Critérios, Bases Para a Excelência Espiritual

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Ano passado, eu preguei um sermão sobre a virtude de ser um cristão criterioso, tomei como exemplo a Igreja de Efeso. Os cristãos desta igreja puseram à prova os que afirmavam ser apóstolos, mas foram desmascarados, pois eram falsários (Apocalipse 2:2). Ser criterioso é ser nobre como os bereianos (Atos 17:11). A base para a excelência espiritual ao nível pessoal é ter um critério exigente. Tudo na vida segue essa regra, a vida cristã não é uma exceção!

A propósito, nem sempre o que ensino tem um efeito, a Palavra de Deus não é a regra para a maioria dos evangélicos que conheço. Depois de meu sermão, as coisas até pioraram, fatos que comprovam a indisposição de pagar o preço para viver a verdade e amá-la, pois se o Espírito Santo lança uma luz sobre um tema fundamental, a reação do cristão genuíno é submeter-se a essa verdade.

Hoje em dia, precisamos de critérios! É uma excelência inegociável, dois mil anos se passaram, e as coisas pioraram muito, como poderíamos então ser indiferentes quanto a isso?

Os cristãos de Efeso foram elogiados pelo Senhor, puseram à prova alguns que se autointitulavam apóstolos, mas eram enganadores. Discernimento espiritual é uma bússola necessária para o peregrino que atravessa os dias difíceis.

Quais conselhos dou, tomando como padrão Apocalipse 2:2. A essência normativa da passagem revela que os cristãos de Efeso eram criteriosos, sabiam discernir o que era fato e o que era engano. Esse critério nos conduz para uma excelência pelos seguintes motivos:

1 - Iremos escolher que tipo de música devemos ouvir e cantar. A música gospel está carregada de heresias, egocentrismo e humanismo, músicas mais voltadas para a emoção do que para a adoração. A música cristã vem perdendo sua sacralidade, precisa satisfazer a cristãos carnais, é o sucesso que interessa, raramente alguém vai ser criterioso ao ponto de cantar para louvar a Deus e induzir os ouvintes à adoração. Outra decadência na música cristã contemporânea pode ser vista como um meio de entretenimento, o culto precisa do “show” musical, presenciei cultos em que a música ocupa cerca de 80% do culto, o efeito não é outro senão cristãos cansados de tantas músicas que já não desejam afetuosamente a Palavra de Deus. Um cristão criterioso irá cantar e ouvir hinos espirituais, ele estará atento quanto ao caráter sacro de uma música, não deseja colocar elemento estranho no culto.

2-O tipo de pregador que procura ouvir.  Aqui temos outro critério importantíssimo. Em nossos dias, há uma enxurrada de pregadores ruins, hereges, apostatas, as redes sociais abriram as portas para todo tipo de pregação, e a maioria dos pregadores segue a tendência da moda. Há um profissionalismo, técnica de persuasão, manipulação e hipnose que muitos pregadores usam para distrair, manipular, envolver, emocionar e persuadir seus ouvintes. Pregadores bíblicos, consagrados à arte da pregação temática, textual e expositiva, são poucos.  Também são poucos os que realmente querem ouvir esse tipo de pregadores. Ouvir um bom pregador é receber um bom alimento espiritual, ouvir pregadores ruins é abrir o coração para o espírito do erro.

3-A qualidade da Igreja que você frequenta. Este é um critério essencial, pois a igreja bíblica terá pregadores bíblicos e músicas de adoração. Nunca essa escolha pode ser tão fundamental quanto a escolha do lugar que você deseja frequentar. Mas é lógico que há uma dificuldade em encontrar uma igreja que tenha esses padrões hoje em dia. Muitas das vezes pode ser um grupo pequeno, portanto só um cristão criterioso deseja frequentar um grupo pequeno. Se a sua escolha for sair de um lugar lotado de frequentadores de culto, mas está imersa em fogo estranho, ele pode abrir mão da multidão para seguir um pequeno rebanho.

4-O tipo de literatura que você lê. A menos que seja um apologista que precisa pesquisar a literatura das seitas e dos hereges, devemos tomar cuidado, ser criteriosos com o tipo de livro religioso que iremos ler ou dar para alguém. Assim como um bom livro espiritual pode edificar o cristão, livros ruins podem arruiná-lo. As seitas mantêm à disposição muita literatura gratuita, tome cuidado! O mercado evangélico de livros visa mais o lucro do que a sã doutrina. Não há um compromisso sério com a verdade. Essa falta de critério com a sã doutrina e a ortodoxia cristã torna o mercado editorial deficiente e até perigoso.

5-A tradução da sua Bíblia. Sim, é importante que sejamos criteriosos quanto a isso, pois o mercado editorial, repito, não está mais comprometido com a verdade, mas com o lucro, raras são as exceções. Mas veja bem, se há tantas versões tão diferentes quando comparadas, então isso significa relativismo. Aqui temos um assunto pouco discutido entre cristãos, versões diluídas, paráfrases, modernistas, influenciadas pela alta crítica e até mesmo pelo movimento nova era, estão no mercado. Talvez o leitor não tenha o mínimo senso crítico acerca dessa verdade, mas quero deixar aqui um exemplo. Recentemente li o argumento de um universalista que citou Efésios 4:6 para provar que Deus está em todos os homens. Ele usou uma versão moderna, mas quando lemos uma versão corrigida e “antiquada” como supõem alguns, como a ACF, ao lermos Efésios 4:6, entendemos claramente que Deus está com todos os cristãos de Éfeso. Ao omitir “com vós” ou “convosco”, o versículo citado serviu de apoio até para um adepto da Nova Era que deseja citar um versículo da Bíblia para apoiar a ideia de que um não cristão também tem Deus no coração.

6-O tipo de cristãos que deseja ter comunhão e amizade.  Se um cristão não for criterioso quanto a isso, será um desobediente. Paulo admoesta que um herege deve ser evitado (Efesios 3:10). Há um princípio natural que serve também para a vida espiritual: quando um doente e um saudável andam juntos, o doente não pega a saúde do saudável, é sempre o oposto, o doente contamina o saudável. Isso se aplica ao tipo de amizades e comunhão que temos, cristãos espiritualmente saudáveis são as melhores escolhas para uma amizade.

7-O tipo de roupas que devemos vestir. Sim, isso é importante, pois o mundo tende a promover o erotismo, enquanto o cristão a santidade. Não se trata de legalismo, mas de prudência, coerência e santidade. O cristão deve ser criterioso quanto a isso, deve se vestir para a glória de Deus. Na filosofia hebraica antiga, o corpo é a expressão visível da condição da alma. Creio que essa verdade é ensinada de modo implícito no Novo Testamento, um interior santo reflete no exterior, ao contrário da natureza de um hipócrita que usa uma aparência exterior falsa para esconder a verdadeira, a natureza corrupta do coração. Veja que Paulo ensinou esse critério de forma muito clara em I Timóteo 2:9, com pudor e modéstia.

 

Conclusão: um cristão criterioso é como um justo que encontrou a glória do evangelho, que caminha na luz da verdade, o caminho da excelência espiritual, em direção ao dia perfeito.

 

 

Clavio J. Jacinto

 

A Crise Moral e Espiritual dos Nossos Tempos

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Introdução

A crise que enfrentamos hoje representa um defeito moral preocupante, uma covardia que se manifesta dos púlpitos. Uma geração inteira de líderes e pregadores do evangelho sucumbe a essa onda nefasta contra as verdades fundamentais do Evangelho. A razão subjacente para essa tendência é, sem dúvida, de natureza apóstata.

Quais conseqüências eternas as almas enfrentaram no futuro se forem enganadas por um falso evangelho que lhes garante uma salvação sem arrependimento e regeneração?

 

O abismo que enfrentamos

Nosso mundo “gospel” está descendo para um abismo, e os muros de proteção estão se deteriorando. Os pregadores de hoje parecem mais interessados ​​em entregar uma mensagem de aceitação social generalizada, enraizada na satisfação dos corações de homens pecadores. O mundo deseja uma forma inclusiva de cristianismo que sirva como um anestésico para a consciência, evitando um apelo radical ao drama interior de cada coração. Essa marca de progressismo espiritual leva uma marca distinta, a sua mensagem central: exaltação emocional e humanismo, fomentando uma expectativa universalista e positivista em relação à vida após a morte ignorando todos os ensinos bíblicos com relação ao método como Deus salva os homens na dispensação da graça.

A mudança na pregação

Além disso, há uma ênfase exagerada no utilitarismo que promove uma visão psicodélica entre os ouvintes. Isso também inclui um discurso que aborda os desejos materialistas e egoístas da nossa geração.

A omissão como fator-chave

Como podemos perceber e concluir que isso é um fato? Observando a omissão! temos aqui um pecado de omissão! Os pregadores tendem a omitir o que não está mais na moda, priorizando a satisfação do ouvinte acima de tudo. Essa omissão voluntária é proporcional aos movimentos sociais e é intencional, baseada na satisfação dos corações humanos em vez do coração de Deus. Como resultado, é cada vez mais raro encontrar pregadores que discutem certas doutrinas bíblicas que são consideradas hoje em dia como ofensivas e destruidora de sonhos egoistas.

Doutrinas frequentemente omitidas dos púlpitos ocupados por esse tipo de pregadores.

A Doutrina do Pecado

Discutir o pecado e suas consequências, bem como a natureza extremamente maligna dos pecados socialmente tolerados, está fora de moda. Questões como mentira, engano, hipocrisia, egoísmo, ganância, gula, embriaguez, idolatria, sensualidade, mundanismo e filosofias demoníacas continuam a manchar o ambiente espiritual de nossas instituições cristãs. O discurso moderno do púlpito omite cuidadosamente todos esses pecados e muitos outros. A congregação não pode ser ofendida ou dispersada por algo considerado "espiritualmente pesado" como pregações que denunciam e revelam a natureza maligna do pecado e as consequências devastadoras que ele causa na sociedade atual e no futuro das almas impenitentes.

A Doutrina do Inferno Eterno

Essa doutrina não é mais popular e está sendo cada vez mais omitida. Alguns pregadores atuais em nosso país ainda abordam o tópico seriamente, mas observe as “megaigrejas” e as mensagens transmitidas por seus líderes. Os temas abordados em seus sermões refletem a omissão contínua desse tema, pois a doutrina da condenação eterna e do julgamento final não são mais tópicos populares que agradam a um público descrente ou mesmo aos cristãos modernos. A abordagem mercantil e materialista do cristianismo depende do marketing religioso para sobreviver; sem uma boa dose de dinheiro injetada na religião de consumo, ela não prospera. Sem mensagens atraentes, os congregantes irão embora. Assim, discussões sobre tópicos que ofendem e são desagradáveis ​​interrompem a atmosfera festiva, comemorativa e comunitária entre as pessoas religiosas. Estamos vivendo dias difíceis e perigosos!

Evitando falar sobre a natureza santa, justa e punitiva de Deus

Há uma ênfase desgastante no amor de Deus, acompanhada pela omissão completa de tudo o que represente um Deus que odeia a maldade, a iniqüidade e a rebelião e pune um mundo que jaz no mal, uma sociedade global que está trabalhando continuamente para multiplicar a iniquidade e se rebelar contra seu Criador. Portanto, discussões sobre o caráter santo e justo de Deus são evitadas, sempre focando na salvação que Ele oferece e nunca na condenação advertida nas Escrituras sobre iniquidade, rebelião e pecado. O declínio dessa nova teologia, moldada pelo modernismo, resultou em uma divindade servil disposta a atender e servir às paixões e caprichos da criação. Uma nova forma de idolatria criou raízes nessa plataforma modernista/humanista. É lamentável testemunhar um deslizamento tão contínuo por essa ladeira abissal.

Conclusão

Abstive-me de apresentar versículos bíblicos, deixando deliberadamente este artigo aberto para que o leitor tome a iniciativa de explorar o Novo Testamento. Encorajo você a descobrir por si mesmo o caráter e a qualidade da pregação de Cristo e dos apóstolos, e o que os 27 livros ensinam sobre a doutrina e a seriedade do pecado, suas consequências quanto à condenação eterna e a natureza santa e justa de Deus. Seria benéfico para o leitor se envolver nesta nobre experiência d estudo particular, até porque esta será uma característica de um bom cristão que, por meio do estudo cuidadoso desses temas, fortalece suas convicções com as verdades inegociáveis ​​da fé e da história bíblica cristã, e terá discernimento para perceber esse problema a sua volta.

 

C. J. Jacinto

Como Ser Luz Espiritual em Meio á Escuridão dos Ultimos Tempos

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Como Ser Luz Espiritual em Meio à Escuridão dos Ultimos Tempos

 


 

 

Verdades inegociáveis da fé cristã que não podem ser suprimidas, mas devem ser ensinadas quantas vezes for possível e quantas vezes forem necessárias.

Devem ser proclamadas por todos os cristãos bíblicos e verdadeiros, deve ser nosso testemunho publico.

Deve ser nossa identidade verbal

A voz do cristão não deve calar, não deve ser submetida ao modernismo não deve se recuar perante a apostasia.

 

1-    A Divindade de Cristo: Jesus Cristo foi verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Paulo fala que isso é um grande mistério (I Timóteo 3:16) mas é um mistério revelado. João afirma que Cristo é o Logos (Verbo encarnado) como o Logos entendemos um principio pessoal todo-poderoso que arquitetou, organizou, gerencia e mantém em ordem todos os átomos da criação cósmica. Ele tem em suas mãos a chave da morte do inferno, é o alfa e o Omega, o princípio e o fim e ele mesmo declarou que todo o poder foi dado a Ele no céu e na terra. Adjunto a sua divindade está a sua majestade, sentado a destra de Deus nas maiores alturas corresponde na mesma posição de autoridade com o pai. (Hebreus 1:1)

2-     A Obra consumada e perfeita de Cristo na Cruz: é o testemunho de todo o Novo Testamento, uma leitura cuidadosa da Epistola aos Hebreus dissipa todas as nossas duvidas. Os méritos da obra de Cristo e tão somente os méritos da obra expiatória e redentora realizada uma vez por todas na cruz podem salvar os pecadores. Quanto a isso, Cristo é o autor da fé, o Novo Testamento é um testemunho solido, concreto, definitivo de que em suas paginas se encontram a realidade espiritual mais elevada, em suas paginas vimos ser Cristo ser o centro absoluto, o cristocentrismo neotestamentario é um absoluto inegociável e desviar o cristão desse foco fundamental, essência, verdadeiro constitui um pecado gravíssimo contra o ensino apostólico.

3-    A ressurreição de Cristo: foi uma ressurreição real, verdadeira em todos os sentidos, material, de corpo glorificado, a parte humana do Verbo ressuscitou literalmente, essa é uma proclamação a prova de fogo que a Igreja de Atos se submeteu e nunca negociou alternativas ou cedeu a essa suprema verdade. Paulo em I Coríntios 15 defendeu a ressurreição de Cristo e de todos os mortos, sem ressurreição de Cristo não há redenção, salvação, justificação, perdão, regeneração, esperança, imortalidade e vida eterna.

4-    O Segundo advento triunfante de Cristo; Novamente temos o testemunho de todo o novo Testamento, I e II Tessalonicenses, I e II Pedro, Apocalipse e outros escritos do Novo Testamento e do Antigo Testamento que apontam inexoravelmente para o grande dia do retorno triunfante do Cristo glorificado e vencedor.

Conclusão: Proclame e testemunho acerca dessas verdades preciosas, não te cales, não emudeças a tua voz. proclame a tempo e fora do tempo sobre essas verdades, mesmo que os outros te chamem de louco, pois no dia do juízo todo o universo testemunhará que o verdadeiro cristão foi o homem mais sóbrio de todos e loucos foram os que não creram no evangelho da graça de Deus.

 

C. J. Jacinto