OS PERIGOS DA LECTIO DIVINA



LECTIO DIVINA.


Trata-se de uma pratica antiga, desenvolvida por místicos católicos a partir de Agostinho de Hipona, ela se tornou uma pratica popular medieval com propósitos de se alcançar experiências místicas, foi difundido a partir das regras monásticas desde o ano de 220 dc
A tradição mística atribui a essa pratica o pode da experiência espiritual, seu método é simples e metal, basta seguir a pratica do relaxamento, seguida de uma purificação mental, exercício de respiração, e a recitação do versículo bíblico ou passagem escolhida para a recitação. A escolha da passagem ou versículo das Escrituras seguem pelo menos quatro passos que irão conferir experiência ao místico:
A leitura (Lectio em latim) de forma repetitiva com total concentração em cada palavra verbalizada até encontrar  algum  sentido delas, esse seria o meio pelo qual encontraria de forma subjetiva um sentido para a voz de Deus. EM seguida após a leitura segue a meditação sobre as palavras lidas, trata-se de uma maneira puramente individual de tentar extrair algo de um texto bíblico de forma isolada e completamente fora do contexto. O método também segue uma oração, porém é notável que do exercício sobre o livro sagrado não tem qualquer conotação exegética, é puramente subjetivo e não exige o raciocínio ou qualquer regra de hermenêutica. Por ultimo temos a contemplação, a Lectio Divina segue o propósito de tentar escutar a Deus sem entender o significado contextualizado do texto, não segue nenhuma regra ou método gramatical, o padrão é um simples sentimento do que o coração do praticante pode exercer  ensina das disciplinas espirituais correspondentes a lectio Divina (Lectio, Meditatio, Oratio, contemplatio)
Os perigos são óbvios, a abertura para a mente em bisca de experiências espirituais desligando o discernimento espiritual é uma abertura para espíritos enganadores. Trata-se de um método perigoso, Jesus nunca usou a bíblia dessa maneira. As Escrituras na visão ortodoxa do Salvador tinham princípios aplicativos dentro da lógica não emancipada da sobriedade. Não é seguro tentar ouvir vozes enfraquecendo a própria mente de maneira a abandonar um raciocínio lógico ou intelectual, pois os últimos dias estão sinalizados por vozes que imitam a verdade, porém são falsificações espirituais que promovem a danação da alma humana (I Timóteo 4:1) essa pratica de usar as Escrituras parece ter mais características gnósticas do que ortodoxas. Não há revelações especiais encima do texto, um código secreto que precisa ser decifrado com exercícios espirituais como sugere os praticantes do Lectio Divina. Desconectar um texto e isolá-lo de uma passagem no seu todo parece ter sido um método que o diabo usou na tentação em Mateus 4 quando citou o Salmo 91.

SENDO VIVA E EFICAZ (Hebreus 4:12) A  Palavra de Deus deve ser aplicada e estudada dentro de seu contexto “Conferindo uma coisa com a outra para achar a razão delas” (eclesiastes 7:27) precisamos discernir as coisas espirituais (I Coríntios 2:15) de outra forma, seremos vitimas de enganação (Gálatas 1;8 com II Coríntios 11:14) não se deve usar a bíblia de forma inadequada como via de abertura para experiências subjetivas e provocar estados alterados de consciência, usar versículos de forma repetitivas com o intuito de buscar experiências místicas não é uma pratica muito diferente daquelas usadas por místicos orientais que usam mantras e palavras magias na tentativa de alcançar os mesmos propósitos.
Infelizmente movimentos pós-cristãos emergentes e carismáticos têm introduzido e promovido abertamente práticas místicas oriundas do catolicismo medieval, essa abertura além de revelar um flerte apaixonado com o ecumenismo, é um mergulho para dentro de um subjetivismo experiencial perigossimo que promove uma apostasia em larga escala, pois vicia os praticantes no sentimentalismo e essas praticas os tornam dependentes de emoções, revelações, êxtases etc.
Lembremos da Palavra de Jesus em Mateus 7:24 e estejamos atento de que o HOMEM PRUDENTE, é aquele que ouve a Palavra de Deus e pratica, este estará seguro, é sábio é sensato e é santo.

Clavio J. Jacinto

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