No conto “O Avarento” Jean-Baptiste Moliére,
narra o dialogo de Valério namorado de Elisa, filha do avarento Harpagon, o
assunto diz respeito a ganhar a confiança de o favor do pai de Elisa, e nesse
caso, Valério apresenta a estratégia para ganhar o favor de Harpagon “Felizmente
vou vencendo e cheguei a conclusão de que, para agradar aos homens, basta
apenas que pareçamos iguais a eles, apoiando suas idéias, exaltando seus
defeitos e aplaudindo tudo o que fazem”. Moliére foi um gênio perceptivo. Essa estratégia
sempre funcionou bem! Inclusive no meio eclesiástico. As demandas pelos interesses
pessoais e conveniências tratam de fortalecer atitudes coniventes com erros e
mentiras. Sabe daquele neologismo? o titulo
é “puxa saco” ele infecta quem tem moral frouxa e está tão somente interessado
no que lhe convém, sem prestar atenção aos exemplos dos santos. Por exemplo,
não havia nada disso na vida de João Batista. Para o profeta, o casamento de Herodias
e Filipe era um erro, uma infâmia á boa moral, um golpe na sacralidade do
casamento. Não havia papas na língua, Herodes era um político influente e João
Batista admirado por muitos, então podia fazer uso da sua influência espiritual
para ganhar favores de um líder, mas não foi assim com João Batista, e muito menos
com Cristo. Não havia uma negociata moral, nem dois pesos e duas medidas, não havia esse negocio de
agrados para alcançar propósitos puramente convenientes de interesse pessoal.
Não se coloca a reputação própria em jogo, jogando com a hipocrisia. Aderir aos
dois pesos e duas medidas é ir contra o Espírito de Cristo (Isaias 5:20 com provérbios
20:10). Infelizmente a natureza caída do homem tende a menosprezar os absolutos
do Evangelho para relativizar algo que seja do interesse próprio. Olhamos
muitas vezes para a obra de Deus dando ênfase
a quantidade ao invés de qualidade e fidelidade. Achar que algo é bom a nossa
vista e trará vantagens pessoais, sem, contudo atentar para os padrões bíblicos
é uma abertura para conseqüências terríveis no próprio ministério. Devastadora em
longo prazo. Estejamos cientes desse fato, o homem de Deus deve estar preparado
sempre para agir com equidade, sem se importar com prejuízos pessoais, mas tão
somente ser reto, justo e sensato, ainda que isso lhe custe grandes perdas
pessoais não importa, pois o caráter de Cristo na vida do cristão deve ser uma
virtude inegociável.
(Clavio J. Jacinto)
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