O SAGRADO E O SECULAR
O contraste de dois
personagens, um representa a mente cristã e outro a mente secular. Um leva ao equilíbrio
existencial e o outro ao desastre psicológico.
O primeiro: Jesus Cristo
Foi um personagem histórico
revolucionário, o filosofo René Girard disse acerca dele: “Jesus não jogou o
jogo da cultura, um jogo defensivo e ofensivo num sistema em que a violência era
a rainha”. Esse era um contraste gritante para sua época, por isso o triunfo
sem espada era uma impossibilidade. A voz mansa e suave confronta um mundo
religioso e político completamente hostil a mansidão e a paciência. Assim, de
antemão, cito o teólogo luterano John Theodore Mueller, na sua Dogmática Cristã
ele conclui que “Em virtude de sua origem, o cristianismo não pertence á
categoria de religiões humanas”. Cristo veio tocar o intocável, resgatar o que
parecia ser espiritualmente irrecuperável, amar o que não merecia ser amado,
buscar o que estava completamente perdido, e dessa postura integra, desfalece o
mérito humano, o assombro das ações que percorrem esse caminho é: “O Verbo se
fez carne” (João 1;14) assim procede as palavras do teólogo George Ladd: “A fé
judaico cristã não se originou da especulação filosófica ou de experiências místicas.” Por trás da sua humanidade estava um espírito
cuja sublimidade transcende totalmente a experiência humana, John Piper admite:
“A glória de Cristo não é fácil de ser compreendia. é um conjunto de qualidades
extremamente diversificadas em uma só pessoa”. A singularidade de Cristo pode
ser observada nas palavras de W. E. Vine: “Era necessária uma pessoa que
tivesse uma compreensão adequada da natureza e das exigências de Deus, e que também
fosse comprovadamente livre de roda contaminação do pecado. Devia ser alguém que
sofresse a maldição da lei que fora violada; do contrario o seu sofrimento
seria em seu próprio favor, e, conseqüentemente, nenhuma vantagem judicial
poderia resultar disso em favor de outros. devia, além do mais, colocar-se sob
o domínio da lei a fim de que pudesse ser posto a prova por ela. Mas havia um Só
ser que poderia preencher como de fato preencheu todas aquelas condições...”
Assim Cristo vem ao mundo como o bom pastor em busca de pobres ovelhas perdidas
(João 10:11) a luz que ilumina a inteligência humana e concede a verdadeira
sabedoria filosófica e espiritual (João
8:12) em si mesmo revela a verdade mais profunda que o homem natiral procura
(João 14:6) Todas as coisas se encerram dentro desse SER, a Cristo está dentro
de todas as dimensões existenciais e por isso mesmo a ordem cósmica segue para
o centro que é ELE MESMO (Apocalipse 1:17 com Efésios 1:10)
O testemunho perene, no seu vigor colossal,
eco de mais de dois mil anos de historia, o tempo repartido entre antes e
depois, dessa esplendorosa realidade ouvimos as palavras de Pedro: “Não cometeu
pecado, nem em sua boca se achou engano” (I Pedro 2:22) assim, o testemunho de
muitos que viram a Cristo foi “E maravilharam-se dele” (Marcos 12:17) poderia
ser diferente, vá aos evangelhos e
estude a vida de Cristo...
Nas circunstancias mais
adversas ali está ele, seus lábios eram fontes de autoridade que sai do âmbito das
coisas normais: “E aqueles homens se maravilharam dizendo: que homem é este que
até os ventos e o mar lhes obedecem?” (Mateus 8:27) o prodígio das palavras
ganham perfeito sentido em seus ensinos, que testemunhe isso, o sermão da
montanha, mas além das palavras está a resposta aos anseios do coração humano “Não
se turbe o vosso coração, credes em Deus, credes também em mim” (João 14:1) “Deixo-vos
a paz a minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá, não se turbe o
vosso coração nem se atemorize”(João 14:27) “Aprendei de mim que sou manso e
humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mateus
11:29)
A história do Novo
Testamento é sagrada em todos os seus aspectos que envolvem a Pessoa do Senhor
Jesus Cristo, sua personalidade é totalmente distinta dos outros homens, seu
estilo de vida envolve uma perfeição evidente, percebendo isso, homens ilustres
como Goethe, afirmaram que Cristo é o ápice espiritual mais divino do que
qualquer outra coisa no mundo. Não podemos passar permitir que nossa percepção
fique nublada diante de tantas evidencias, a historia de Cristo envolve um
homem esvaziado de ostentação e orgulho, poder e brutalidade, de fato vimos que
ao mesmo tempo em que ordena a paz sobre a tempestade colossal, da mesma forma,
antes, dorme num pequeno barco cheio de homens assustados. Toda a vida de
Cristo está envolta por uma aureola de equilíbrio, amor, postura defensiva a
favor da verdade e confronto direto com a hipocrisia, mas isso fez com que a
revolução Cristã começasse com palavras e boas atitudes, o império mais potente
e milenar caiu a sombra de um onipotente despido de sua onipotência (Hebreus
2:14 e Colossenses 2:15) Aleksandr Mien, no livro “Jesus Mestre de Nazaré”
disse: “A Jesus Cristo eram totalmente estranhos a exaltação patológica e o
fanatismo obsessivo, típicos de muitos ascetas e fundadores de religiões.
Lucidez e sensatez eram os traços principais do seu caráter. Quando falava de
coisas extraordinárias, quando instigava a alguém atos difíceis e ousados, eram
sem falsos ímpetos e sem tons patéticos. Ele, que sabia discorrer com
simplicidade com as pessoas diante de um poço, ou sentado a uma mesa posta,
pronunciou as palavras mais inauditas deste mundo: ‘Eu sou o pão da vida’.
falava de lutas e de provações, mas ao mesmo tempo dava a todos a luz,
abençoava e transfigurava a vida”. Que bela vida apresentou o Mestre de Nazaré
a todo o mundo, que lição de esperança e vida eterna deu ao mundo, Cristo é a
manifestação concreta do amor divino em meio a tantos sentimentos abstratos e
corrompidos que fizeram da historia humana um temporal de lagrimas e um mar de
sangue, e Ele mergulhou nesse mar, enfrentou esse temporal, para resgatar os náufragos
do desespero humano. Desespero que o profeta do secularismo, do ateísmo atestou
pelo própria vida e conduta como veremos agora:
O Segundo: Friederich Nietzsche
Henry Thomas, no
segundo tomo de “O Livro das Maravilhas do Conhecimento Humano” na pagina 389 e
390 na seção que aborda as maravilhas da filosofia, fala a respeito de
Nietzsche nessas palavras:
“Nietzsche foi o filho
ateu dum ministro luterano. Como Schopenhauer, odiou as mulheres, e como os
nazistas modernos acreditava que o mundo estava dividido em dois tipos de
homens: os germanos, que eram uma raça superior; e não germanos, que eram raças
inferiores. Da raça germânica, tentou criar um novo tipo de homem: o super-homem.
Este homem, dizia Nietzsche, será o senhor do universo, e todos os outros
homens serão seus escravos. a moral cristã nada significará para ele. Misericórdia,
compaixão, amor, são apenas emoções de homens fracos. o super-homem estará
acima de tais fraquezas. Estará além de nossas ‘femininas’ noções de bem e de mal.
Só uma ambição o estimulará: o amor ao poder. O super-homem escreve Nietzsche,
só pode ser produzido numa região aristocrática como a Alemanha. É impossível numa
democracia. Porque numa democracia não tereis senhores nem escravos, mas apenas
homens livres. A liberdade, insiste esse semi-louco poeta-filosofo deve ser
erradicada da terra e deve estabelecer-se em seu lugar e poder. O direito deve ceder
lugar ao poder. A escravidão deve ser restabelecida e a mulher deve ser
relegada ao lugar que lhe pertence. O velho mundo deve ser lavado de sangue e
novo mundo deve erguer-se em seu lugar. E esse novo mundo será governado pelo
super-homem, o louro bruto sem amor e sem moral do século XX. Era um brilhante
poema, essa filosofia Barbara de Nietzsche, mas um poema escrito por um louco.
E, com efeito, Nietzsche ensandeceu. Durant os doze anos finais de sua vida não
passou dum lunático incurável”
Entre um homem secular
que influenciou o materialismo emergente e um homem sagrado que pregou os princípios
do sermão do monte, se sobressairá em cada homem, a luz espiritual que guiará
cada um ao seu destino final.
Eu fico com Cristo!
Clavio J. Jacinto
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