Deus está no controle de todas as coisas, até mesmo os
tiranos governando, estão sob sua autoridade (Daniel 2:21) por isso Ele Daniel também
declara “Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele
são a sabedoria e a força” (Daniel 2:20) Essa é uma doutrina chave, a soberania
de Deus. Há um Trono e alguém ocupa esse Trono: O Senhor. Isso significa que as
coisas não estão fora de seus desígnios, não estão fora de seu controle, o
universo não está a mercê do acaso, Deus não perdeu as rédeas do destino, não se
ausentou da sua criação, não desistiu de seus propósitos. Tudo a nossa volta
parece ruir, a devassidão corrompe o coração humano, como nos dias Noé, a
civilização está enferma desde o pensamento e a violência vocifera o hino da
destruição. Mas não devemos jamais tirar o foco do Trono de Deus, devemos sim
olhar para o autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12:1 e 2) pois sabemos que
“Ele sustenta todas as coisas pela
palavra do seu poder” (Hebreus 1:3). Aqui estamos diante de um fato, a
natureza, o cosmos, o mundo e a civilização e até principados e potestades
estão debaixo do seu domínio absoluto, sendo que nada pode ir além, nem um centímetro
sequer além da sua permissão. Isso é muito claro quando lemos a respeito dos
atributos de Deus revelado nas Escrituras. Ele tem completo domínio pela sua
absoluta onipotência e sua perfeita soberania. Há limitações na compreensão
desses mistérios, mas isso se dá devido as nossas limitações. Há certas
dificuldades em aceitar essas coisas, quando estamos diante de turbulências caóticas
ou labirintos existencialistas supostamente infinitos, mas o problema é nosso,
as dificuldades são humanas, a nossa razão não alcança o todo apenas as partes,
e às vezes muito pequena, e assim queremos construir toda a filosofia humanista
encima de fragmentos obscurecidos muitas vezes por nossos pecados e
dificuldades que limitam ainda mais a compreensão do todo. (Romanos 11:33). É impossível
uma compreensão das coisas espirituais, a partir de uma mente puramente carnal,
a baixeza do pensamento humano nunca alcança os propósitos mais elevados do
Criador (Isaias 58:6 e 6) Há uma falência no coração destituído da glória de
Deus, há uma cegueira imposta pela morte espiritual, e tudo isso dificulta a
compreensão dos mistérios divinos. Embora tantas coisas sejam de difícil compreensão,
porque parece que o mundo está fora do controle de Deus, sabemos que não é
assim, pois o Senhor nunca perdeu o controle do universo em nenhum momento da historia,
há aquela esperança, descrita no evangelho, que nesse momento é futura, mas que
as coisas apontam para lá, é o que chamo de “Dispensação da plenitude dos
tempos” (Efésios 1:10) creio que isso será uma consumação total e perfeita da
historia, tal como nunca imaginamos, e que deixará cada santo satisfeito com os
propósitos divinos, pois eles bendirão a sabedoria daquele que nunca perdeu o
controle da criação, mas antes fez com que as coisas chegassem em uma
consumação em perfeita harmonia com a sua santidade, justiça e bondade. Assim
crendo, por fé, confiando completamente no Senhor, sabendo que seu controle
ainda é absoluto sobre toda a criação, ainda que permitindo que certas coisas
aconteçam, mesmo assim, de forma a mostrar que mesmo aos labirintos existências
que a humanidade chegou, do alto um trono emite luz de glória poder e
esperança, pois Deus nunca perdeu o controle, ninguém, muito menos o acaso
jamais usurpou o fio da tapeçaria do destino, todas as coisas ainda estão nas
mãos das potentes mãos do Senhor.
“Reconhecemos, sem hesitação, que a vida é um problema
profundo; e que estamos circundados de mistérios por todos os lados; não somos,
entretanto, como os animais do campo - ignaros da própria origem, sem
consciência do futuro. Não: "Temos assim tanto mais confirmada a
palavra profética", da qual se diz: "... fazeis bem em atendê-la,
como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a
estrela da alva nasça em vossos corações" (II Pedro 1:19). E, de fato,
fazemos bem em atender à Palavra da profecia, pois essa Palavra não teve origem
na mente do homem, mas na mente de Deus, "porque nunca jamais qualquer
profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens falaram da parte de
Deus, movidos pelo Espírito Santo." Uma vez mais dizemos, que esta é
a Palavra a que devemos dar atenção. Ao abrirmos a Palavra, sendo
instruídos por ela, descobrimos um princípio fundamental que deve ser aplicado
a cada problema: ao invés de começar com o homem, para então avançar até
chegarmos a Deus, devemos começar com o Senhor, para depois irmos descendo até
o homem—"No princípio ... Deus ..." Aplique esse princípio
à situação atual. Comece com o mundo em sua condição presente, procure
raciocinar até chegar a Deus: tudo parecerá comprovar que Deus não tem qualquer
ligação com o mundo. Comece, porém, com Deus, e venha gradualmente até o mundo;
e luz, bastante luz, projetará sobre o problema. Porque Deus é santo, a
Sua ira arde contra o pecado; porque Deus é justo, Seus juízos caem sobre
os que se rebelam contra Ele; porque Deus é fiel, cumprem-se as ameaças
solenes da Sua Palavra; porque Deus é onipotente, ninguém conseguirá
resistir-lhe, e, muito menos ainda, subverter-lhe o conselho; e porque Deus
é onisciente, nenhum problema pode vencê-lo, nenhuma dificuldade pode
frustrar-lhe a sabedoria. É exatamente porque Deus é o que é que estamos hoje
vendo na terra o que estamos vendo—o começo da execução de seus juízos. À vista
de Sua justiça inflexível e de Sua santidade imaculada, não poderíamos esperar
nada senão aquilo que agora se descortina perante os nossos olhos.” (A. W. Pink)
CLAVIO J. JACINTO
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