Contra a Esperança
Contra a
Esperança
Depois da chamada, Abraão creu em esperança
contra a esperança (Romanos 4:18) o que isso quer dizer? Tudo parecia contra: o
tempo, as circunstancias, a vida, os amigos. Era realmente algo inexplicável,
sem respostas. Houve um tempo que Abraão estava vivendo o oposto das promessas.
Não sentia nada de especial, nada acontecia além da tragédia iminente, seu único
filho sendo levado para a morte. Tudo
parecia ser uma colheita de desastres no deserto das contrariedades. Era aquele
momento em que se olha para todos os lados sem encontrar saída, as torrentes se
secaram, a situação é caustica, o peso das dores, parece ameaçar a alma para um
naufrágio de decepções. Abraão respirou
fundo, então precisa afiar o cutelo, a lamina de todos os desalentos perfurou
os sentimentos de Abraão, e das feridas vazaram as mais cruéis dores
emocionais. Mas Abraão enfrentou a crise, confrontou a contrariedade com a fé.
Nada se tem a perder quando se crê em Deus, sabe aquele brado de Jó? “Ainda que
Ele me mate, nele esperarei, contudo os meus caminhos defenderei diante dele”(Jó
13:15) é isso! Creia contra a esperança
em esperança. As cores do arco-iris estão lá por trás das mais tenebrosas
tempestades, e por trás das mais escuras noites, o sol brilha e desponta na
aurora. Dos pântanos mais profundos
desabrocham os lírios mais perfumados, o milagre tem um prefacio: ter esperança
contra a esperança.
Clavio J. Jacinto
O Caminho do Homem Espiritual
Cada redimido é
participante da vocação celestial (Hebreus 3;1) por isso deve fazer cada vez
mais firme a vocação e eleição para caminhar sem tropeçar (II Pedro 1;10) essa
é uma chamada de santa vocação(II Timóteo 1:9) devemos olhar para Cristo
(Hebreus 12:1 e 2) devemos ser firmes e constantes (I Coríntios 15:58) assim
devemos andar em Cristo, Ele é o caminho (João 14:6) “Andai Nele” (Colossenses
2:6) assim procede, devemos andar:
Em entendimento (Provérbios
9:6) nosso entendimento foi iluminado pelas verdades do Evangelho (Efésios
1:18) assim andamos por uma vereda segura, passo a passo, caminho de martírio,
negando nosso eu e nunca a Cristo, negando nossa vontade e fazendo a vontade de
Deus (Mateus 6:10) esse andar no entendimento é prosseguir em vigilância e
sobriedade (I Pedro 5:8) porque o fim de todas as coisas se aproxima; “Filhinhos
já é a ultima hora” (I João 2:18)
Nas veredas
antigas (Jeremias 6:16) sim, a modernidade inventa modismos que cimentam os
degraus do abismo da apostasia, as veredas antigas, são os caminhos santos da
ortodoxia, a vida de oração, separação do mundo, dos cultos cristocentricos, a
consagração pessoal, a vida de piedade prática que resulta em poder espiritual,
as veredas por onde trilharam os heróis da fé de Hebreus 11, por onde passaram
os santos da igreja, por onde tombaram os corpos dos mártires que não negaram a
Cristo. Quem não anda pelas veredas antigas, se desvia para outro evangelho (Gálatas
1:8)
Em luz espiritual.
(João 8:12 com Colossenses 2:6) Cristo ensinou que andar com Ele é andar na luz
(João 12:35) quem anda em trevas não sabe para onde vai (I João 2:11) mas se
temos comunhão com Cristo, temos luz espiritual (O João 1:6) Ele é a verdadeira
luz que alumia (I João 2:6) Cristo está na Palavra e a Palavra está em Cristo
(Salmos 119:105 João 1:1) Nós não somos da noite nem das trevas (I
Tessalonicenses 5:5) “Andai como filhos da luz”(Efésios 5:8) no mundo está a
potestade das trevas (Colossenses 1:13) no mundo estão os príncipes das trevas
(Efésios 6:12) e nele encontramos as obras infrutuosas das trevas (Efésios
5:11) mas não devemos ter contato com essas coisas, pois devemos andar na luz
da glória do evangelho que resplandece sobre nossa vida.
Em temor á Deus (I
Pedro 1:17) respeito sagrado pelo Criador e amor profundo, Jesus falou sobre o
amor integral a Deus, amando de todo o nosso coração, alma e pensamento (Mateus
22:39) o temor a Deus não é um medo, mas um respeito sagrado e elevado na
medida que amamos e reconhecemos sua Soberania e seu Senhorio sobre nossa vida.
Isso nos leva a medida completa de uma admiração, devoção e submissão a Ele.
Em Espírito (Gálatas
5:16) Andar no Espírito Espírito Santo, cheios do Espírito Santo, produzindo o
Fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22) pois aquele que não tem o Espírito de
Cristo não pertence a Cristo (Romanos 8:9) Aqui está o andar espiritual
autentico, viver cheio do espírito Santo é viver na eficácia da piedade, é ter
vida em abundancia e experimentar o fluir da vida eterna saindo de dentro dele.
Ora meu dileto leitor, não podemos andar diante do Senhor, agradando-lhe em
tudo e frutificando em toda a boa obra e crescendo no conhecimento dEle (Colossenses
1:10) sem sermos cheios do Espírito santo, não podemos resistir ao diabo sem
sujeição ao Senhor, e só podemos nos sujeitar a Ele quando estamos cheios do Espírito
Santo, e sendo cheios do Espírito, podemos também andar no poder do Espírito.
Andai para que possa
progredir cada vez mais (I Tessalonicenses 4:1) esse progresso primeiro começa
pelo amor (I Tessalonicenses 3:12) e ele segue a até a medida da estatura
completa de Cristo(Efésios 4;13) sim! Nossa fé deve crescer muitíssima (II
Tessalonicenses 1:3) assim o crescimento de cada redimido é um crescimento
corporativo “No qual rodo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no
Senhor” (Efésios 2:21) assim se andarmos em comunhão com o Senhor (I João 1:3)
sabemos que Ele dá o crescimento (I Coríntios 3:7) assim não seremos meninos inconstantes
levados por todo vento de doutrina (Efésios 4:14) mas teremos um fortalecimento
diário pelo vida consagrada numa devoção diária ao Senhor nosso Deus. Não podemos
progredir sem devoção e zelo pelas coisas santas do evangelho, só o progresso
espiritual nos conduz aos caminhos da firmeza espiritual “Fortalecidos em todo
o poder segundo a força da sua glória, em toda a paciência e longanimidade e
gozo; dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos
santos na luz” (Colossenses 1:11 e 12) “Mas a vereda do justo é como a luz da
aurora que vai brilhando mais até ser dia perfeito” (Proverbios 4:18)
CLAVIO J. JACINTO
O Caminho da Esperança Celestial
O Caminho da Esperança Celestial
A esperança cristã consiste em
vida eterna dada por Cristo, ela é uma esperança que se baseia em promessas
feitas por quem jamais pode falhar “Dou-lhes a vida eterna” (João 10:28) “Tem a
vida eterna (João 5:24 e 6:54) a
esperança cristã se perpetua no coração piedoso por causa da presença do Espírito
Santo que ficará com o salvo para sempre (João14:16) ele nos guiará a verdade
dos fatos que são as promessas graciosas dada aos redimidos “Ele vos guará em
toda a verdade (João 16:13) Assim temos Paulo expondo a realidade do Paraíso
(II Coríntios 12:1 a 4) e então ele vive essa esperança na vida diária, viver é
Cristo e morrer é lucro (Filipenses 1:21) e então de forma pungente proclama: a
nossa cidade esta nos céus (Filipenses 3:20).
As verdades mais sensíveis estarão mais acessíveis somente aos corações consagrados ao amor
divino. Os assuntos espirituais não podem germinar em um coração árido, cujo
solo está endurecido pelas paixões do presente século. Ora, o homem piedoso mantém
o céu no coração enquanto peregrina por esse mundo, assim como o homem secular mantém
o mundo no coração, enquanto caminha para a perdição eterna. Há dois sentidos
opostos aqui, um caminho estreito e outro largo, mas só o caminho estreito
estreito é iluminado pelas promessas de Deus (Salmos 119:105) o caminho largo é
cheio de filosofias atrativas, o pavimento humano sintetiza certas crenças que
decoram todo o percurso do homem secular, mas sabemos que o fim é trágico “Há
um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte”
(Provérbios 16:25)
Clavio J. Jacinto
O Resgate da Adoração
O Salmista declarou que devemos
adorar ao Senhor na beleza da sua santidade (Salmos 29:2) assim como no livro
de Apocalipse encontramos a exortação: “Adorai aquele que fez o céu e a terra”
(Apocalipse 14:7) então estamos diante de fatos bíblicos; adorar é uma
atividade espiritual de um verdadeiro cristão. (João 4:23) o Senhor deseja a
adoração de todos os homens santos (João 15:4). Adorar é a atividade mais
elevada que um cristão pode exercer, ela está acima da pregação, está acima da
caridade, está acima do exercício missionário, tudo porque se todas as coisas
que fizermos, cantando, pregando, evangelizando, fazendo boas obras, não
redundar em glória a Deus de modo que nossas ações sejam puros atos de
adoração, cujo propósito seja dar toda a glória a Deus, o que fizemos não tem
qualquer vaor espiritual genuíno. (Veja Mateus 2:8) não podemos transformar a
musica em entretenimento, jamais podemos transformar um culto em um show,
pregadores jamais devem virar celebridades, a igreja tem a mensagem da cruz,
não tem uma oferta de auto-estima a sociedade pos-moderna. Não há filosofia humana
no culto cristão, o centro do culto é um Trono celeste, não uma plataforma para
erguer figurinos religiosos para arrancar aplausos e admirações humanas.
Insisto nessas coisas porque ela é a verdade suprema, e nós devemos ser
adoradores que adoram em espírito e em verdade, não há lugar para fogo estranho
no altar da verdadeira fé, não há espaço para estrelismo e nem mesmo para
circo, por favor, a presença de Deus requer tirar os sapatos dos pés porque é
lugar santo (Êxodo 3:5). A percepção da santidade espiritual já não é mais notável em nossos
dias, sejamos coerentes, mesmo nos círculos mais ortodoxos, o culto é meramente
formal, há muito elemento de pedagogia fria e letras sem vida. Considero que a bíblia
é a Palavra de Deus sem erros, considero a suficiência das Escrituras e que ela
deve ser pregada e ensinada, de forma exaustiva e expositiva para todos os
cristãos, porém com a qualidade de que ela é “Viva e eficaz ” (Hebreus 4:12)
aliás sendo ela a Palavra inspirada, o grego denota “Teopneustos” que é soprada
por Deus, onde o Senhor sopra produz vida (Genesis 2:7) onde o Senhor sopra ai
vem vida em abundancia (Números 11:31) o mundo celeste e espiritual move-se e produz
vento (II Samuel 22:11) e o Espírito Santo vai gerar novo nascimento na vida do
eleito como se fosse o mover de um sopro (João 3:8) e então vimos a igreja
reunida no pentecostes recebendo as dádivas celestiais e o poder dinâmico pelo
vento impetuoso (Atos 2:2) a adoração traz brisa suave, a aragem espiritual só
pode ser sentida quando ha corações movidos pela verdadeira adoração. Jamais
podemos perder o senso das realidades espirituais e das verdades absolutas do
evangelho. Então não podemos perder o senso da importância da adoração, não
podemos perder a percepção do sagrado, No livro “Em Busca de Deus” A. W. Tozer
aborda esse assunto importante com essas palavras: “O cientista moderno perdeu
Deus em meio as maravilhas do seu mundo; nós, cristãos, corremos o risco real
de perde-lo em meio as maravilhas da sua Palavra. Quase nos esquecemos de que
Deus é uma pessoa e, como tal, pode ser cultivado como se pode fazer com
qualquer pessoa. É inerente á personalidade a capacidade de conhecer outras personalidades,
mas o pleno conhecimento de uma personalidade por outra não se alcança em um
encontro. Só depois de longo e amoroso intercambio mental é que as plenas
possibilidades de ambas podem ser exploradas”.
Que nosso coração possa estar voltado para uma espiritualidade sadia, um
relacionamento verdadeiro com o Senhor “E a nossa comunhão é com o Pai, e com
seu Filho Jesus Cristo” (I João 1:3) Comunhão é o caminho para a adoração
autentica.
Clavio J. Jacinto
O Centro e o Fundamento
Precisamos olhar tão somente para Cristo
(Hebreus 12:2) mas é necessário que se esclareça, olhar para o Cristo como
revelado nas Escrituras, pois foi Ele quem exigiu isso “Quem crê em mim, como
diz a Escritura...”(João 7:38). Hoje o falso evangelho centraliza o homem. A
musica cristã moderna e apostata é egocêntrica, anuncia que você é especial,
proclama que você vai vencer e nada fala sobre a vitoria sobre o pecado. Ela salienta que suas tribulações sempre são
causadas pelo inimigo e que aqueles que são espectadores da sua luta sofrerão
uma vingança com o seu triunfo sobre os problemas. Da mesma forma, os
pregadores dirigem-se para você; eles abordam a vida tendo você como a peça
central do teatro que fantasiam em suas mensagens, e é claro que isso é muito agradável
aos ouvidos egocêntricos. Mas a questão principal é que Cristo é o único fundamento,
Ele e não você deve ser o centro. A mente do cristão é o trono onde cada
pensamento deve estar sob inteira sujeição ao Senhor, o coração deve ter a visão
voltada exclusivamente para Cristo, pois Ele é o autor e consumador da fé.
Assim, olhando para Cristo encontramos segurança eterna e jamais seremos
confundidos ou enganados pelo nosso
coração. O objetivo do diabo é tirar você do fico, lembre-se que um dos principais
significados da palavra pecado é “errar o alvo”. Quando a serpente enganou Eva,
ele seduziu pelos sentimentos dela, impondo no coração um desejo desnecessário,
que era o desejo de tornar-se uma divindade, ou seja, o endeusamento do eu,
essa inflação maligna centralizou o ego de Eva e a induziu a crença de que a
felicidade pessoal deveria ser de acordo com satisfação do ego, não importava
mais olhar para o Criador e assim seria desnecessária a obediência aos seus
preceitos. Voce vai sempre encontrar no caminho de satanás, aquelas palavras
que alimentam seu orgulho, vai encontrar sempre as idéias que fortalecem o seu
egoismo, e as vezes o diabo apenas usa fantoches, toma emprestado a boca de músicos
e pregadores e fala tudo o que o homem gosta de ouvir.
Clavio J. Jacinto
A Vigilância dos Remanescentes
A Vigilância dos Remanescentes
Há algo que precisamos levar a
sério, revogar esse tema da vida cristã é cometer suicídio espiritual, e isso
é: Seja sóbrio, mas porque? Porque está próximo o fim de todas as coisas (I
Pedro 4:7) então “Sede sóbrios e vigiai” (I Pedro 5:8) Os dias difíceis chegaram
(II Timóteo 3;1) e há um forte engano soprando no mundo espiritual, um vendaval
de mentiras sobre o mundo, nossa era secular está infestada de espíritos mentirosos
que encontram pouca resistência hoje em dia. Satanás não encontra dificuldades
em enganar quem não leva a serio as advertências bíblicas. Sim, o diabo que
engana todo o mundo (Apocalispe12:9) está em vantagem sobre os homens, porque
mesmo entre aqueles que confessam a fé cristã e admitem crer na bíblia, esses
na verdade não crêem na bíblia como autoridade final, não estão dispostos a
trocar os encantos das experiências subjetivas, pelo ensino objetivo das
Sagradas Escrituras. É inútil procurar ouvir a voz do Espírito Santo fora das
Escrituras quando se está com o coração completamente fechado para ouvi-lo nas
Palavras Inspiradas dela. O diabo tem
encontrado muita facilidade de enganar o mundo dos homens, e sua vantagem é que
seu sistema de engano consiste em disfarces.
Essa é seu grande estratagema, essa é sua grande jogada, ele aposta tudo
nesse projeto, e engana muito bem. Mesmo aqueles que crêem ter uma
espiritualidade muito elevada, sustentada por sentimentos e experiências, serão
presas fáceis, porque o diabo vai usar disfarces sofisticados, de modo que como
aconteceu no principio, as pessoas serão engodadas por imagens, sentimentos e
desejos egoístas. Agora veja bem, Jesus advertiu contra falsos profetas com
instinto de lobos devoradores que se disfarçariam sob o manto suave e agradável
de ovelhas (Mateus 6:15) Paulo afirmou que Satanás se transfigura em anjo de
luz, um falso esplendor, uma pseudo
sacralidade radiante que esconde as sombras do abismo, uma fantasia celestial para
esconder uma natureza das trevas (II Coríntios 11:14) Paulo ainda adverte sobre
os falos piedosos, eles parecem ser muito talentosos nas palavras, agradáveis na
aparência, mas negam a eficácia dela (II Timóteo 3:5) ainda afirmou o piedoso
apostolo, que muita gente com boa teologia
e carisma se disfarçariam de apóstolos, tomariam títulos pomposos como
plataforma de manipulação e engano (II Coríntios 11:13) e então por ultimo,
Paulo ainda fala sobre ministros ímpios, homens cujas intenções estão
encobertas por falsas boas intenções. Assim, o coração do povo seria ganho, até
ao ponto do agente do engano ser inquestionável, e então esses falsos ministros
de justiça lançaria seus anzóis sobre as
vitimas desse encantamento espiritual (II Coríntios 11:15) milhões devem estar
sendo enganados nesse momento que escrevo esse artigo, esse é a ultima hora,
vigiai “Acautelai-vos, que ninguém vos engane” (Mateus 24:4)
Clavio J. Jacinto
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Clavio J. Jacinto
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Vida Cristã
Inquietações
Inquietações
Muitas pessoas carregam um enorme
fardo que esmaga complemente nossa alegria e nossa esperança de vida, são as
inquietações do amanhã. Ora Jesus ordenou: “Não vos inquieteis pois, pelo dia
de amanhã”(Mateus 6:34) A ansiedade é um sentimento voraz, corrói completamente
a alma, desequilibra nossa noção do agora e encarcera o homem num amanhã que
não existe com os grilhões de problemas que talvez nem sequer estarão mais lá.
A ansiedade devora todas nossa celebração do momento presente, é como uma
viagem para fora da realidade para mergulhar a alma no submundo das incertezas
que flutuam no abismo da incredulidade,
porque só um coração incrédulo pode alimentar continuamente a ansiedade. O Espírito
Santo ordena: “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem
cuidado de vós”(I Pedro 5:7). Não há
como desfrutar de descanso espiritual com os fardos da ansiedade, você não pode
ter Cristo e ansiedade ao mesmo tempo, um é incompatível com o outro, em Cristo
você encontra descanso, porque ele prometeu brandura e suavidade na jornada da
vida (Mateus 11:28 e 29) mas a ansiedade esmaga todos os nossos sentimentos e
devora toda a nossa esperança. A ansiedade é a maldição que vem montada nas
sombras da incredulidade. Descansa em Cristo e creia na providencia divina
(Romanos 8:28)
Clavio J. Jacinto
Espiritualidade Autentica
A grande questão é como dar
sentido a vida cristã? Creio que achar um sentido que firma a vida numa
espiritualidade sadia, nos remete para dentro de realidades espirituais que nos
iluminam para dentro de uma felicidade autentica. Sejamos sóbrios quanto a
isso. Pois bem, acho que foi Gene Edward Veith Jr que mais definiu com clareza
a vocação de todas as vocações. A vida de serviço ao próximo. Ele escreveu: “De
fato, este PE o propósito de todas as vocações; amar e servir o nosso próximo.
Deus não nos diz para amar a humanidade de uma forma abstrata, mas para amar o
nosso próximo: o ser humano real, tangível, a quem ele chama para dentro de
nossa vida”. Aqui temos um principio, chamar nosso próximo para dentro da nossa
bondade, para dentro de nossas orações, para dentro de nossas ações e para
dentro da nossa paciência, enfim para dentro de nosso amor, pois quando Deus
deu seu Filho unigênito, Ele colocou toda a humanidade dentro do seu eterno e
perfeito amor.
Clavio J. Jacinto
Cuidado Com a Literatura Crista Contemporânea!
Em João 19:19 Pilatos escreveu o
titulo de Cristo “Rei dos judeus” na cruz, ele fez certo, porque Jesus é Rei não
só dos judeus, mas é Rei dos reis e Senhor dos senhores, a escrita de
Pilatos apontou para uma realidade. Pedro afirmou que Paulo escreveu sobre a
salvação com sabedoria (II Pedro 3:15)
de fato ele, Paulo exortou acerca da sã doutrina, o que confere que o
que escreveu é espiritualmente saudável (Tito 2:1) Nem sempre os profetas
escreveram coisas agradáveis, Jeremias escreveu num livro o mal do povo
apostata (Jeremias 51:60) mas o que mais me impressiona é o alerta do próprio profeta
com relação a falsa pena dos Escribas. (Jeremias 8:8) Nesse caso, não somente
os falsos profetas estavam desviando o povo da verdade, mas os escribas estavam
escrevendo o que não convém. Acredito que um dos principais meios de disseminar
heresias, são os livros. Através deles se alcança um numero muito grande de
pessoas. E de fato, temos visto como procede a expansão das maiores heresias de
nosso tempo: através da disseminação de literatura. Infelizmente isso tem sido assim, pois muitos
editores não estão comprometidos com a sã doutrina, mas em vender produtos. Da
mesma forma. Escritores estão interessados em vender suas idéias e de certa
forma aderir ao espírito da época, de certa forma por trás de uma roupagem
cristã para enganar os despercebidos e assim tornar o produto mais aceitável. Em seu livro, “Espiritualidade da Cruz” Gene
Edward Veith Jr, escreve com muita razão: “O que é verificado nas prateleiras
da Nova Era, também pode ser encontrado nas livrarias cristãs. Atualmente, suas
prateleiras estão abarrotadas de livros de ensinam como usar “Deus para se alcançar
a própria saúde, felicidade e prosperidade. Há livros cristãos de dietas, títulos
que se referem as ‘Técnicas de gerenciamento de Jesus Cristo’, e analises de
Cristo como o mestre vendedor. Outros livros lidam com questões mais serias,
oferecendo soluções para problemas na educação de crianças e para melhoria da
sociedade. As suas capas fazem afirmações abrangentes e atraentes, como se por
seguir alguns passos, os problemas familiares, os nossos problemas financeiros
evaporariam, solucionaríamos os problemas de nossa nação, faríamos a igreja
crescer e viveríamos felizes para sempre”.
Nesses dias confusos, seria mais seguro, buscar livros clássicos
cristãos, de pregadores e escritos consagrados por gerações anteriores, e de
certa forma, os contemporâneos devem ficar sob o crivo das Escrituras como
fizeram os bereanos (Atos 17;11) comprar livros heréticos é financiar os falsos
profetas, com a exceção de que o motivo seja para alertar outros sobre os
perigos da “falsa pena dos escribas” e desmascarar os erros que abundam hoje em
dia nas paginas da literatura cristã moderna.
CLAVIO J. JACINTO
CRISTO: O SENHOR
A grandeza do
Senhor Jesus Cristo é de suprema ordem na vida cristã, que Ele é o único Salvador
e único mediador, esse fato deve cimentar toda a estrutura espiritual de um verdadeiro
cristão.(Atos 4:12 com I Timóteo 2:5) Assim não podemos recorrer a mas ninguém,
a não ser a Ele, pois o grande clamor apostólico é “Para quem iremos nós? tu
tens a Palavra da vida eterna”(João 6:68) elas são ditas por um líder, um
apostolo, é via de regra, a única direção, o único socorro, daí o brado do
Senhor: “Vinde a mim”(Mateus 11:28) não há outro. As meras tentativas de
apresentar alternativas descamba para as mais terríveis heresias, roubar dos
homens a esperança que só se encontra em Cristo é um crime eterno, desviar dos
homens a singularidade de Cristo é um insulto ao Espírito Santo, nada no Novo
Testamento tende a diminuir a verdade de que Jesus é o Cristo e é o único Salvador,
e que as almas devem recorrer unicamente a Ele em socorro permanente “Pode
socorrer os que são tentados” (Hebreus 2:18). Estejamos cientes, sendo Ele advogado
junto ao Pai (I João 2:1) pode pleitear a nossa causa, pode nos ajudar mediando
a nossa favor, pois Ele é o Cristo, este nome o torna único, desde o seu aparecimento
na terra até sua elevação sublime, após sua ressurreição gloriosa, permanece
vivo a destra de Deus em socorro aos pobres pecadores que clamam a Ele.
Diminuir essa verdade do Novo Testamento é chamar o Espírito Santo de mentiroso,
diminuir esses fatos é adulterar a mensagem do Evangelho, Ele que apresentou um
único sacrifício e está assentado a destra de Deus (Hebreus 10:12) assim se, deixamos
de lado esse fato, caímos na mesma senda da apostasia daqueles que Judas
escreveu e denunciou “Negam a Deus único dominador e Senhor nosso, Jesus Custo”(Judas
1:4) e que mais posso dizer? Ora se Cristo não é tudo como descreve Paulo em
Colossenses 3:11 “Cristo é tudo e em todos”, então ele passa a ser apenas um
figurante, um coadjuvante na historia da redenção, uma idéia dessas é mera
conjectura ideológica profana revestida tão somente de um falso aparato
cristão, apenas um desvio da verdade que é o próprio Cristo e o diabo terá uma
boa brecha para introduzir as mais terríveis mentiras, e isso nada mais terá
como efeito, senão a danação eterna daqueles que tinha como única esperança o
Senhor Jesus Cristo. Que possamos nos achegar a esses fatos com mais amoré convicção,
termino minhas palavras citando as palavras do teólogo reformado Ronald Hanko “Que
Jesus é Cristo significa, também, que ele é o único que pode sustentar esses
ofícios e realizar a obra que pertence a eles. Não precisamos de nenhum homem para
nos ensinar (I João 2:27). Não precisamos de nenhum outro sacerdote ou
sacrifício! Não reconhecemos nenhum outro Rei, pois ele é o Rei dos reis e
Senhor dos senhores. Ele é único!”
CLAVIO J. JACINTO
EGOISMO:UMA ENFERMIDADE ESPIRITUAL
Agir por interesse próprio ou por conveniência
de modo a trazer benefícios pessoais e tão somente isso é a forma de egoísmo que
mais predomina entre cristãos hoje em dia. Essa tendência malévola de trazer
interesses para a nossa vida independente da vontade de Deus e muitas vezes
induzindo o próximo à perdas , muitas delas espirituais e irreparáveis é uma
maneira maligna de agir por trás de uma capa religiosa. Não há disfarce tão diabólico,
quanto o vestir-se de um manto de santidade falsa para coagir outros a agirem
de acordo com os nossos interesses pessoais, isso é agir de modo diabólico.
Veja que para tentar usurpar a vontade humana satanás de transfigura em anjo de
luz (II Coríntios 4:4) e por motivações abomináveis gosta de se passar por teólogo
(Mateus 4:6) Assim a busca por interesses egoístas é uma forma de expressão
carnal e maligna, e isso é muito comum
devido a tendência do coração humano em desejar ser o centro da vida comunitária.
O que predomina no mundo é esse espírito
egoísta, e por isso vimos lá todo o tipo de trapaças, porque é necessário que
mundanos tenham uma plataforma para exibir e dominar os outros, receber honras
e todas as parafernálias que o induzem a sentimentos de satisfações que
satisfazem o ego. É notável que os
sentimentos de um coração regenerado tendem sempre a buscar os interesses
pessoais, sem se importar com os meios e as conseqüências. Devido a essa
inclinação a satisfazer o ego, desejam ocupar cargos eclesiásticos,motivados
pelos sentimentos de orgulho, não desejam o episcopado ou diaconato para o serviço, mas para
satisfazer o ego, da mesma maneira desejam cantar ou pregar, apenas para achar
um meio de erguer o ídolo do ego perante os olhos alheios, nada mais que isso.Gosto
muito de meditar nas palavras de C. H. Mackintosh, pois elas são sabias e
verdadeiras “"Que o Senhor possa nos livrar desse costume tão comum em
nossos dias que é o de agirmos por interesse, atitude essa à qual não falta
religiosidade, mas que é inimiga da cruz de Cristo. O que é necessário para
permanecermos firmes contra essa terrível forma de mal não são opiniões
peculiares, princípios especiais ou uma fria exatidão intelectual. Precisamos
de uma profunda devoção à Pessoa do Filho de Deus; uma completa consagração de
coração, corpo, alma e espírito, ao Seu serviço; um desejo sincero por Sua
gloriosa vinda. Possamos, portanto, eu e você, nos unir em um só clamor que
saia do fundo de nosso coração, a dizer: "Não tornarás a vivificar-nos,
para que o Teu povo se alegre em Ti?" (Sl 85:6)."
CLAVIO J. JACINTO
UNIVERSO SOB CONTROLE
Deus está no controle de todas as coisas, até mesmo os
tiranos governando, estão sob sua autoridade (Daniel 2:21) por isso Ele Daniel também
declara “Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dele
são a sabedoria e a força” (Daniel 2:20) Essa é uma doutrina chave, a soberania
de Deus. Há um Trono e alguém ocupa esse Trono: O Senhor. Isso significa que as
coisas não estão fora de seus desígnios, não estão fora de seu controle, o
universo não está a mercê do acaso, Deus não perdeu as rédeas do destino, não se
ausentou da sua criação, não desistiu de seus propósitos. Tudo a nossa volta
parece ruir, a devassidão corrompe o coração humano, como nos dias Noé, a
civilização está enferma desde o pensamento e a violência vocifera o hino da
destruição. Mas não devemos jamais tirar o foco do Trono de Deus, devemos sim
olhar para o autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12:1 e 2) pois sabemos que
“Ele sustenta todas as coisas pela
palavra do seu poder” (Hebreus 1:3). Aqui estamos diante de um fato, a
natureza, o cosmos, o mundo e a civilização e até principados e potestades
estão debaixo do seu domínio absoluto, sendo que nada pode ir além, nem um centímetro
sequer além da sua permissão. Isso é muito claro quando lemos a respeito dos
atributos de Deus revelado nas Escrituras. Ele tem completo domínio pela sua
absoluta onipotência e sua perfeita soberania. Há limitações na compreensão
desses mistérios, mas isso se dá devido as nossas limitações. Há certas
dificuldades em aceitar essas coisas, quando estamos diante de turbulências caóticas
ou labirintos existencialistas supostamente infinitos, mas o problema é nosso,
as dificuldades são humanas, a nossa razão não alcança o todo apenas as partes,
e às vezes muito pequena, e assim queremos construir toda a filosofia humanista
encima de fragmentos obscurecidos muitas vezes por nossos pecados e
dificuldades que limitam ainda mais a compreensão do todo. (Romanos 11:33). É impossível
uma compreensão das coisas espirituais, a partir de uma mente puramente carnal,
a baixeza do pensamento humano nunca alcança os propósitos mais elevados do
Criador (Isaias 58:6 e 6) Há uma falência no coração destituído da glória de
Deus, há uma cegueira imposta pela morte espiritual, e tudo isso dificulta a
compreensão dos mistérios divinos. Embora tantas coisas sejam de difícil compreensão,
porque parece que o mundo está fora do controle de Deus, sabemos que não é
assim, pois o Senhor nunca perdeu o controle do universo em nenhum momento da historia,
há aquela esperança, descrita no evangelho, que nesse momento é futura, mas que
as coisas apontam para lá, é o que chamo de “Dispensação da plenitude dos
tempos” (Efésios 1:10) creio que isso será uma consumação total e perfeita da
historia, tal como nunca imaginamos, e que deixará cada santo satisfeito com os
propósitos divinos, pois eles bendirão a sabedoria daquele que nunca perdeu o
controle da criação, mas antes fez com que as coisas chegassem em uma
consumação em perfeita harmonia com a sua santidade, justiça e bondade. Assim
crendo, por fé, confiando completamente no Senhor, sabendo que seu controle
ainda é absoluto sobre toda a criação, ainda que permitindo que certas coisas
aconteçam, mesmo assim, de forma a mostrar que mesmo aos labirintos existências
que a humanidade chegou, do alto um trono emite luz de glória poder e
esperança, pois Deus nunca perdeu o controle, ninguém, muito menos o acaso
jamais usurpou o fio da tapeçaria do destino, todas as coisas ainda estão nas
mãos das potentes mãos do Senhor.
“Reconhecemos, sem hesitação, que a vida é um problema
profundo; e que estamos circundados de mistérios por todos os lados; não somos,
entretanto, como os animais do campo - ignaros da própria origem, sem
consciência do futuro. Não: "Temos assim tanto mais confirmada a
palavra profética", da qual se diz: "... fazeis bem em atendê-la,
como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a
estrela da alva nasça em vossos corações" (II Pedro 1:19). E, de fato,
fazemos bem em atender à Palavra da profecia, pois essa Palavra não teve origem
na mente do homem, mas na mente de Deus, "porque nunca jamais qualquer
profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens falaram da parte de
Deus, movidos pelo Espírito Santo." Uma vez mais dizemos, que esta é
a Palavra a que devemos dar atenção. Ao abrirmos a Palavra, sendo
instruídos por ela, descobrimos um princípio fundamental que deve ser aplicado
a cada problema: ao invés de começar com o homem, para então avançar até
chegarmos a Deus, devemos começar com o Senhor, para depois irmos descendo até
o homem—"No princípio ... Deus ..." Aplique esse princípio
à situação atual. Comece com o mundo em sua condição presente, procure
raciocinar até chegar a Deus: tudo parecerá comprovar que Deus não tem qualquer
ligação com o mundo. Comece, porém, com Deus, e venha gradualmente até o mundo;
e luz, bastante luz, projetará sobre o problema. Porque Deus é santo, a
Sua ira arde contra o pecado; porque Deus é justo, Seus juízos caem sobre
os que se rebelam contra Ele; porque Deus é fiel, cumprem-se as ameaças
solenes da Sua Palavra; porque Deus é onipotente, ninguém conseguirá
resistir-lhe, e, muito menos ainda, subverter-lhe o conselho; e porque Deus
é onisciente, nenhum problema pode vencê-lo, nenhuma dificuldade pode
frustrar-lhe a sabedoria. É exatamente porque Deus é o que é que estamos hoje
vendo na terra o que estamos vendo—o começo da execução de seus juízos. À vista
de Sua justiça inflexível e de Sua santidade imaculada, não poderíamos esperar
nada senão aquilo que agora se descortina perante os nossos olhos.” (A. W. Pink)
CLAVIO J. JACINTO
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Clavio J. Jacinto
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A FOME
A FOME
Há algo que irá acontecer em
breve, uma fome assolará a igreja, aliás
já começou. Uma fome diferente, porque não se trata de fome física, mas
espiritual. É certo que muitos pródigos já encontraram bolotas, e outros
aceitaram a oferta do diabo: transformar as pedras da incredulidade em pães
para saciar a própria fome. Mas há uma fome espiritual, ela procede de uma sede
também espiritual, e partir disso, haverá uma agonia. O pão da vida é
verdadeiro alimento, ele foi triturado desde a cruz, passou pelo fogo de todas
as provações, e então pode ser servido pela mensagem consagrada do Evangelho na
sua forma mais pura: os azimos da verdade. Mas onde estão os pregadores de
poder, não os emotivos com suas palhas de moinha, não os sarcásticos que
devoram os ouvintes por causa de uma insaciável e voraz desejo de fama e
aplausos. Não há poder da mensagem da
cruz se ela não for pregada por homens crucificados. Os púlpitos estão secos,
há pouco mantimento solido na igreja atual, o leite racional falsificado é
abundante, a fome começa assolar os que realmente são nascidos de novo, se você
não sente essa fome, se o seu coração não almeja por verdadeira comida e PR
verdadeira bebida, mas está tomando da sopa desse caldeirão místico, onde os
ingredientes são uma mistura muito eclética, ecumênica, com doses de
espiritualismo, ocultismo, psicologia, auto-estima, princípios de marketing,
esoterismo, heresias, legalismo, idolatria, materialismo, humanismo, é grande a
mistura dessa sopa servida na maioria dos púlpitos modernos. Essa mistura nunca
sustenta corações piedosos, ela cheira a veneno espiritual, é alimento tóxico,
é alimento adulterado, falsificado, causa debilidade e adoece a fé, o
verdadeiro alimento é Cristo é a sã doutrina (Tito 2:1). Onde encontra o homem regenerado uma mesa
farta cheia das iguarias celestiais, Os pegadores modernos não recolhem o maná
no deserto da oração o lugar secreto da comunhão divina, não desejam manejar
bem a Palavra da verdade, com as ferramentas espirituais adequadas para
apresentar sermões bíblicos, contextualizados, inspirados, apaixonados, cheio
de vida que brotam da Palavra viva e eficaz (Hebreus 4:12). Esse é um tempo de
fome, poucos são os regenerados, e de fato, poucos clamam por alimento solido
nesses dias de relativismo e materialismo. Por outro lado, a grande quantidade
de pregadores de marketing religioso se passam facilmente como se fossem profetas
celestiais, suas iguarias aguadas e contaminadas é a dieta de muitos cristãos
nominais que precisam saciar a fome voraz do ego, que quer ouvir somente o que
gosta de ouvir, a mensagem da cruz é intragável no âmbito da carnalidade, o velho
homem tem ânsias de vômitos quando lhe oferecem maná puro procedente do céu, a
Palavra de Deus eficiente e suficiente. Porém há famintos no mundo, homens e
mulheres que foram justificados pela fé, que nasceram do alto, estes como disse
Horatius Bonar, “Uma única cruz basta” a obra suficiente de Cristo na cruz,
agora essas almas piedosas precisam de
alimento solido para discernir o bem e o mal (Hebreus 5:13 e 14) “Eis que vem
dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão,
nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor’(Amós 8:11)
Clavio J. Jacinto
O Principio Adamico da Decadencia
Desde a queda a tendência humana
é a decadência moral, os sinais dessa
frouxidão podem ser vista logo após a expulsão de Adão e Eva, e o
primeiro homicídio, quando Caim mata Abel, até o capitulo 6 de Genesis, vimos a
aceleração da decadência moral e espiritual do homem, culminando no juízo do dilúvio.
O perigo da nossa época se emerge de dias condições dramáticas: o relativismo
moral e uma sociedade antideus. Todas as vezes em que uma civilização torna-se
secular, ela tende a elevar seus próprios altares e idolatrar suas divindades
sob o manto da ciência e da filosofia racional. O afrouxamento moral tende a
jogar os homens para a autodestruição, uma
sociedade sem absolutos morais detona-se a si mesma, a disseminação da
imoralidade traz conseqüências catastróficas para o homem, e a historia está
cheia de fatos que corroboram essa verdade de forma muita clara, para não ser
ignorada. Mas cria-se uma fantasia, estamos avançados, somos uma sociedade
intelectual e tecnológica, a ciência pavimenta a segurança moral, o homem não
precisa mais de religião, as crenças foram reduzidas a fenômenos químicos no cérebro, bem vindo a
utopia mais sagaz de todas, e o mundo agora está sendo movido por fios frágeis
da sabedoria humana, a eloqüência materialista promete o paraíso, e os bobos
acreditam. Sejamos coerentes, a catástrofe é iminente, nossa sociedade está voltando-se
para um animismo bárbaro tecnológico, ainda somos os mesmos desde Adão, este
não mais crido, mas as características que predominam esse homem
espiritualmente morto, estão ai. Agora temos maquinas possantes, discursos
pungentes e tentáculos de aço que movem imagens coloridas que encantam nossos
olhos e prendem nossa atenção. Não há duvida que os sentimentos perversos dos dias
de Noé emergiram do tumulo do tempo, estamos vendo a ressurreição da velha
imoralidade da lama do dilúvio, e para termos uma idéia de uma sociedade sem um
Deus verdadeiro, para a descrição de um povo antigo, os
cananeus, essa descrição foi feita por quem pesquisou e dominava muito bem os costumes
religiosos da antiguidade, e a pergunta que me vem a tona é, será que a sociedade render-se-á
novamente as praticas abomináveis em grande escala? Tudo indica que sim. “O
culto cananeu era socialmente destrutivo. Seus atos religiosos eram
pornográficos e enfermos, prejudicando gravemente as crianças, criando as
primeiras impressões de ídolos que não tinham interesse no comportamento moral.
Se tratou de dignificar pelo uso de etiquetas religiosas, depravados atos de
bestialidades e corrupção. Se menosprezou a vida humana. Se sugeriu que tudo
era admissível, a promiscuidade, o assassinato ou qualquer outra coisa, a fim
de garantir uma boa colheita. Não se levava em conta os valores mais altos,
tanto na família como na sociedade em geral. O amor, a lealdade, a pureza, a
paz, a segurança. E se sustentou a crença de que todas essas coisas eram
inferiores a prosperidade material, a satisfação física e ao prazer humano.
Essa era uma sociedade onde as coisas mais importantes eram autodestrutivas”
(Brown, The Message of Deuteronomy, Pagina 146)
Clavio J. Jacinto
O Homem Novo e o Homem Adâmico
O Homem Novo e o Homem Adâmico
No seu romance “O Senhor das
Moscas” William Golding narra a estória de um grupo de crianças sobreviventes de
uma tragédia, que chegam a uma ilha, a partir disso, uma liderança precisava
ser estabelecida para impor a ordem ao grupo, mas a rebelião de uma oposição
divide o grupo e o cenário se torna aterrador, crianças que pareciam
inofensivas e inocentes revelam uma malignidade assustadora que cresce na
medida em que as coisas perdem o controle. A leitura desse romance me fez pensar muito
sobre outro livro, este, não fictício : “
O Efeito Lúcifer” Do psicólogo comportamental Phillip Zimbardo. Zimbardo
mostrou de forma experimental como pessoas aparentemente boas, tornaram-se sádicas.
Assim de corações pacatos, emergiram características malignas. A pergunta que
sempre me vem a mente é: Um Filho de Deus, um coração regenerado, tende a tornar-se
uma pessoa extremamente maligna sob condições propícias a isso? Tendo em vista
que o regenerado é nova criatura (II Coríntios 5:17) feito em verdadeira
justiça e santidade (Efésios 4:24) é lógico que jamais pode comportar-se como
aquele insensível personagem de outro livro que trata da frieza da natureza
humana “O Estrangeiro” de Albert Camus, o Sr Meursault. Horatius Bonar em “A
Justiça Eterna” afirma que “O espírito de santidade é incompatível com e espírito
de escravidão”, eu diria algo mais além: O espírito de santidade é incompatível
com um espírito de malignidade. Que o homem na sua natureza adâmica, é depravado, é notável
nas palavras do apostolo Paulo como podem ser listas em Romanos 3:10 a 23, e é
doutrina bíblica, não apenas fatos que um psicólogo comportamental ou um escritor
pessimista observem. Mas é necessário afirmar que o homem que nasceu do alto,
precisa ter o espírito de Cristo (Romanos 8:9) “Mostrando toda a mansidão para
com todos os homens” (Tito 3:2) “Em mansidão de sabedoria” (Tiago 3:13) “Segue
a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão”(I Timóteo 6:11).
Assim é notável que Paulo fale sobre o fruto do Espírito e mencione a bondade e
a benignidade (Gálatas 5:22) “Porque o fruto do Espírito está em toda bondade,
e justiça e verdade” (Efésios 5:9). A s Escrituras atestam que o homem
regenerado “Produz um fruto pacifico de justiça nos exercitados por ela”(Hebreus
12:11) Jesus afirmou que os Filhos de Deus são pacificadores (Mateus 5:9) e
Pedro ensina que devemos nos revestir “No
incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de
Deus”(I Pedro 3:4) assim o homem que é um verdadeiro cristão deve ser manso
para com todos (II Timóteo 2:24) Como seguimos os passos de Cristo “Cristo
padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as duas pisadas (I
Pedro 2:21) Ele mesmo afirmou ser manso, e que deveríamos aprender com Ele
(Mateus 11:29). Assim, a conclusão é que o homem novo, regenerado, que nasceu
de novo, frutifica para fluir de dentro do coração a doçura de todas as
virtudes mais santas e justas, enquanto que um homem adâmico, morto em seus
pecados (Efésios 2:1 e 2) de acordo com as condições, acaba produzindo as obras
da carne (Gálatas 5:19 a 21)
Clavio J. Jacinto
João Fora da Moda
João Fora da Moda
A verdade tem um preço, ela é a mensagem dos heróis
bíblicos, e do deserto ao calabouço, a vida de João Batista vai ser interrompida
porque sua cabeça vai ser decepada e exposta como troféu do triunfo temporário
da maldade sobre a verdade. Olhe bem, pois essa é a vida de um verdadeiro
profeta em um mundo inóspito que jaz no maligno. Nada de glamour, nada de
aplausos, nada de show, e a espada, o sangue e a cabeça decepada. O dilema do
Batista é que a sua mensagem não era de auto-estima. Ele se importava com os
riscos, sua visão era real, equilibrada, notavelmente corajosa e
revolucionaria, olha para cristo e diz “Eis o cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (João 1:29) e te coragem de dizer o que poucos hoje em dia tem
coragem de fazer “Que ele cresça e que eu diminua”(João 3:30) ninguém quer ser
reduzido hoje em dia, não há atualmente caminho mais solitário do que o caminho
da santa humildade. Se não bastasse isso, a frouxidão moral que caracteriza a nossa
era, é cheia de gente que não quer perder a cabeça por causa de Cristo, antes
quer ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma. (Mateus 16:26) A essência da
vida espiritual de João Batista não era um apego ao mundo transitório, mas uma
submissão completa a vontade de Deus, e isso tem conseqüências. No caminho da
rejeição humana, o profeta precisa vestir-se contra os padrões religiosos
instaurados no sistema, precisa pregar contra o que os pecadores gostam de
ouvir, a proclamação profética de João era uma espada que perfurava egos
inflados, era uma faca cirúrgica que abria as profundezas da consciência humana
e revelava a condição enfermiça da natureza pecaminosa. Isso acaso é agradável aos orgulhosos? Ninguém
quer ser exposto desse jeito, por isso o profeta era rejeitado por aqueles que
não queriam que seus pecados fossem expostos, não entendiam eles que sem dar um
diagnostico correto, o homem perdido jamais pode aceitar a necessidade do único
remédio eficaz contra o pecado: A morte vicária de Cristo. A frouxidão moral torna o homem mais insensível
ao evangelho e quanto mais ama o mundo mais se sentirá ofendido quando se prega
contra suas ilusões. E João fazia isso com tanto zelo, que foi ceifado e
silenciado, infeliz é a época em que os homens não desejam ser incomodados pela
exposição de suas iniqüidades.
CLAVIO J. JACINTO
CLAVIO J. JACINTO
Davi e o Coração no Batismo da Graça
Davi o homem segundo o coração de
Deus,(I Samuel 13:14) não foi exatamente o tipo de perfeito de santo que muitos
legalistas sonham, a visão utópica de homens regenerados vivendo sob um manto
da integridade absoluta irrepreensível não se encaixa com os padrões bíblicos atribuídos
a Davi. Mas deixe-me me falar algo Davi
foi um homem segundo o coração de Deus, porque reconhecia suas falhas e
limitações, isso o fez descer aos descampados da humilhação, não somente forçou
a ver suas próprias impiedades quando exposto ao sol da justiça divina, ele
sentiu tudo isso, e percorreu o caminho da dependência da graça e da misericórdia
de Deus.(Salmos 51;1) Quando sentiu seu próprio pecado devorando sua alma e arruinando
seu coração ele correu para os braços da misericórdia(Salmo 57:1), e nesse caminho,
percorre até que encontra os degraus da ascendência na vida piedosa, por isso
da abundancia do pecado, abundou a graça,(Romanos 5:20) porque vendo a
devassidão monstruosa do coração, enxergando a destruição avalassadora que
provoca a iniqüidade, sentindo o asqueroso odor pútrido da impiedade, correu
para banhar-se nos perfumes da misericórdia de Deus, e isso basta! Havia uma arrogância
e uma carnalidade escondida no coração de Davi, e no tempo oportuno essas
coisas vieram a tona, surgiram quando Davi foi tentado, mas do fundo do poço,
ele não cavou mais no pecado, não chafurdou mais na lama da iniqüidade, do
reconhecimento do seu estado de miséria espiritual ele agarra-se nos braços da
graça de Deus, e ela tira ele de lá, e é assim que as coisas procedem em cada
homem regenerado, eles reconhecem suas misérias, e enxergam o quanto é ofensivo
aos olhos de Deus, seus pecados expostos a Liz da justiça divina, e então fogem sempre das coisas pervertidas,
ficam longe até mesmo da aparência do mal.(I Tessalonicenses 5:22) E descansam de
momento a momento, na misericórdia e na graça de Deus, e permanecem para sempre
em Cristo. Porque Ele diz: “O que vem a mim de maneira nenhum o lançarei fora”
(João 6:37)
Clavio J. Jacinto
Os Santos Devem Andar a Sós (A.W. Tozer)
Os Santos Devem Andar a Sós (A.W. Tozer)
A
maioria das grandes almas deste mundo foram almas solitárias. A solidão parece
ser o preço que o santo deve pagar pela sua santidade.
Na
manhã do mundo (ou talvez devêssemos dizer, naquela estranha escuridão que
surgiu logo após a alvorada da criação do homem), aquela alma piedosa, Enoque,
andou com Deus e já não era, porque Deus a tomou; e embora não seja dito
exatamente nessas palavras, pode-se muito bem inferir que Enoque seguiu por um
caminho bem diferente daquele de seus contemporâneos.
Abraão
tinha Sara e Ló, assim como muitos
servos e pastores, mas quem pode ler a sua história e o comentário apostólico
sobre ela sem sentir imediatamente ser ele um homem "cuja alma se
assemelhava a uma estrela e habitava na solidão"? Ao que sabemos, Deus
jamais se dirigiu a ele quando acompanhado por outras pessoas. Abraão se
comunicava diante do seu Deus, e a dignidade inata do homem proibia que
assumisse esta postura na presença de outros.
Como
foi doce e solene a cena naquela noite do sacrifício quando ele viu o
fogo movendo-se entre os pedaços da oferta. Ali, sozinho com o horror da grande
escuridão à sua volta, ele ouviu a voz de Deus e soube que tinha sido marcado
com o favor divino.
Este capítulo
foi originalmente escrito
para a revista
"Eternity," sendo
usado aqui com a permissão da mesma.
Moisés
foi também um homem separado. Embora ainda tivesse ligação com a corte do
Faraó, ele fazia grandes caminhadas sozinho. Durante um desses passeios,
enquanto estava ainda longe da multidão, ele viu um egípcio e um hebreu
brigando e foi em auxílio de seu conterrâneo. Depois do rompimento com o Egito,
que resultou desse ato, ele habitou em quase completa reclusão no deserto. Ali,
enquanto vigiava sozinho seu rebanho, o prodígio da sarça ardente surgiu diante
dele e mais tarde, no alto do Sinai, ficou abaixado, sozinho, para contemplar
em fascinado terror a Presença, parcialmente oculta, parcialmente revelada,
dentro da nuvem
e do fogo.
Os
profetas das eras pré-cristãs eram muito diferentes uns dos outros, mas uma
coisa que tiveram em comum foi a sua solidão forçada. Eles amavam seu povo e se
gloriavam na religião dos pais mas sua lealdade ao Deus de Abraão, Isaque e
Jacó, e seu zelo pelo bem-estar da nação de Israel os afastou da multidão,
lançando-os em longos períodos de isolamento. "Tornei-me estranho a meus
irmãos, e desconhecido aos filhos de minha mãe" (Sl 69:8), clamou um
deles e sem saber falou por todos os demais.
A
visão mais reveladora foi a dAquele de quem Moisés e todos os profetas
escreveram, seguindo solitário para a cruz. Sua profunda solidão não foi
mitigada pela presença das multidões.
£ meia-noite e
no alto do monte das Oliveiras As estrelas que brilhavam esmaeceram; É
meia-noite agora no jardim, O Salvador que sofre ora sozinho.
É meia-noite e
afastado de todos, O Salvador luta só com seus temores; Nem mesmo o discípulo a
quem amava, Observa o sofrimento e as lágrimas do Mestre.
William
B. Tappan
Ele
morreu só na escuridão, oculto aos olhos do homem mortal e ninguém observou
quando ressurgiu triunfante, deixando a sepultura, embora muitos o vissem mais
tarde e testemunhassem quanto ao que viram. Existem coisas sagradas demais para
qualquer olho observar além do de Deus. A curiosidade, o clamor, o esforço
bem-intencionado mas sem jeito,
podem prejudicar cm vez
de ajudar a alma que espera e
tornar improvável senão impossível a
comunicação da mensagem secreta de Deus ao coração do adorador.
Algumas
vezes reagimos com uma espécie de reflexo religioso e repetimos
obrigatoriamente palavras e frases adequadas, embora elas não expressem nossos
sentimentos reais e lhes falte a autenticidade da experiência pessoal. Isso
está acontecendo agora. Uma certa lealdade convencional pode fazer alguém que
ouça esta verdade pouco familiar expressa pela primeira vez dizer com animação:
"Oh, nunca me sinto sozinho. Cristo afirmou 'Não te deixarei nem te
desampararei', e 'Estarei contigo para sempre'. Como posso sentir-me solitário
quando Jesus está comigo?"
Não
quero julgar a sinceridade de qualquer alma cristã, mas este testemunho é
demasiado típico para ser real. Trata-se evidentemente do que o indivíduo pensa
que deveria ser verdadeiro em lugar do que provou ser verdade mediante o
teste da experiência. Esta alegre negativa da solidão prova apenas que a pessoa
jamais andou com Deus sem o apoio e ânimo supridos pela sociedade. A sensação
de companheirismo que ele erradamente atribui à presença de Cristo pode ter
origem, e provavelmente tem, na presença de amigos. Lembre-se sempre: você não
pode levar a cruz acompanhado. Embora o homem possa estar cercado por uma
imensa multidão, a sua cruz lhe pertence e o fato de carregá-la faz dele um
ente à parte. A sociedade se voltou contra ele, caso contrário não teria uma
cruz. Ninguém mostra amizade pelo homem com uma cruz. "Todos deixando-o.
fugiram."
A
dor da solidão está ligada à constituição de nossa natureza. Deus nos fez uns
para os outros. O desejo de companhia é completamente natural e certo. A
solidão do crente nasce do seu andar com Deus num mundo ímpio, um caminhar que
freqüentemente o afasta da companhia de bons cristãos assim como do mundo
não-regenerado. O instinto que lhe foi concedido por Deus clama por manter
amizade com outros que se identifiquem com ele, outros que possam compreender
seus anseios, suas aspirações, sua absorção no amor de Cristo; e pelo fato de
no seu círculo de amigos serem tão poucos os que partilham de suas experiências
íntimas, ele é forçado a andar sozinho. O anseio insatisfatório dos profetas
pela compreensão humana levou-os a queixar-se em voz alta e chorar, e até o
Senhor também sofreu assim.
O
homem que entrou na presença divina numa experiência interior real não
encontrará muitos que o compreendam. Uma certa fraternidade social lhe será
naturalmente oferecida enquanto se mistura com pessoas religiosas nas
atividades regulares da igreja, mas verdadeiro companheirismo espiritual vai
ser difícil de achar, embora não deva esperar outra coisa. Afinal de contas,
ele é um peregrino e a jornada empreendida não é feita com os pés, mas com o
coração. Ele anda com Deus no jardim de sua própria alma — e quem senão Deus
pode andar ali com ele? O seu espírito difere do das multidões que caminham
pelos pátios da casa do Senhor. Ele viu aquilo que elas só tiveram oportunidade
de ouvir, e anda em seu meio como Zacarias andou depois de sua volta do altar
quando o povo sussurrou: "Teve uma visão".
O
indivíduo verdadeiramente espiritual é de fato extravagante. Não vive para si
mesmo mas para promover os interesses de Outro. Ele procura persuadir as
pessoas a darem tudo de si ao Senhor e não pede qualquer porção para si mesmo.
Compraz-se em ver seu Salvador glorificado aos olhos dos homens, e não em
receber honras pessoais. Sua alegria é ver seu Senhor promovido e ele próprio
negligenciado. São poucos os que desejam trocar idéias com ele sobre o objeto
supremo do seu interesse, e fica então no geral silencioso e preocupado em meio
às conversas religiosas barulhentas e triviais. Ganha assim a reputação de ser
aborrecido e sério em excesso, sendo evitado e alargando cada vez mais o abismo
entre ele e a sociedade. Busca amigos em cujas vestes pode sentir o aroma da
mirra e do aloés saídos de palácios de marfim, mas encontrando poucos ou
nenhum, como Maria fez antigamente, guarda essas coisas em seu coração.
Justamente
essa solidão o faz lançar-se de volta a Deus. "Quando meu pai e minha mãe
me abandonarem, então o Senhor me tomará para si." Sua incapacidade de
encontrar companhia humana o leva a buscar em Deus o que não descobre em lugar
algum. Aprende em solidão interior o que jamais poderia ter aprendido junto à
multidão — que Cristo é Tudo em Todos, que Ele foi feito para nós sabedoria,
retidão, santificação e redenção, que nEle temos e possuímos o summum bonum da
vida.
Duas
coisas precisam ainda ser ditas. A primeira é que o homem solitário que
mencionamos não e arrogante, nem é o tipo "mais santo do que tu"
amargamente satirizado na literatura popular. Com toda probabilidade sente-se o
mais insignificante de todos os homens e culpa-se a si mesmo de sua solidão.
Quer partilhar seus sentimentos com outros e abrir o coração a alguém cuja alma
se identifique com a sua, mas o clima espiritual que o rodeia não o anima e
permanece então em silêncio, contando suas mágoas somente a Deus.
A
segunda coisa é que o santo solitário não é o homem arredio que endurece o
coração contra o sofrimento humano e passa os dias contemplando os céus. O
oposto é verdade. Sua solidão o faz acolher com simpatia os que têm o coração
partido, os que caíram pelo caminho e os que foram manchados pelo pecado. Por
achar-se desligado do mundo, tem muito maior capacidade para ajudá-lo. Meister
Eckhart ensinou seus seguidores que se estivessem orando como para serem
transportados para o terceiro céu e acontecesse lembrarem de uma pobre viúva
que precisava de alimento, deviam interromper imediatamente a oração e ir
cuidar da viúva. "O Senhor não permitirá que percam nada com isso",
disse-lhes. "Podem retomar a oração no ponto em que a deixaram e o Senhor
irá aceitá-la da mesma forma". Isto é típico dos grandes místicos e
mestres da vida interior, desde Paulo até hoje.
A fraqueza de tantos cristãos modernos é que eles se
sentem à vontade no mundo. Com seu esforço para conseguir um "ajuste"
agradável à sociedade não-regenerada, eles perderam seu caráter de peregrinos e
se tornaram uma parte da própria ordem moral contra a qual foram enviados para
protestar. O mundo os reconhece e os aceita pelo que são. E esta é justamente a
coisa mais triste que pode ser dita a seu respeito. Não são solitários mas
também não são santos.
Zelo pelo Testemunho
Zelo pelo Testemunho
Todo Escândalo é uma pedra que se
joga no evangelho, toda vida cristã superficial é uma arma usada pelos inimigos
do evangelho para tentar desmentir a veracidade da Palavra de Deus, assim Paulo
era testemunha de que os judeus tinham zelo sem entendimento (Romanos 10:2) mas
o sábio Salomão já tinha advertido: “Não é bom ter zelo sem entendimento” então
segue a regra: Tenha uma fé verdadeira, tenha um zelo vigoroso pelo evangelho,
pois as pessoas se impressionam mais pelas nossas convicções profundas do que
por uma lógica mais elevada. Ora, a vida cristã na sua expressão mais pura e
mais espiritual é Cristo vivendo em nós, e nós vivendo em Cristo. Foi Agostinho
quem certa vez advertiu: “Tenha cuidado para que a sua vida não transcorra
contraria ao testemunho da sua boca” Assim, devemos nos ter zelo com
entendimento, vivendo num incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo (I
Pedro 3:4) vivemos numa época de escândalos e relativismo moral, muito parecida
com a época de Isaias quando ele proferiu essas palavras: “A verdade anda
tropeçando pelas ruas” (Isaias 59:14) o verdadeiro cristão porém, ainda que em
tempos difíceis, vive em verdadeira justiça e santidade (Efésios 4:24) assim
procede da teologia de Paulo: Todavia o fundamento de Deus fica firme tendo
este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de
Cristo, aparte-se da iniqüidade (II Timóteo 2:19)
Clavio J. Jacinto
Filhos Prodigos no Mundo Secular
A pomba que Noé libertou da arca sobrevoou os vastos mares que
engolfaram o mundo devastado pelo juízo divino, ela porém não encontrou abrigo
e procurou de novo o refúgio no grande navio. Da mesma forma muitos se
afastam das verdades das verdades absolutas do evangelho, usando asas de
independência partem em busca de horizontes distantes num mundo secular e
relativista. Mas, como a pomba cansada, ao longo dos anos, muitos precisam
retornar à certeza imutável da Palavra de Deus, pois após anos de fuga sem rumo,
não encontram um verdadeiro sentido para a vida e nem mesmo encontram as
respostas para as questões fundamentais da existência. Quando uma geração
começa a se afastar do Evangelho, a geração seguinte a encontra de novo,
apegando-se tenazmente a seus ensinamentos, como se fossem os primeiros a
descobri-los. Não há como encontrar
iluminação espiritual fora de Cristo, os homens podem buscar luz espiritual na
vastidão do mundo arruinado pela queda, mas só em Cristo e na sua obra
redentora alcançarão a paz e a luz que tanto anseiam para peregrinar com
segurança pelos caminhos da vida.
Clavio J. Jacinto
O texto é uma tradução, seguido de acréscimos ao texto original para dar
a devida relevância a mensagem. Texto original encontra-se em:
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Clavio J. Jacinto
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