Aquele que diz que está nele,
também deve andar como Ele Andou (I João 2:6)
Andar com o Senhor é mais do que
um consentimento mental. Para estamos em Cristo, precisamos andar como
Ele andou. Isso é numa mesma direção, no mesmo propósito. Mas ainda preciso
dizer que o acordo do andar juntos está no relacionamento com Ele. Em I João 1:3,
lemos que a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. Então o
andar é um relacionamento em amor e obediência. Não é Cristo que deve andar em
nossos caminhos. Ele é o Caminho, portanto devemos andar nele. As pessoas hoje
confundem as coisas, acreditam elas, que o relacionamento e a ortodoxia estará
em alguém que supostamente faz milagres e apresenta certos poderes espirituais tais
como expulsão de demônios. Na verdade, isso não é prova de ortodoxia e nem
mesmo de comunhão ou andar com o Senhor. As características distintas de um
homem santo que tem relacionamento profundo com DEUS são mais profundas
duradouras e de valor bem mais alto. (Mateus 7:15 a 21) Andar com Deus nem
sempre significa fazer espetáculos públicos, ou impressionar a platéia com
exibicionismo. Veja que a biografia de homens que andaram com Deus e que
tiveram um profundo relacionamento com Deus foram muitas vezes muito breve na passagem
por esse mundo. Enoque e João Batista são exemplos claros. (Marcos 6:25 e
Genesis 5:22) O andar com Cristo é um andar de relacionamento e comunhão com
Ele, ele imputa suas virtudes e seus valores espirituais em nós através dessa
comunhão intima. (Romanos 8:9) Isso pode nos conduzir para os desertos da vida
espiritual. Cristo é o exemplo, seu caminho é o caminho do esvaziamento, do
negar-se a si mesmo. ”Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome
cada dia a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23) Não é o caminho do exibicionismo e
dos aplausos, nem da fama e nem sucesso. Não há holofotes e palcos, mas o
negar-se a si mesmo e tomar a cruz de cada dia. Por esse caminho, vimos que
pouca gente quer andar. “Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério”
(Hebreus 13:13) Andar com Cristo é uma atitude radical perante um mundo que
cultua o egoísmo e satisfação pessoal como experiência de consumação da
felicidade pessoal. Longe dessa visão, o verdadeiro cristão anda pelo caminho
onde Deus fique satisfeito, não importa o custo que isso possa trazer como conseqüência
a nossa fidelidade á Ele. Ser fiel seguidor de Cristo pode ter o custo de perdermos a vida breve para ganhar a eternidade, perder
as riquezas que a traça e a ferrugem consomem para ganhar as moradas eternas e
as insondáveis riquezas de Cristo. Moldamos nosso caráter com o caráter do
mestre, e pelo Espírito de Cristo, suas virtudes passam ser a nossa herança
espiritual. O resultado dessa comunhão intima não poderia ser outro: Um novo
homem em Cristo levando em si as marcas e as virtudes do bendito Salvador (II coríntios
5:17) Em sua Teologia Sistemática, Lewis Sperry Chafer ensina: "Até que
seja salvo, o homem tem a obrigação implícita de ser semelhante em caráter ao
seu Criador e fazer a Sua vontade" Paris Heidhead, em “Crentes que
Precisam de Salvação” ensina: "O crente tem de ser semelhante a Cristo em
tudo. Nos hábitos, nas conversas e em suas metas de vida. Não apenas aos olhos
de Deus, mas também aos do mundo. Nossa parte é simplesmente obedecer, a de
Deus é cumprir o que prometeu e operar de acordo com a sua palavra. Sempre que
Deus ordena que façamos alguma coisa, ele nos concede seu poder,
capacitando-nos a obedecer-lhe" A vida de Cristo não pode fluir se não
estivermos dispostos a uma entrega total a Ele. A vida espiritual e
a manifestação do poder do Espírito Santo, só podem fluir de forma
plena, se nosso ego estiver morto e desativado dentro do nosso coração.
Nosso ego tenta impedir que o Espírito Santo tenha controle da
nossa consciência através do nosso espírito. Não
haverá plenitude e vida espiritual autentica, se o Espírito Santo não
presidir a nossa vida desde o centro do homem interior: o nosso espírito. “Mas
todos nós com o rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do
Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito
do Senhor” (II Coríntios 3:18)
Clavio J. Jacinto
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