Tabuinhas de madeira encontradas nas profundezas do solo ermo
da batalha das aflições, um achado histórico. Como as cinzas da lava que
sepultaram Pompéia, as lágrimas de toda a história sepultaram as ânsias humanas.
Os escritos celebres da ultima filosofia, entre as frases de angústias e o
triste fim da humanidade. Um caos que o silencio tragou, uma felicidade
dissolvido nos redemoinhos de todas as falsidades, e cá nós cavando os monumentos
nesse ímpeto de desenterrar o que o tempo desterrou, devíamos estar atentos,
mas as frases eram indecifráveis naquele momento em que a catástrofe veio nos
dizimar, e então tomando as tabuinhas de argilas, lemos a filosofia de um mundo
antigo, a essência da existência:
I
Muitas vezes a vida nos impõe as mais duras provações, e
devemos transcender essas circunstâncias adversas, para encontrarmos nas dores,
a oportunidade do crescimento interior, até ficarmos fortes e com uma personalidade
enraizada no caráter fértil e na substância de todos os fundamentos. O exemplo
magno são as arvores do cume das montanhas, que superando a força dos ventos e
das tempestades, torna-se de madeira dura e suas raízes ficam fincadas nas
profundezas da montanha.
II
Quando chorares, transforma tuas lágrimas em pérolas, e não
esperes que os outros se importem com o teu sofrimento. O valor das lágrimas é
da responsabilidade de quem sofre ninguém mais a não ser você, estará disposto
a medir o valor de uma conquista que custou muito sacrifício e sofrimento
III
O monumento da condição humana não é feito do material perecível
da covardia, mas é erguido do heroísmo de recomeçar sempre mais fortalecido
depois que o coração suporta todas as demandas de um fracasso.
IV
O grande desafio da nossa época é ler a plenitude do mistério
da vida dentro do silencio, enquanto a maioria se perde na confusão produzida
por tantos sons incertos que caracterizam a nossa era.
V
Não há como perder-se em meio as lições da natureza, pois
mesmo quando uma tempestade arranca todas as flores do teu jardim, todavia a primavera nunca jamais pode ser arrancada dos fundamentos da criação.
VI
Quando no amor existe a dor, então o sofrimento será selado
com a dignidade do sofrimento com esperança.
VII
Feliz é o homem que persevera em meio às lutas, pois sempre
encontra a luz da esperança acesa do outro lado da adversidade.
E sem saber do que se tratava, nós humanos, apenas devolvemos
a boca da terra, esse palavrório que pouco entendíamos; e descalços voltamos a
viver ao vale sombrio da insensibilidade, sem sequer dizer um “adeus” a nós
mesmos...
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