(Zoe+Stauros)





I-
No desterro do monte foi seu ultimo brado
Quando em alma pura de Cordeiro morreu
Nas amargas penas de um cruel madeiro
Num clamor eufônico do “Está consumado!”
II-
As dores profundas desse escarmento
Que da candidez do santo coração expõe
Nos espinhos da coroa de mórbida difamação
Só a ressurreição traz o doce orvalho alento
III-
Aos efeitos de tão terrível  e nefasta agrura
Quando cessaram os gemidos do véu interior
Nessa entrega  tão vasta de santo e lindo amor
Dá ao inquieto miserável, a esperança futura
IV-
Oh! Deus Santo que na terra o Filho esvaziado
Cheio dos meus pecados  rasgou-se em tantas suturas
Nas chagas de um corpo vivo e tão triturado
Sofre a expiação nas negras tonalidades mais duras
V-
Teu único Filho morrendo por nós pecadores
Na alma crava-se o prego de maldito terror
Pois nesse mar absinto de todas as grandes  dores
A santa dádiva de teus atos de nos dar amor.

(Clavio J. Jacinto)

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