Você já ouviu falar do profeta
João Batista? Ele era um homem do deserto. (Mateus 3:1) Uma pedra no
sapato nos maníacos por grandeza. ”È necessário que Ele cresça e que eu diminua”
(João
3:30) Olhe a nossa volta, veja como as pessoas têm sede de serem
grandes, querem um universo só para elas. (Daniel 4:22 e 30) Olha o
mundo religioso a nossa volta, quanta pompa e glamour, quantos títulos de
nobreza eclesiástica. “Rico estou e de nada tenho falta” (Apocalipse
3:17) Aquele vírus satânico do orgulho é muito resistente ao antídoto da
humildade de Cristo. “Mas fez-se a si mesmo de nenhuma reputação, tomando a
forma de servo” (Filipenses 2:7) “Humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a
morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:8) João era o profeta informal, não havia uma
catedral para ele, nem púlpito, nem holofotes, nem aplausos, ele era um homem em processo de diminuição,
esse era o eco da sua vida espiritual: É necessário que ELE CRESÇA e que eu diminua”. O profeta batista tinha um senso de humildade
(Filipenses
2:3 Efesios 4:2 I Pedro 5:5) porque tinha uma visão correta de Cristo,
pois declara que o que vem do alto é acima de todos (João 3:31) Sua performance
ministerial era um punhal afiado que rasga o manto do sacerdotalismo elitista
religioso, sua pregação desbravadora era
acompanhada de um estilo de vida que o fazia sobreviver de forma tão
rudimentar, que você não verá ele pedir sequer um centavo para ninguém, não era
um ministério de lucros ou promoção pessoal, mas de plena humildade e dependência
de Deus.”Porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5) Creio que ele
tinha um bom numero de simpatizantes e outro bom numero de inimigos. (Filipenses 3:18) Ele era uma
mensagem de vida muito clara aos abastados religiosos e religiosos políticos: “Não estou interessado por luxo,
fama, dinheiro e status”, de sua vida os evangelhos dão testemunho “Este João
tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus
lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre” (Mateus 3:4)
por isso mesmo havia ódio nutrido e escondido no coração de muita gente, porque
ao contrario dos profetas de Jezabel que comiam na mesma mesa com ela, das mais
requintadas iguarias palacianas, a dieta de João era demasiadamente paupérrima
para seus ofícios de falsos profetas, ( I Reis 18:19) a plataforma profética de
João Batista era o deserto e seu holofote as estrelas. Típica dos desertos eram
as serpentes, mas as víboras mais terríveis vieram em forma de gente pomposa, e
religiosamente orgulhosa: os fariseus. João brada:” Raça de víboras quem vos
ensinou a fugir da ira futura?” (Mateus 3:7) Não havia curvas na retidão de João,
você entende? Ele não precisava de uma carruagem, andava a pé, não precisava de
palco, nem propaganda, nem de cartazes anunciando por toda Jerusalém que um “um
grande homem de Deus estava pregando no deserto”, não se vestia
com glamour, eram peles de camelo, e não precisava usar de manipulações
verbais para agradar os pecadores, porque não dependia deles. Assim, desde cedo
a bíblia que o politicamente correto, de acordo com o relativismo moral são as
cordas que fazem dos pregadores fantoches do diabo. “A soberba procede a ruína e
a altivez de espírito precede a queda” (Provérbios 16:18) O negocio de João era a
diminuição. Se existe um homem no Novo Testamento que reconhece a plenitude da
grandeza de Cristo aqui está: João Batista. Ele não estava envenenado com o
senso de grandeza, Cristo e não ele, deveria ser o centro. (Efésios 1:10) O contrario disso, é a lógica daquele
aforismo mundano que se encaixa muito bem em um regime religioso também mundano
“Todo mundo quer ser cacique e ninguém quer ser índio” Ninguém se contenta com
o nome próprio que merece: “moribundo pecador salvo por graça imerecida” (Tito 3:5).
Ninguém se contenta com a posição de ser
“ex-defunto espiritual” (Efésios 2:2). A breve vida de João Batista revela lições
preciosas que os cristãos modernos odeiam aprender. (Provérbios 8:13) Mas fica aí
a dica, que enquanto temos o Batista como um mártir por causa da verdade do
evangelho, hoje temos muitos ídolos e
artistas por causa da religião falsificada. (II Pedro 2:1 I João 4:1 Lucas 6:26 etc.) Profeta no estilo de João batista, com sua
diminuição e sua vida rude e extremamente humilde, dificilmente iria achar entre nós, um púlpito para pregar,
se não o expulsassem dos templos, ele ficaria no ultimo lugar sob vigilância
constante por ser um perigo iminente contra o sistema evangélico pós-moderno.
Clavio J. Jacinto
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