causas em favor do Estado. A religião é, sob a visão de Maquiavel, um instrumento
político-é usada de modo a justificar interesses os mais peculiares e, também,
como conforto à população, que anda sempre em busca de ideais, a estar disposta
até mesmo a conceder sua vida em busca destes.
O êxito de uma república,
consoante o autor, pode ser estrategicamente obtido através da sucessão dos
governantes. Se se intercalar os virtuosos com os fracos, o Estado poderá
manter-se. Mas, se, diferentemente, dois ruins sucederem-se, ou apenas um, mas
que seja duradouro, a ruína do Estado será inevitável, já que, desse modo, o
segundo governo não poderá utilizar-se dos bons frutos do governo anterior.
Destarte, cita a importância das repúblicas, já que nela os próprios cidadãos
escolhem seus governantes, de modo a aumentar a chance de ter-se, consecutivamente,
bons governos.
Com relação à política de
defesa, onde há pessoas e não um exército é notado uma clara incompetência por
parte do soberano, pois é de sua exclusiva competência formar um exército
próprio para a defesa da nação. É, também, de extrema importância saber-se a
hora própria para instituir-se a ditadura, que, em ocasiões excepcionais, é
necessária a fim de tomarem-se decisões rápidas, a dispensar, assim, consultar
as tradicionais instituições do Estado. Contudo, ela deve-se instituir por
período limitado, de modo a não se corromper e deve existir até quando o motivo
o qual a fez precisar-se for eliminado. Após uma análise teórica e comparativa
- em termos históricos - é colocada ainda a importância da fortuna, a qual tem
contingência própria e o poder de mudar os fatos. Assim, o autor define o papel
do homem na história: desafiá-la.
Com base na teoria do
equilíbrio, conclui-se, então, que o ideal é que se estabeleça um meio termo
entre as formar de governo a serem adotadas, a observar-se que a combinação das
já existentes pode mostrar-se muito mais eficiente. A forma que se é
administrado um Estado deve adaptar-se ao seu contingente populacional, e não
as pessoas às suas leis.
Em sua
obra "O Príncipe", Nicolau Maquiavel mostra a sua preocupação em
analisar acontecimentos ocorridos ao longo da história, de modo a compará-los à
atualidade de seu tempo
"O
Príncipe" consiste de um manual prático dado ao Príncipe Lorenzo de Médice
como um presente, o qual envolve experiência e reflexões do autor. Maquiavel
analisa a sociedade de maneira fria e calculista e não mede esforços quando
trata de como obter e manter o poder.
As
principais idéias de Maquiavel:
-A suprema obrigação do governante é manter o poder e a segurança do país que
governa, ainda que para isso ele tenha que derramar sangue.
(Os fins justificam os meios).
-A conduta do príncipe ( governante) deve
ser de acordo com a situação. (Se a ocasião exigir que mate alguém, assim o
deve fazer).
-Não importa o que o governante faça em seus
domínios, desde que seja para manter-se com autoridade.
-O príncipe (governante) não precisa ter
qualidades, mas sim deixar parecer ao povo que ele tem. (Ele deve ser “falso”).
-Todas as pessoas são movidas
exclusivamente por interesses egoístas e ambições de poder pessoal. (O
governante deve manter-se alerta com todos).
-A natureza humana é corruptível e, por isso, a razão humana é sempre uma razão
pragmática, calculista e utilitarista. Por isso, o ser humano é capaz de
corromper sempre que os desejos se sobrepõem. (Sempre que alguém tiver o desejo
e uma oportunidade de roubar assim o fará).
-O governante nunca deverá confiar na
lealdade dos seus súditos. (Todos os indivíduos são corruptíveis).
-O governante deve supor que todos os
homens são potencialmente seus rivais e, por isso, deve tratar de lançar uns
contra os outros em proveito próprio. (Todos são seus adversários políticos).
-O governante deve fazer o mal todo de uma
única vez, e o bem aos poucos para que se esqueça do mal que foi feito e lembre
sempre do bem.
-Para o governante, é melhor ser
considerado como miserável do que como gastador.
-Um Estado tem que se expandir e
desenvolver ou cair na ruína.
-Enfim, as idéias de Maquiavel fizeram da
política ou a arte de governo uma função totalmente separada da ética e da
moral, ou seja, a política deve ser um fim em si mesmo.
Concepção
de Política em Maquiavel
Política:
pela primeira vez é mostrada como esfera autônoma da vida social
Não é
pensada a partir da ética nem da religião: rompe com os antigos e com os
cristãos
Não é
pensada no contexto da filosofia: passa a ser campo de estudo independente
Vida política: tem regras e dinâmica independentes de considerações privadas,
morais, filosóficas ou religiosas
Política:
é a esfera do poder por excelência
Política:
é a atividade constitutiva da existência coletiva: tem prioridade sobre todas
as demais esferas
Política
é a forma de conciliar a natureza humana com a marcha inevitável da história:
envolve fortuna e virtu.
Fortuna:
contingência própria das coisas políticas: não é manifestação de Deus ou
Providência Divina
Há no
mundo, a todo momento, igual massa de bem e de mal: do seu jogo resultam os
eventos (e a sorte)
Virtu:
qualidades como a força de caráter, a coragem militar, a habilidade no cálculo,
a astúcia, a inflexibilidade no trato dos adversários
Pode
desafiar e mudar a fortuna: papel do homem na história.
Concepção
de Estado em Maquiavel
Não
define Estado: infere-se que percebe o Estado como poder central soberano que
se exerce com exclusividade e plenitude sobre as questões internas externa de
uma coletividade
Estado:
está além do bem e do mal: o Estado é
Estado:
regulariza as relações entre os homens: utiliza-os nos que eles têm de bom e os
contém no que eles têm de mal
Sua
única finalidade é a sua própria grandeza e prosperidade
Daí a
idéia de "razão de Estado": existem motivos mais elevados que se
sobrepõem a quaisquer outras considerações, inclusive à própria lei
Tanto
na política interna quanto nas relações externas, o Estado é o fim: e os fins
justificam os meios
"O
Príncipe": não se destina aos governos legais ou constitucionais
Questão:
como constituir e manter a Itália como um Estado livre, coeso e duradouro? Ou
como adquirir e manter principados?
A
tirania é uma resposta prática a um problema prático
"O
Príncipe": não há considerações de direito, mas apenas de poder: são
estratégias para lidar com criações de força
Teoria
das relações públicas: cuidados com a imagem pública do governante
Teoria da cultura política: religião nacional, costumes e ethos social como
instrumentos de fortalecimento do poder do governante
Teoria
da administração pública: probidade administrativa, limites à tributação e
respeito à propriedade privada
Teoria
das relações internacionais:
Exércitos
nacionais permanentes, em lugar de mercenários
Conquista,
defesa externa e ordem interna
A
guerra é a verdadeira profissão de todo governante e odiá-la só traz
desvantagens.
A obra é dividida em 26
capítulos, que podem ser agregados em cinco partes, a saber:
*capítulo I a XI: análise dos
diversos grupos de principados e meios de obtenção e manutenção destes;
*capítulo XII a XIV: discussão
da análise militar do Estado;
*capítulo XV a XIX: estimativas
sobre a conduta de um Príncipe;
*capítulo XX a XXIII: conselhos
de especial interesse ao Príncipe;
*capítulo XXIV a XXVI: reflexão
sobre a conjuntura da Itália à sua época
Na primeira parte (cap.I a XI),
Maquiavel mostra, através de claros exemplos, a importância do exército, a
dominação completa do novo território através de sua estadia neste; a
necessidade da eliminação do inimigo que no país dominado encontrava-se e como
lidar com as leis preexistentes à sua chegada; o consentimento da prática da
violência e de crueldades, de modo a obter resultados satisfatórios, onde se
encaixa perfeitamente seu tão famoso postulado de que "os fins justificam
os meios" como os pontos mais importantes.
Já na segunda (cap.XII ao XIV),
reflete sobre os perigos e dificuldades que tem o Príncipe com suas tropas,
compostas de forças auxiliares, mistas e nacionais, e destaca a importância da
guerra para com o desenvolvimento do espírito patriótico e nacionalista que vem
a unir os cidadãos de seu Estado, de forma a torná-lo forte.
Do capítulo XV ao XIV, vê-se a
necessidade de uma certa versatilidade que deve adotar o governante em relação
ao seu modo de ser e de pensar a fim de que se adapte às circunstâncias
momentâneas - "qualidades", em certas ocasiões, como afirma o autor,
mostram-se não tão eficazes quanto "defeitos", que , nesse caso,
tornam-se próprias virtudes; da temeridade dele perante a população à afeição,
como medida de precaução à revolta popular, devendo o soberano apenas evitar o
ódio; da utilização da força sobreposta à lei quanto disso dependeram condições
mais favoráveis ao seu desempenho; e da sua boa imagem em face aos cidadãos e
Estados estrangeiros, de modo a evitar possíveis conspirações.
Em seguida, constata-se um
questionamento das utilidades das fortalezas e outros meios em vistas fins de
proteção do Príncipe; o modo em que encontrará mais serventia em pessoas que
originalmente lhe apresentavam suspeitas em contrapartida às primeiras que nele
depositavam confiança; como deve agir para obter confiança e maior estima entre
seus súditos; a importância da boa escolha de seus ministros; e uma espécie de
guia sobre o que fazer com os conselhos dados, estes, raramente úteis, quando
se considera o interesse oculto de quem os dá.
Na última parte, que abrange os
três capítulos finais, Maquiavel foge de sua análise propriamente
"maquiavélica" na forma de um apelo à família real, de modo que esta
adote resoluções em favor da libertação da Itália, dominada então pelos
bárbaros.
Terminada a breve exposição dos
principais temas abordados no livro "O Príncipe" aqui sintetizado,
conclui-se ser tamanha a complexidade organizacional de um Estado, que se
recorre a todo e qualquer meio, justo ou injusto, da república à tirania.
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