“Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina, mas tendo coceira nos ouvidos, amontoarão para si
doutores conforme as suas próprias concupiscências” (II Timoteo 4:3)
O pós-modernismo veio com suas
mudanças de paradigmas para impor seus “valores”, ou seja, uma nova visão da
realidade, ela tem duas funções distintas, a desconstrução do antigo e o
reconstrução de novos ideais, ou seja: Inversão de
valores. (Isaias 5:20) Para
um pós moderno, a sociedade é que determina a realidade e os valores corretos,
a tolerância e a síntese de opostos são reivindicações novas, e com elas vem o
relativismo, o fim de valores absolutos, pois a verdade torna-se relativa e só
se encaixa na cultura de alguém, e não no seu todo. (João 10:35) Muitos ditos cristãos hoje odeiam
os absolutos, portanto a fé cristã perde os seus limites exclusivistas, assim
como as verdades bíblicas, ou são ignoradas completamente ou são alegorizadas,
para que seus significados sejam alterados e se encaixem na cosmovisão dos
protetores da unidade na diversidade. (Mateus 22:29) A igreja nunca deve abrir as portas ao
mundanismo, pois a correnteza mundana arrasta tudo para a apostasia moral (II Timoteo 4:10) Atualmente
soa muito “legalista” ou até mesmo intolerante pensar num cristianismo
exclusivista, mas era exatamente isso o que Cristo proclamou (João 3:36 ,14:6, Atos 4:12 etc.)
muitos ensinos claros do Novo Testamento que são opostos aos sentimentos
amorosos, tolerantes e emotivos do cristão pós-moderno devem agora ser evitados
ou reinterpretados pelos pós-modernos. (Deuteronômio 13:13
Hebreus 3:12) Os julgamentos devem ser evitados, não devemos
julgar jamais, isso seria antiestético, antiético e intolerante. É notável
verificar que o Senhor Jesus foi muito claro em advertir que surgirão falsos
profetas usando o nome dele (Mateus
24:11 e 24) esses falsos profetas seriam conhecidos por seus frutos. (Mateus 3:10, 7:17, 12:33, Lucas
3:9 e 6:43) tais fatos nos levam a rejeitar, confrontar e denunciar os
que promovem falsos ensinos (Tito
2:1 e 9) O cristão pós moderno odeia a apologética aplicada à
cristandade desviada, odeia os críticos que rejeitam os falsos profetas que se
levantam nas plataformas da cristandade, opõem-se aos que se declaram contra a
apostasia de nossos dias. (Tito
2:1) Não suportam quando artigos ou pregações falam contra o ecumenismo
ou o ecletismo ou ainda contra o sincretismo, odeiam a apologética da fé cristã
exclusivista, não aceitam limites para a ortodoxia, como se o
casamento da ortodoxia com a apostasia promovesse a causa da fidelidade a Deus.
Em nome do amor e da unidade na diversidade, colocam todas as crenças num
caldeirão para viver debaixo de uma nova síntese algo que o Senhor Jesus
Cristo e os apóstolos jamais tolerariam se estivessem vivendo hoje
em nosso meio. Olhe para as cartas de Paulo, ele chama os crentes de Corintos
de carnais ( I Coríntios 3:1
) acusa os galacianos de começarem no Espírito e terminarem na carne (Gálatas 3:3 ) Adverte os
Colossenses sobre as vãs filosofias e sutilezas (Colossenses 2:8) acusa os judeus de terem zelo
sem entendimento (Romanos
10:2 ) No livro de Apocalipse, vimos certa Igreja rejeitando “irmãos”
que portavam títulos apostólicos (Apocalipse 2:2) as epistolas do Novo testamento são um
aglomerados de Escritos apologéticos para defender a igreja do sincretismo e da
influencia pagã, o contexto cultural em que foram escritas tinha como base
tomar oposição a filosofia grega, a mitologia pagã e ao judaísmo corrompido e a
mais perigosa de todas as correntes heréticas: o gnosticismo. Não havia ali uma
estrutura pseudo-ética tipo “não julgueis”, a posição inegociável de Cristo não
era tolerar o erro, apostasia ou heresias, ele chama os fariseus de raça de
víboras, sepulcros caiados, (Mateus
23:27 e 33) Adverte que nem todo o que vive debaixo de uma religião que
confessa uma fé com sinais e maravilhas será salvo (Mateus 7:15 a 21) da mesma forma, Paulo diz a
Tito que nem todos os que confessam a Deus são salvos (Tito 1:16) João Batista e posteriormente, outros apóstolos
tomaram a mesma direção. (
Mateus 3:7 ) Hoje é inconcebível, para um crente pós moderno, aplicar Tito 3:10, II João 1:9 e 10, Judas
1:3 I Coríntios 10:20 etc., na vida cristã. Temos que tolerar
e não julgar, mas o Senhor manda julgar segundo a reta justiça (João 7:24) para o pós
moderno, não podemos causar divisão, temos que tolerar pelo
amor, relativizar para não criar conflitos sociais, viver debaixo de
opostos e viver uma convicção pessoal e não universal, esse reducionismo é
a base do sincretismo e da tolerância ao erro e ao engano. Paulo
porém exorta-nos a separar-se dos opostos (I Coríntios 6:14 a 18 veja também II Tessalonicenses
3:6) É o relativismo que faz com que falsos profetas
tornam-se cada vez mais livres,fortalece outros evangelhos e promove a mistura
com as verdades bíblicas e enganam milhões de pessoas (Galatas1:8 e 9) quando as verdades cristãs
deixam de ser absolutas e exclusivas, a vida espiritual torna-se obscurecida
pelos novos paradigmas construídos a partir da visão pós -moderna, de que o
relativismo deve ser a causa final de todos os valores universais. Mas isso é
transformar em dissolução a graça de Deus (Judas 1:4) A ortodoxia cristã é absoluta e de
eternidade a eternidade (Salmos
100:5) e cada vez mais será um grande desafio ser um cristão
comprometido com os absolutos da Palavra de Deus, pois inserido nos últimos tempos,
precisa estar ciente de que a apostasia provocada pelo pós-modernismo já estava
profetizada pelas escrituras (Mateus
24:12 II Tessalonicenses 2:3 I João 4:1 a 6 II Pedro 2:1 e I Timoteo 4:1 a 3)
Autor: Clavio J.
Jacinto
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